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Zero a 300

Drugovich campeão da F2 | os carros mais vendidos em agosto | o próximo Audi R8 e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Felipe Drugovich conquista o título da Fórmula 2 e acordo com Aston Martin na F1

O piloto brasileiro Felipe Drugovich conquistou neste último fim de semana o título da Fórmula 2 durante a rodada dupla em Monza. Com cinco vitórias até o momento e apenas duas corridas restantes no calendário, Drugovich acumulou 241 pontos, uma vantagem de 77 pontos sobre o segundo colocado Théo Pourchaire.

O título de Drugovich é o primeiro de um brasileiro desde a recriação da categoria em 2017. Desde então, todos os campeões se relacionaram com a Fórmula 1 de alguma forma. Charles Leclerc foi o campeão de 2017, George Russell foi o vencedor de 2018, seguidos por Nick de Vries, Mick Schumacher e Oscar Piastri.

Como seus antecessores, Drugovich também colocou um pé na Fórmula 1 ao assinar um contrato para o programa de desenvolvimento da Aston Martin. O anúncio foi feito nesta manhã de segunda-feira (12) pela própria Aston Martin. Pelo programa, Drugovich deverá participar dos testes em Abu Dhabi ao final da temporada 2022 e também dos testes de novatos em Yas Marina, em novembro.

O contrato com a Aston ainda não é uma garantia de que Drugovich se tornará um titular da equipe, afinal, não basta ser campeão da Fórmula 2 para “acessar” a Fórmula 1, como faz crer o termo “categoria de acesso” usado com frequência. Drugovich não é um piloto com muitos contatos, mas tem a XP Investimentos como patrocinadora, o que ajudou no acordo com a Aston.

Durante 2023 ele irá passar por um “extenso programa ao volante do AMR21”, o carro da Aston usado na temporada passada e, com sorte e talento, poderá conquistar seu assento na F1 em alguns anos. (Leo Contesini)

 

Verstappen vence em Monza com safety car na pista

Os 100 anos do Autodromo Nazionale Monza mereciam mais. Quando Vettel quebrou na volta 12 e Leclerc imediatamente parou no VSC decorrente, o recado ficou claro. Em condições normais, a Ferrari não possui mais chance em corridas e resta tentar cartadas arrojadas.

Vimos a Red Bull jogar este mesmo jogo contra a dominância da Mercedes nas temporadas anteriores, mas a casa de Maranello está numa situação proporcionalmente pior e a antecipação do título de Max está transparente.

Nem com pneus vermelhos novos Charles conseguiu uma vantagem de ritmo suficiente para remotamente incomodar Verstappen de médios usados. Por isso, apesar do fim lamentável da prova sob safety car na infeliz quebra de Ricciardo, é difícil acreditar que ter uma relargada de duas ou três voltas fosse resultar em alguma emoção ali na frente.

A estreia de De Vries já colocando a Williams nos pontos não poderia ser melhor. Alguém poderia tirar o mérito de sua posição de largada criada pelas punições técnicas dos carros mais rápidos, mas o que vimos na corrida foi um ritmo sólido, acompanhando Alonso e Norris por quase metade da prova, contrastando com a descida de barranco de Latiffi.

Sainz e Hamilton fizeram uma bela prova de recuperação, de formas diferentes. Carlos com muito arrojo nas disputas no primeiro stint, e Hamilton, sabendo de sua carência de velocidade de retas, procurou ritmo e uma estratégia muito bem encaixada (e uma bela ultrapassagem dupla em Norris e Gasly). Talvez Perez conseguisse beliscar uma quarta posição ou até o pódio, não fosse o problema técnico que o levou ao pit-stop precoce.

Com o cancelamento do GP da Rússia, teremos três semanas de intervalo até a próxima corrida, em Singapura. Será que teremos algo mais disputado? Faltou um doppio espresso nas emoções… (Juliano Barata)

 

Os carros mais vendidos em agosto no Brasil

Parece que o mercado de carros novos voltou a esquentar. Depois de um sensível aumento nas vendas em julho, agosto repetiu a subida com quase 15% mais carros vendidos que no mês anterior. O líder da tabela você já sabe qual é: Fiat Strada, na prática, a única picape compacta zero-quilômetro disponível para frotistas, o que dá uma boa alavancada nas vendas.

O vice-líder continua sendo o moribundo Gol, que teve uma vantagem de menos de 800 unidades em relação ao Hyundai HB20. Embora venda menos que os dois primeiros colocados, o Hyundai HB20 conta apenas com sua estratégia de vendas e suas qualidades para emplacar tantas unidades.

O Gol está com esse impulso final devido ao “represamento” das vendas pela interrupção temporária em sua produção e com uma forte procura pelos frotistas, incluindo aí as locadoras — 80% dos Gol vendidos atualmente são vendidos diretamente pela fábrica. A Fiat Strada, como já disse antes, não tem concorrentes diretos — a Saveiro, como o Gol, está em fim de carreira, sem grandes atrativos que a tornem competitiva.

Na prática, o HB20 é o primeiro da lista que encara uma concorrência mais acirrada — concorre com o Kwid de topo, com o Peugeot 208, o Fiat Argo, o Volkswagen Polo, o Chevrolet Onix, o Toyota Yaris e, agora, com o Citroën C3. Tanto que, em sua cola, dando luz alta e pedindo passagem, está o Chevrolet Onix, com menos de 1000 unidades de diferença (cerca de 10% menos).

A quinta posição ficou com o Chevrolet Onix Plus, que segue como o sedã mais vendido no Brasil, mas agora recupera sua posição no top 10. A GM, é bom lembrar, foi recentemente afetada pelos problemas na cadeia de suprimentos resultantes dos lockdowns da pandemia.

A segunda metade da lista tem Fiat Mobi e Fiat Argo praticamente empatados, com uma diferença de 19 unidades (7.613 vs. 7.594), Renault Kwid e, finalmente os primeiros SUV da lista, o Chevrolet Tracker e o Volkswagen T-Cross, na nona e décima posição, respectivamente.

  1. Fiat Strada, 14.157
  2. Volkswagen Gol, 11.719
  3. Hyundai HB20, 10.919
  4. Chevrolet Onix, 9.821
  5. Chevrolet Onix Plus, 8.968
  6. Fiat Mobi, 7.613
  7. Fiat Argo, 7.594
  8. Renault Kwid, 6.829
  9. Chevrolet Tracker, 6.708
  10. Volkswagen T-Cross, 6.194
  11. Hyundai Creta, 5.806
  12. Volkswagen Voyage, 5.564
  13. Jeep Compass, 5.284
  14. Fiat Pulse, 4.771
  15. Jeep Renegade, 4.654
  16. Fiat Toro, 4.290
  17. Nissan Kicks, 4.250
  18. Toyota Hilux, 3.979
  19. Fiat Cronos, 3.757
  20. Toyota Corolla, 3.386

Foi um mês com a retomada dos “populares”, ainda que a Fiat Strada tenha se mantido na liderança. Os SUV, antes campeões de venda, agora ocupam os espaços entre a 10ª e a 20ª posições. O Hyundai Creta é o terceiro mais vendido, na 11ª posição, seguido pelo Jeep Compass na 13ª, Fiat Pulse na 14ª, Jeep Renegade na 15ª e Nissan Kicks na 18ª. (Leo Contesini)

 

Uma câmera fotográfica Pagani

Não sei se entendi realmente a ligação entre uma câmera fotográfica antiga e um Pagani Huayra, mas não importa: ela existe. A Pagani firmou parceria com a Gibellini, empresa italiana especializada em câmeras fotográficas de grande formato (um tipo de filme de… grande formato). Juntos, eles criaram a GP810HP que vocês podem ver nas fotos.

De acordo com Gibellini, o projeto levou dois anos para ser concluído. Aparentemente, procurou estudar os materiais e técnicas que eram exclusivos da marca Pagani para criar uma câmera que tivesse “uma mistura harmoniosa que criasse um objeto único e exclusivo produzido em um número limitado”.

O lote inicial de câmeras será oferecido exclusivamente aos atuais proprietários da Pagani e apenas 30 delas serão fabricadas. Existem os esperados logotipos e desenhos de carros Pagani por toda a câmera. Mas de acordo com a Gibellini, não apenas o logotipo Pagani em sua câmera. É algo mais profundo, com tripé em fibra de carbono e peças em alumínio usinado de blocos sólidos. Ela pesa apenas 4,7 kg e vem com estojos de couro em várias cores. E você, cínico como é, imaginou que é só mais uma forma de tirar dinheiro dos milionários donos de Pagani…

E sim, ela não é um objeto de decoração que nunca vai tirar uma foto sequer, plantada definitivamente do lado do carro(s) na garagem; não, é uma câmara de verdade! Mas Horácio Pagani diz: “Este projeto é dedicado a clientes extremamente exigentes que amam a beleza pela beleza, independentemente de serem entusiastas da fotografia ou não”, disse ele. “Há uma quantidade enorme de trabalho manual nesta câmera, há tecnologia e paixão. É um objeto criado para um propósito preciso: evocar uma emoção.”

Um bibelô para poucos: embora não haja preço divulgado no site da Gibellini, reporta-se que custa no mínimo U$ 110.000 (R$ 566.500). (MAO)

 

Próximo Audi R8 deve ser elétrico

Sim, já existiu um R8 elétrico no passado recente. A Audi vendeu menos de 100 unidades do R8 E-Tron em 2015, cada uma delas vendida pela bagatela de € 1 milhão (R$ 5,22 milhões). Agora a revista inglesa Autocar informa que um novo “R8” elétrico está em desenvolvimento para ser lançado em meados desta década.

Citando fontes de Ingolstadt, a revista britânica afirma que o substituto do R8 terá outro nome, mas mantendo a fórmula de supercarro baixo de dois lugares. Deve ser o Audi mais potente de todos os tempos. A produção está programada para ocorrer na mesma instalação em Böllinger Höfe, Alemanha, onde o supercarro a gasolina é montado atualmente. Este, parece que durará até o fim de 2023, com uma edição final mais focada, apenas de tração traseira, marcando a efeméride.

R8 E-tron

Muito provavelmente usará plataformas da Porsche, ou a SSP Sport (Taycan) ou uma nova plataforma sendo trabalhada para os sucessores elétricos da dupla 718 Boxster e Cayman. De qualquer forma, se o E-Tron GT de 2015 tinha 637 cv, é justo imaginar mais que isso para o novo carro.

A audi pode ter decidido pelo futuro elétrico já, mas não quer dizer que o grupo está colocando todos os ovos numa só cesta: o seu companheiro de plataforma, o Huracán, deve se manter a gasolina por mais uma geração. (MAO)

 

Mercedes-Benz manterá V8  em produção se ainda houver demanda

É claro que onde a legislação assim exigir, a Mercedes-Benz se tornará “somente elétrica”. Mas isso não quer dizer que desistiu completamente dos motores à combustão interna. Onde for permitido, a empresa aparentemente continuará os oferecendo; inclusive os grandes V8.

Em entrevista à revista australiana CarSales, o vice-presidente de desenvolvimento de veículos da montadora, Joerg Bartels, disse que o V8 não vai morrer por enquanto. Ele explicou que tudo se resume aos regulamentos de emissões mais rígidos. Contanto que a empresa consiga fazê-los atender as legislações,  não tem intenção de aposentar o V8 ou mesmo o seis em linha.

“No final, ele tem que cumprir nossa estratégia geral de CO2, e temos um caminho claro para isso: ser neutro em CO2 no final dos anos 2030, até 2039. E a partir de 2030 queremos ser puramente elétricos. Mas se ainda há uma demanda de clientes [por V8s a gasolina] em algumas regiões, e ainda faz parte de nossa oferta, por que devemos parar?”- disse o executivo.

Nada mais que o óbvio aqui: se ainda houver demanda, e a legislação permitir, continuarão a oferecer motores grandes. Embora na Europa isso pareça duvidoso, com a efetivação do Euro 7 no meio da década, ainda há o resto do mundo. Se o volume de vendas pagará o desenvolvimento sem vendas na Europa, e agora Califórnia, ainda parece duvidoso. (MAO)

 


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