Neste último feriadão, entre os dias 21 e 24 de abril, a comunidade antigomobilista brasileira voltou sua atenção — e centenas de carros clássicos — para a bela Águas de Lindoia/SP, onde aconteceu a terceira edição do Encontro Brasileiro de Autos Antigos.
Como nos anos anteriores, o encontro reuniu mais de 600 clássicos de todas as épocas e origens — dos veículos americanos e europeus do período Pré-Guerra aos fora-de-série nacionais dos anos 1960, 1970 e 1980, passando por hot rods, veículos militares, muscle cars e até caminhões. Todos concorrendo no concurso de elegância criado há alguns anos nos moldes daqueles realizados em famosas reuniões de clássicos, como o Concours d’Elegance Pebble Beach ou o Concorso d’Eleganza Villa d’Este.
Esta edição de 2016 marcou a inclusão do Encontro Brasileiro de Autos Antigos no calendário turístico oficial do estado de São Paulo. Outro destaque foi a visita de Patrick Rollet, presidente da FIVA, a Federação Internacional de Veículos Antigos, algo que reforça a importância do evento como forma de preservação da cultura e da história automotiva — especialmente no Ano Internacional do Antigomobilismo.
O FlatOut marcou presença no evento e, como sempre, trouxemos quase 350 fotos que serão divididas em três galerias para você apreciar calmamente, como um carro deve ser apreciado. Nesta primeira leva, veremos os modelos das classes Veteranos (produzidos entre 1905 e 1918), Vintage (1919 a 1930) e pós-Vintage (1931 a 1945), além dos clássicos brasileiros de todas as épocas.
Entre os modelos Vintage, o maior destaque talvez seja o BMW Dixi roadster 1928. Ele foi o primeiro roadster da marca e também o primeiro BMW com a grade “duplo rim”.
Na verdade, o BMW Dixi foi o primeiro modelo da marca, lançado em 1928. Era basicamente uma versão licenciada do Austin Seven, mas o roadster tinha visual próprio. Também é por isso que muitos colecionadores consideram que o primeiro BMW com a grade do rim duplo é o 303, de 1933 — ele tinha a dianteira característica em todas as versões, e não apenas em uma.
Já entre os clássicos nacionais, havia um exemplar do lendário Ford Maverick Quadrijet. Você sabe do que estamos falando: aquele modelo feito em parceria com a concessionária Caltabiano em São Paulo para homologar uma versão mais potente do Maverick para fazer frente aos Opala 250-S na Divisão 3.
O Maverick Quadrijet tinha admissão Edelbrock, carburador Holley de corpo quádruplo (daí seu nome), taxa de compressão elevada para 8,5:1 e comando Iskenderian (atual Isky) com 270 graus de levante. Segundo consta, com as modificações o Maverick chegou aos 200 km/h depois de acelerar de zero a 100 km/h em oito segundos. Este das fotos é o único Maverick Quadrijet original do qual se tem notícia.
Agora ajeite os bancos, abra o quebra-vento e prepare-se para uma viagem no tempo em mais de 100 fotos!