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DPVAT não será cobrado em 2022
Boa notícia para quem está preocupado com as despesas automobilísticas neste ano: o DPVAT não será cobrado mais uma vez. Como aconteceu em 2021, a cobrança da taxa foi suspensa pois, segundo os órgãos regulamentadores do DPVAT, há caixa excedente, suficiente para cobrir as indenizações devidas e a previsão de indenizações futuras.
A decisão foi tomada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). Em nota sobre a suspensão da cobrança, o CNSP afirmou que ““tem efetuado reduções anuais sistemáticas no valor do prêmio como forma de retornar, para os proprietários de veículos, estes recursos excedentes, já tendo, inclusive, estabelecido valor igual a zero, para todas as categorias tarifárias, para o ano de 2021. Tal decisão promove a devolução à sociedade dos excedentes acumulados ao longo dos anos, devolvendo-os para a sociedade. Sem nova arrecadação, a tendência é que esses recursos sejam consumidos com o pagamento das indenizações por acidentes de trânsito ao longo do tempo.” (Leo Contesini)
Chevrolet perde a liderança no mercado americano depois de 90 anos
A marca mais vendida da Itália é a Fiat. Na Espanha é a SEAT. Na França, Peugeot. Na Alemanha, Volkswagen. Na Suécia é a Volvo e, no Japão, é a Toyota. Nos EUA, o domínio nativo também foi uma constante nos últimos 90 anos. Em 1931 a GM assumiu a liderança do mercado americano e nunca mais saiu de lá. Nunca mesmo. Nem mesmo com a invasão asiática dos últimos 50 anos, primeiro com os japoneses, depois com os coreanos, que assumiram a ponta em alguns segmentos. Por 90% dos últimos 100 anos, a GM resistiu a tudo e a todos. Só que ela não resistiu à crise da pandemia do coronavírus e, por isso, perdeu a liderança para a Toyota.
A mudança de posições foi tão estratégica quanto o planejamento de uma parada de Fórmula 1 em 2021. E se deveu mais pela filosofia de administração das empresas do que por uma mudança cultural permanente — a GM deverá continuar na liderança, se conseguirmos permitir que o mundo volte ao normal. O que aconteceu, entre outros fatores, foi que o modelo de gestão de estoques da Toyota (parte do conhecido “Toyotismo”) permitiu que a Toyota tivesse uma queda menos acentuada nas vendas devido à crise dos semicondutores.
Enquanto a GM teve sua produção interrompida — e, por isso, viu suas vendas caírem 13% em relação a 2020 —, a Toyota teve um aumento de 10%. No último trimestre, quando a crise dos semicondutores se acentuou, a Toyota teve uma queda de 30% em relação ao mesmo período de 2020, mas a GM teve uma queda ainda maior, de 43%.
A GM se pronunciou a respeito da notícia, confirmando que as circunstâncias atuais foram fatores determinantes nessa troca de posições da liderança americana, mas reforçou que ainda continua na frente no segmento de picapes e que reajustou sua cadeia de suprimentos para 2022. (Leo Contesini)
A “Ferrari do deserto”, o Prodrive Hunter T1, está quase pronto.
A Prodrive inglesa, famosa por seu expertise em competição, e por ser a criadora dos mais famosos Subaru de rali WRC, está colocando os toques finais em seu novo carro de rua: um competidor do rali Dakar, para as ruas. A revista Autocar inglesa visitou a empresa e reporta incríveis detalhes deste, mais um supercarro para bilionários, mas desta vez com sabor de areia.
É uma versão civil de seu mais recente carro de Rally Dakar, patrocinado pelo Bahrein, o BRX Hunter T1 +. A Prodrive pretende tê-lo pronto para o início do rali em Jeddah, na Arábia Saudita. O primeiro carro já tem dono: o príncipe Salman bin Hamad Al Khalifa do Bahrein. É o primeiro de um lote de 25 T1s de rua que serão produzidos na sede da Prodrive em Banbury, Inglaterra, nos próximos dois anos. Não se sabe exatamente o preço, mas comenta-se algo na casa dos 1,25 milhão de libras esterlinas cada.
O presidente da Prodrive, David Richards, já havia descrito o Hunter T1 como “a Ferrari do deserto” e criou o veículo para ser o off-road mais rápido do mundo. Um elaborado folheto Prodrive, recém-lançado, apresenta a frase convincente: “Para onde estamos indo, não precisamos de estradas”.
O carro “de rua” é bem parecido com o de competição, embora haja dezenas de diferenças. Ambos usam uma carroceria projetada pelo ex-chefe de design da Jaguar, Ian Callum. O T1 tem 4600 mm de comprimento, 2300 mm de largura, e 1850 mm de altura, 100 mm mais baixo que seu irmão de rali. O chassi spaceframe tubular é o mesmo, e pneus de 38 polegadas de diâmetro em uma roda de 17 polegadas. Há espaço para um sobressalente em um compartimento lateral à frente de cada roda traseira.
Todos os modelos têm suspensão independente com curso extralongo e coilovers duplos em cada roda. O enorme tanque de combustível traseiro de 480 litros pode ser reduzido para fornecer espaço extra para bagagens, opcional que deve ser popular nesta função agora de brinquedo apenas. O motor é o mesmo também: o V6 Ecoboost da Ford, aqui modificado com cárter seco e a calibração de competição da Prodrive. Deve sair com 550 cv, mais que o carro de competição, limitado pelo regulamento. O limite de rotação é 6500 rpm.
O câmbio também é o mesmo de competição: um semiautomático de seis velocidades controlado por borboletas atrás do volante, e tração permanente nas quatro rodas. A Prodrive lidará diretamente com os clientes, em vez de nomear revendedores. “As pessoas que querem um desses carros não são compradores comuns de automóveis”, disse Richards. “Eles sabem onde nos encontrar.” (MAO)
Volvo nomeia novo CEO
O CEO e presidente da Volvo, Håkan Samuelsson, deixará seu cargo em março, após quase uma década, para ser substituído pelo ex-CEO do Grupo Dyson, Jim Rowan. Samuelsson é presidente e CEO da Volvo Cars desde outubro de 2012, tendo atuado anteriormente por dois anos no conselho da empresa e antes como presidente e CEO da agora extinta fabricante de veículos comerciais MAN SE. É o arquiteto da ótima fase atual da marca sueca, focada em carros com desenhos originais e clássicos.
O contrato de Samuelsson chega ao fim em 2022, e a Volvo disse que seu sucessor foi selecionado após “um processo de pesquisa completo e diligente para garantir a liderança forte e contínua da Volvo Cars com um CEO que tem uma sólida experiência em software, transformação digital e consumidor inovador produtos”. Isso, porque a Volvo pretende acelerar sua transição para uma linha 100% elétrica, uma meta a ser atingida em 2030, daqui a menos de oito anos — ou apenas um ciclo de produto. A Dyson é conhecida basicamente por seus avançados aspiradores de pó domésticos e, sob o comando de Rowan, passou por um crescimento recorde, jamais observado na história da empresa.
Quando Rowan assumir em 21 de março de 2022, Samuelsson deixará o conselho de administração da Volvo, mas continuará como presidente da marca de alto desempenho elétrica Polestar, enquanto ela se prepara para ser listada na bolsa de valores Nasdaq ainda este ano. (MAO)
A Sony agora irá produzir automóveis.
A Sony, nos anos 1980 e 1990, foi o maior motor de inovação da indústria japonesa. Desde então se diversificou e continuou grande, mas sua chama inovadora parece completamente apagada. Mas agora vem a notícia de que a marca anunciou seus planos para entrar no mercado de automóveis, agora que eles se tornam eletrificados, entrando na sua área de atuação. Dois carros elétricos foram mostrados no show CES (Consumer Eletronics Show) em Las Vegas.
A gigante da tecnologia japonesa mostrou o sedã elétrico Vision-S em 2020 como uma vitrine de sua direção autônoma e sistemas de entretenimento automotivo, mas mesmo quando começou a testar um protótipo legal para estradas um ano depois, não sugeriu que um a variante de produção viria a seguir.
Agora, porém, a empresa disse que lançará uma nova empresa chamada Sony Mobility Inc na primavera de 2022, por meio da qual “pretende explorar a entrada no mercado de EV”. O anúncio, e somente ele, fez o preço das ações da Sony subir mais de 4,5%, relata o Financial Times.
O modelo de negócios da empresa girará em torno das tecnologias de inteligência artificial (IA) e robótica desenvolvidas internamente pela Sony, que irão “ajudar a realizar um mundo onde todos possam viver em harmonia com robôs diariamente, encher as pessoas de emoção, e contribuir para a sociedade “. A empresa revelou também um segundo conceito, o SUV Vision-S 02. O novo sete lugares usa a mesma plataforma e tecnologia de conectividade que o carro anterior, e é movido dois motores elétricos de 268 cv em cada eixo. A Sony não divulgou números de desempenho além da velocidade máxima de 185 km/h, nem detalhou a capacidade da bateria. Com 4.895 mm de comprimento é aproximadamente do mesmo tamanho que o Tesla Model Y.
A Sony também instalou alto-falantes nos assentos para criar uma experiência de áudio tridimensional, que, segundo ela, fará com que os passageiros se sintam “cercados pela performance ao vivo de um artista favorito”. A interface de infoentretenimento e telas traseiras individuais também podem ser usados para reprodução de vídeo ou para jogar videogames por meio de uma conexão remota com um console de jogos Sony Playstation.
Com a eletrificação e a robotização dos automóveis à vista, as empresas eletrônicas parecem ser bem adaptadas a produzi-los. A Apple vem desenvolvendo seu EV desde pelo menos 2014, o Google fornece software de entretenimento para uma série de fabricantes (incluindo Ford e Volvo) e LG e Panasonic estão entre os fornecedores de baterias EV mais prolíficos do mercado. São eles agora os donos da tecnologia relevante. Não precisam dos fabricantes tradicionais, no frigir dos ovos. (MAO)
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