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O novo BMW M3 elétrico terá quatro motores
Muita gente não vai gostar do que vou dizer agora; mas não evitamos dar opinião sincera aqui. É o seguinte: o M3/M4 de hoje já são carros que existem para dar alta performance. É este seu objetivo principal: usar a plataforma do série 3, e dar altíssima performance. Diferente de um Miata ou um GR86/BRZ, que existem para dar prazer na direção esportiva, e para isso, tem plataformas exclusivas, não compartilhadas com ninguém. É tudo uma questão de objetivo, em engenharia, e esse objetivo final torna esses carros bem diferentes.
Sendo assim, é realmente tão ruim um M3 elétrico? Sim, se você comparar com um M3 E30 de quatro cilindros, um E36 ou E46 de seis cilindros, ou um E90 V8, certamente é um sacrilégio. Mas com um M3 moderno? A existência do M2 manual como carro para o entusiasta hardcore meio que torna uma proposta assim até aceitável. Não, eu não quero um M3 elétrico para mim; mas até aí não quero um M3 atual também: acredito que os clientes atuais do M3 não vão achar ruim um novo M3 elétrico, se a performance for superior.
A notícia aqui é que o M3 elétrico se aproxima. O próximo i3 será a maior tentativa da BMW no mundo elétrico, o primeiro dos novos-Neue Klasse, e o M3 derivado dele será o primeiro carro elétrico M; isso também é muito importante para a empresa de Munique.
O que sabemos até agora: a divisão M vem experimentando motores quádruplos há pelo menos dois anos para diferenciar ainda mais seus carros dos modelos adjacentes à M, como o i4 M50. Quatro motores elétricos, falando-se de alta performance, são um mar de possibilidades; o controle minucioso do torque separadamente em cada roda fará carros incrivelmente velozes em toda situação. Se fala a boca miúda que o novo M3 elétrico “Neue Klasse” vai ir além dos 600 cv. Certamente será um veículo impressionante.
O que pode dar errado? Entusiastas podem não aceitar bem um carro M completamente desprovido de combustão interna, embora se acredite que um M3 a gasolina também chegará ao mercado junto; atacar duas frentes é a única saída segura hoje. Não há dúvida que este novo M3 elétrico será um carro admirável em sua tecnologia, potência e aderência ao chão em toda situação. Mas até aí o atual é assim também: admirar não é o mesmo que amar. (MAO)
Citroën está fazendo novo 2CV
O Citroën 2CV nunca foi um carro universalmente amado; mas é certamente um exemplo de minimalismo, uma ode ao baixo preço como um objetivo nobre, e uma ferramenta barata e útil como nunca mais se viu. Era o mais simples possível, e tinha o menor motor possível; potência de motocicleta pequena. Nada era escondido atrás de acabamentos; só função aqui, nada de enfeite. Mas ainda assim, era confortável, estável, e levava cinco pessoas e carga à velocidades suficiente para as vias, e era barato de usar e manter.
Pois bem, parece que a Citroën quer trazer o 2CV de volta. Segundo a revista inglesa Autocar, o trabalho de design preliminar para um sucessor do carro que é amplamente creditado por mobilizar a França do pós-guerra está em andamento, embora o projeto esteja atualmente em um estágio inicial.
Parece que a iniciativa foi motivada pelo novo Renault 5, um elétrico moderno que também é inspirado num carro do passado. E o baixo preço do Renault na França, que parece fará dele um sucesso: as vendas iniciais são extremamente animadoras.
Parece que será mais uma tentativa de dar sabor aos elétricos com o cheiro de velhos carros “bonitinhos” do passado. Dificilmente será tão espartano e lerdo como o original; mesmo assim, certamente será focado em eficiência, e não desempenho. E será, claro, elétrico. Uma barreira para seu baixo preço, mas que a Citroën vai tentar transpor. Pode ser um veículo urbano, com autonomia limitada, por exemplo.
O que viria na contramão do carro original. O 2CV era lerdo, mas atravessava o Saara, ou ia da fazenda até Paris cheio de rabanetes para vender num restaurante chique. Era uma arma de mobilidade rural, e uma forma de libertar os franceses de amarras geográficas.
De qualquer forma, espera-se que o novo 2CV preencha a lacuna entre o Ami e o C3, em preço. Não há indicação de quando um novo 2CV pode chegar, mas um ciclo de desenvolvimento típico de quatro anos o colocaria no caminho para ser lançado em 2028; justamente o aniversário de 80 anos do original. Veremos. (MAO)
DS quer concorrer com Rolls-Royce. Sério.
As notícias de hoje nos deixam pensando se há futuro para a Citroën. Se por um lado está fazendo um 2CV, por outro, sabemos agora, está querendo criar um concorrente para, pasme, Rolls-Royce e Bentley. Ah, pera; não é a Citroën, é a DS, marca spin-off que foi criada para separar o modelo tradicional de luxo da Citroën, o DS/ID, do resto da linha. Então os outros Citroën serão agora “2cv”? Eu juro que estou confuso.
Mas enfim. A notícia hoje é que a Stellantis quer elevar a marca DS Automobiles a um escalão mais alto, tornando a marca a “Louis Vuitton da indústria automotiva”. O chefe de design da DS, Thierry Métroz, fez a declaração ousada em uma entrevista à Autocar no Salão do Automóvel de Bruxelas de 2025.
A DS foi criada pela Citroën em 2009 antes de se tornar independente dentro do Grupo PSA em 2014. Desde 2021, é uma das 14 marcas sob o guarda-chuva corporativo da Stellantis após a fusão entre a FCA e a PSA.
Segundo monsieur Métroz, a DS é “premium”, mas pretende subir de nível e em vez de competir com marcas como Audi ou BMW, a DS tem Bentley e Rolls-Royce na mira agora. Corajoso; a lógica parece ser “não conseguimos competir com a Mercedes, vamos competir com a Rolls-Royce”. Custo acreditar, mas parece sério.
Para chegar lá, ela está procurando aumentar a qualidade dos futuros modelos de produção, começando com o DS N°8 e seu interior sofisticado. Impressionante: parece que todo mundo agora só quer vender carro para gente rica, com mais margem e menos volume.
O chefe de design da empresa admitiu que perseguir a Bentley ou a Rolls-Royce não acontecerá da noite para o dia. Jura? Eu diria que muito mesmo: até o dia de São Nunca. O que, segundo Métroz, deve acontecer em “10 a 20 anos”. Boa sorte nisso! (MAO)
Van esportiva? O Vauxhall Vivaro GS
Este mês vimos aqui no Brasil as vans médias da Stellantis, o trio Citroën Jumpy, Peugeot Expert e Fiat Scudo, receberem um motor bem mais potente: agora tem um 2,2 litros Turbodiesel, com 150 cv e 37,7 mKgf de torque, no lugar do antigo 1,5 litro que já movia muito bem elas.
Mas na Inglaterra, onde a Vauxhall tem também uma versão desta van chamada de Vivaro, as coisas estão agora ainda melhores que isso. A marca mostrou o Vivaro GS, uma van de entrega esporte. A van vem com estilo mais agressivo e está disponível com motores turbodiesel e totalmente elétricos, com a opção diesel oferecendo mais potência.
O acabamento GS dá ao Vivaro uma aparência mais agressiva graças a um bodykit personalizado. Isso inclui uma extensão aerodinâmica do para-choque dianteiro, saias laterais com para-lamas dianteiros integrados, um para-choque traseiro retrabalhado e um spoiler de teto preto brilhante. Ele também roda em rodas de liga leve pretas de 18 polegadas e o emblema GS proeminentemente na porta traseira. O acabamento está disponível em duas cores chamadas Quartz Silver e Mercury Grey, e vem nos estilos de carroceria Panel Van e Doublecab; a segunda a queridinha dos entusiastas: duas fileiras de bancos, resto carga, conhecida também, como em picapes, como “crew-cab”.
O Vivaro GS oferece uma escolha de dois motores, ambos quatro em linha turbodiesel de 2 litros: um com 145 cv e outro com 180 cv; mas com câmbio manual de cinco velocidades, é so o motor de menor potência; o de 180 cv, só com câmbio automático de oito velocidades. Há também o Vivaro Electric GS é equipado com um único motor elétrico produzindo 136 cv, alimentado por uma bateria de 50 kWh, fornecendo uma autonomia certificada WLTP de até 336 km com carga total.
O Vauxhall Vivaro GS já está à venda no Reino Unido. Os preços começam em £ 39.990 (R$ 292.658) para a versão a diesel e £ 48.940 (US$ 358.157) para o modelo elétrico. Esses preços não incluem impostos, mas incluem o incentivo “Plug-in Van Grant” do governo do Reino Unido para a versão elétrica. (MAO)
Oh no! No more Dacia Renault Sandero!
É o fim. Desde a chegada do Kardian, sabíamos que ia acontecer uma hora ou outra. O Sandero, em todas as suas variações, já não é mais produzido no Brasil. O Stepway, que não tinha mais nome Sandero mas era claramente um Sandero, parou de ser fabricado.
O modelo estava sendo vendido em apenas uma versão, a Zen, com motor 1.0 e preço sugerido de R$ 86.990. Mas foi a chegada da versão manual do Kardian, em outubro, que acabou selando o destino do Stepway. Inevitável, mas o fim de qualquer carro barato será sempre lamentado. Ainda mais um tão capaz quanto o Sandero.
O Kardian manual é um carro muito mais moderno e interessante, com o 1.0 turbo potente; mas também mais caro, afinal: custa a partir de R$ 100 mil. O Sandero sempre foi um carro despretensioso e barato; mas sempre entregou muito pelo que era. Se status não é uma consideração para você, um grande carro. E, mesmo nas versões normais, não-RS, com ótimo comportamento em curvas. Mas nada é para sempre; seu fim abre a chance de aparecer um Kardian aspirado ainda mais barato, e tudo ficará bem assim. (MAO)