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Dodge Challenger vende mais que o Mustang e o Camaro
As empresas produtoras de automóveis andam numa encruzilhada. Parece que legislações irão proibir carros à combustão interna, mas não é todo lugar que garantiu isso; por outro lado, fora algum sucesso elétrico relativo aqui e ali, e a Tesla, o que continua a vender bem mesmo de verdade, em volume alto, são justamente os carros que vão ser proibidos.
O que fazer? Apostar na proibição e jogar todas as fichas nos elétricos? O contrário? Algo no meio? Toda e qualquer decisão aqui vem com imediatos problemas, e um monte de riscos que em qualquer outra situação socioeconômica seriam inaceitáveis. Não é uma situação agradável.
Veja por exemplo a empresa antes chamada de Chrysler Corporation, hoje parte do conglomerado com nome de remédio geriátrico “Stellantis”. Impulsionado provavelmente pela sua sede europeia, onde a paranoia anti-combustão interna é maior, está apostando todas as suas fichas na eletrificação. Está errada? Na verdade, não há resposta correta aqui, apenas apostas.
Mas no caso dela, causa o abandono de um valioso bem que por anos e anos fez tilintar o caixa da empresa nos EUA, e um que parece ainda mais vigoroso do que nunca, mesmo nesse tempo de crise: os muscle-car V8 Challenger e Charger.
Veja só esta notícia: Pelo segundo ano consecutivo em 2022, o Dodge Challenger foi o Pony-car mais vendido. Um total de 55.060 Challenger encontraram novas casas ano passado. Isto significa 7.494 unidades a mais que o Ford Mustang no mesmo período, e nada menos que 30.408 carros vendidos a mais que o Chevrolet Camaro, que parece ser algo que ninguém mais deseja.
As vendas parecem constantes para o Challenger (aumentou um pouco em relação a 2021), e o Camaro teve pequeno aumento, mas o ano de 2022 foi o pior ano de vendas de Mustang na história do modelo.
Com a euforia (e o desespero) da série Last Call, e o fim da produção deste líder no final de 2023, mesmo o lançamento do novo Mustang não deve arrefecer a liderança da Dodge. O que vai acontecer depois com o Challenger elétrico de 2024? Quem pode saber? (MAO)
RAM mostra sua picape elétrica: Ram 1500 Revolution BEV
A RAM, marca da Stellantis anteriormente conhecida como a divisão de comercial da Dodge, mostrou finalmente, depois da Ford e da Chevrolet, a sua ideia de picape full-size elétrica. É o conceito Ram 1500 Revolution BEV, mostrado na exposição “de tecnologia” CES, que está acontecendo de 5 a 8 de janeiro em Las Vegas, Nevada, EUA. Ainda é um conceito conceito, e a Ram não oferece muitos detalhes.
O que se sabe é que usa dois motores elétricos, um acionando cada eixo, alojado em módulos de acionamento elétrico. Esses módulos são projetados para acomodar uma variedade de motores. Também tem direção nas quatro rodas com até 15 graus de articulação, e em condições ideais, a bateria recupera 160 km de autonomia em aproximadamente 10 minutos.
Ao contrário do Chevrolet Silverado EV, que é um monobloco, a picape eletrificada da Stellantis mantém a construção de carroceria e chassi separados. As rodas têm 24 polegadas e são iluminadas, e existe espaço suficiente para acomodar um pneu off-road de 35 polegadas.
Como a antiga Chevrolet Avalanche, a nova picape tem a parede traseira da cabine removível, e uma série de criativas maneiras de se usar a caçamba, inclusive bancos extras para sete lugares. Como não há motor na dianteira, e aqui igual aos concorrentes, existe um porta-malas na frente, o tal do frunk, como os americanos adoram falar. Uma novidade apenas para quem nunca teve um Fusca.
Apesar do conceito ser um carro puramente elétrico, parece que na versão de produção existirá um motor de combustão interna como range-extender. Durante uma entrevista de na CES, o CEO Carlos Tavares disse que um motor a gasolina está planejado para aumentar a autonomia do carro movido a bateria.
“A Ram Revolution representa várias coisas importantes para a marca Ram. Claro, é o nosso novo conceito Ram 1500 Revolution BEV que serve como um roteiro para o início de nossa jornada para o futuro eletrificado”, disse o CEO da Ram, Mike Koval. Antes de seu lançamento no mercado em 2024, o Ram 1500 BEV de produção será apresentado oficialmente nos próximos meses. (MAO)
Cadillac e Andretti formam equipe americana para competir na F1
Com o crescimento do interesse da indústria em vender apenas veículos de alto valor agregado, a GM continua apostando no seu perene azarão do mercado de luxo: a Cadillac. A marca se esforça, mas nunca mais significou altíssima qualidade depois dos anos 1960. Ainda assim, a GM continua investindo, o mais visível desses investimentos recentes sendo o mega sedã “feito à mão”, o Celestiq.
Agora vem a notícia que o investimento se dará em mais uma frente: a fórmula 1! A General Motors e a Andretti Global (do piloto Mario. Que Mario? Andretti) anunciaram hoje sua intenção de enviar uma “Manifestação de Interesse” oficial à Federação Internacional do Automóvel (FIA).
A Cadillac vai trabalhar em conjunto com a Andretti Global, para entrar no grid da Fórmula 1 “assim que possível” com pelo menos um piloto americano ao volante.
O anúncio vm em uma época em que a categoria está em franca ascensão nos EUA. Após o sucesso da série de documentários “Drive to Survive” da Netflix, bem como sua recente compra pela Liberty Media da América, a categoria, antes desconhecida do grande público, decolou. Com três corridas americanas marcadas para 2023, mais equipes parecem estar se preparando para entrar no esporte.
A Audi, por exemplo, anunciou recentemente que entraria na F1 por meio de sua parceria com a equipe Sauber F1, enquanto a Porsche manifestou interesse em fazer parceria com a Red Bull no ano passado, embora o acordo tenha fracassado.
É provável que eles entrem na F1 em 2026, quando os regulamentos de motores mudam. (MAO)
Esta é a nova Toyota Hilux GR-Sport, na Argentina
Uma nova versão da conhecida picape Hilux da Toyota foi apresentada na Argentina, e deve vir também ao Brasil. É uma nova GR-Sport, diferente da que temos hoje por aqui.
Grade dianteira e para-choque dianteiro são novos, além da decoração externa. As rodas também são novas, e com pneus mais focados no off-road. Na traseira da cabine, existe um aerofólio no lugar do santantônio. Os paralamas têm alargadores, que dão um visual mais agressivo e permite um aumento das bitolas: 144 mm e 155 mm na dianteira e traseira, respectivamente.
A suspensão é recalibrada, e a altura do solo aumentou em 20 mm. Freios a disco nas quatro rodas são novidade também: hoje os traseiros da Hilux são a tambor por aqui. Mas de resto continua tudo igual: o motor é o mesmo 2.8 turbodiesel do modelo atual, com os mesmos 224 cv e 56 kgfm de torque. A GR-Sport vrm sempre com câmbio automático de 6 marchas e tração nas 4 rodas com reduzida.
Produzida na Argentina, a nova picape custa por lá aproximadamente o equivalente a R$ 470.000 em conversão direta. O valor é o mesmo da Hilux GR-Sport anterior, que aqui no Brasil custa hoje R$ 354.790. A nova versão da Hilux GR-Sport pode chegar ao Brasil ainda em 2023. (MAO)