FlatOut!
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Este burnout épico acabou com um perigoso incêndio invisível

Os campeonatos de burnout não são uma exclusividade da cultura automotiva australiana, mas só a turma lá de baixo consegue recriar o inferno na Terra ao queimar borracha usando um V8.

Os burnouts australianos são as coisas mais brutais que alguém pode fazer com um carro: o motor girando no talo, os pneus fritando até soltar pedaços de borracha, fogo saindo pelos escapes e temperaturas tão altas que são capazes de derreter praticamente tudo o que pode ser derretido — o motorista inclusive.

É por isso que muitos competidores optam pelo metanol como combustível. Por produzir 20% da energia da gasolina, a queima do metanol também é mais fria, variando entre 400 e 500 graus Celsius. Com uma temperatura mais baixa na câmara de combustão, você pode tentar manter o motor em aceleração máxima por mais tempo com chances um pouco menores de fritar pistões, juntas e causar uma bela explosão.

Só que… no calor da hora (sem trocadilhos), com a fumaça subindo e o motor girando alto, é fácil passar dos limites e aí mora o perigo do metanol. Como você sabe, sua chama é invisível e é preciso ter os olhos treinados para perceber quando algo deu errado.

Veja só esse cara com seu Holden Commodore dos anos 1990: ele fez um burnout épico que levou a galera ao delírio e na empolgação girou o botão de volume até o 11. Se você reparar por volta de 1:20 há um vazamento líquido à frente da roda dianteira direita. É provável que a linha de combustível não tenha resistido à pressão e espalhou metanol no motor quente. Repare que logo em seguida a pintura o lado direito do capô começa a borbulhar.

Esse é o sinal de que o metanol se espalhou e começou a queimar no lugar errado. O piloto aparentemente nem percebeu que seu carro estava em chamas, e só se deu conta do que estava acontecendo quando parou o carro e viu a dupla de bombeiros correndo em sua direção com os extintores.

Felizmente, apesar da chama invisível o metanol é um combustível mais seguro que a gasolina em caso de acidentes. Além da chama mais fria — que causa queimaduras menos severas — o incêndio de metanol pode ser suprimido com água, ao contrário das chamas de gasolina, que exigem pó químico para ser contidas.