Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Entidades negam intenção de aumentar a mistura de álcool na gasolina
Depois que a Folha de S. Paulo revelou a suposta intenção do governo federal em aumentar gradualmente o percentual de álcool anidro na gasolina, o Ministério de Minas e Energia e a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA) divulgaram notas negando a informação.
O Ministério de Minas e Energia disse que “não há qualquer estudo ou documento relacionado ao RenovaBio, em qualquer esfera de governo, que cogite da elevação da mistura de etanol, dos atuais 27% em vigor”, porém ressaltou que a lei do RenovaBio prevê o estabelecimento de metas nacionais de redução de emissões de carbono e induz o aumento da “eficiência na produção de biocombustíveis”, dentre os quais está o etanol e o álcool anidro. Ainda segundo o Ministério, o programa RenovaBio não prevê a definição de volumes de produção futura de biocombustíveis, que continuarão sendo regulados pelo mercado.
Já a UNICA disse que a informação é improcedente, e que não é possível aumentar o teor de álcool na gasolina por meio de decreto, uma vez que a proporção é regida por uma lei federal que prevê um teor mínimo de 18% e máximo de 27,5%, este último caso haja viabilidade técnica.
A confusão de informações aparentemente se deu devido ao texto original da lei do RenovaBio (PLC 160/2017) que previa o aumento gradual do teor de álcool anidro para reduzir os níveis de emissões de carbono, mas que foi parcialmente vetado e acabou aprovado sem esse dispositivo. Contudo, ainda é possível que, mediante estudos de viabilidade técnica a lei acabe alterada para permitir o aumento do teor de álcool na gasolina no futuro — da mesma forma que houve alteração na legislação em 2016 para permitir o atual limite de 27,5%.
Toyota diz que o Supra será “bem diferente” do BMW Z4
O Toyota Supra deu as caras no Salão de Genebra no início do mês, mas como você percebeu, ele ainda não foi apresentado na versão de produção e ainda não tem uma data de lançamento — o que significa que ainda estamos esperando pelo carro. Mas a Toyota, aproveitando a aparente proximidade do lançamento do carro, cotado para o Salão de Detroit de 2019, disse que “gostaria de ter lançado o carro muito antes” e que o Supra será um “esportivo puro” e bem diferente do BMW Z4.
As declarações foram feitas pelo engenheiro-chefe da Toyota, Tetsuya Tada em várias entrevistas durante o Salão de Genebra. À imprensa australiana Tada disse que sabe que a Toyota está arrependida por ter demorado tanto para trazer o Supra de volta, e gostaria que o carro “tivesse sido lançado muito antes”. Ele também contou um pouco da história da parceria BMW/Toyota e de como foi estabelecido que o Supra deverá ser um carro diferente do Z4. Tudo começou em 2012 quando o próprio Tada se encontrou secretamente com os alemães para discutir o desenvolvimento de um novo esportivo e que foi logo nas primeiras conversas que ficou estabelecido que, apesar das semelhanças mecânicas, as duas marcas pretendiam fazer dois carros com características bem diferentes.
O compartilhamento de plataforma e drivetrain não dá muitas brechas para fazer carros tão distintos, mas isso não significa que seja impossível. Um mapeamento exclusivo de motor e câmbio, um acerto próprio de direção e a própria distribuição de peso resultante das carrocerias diferentes já permitiram um a distinção na personalidade dos dois modelos. Talvez seja por isso que Tada tenha dito que as semelhanças entre os dois carros serão menores do que se imagina, porque — palavras do engenheiro japonês aqui — o Supra foi projetado como um “esportivo puro” enquanto o Z4 irá em uma “direção ligeiramente diferente” e será um roadster esportivo de luxo.
Infelizmente Tada não mencionou nenhum detalhe sobre o powertrain, mas disse que em pesquisas com os proprietários do antigo Supra a Toyota percebeu a importância de ter um motor de seis cilindros na dianteira e tração traseira. Sobre tração integral, câmbio manual e powertrains híbridos, Tada se recusou a responder.
Aston Martin está preparando mais um hipercarro
Quando vi a notícia de que a Aston Martin está preparando mais um hipercarro, pensei ser alguém publicando tardiamente o Aston Valkyrie AMR Pro. Eu estava errado: a Aston está mesmo projetando mais um hipercarro, que será o “irmão do Valkyrie”, como vem sendo chamado internamente pela equipe de desenvolvimento.
A novidade foi revelada pela Autocar, que também descobriu que a Aston pretende estabelecer um novo benchmark para hipercarros quando ele for lançado, por volta de 2021. A intenção da fabricante é aproveitar o intervalo entre as gerações dos especiais da Ferrari e Porsche para sair na dianteira, uma vez que a próxima hiper-Ferrari deve chegar somente em 2023.
O projeto foi confirmado pelo chefe da Aston, Andy Palmer: “É verdade — temos mais de um projeto de motor central em andamento —, mais de dois, se contarmos o Valkyrie. Este novo projeto será baseado no know-how adquirido com o Valkyrie, bem como em algo de sua identidade visual e capacidade de engenharia”, disse. Os “mais de dois projetos” aos quais ele se refere, caso você esteja se perguntando, são os Valkyrie, este novo hipercarro, e o modelo de entrada, que irá rivalizar com a Ferrari 488 (ou sua sucessora).
O desenvolvimento do “irmão do Valkyrie” também está sendo feito em parceria com a Red Bull, e aparentemente foi a forma que a Aston encontrou de atender a demanda que acabou não atendida pela produção limitada do Valkyrie (além de ajudar a diluir custos e aumentar a receita com o projeto). Isso também significa que ele será mais barato (ou menos caro): enquanto o Valkyrie custa entre 2 milhões e 3 milhões de libras, o “irmão do Valkyrie” irá custar 1 milhão de libras. É muito, mas analisando friamente, estamos falando da metade do preço.
Ainda não há detalhes sobre o powertrain, mas a Autocar especula que este novo modelo deverá ser usado como vitrine da tecnologia híbrida da Aston Martin, e que ele deverá usar um V8 biturbo combinado aos motores elétricos. Quem fornecerá o V8 ainda não se sabe, uma vez que a Aston está trabalhando com a Mercedes-AMG e com a Cosworth paralelamente.
Abertas as inscrições para o “Grande Leilão de Veículos Antigos de Araxá”
Entre os dias 30 de maio e 3 de junho acontece o tradicional Brazil Classic Show, um dos maiores encontros de veículos antigos do Brasil, na cidade mineira de Araxá. Entre as atrações do evento está o “Grande Leilão de Veículos Antigos de Araxá”, realizado há mais de 15 anos pela Talladega Motors, também responsável pelo leilão de Vinhedo (veja mais sobre ele neste post).
O evento será realizado no dia 1º de junho, nas dependências do Tauá Grande Hotel & Convention Araxá. As inscrições já estão abertas e poderão ser feitas até o dia 30 de abril para qualquer carro fabricado até 1988. Os interessados em oferecer seus carros podem enviar um email para [email protected] ou entrar em contato pelo telefone (16) 99135-2203.
Além do leilão de veículos antigos, o Brazil Classics Show terá desfiles de carros, coquetéis, exposições temáticas e premiações aos participantes, que serão divididas em categorias, dentre as quais destacam-se o troféu Roberto Lee, concedido ao melhor veículo do encontro, e o troféu Lalique, concedido a personalidades que se destacam no trabalho de crescimento e reconhecimento dos automóveis clássicos.
Ford Ka é flagrado em testes com câmbio automático
Com a renovação do Ford Ka prevista para este ano, o modelo deverá finalmente ganhar um câmbio automático, já oferecido por seus principais rivais na liderança do mercado, Chevrolet Onix e Hyundai HB20. Na ocasião do lançamento do Ka Freestyle, especulou-se que o modelo não irá usar o polêmico Powershift de embreagem dupla e seis marchas, mas um automático tradicional, com conversor de torque, como o câmbio adotado pelo EcoSport após sua reestilização no ano passado.
Agora os chineses do BitAuto/yiche.com conseguiram as primeiras imagens do Ka com esse câmbio, que foi flagrado durante testes do modelo. Além do câmbio as imagens também revelam o interior que a Ford não mostrou na ocasião do anúncio do Ka Freestyle. O novo painel mantém elementos do atual, porém adota uma tela destacada como a do EcoSport reestilizado no lugar da antiga integrada — ainda adotada no Fiesta. Outra novidade do Ka será o motor 1.5 Dragon, que substituirá o atual 1.5 Sigma, que deixará de ser produzido depois de pouco mais de cinco anos.