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Este é o Fiat Abarth 695 Biposto: 190 cv, dois lugares e muita fome de asfalto

“O Abarth de rua mais veloz de todos os tempos”. É assim, sem sala nem meias palavras, que a Fiat apresentou no Salão de Genebra a versão diabólica do seu hipster 500: o Abarth 695 Biposto. Aqui, não tem essa de teto solar, bancos bicolores e adesivinhos estilosos. Este é o lado negro da força, a hora em que os engenheiros ganham carta branca, o trabalho e o happy hour se fundem e Carlo Abarth sorri, lá de cima.

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Do que exatamente estamos falando? Para começar, o motor 1.4 T-Jet foi reprogramado e redimensionado (com direito a intercooler e escape da Akrapovic) para render 25,4 mkgf a 3.000 rpm e 190 cv a 6.500 rpm, 30 cv a mais do que o 500 Abarth (e 10 cv mais que o 695 Tributo Ferrari, série limitada de 152 unidades lançada em 2010), empurrando o escorpião aos 100 km/h em 5,9 s, com máxima declarada de 230 km/h.

A cereja do bolo do powertrain é a caixa de transmissão de competição manual (padrão H) tipo dog box da Bacci Romano, que permite troca de marchas muito rápidas – as ascendentes podem ser feitas sem pisar na embreagem. Ele conta com o clássico diferencial de deslizamento limitado por sistema de discos – nada de ABS emulando bloqueio neste baixinho.

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Ele também traz amortecedores ajustáveis em carga e altura da Extreme Shox, data logger Aim MXL 2 embutido no console central, sistemas de freios da Brembo (com direitos a discos de 305 mm na dianteira!), rodas 18″ da OZ (com pneus 215/35 – o modelo não foi divulgado), cintos de quatro pontos da Sabelt e uma gaiola traseira de titânio feita pela Poggipolini – que tomou o lugar do banco traseiro e justifica o seu sobrenome Biposto (dois lugares, em italiano).

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Para aliviar o peso, o capô é de alumínio (com direito a dois ressaltos, uma homenagem ao antigo 124 Abarth), o rádio e o sistema de climatização foram eliminados, as janelas das portas foram substituídas por peças deslizantes de policarbonato, os bancos (note que não são do tipo concha – o encosto é ajustável) possuem estrutura de fibra de carbono e vários dos componentes aerodinâmicos da carroceria, como o splitter frontal e o extrator traseiro, também são de fibra de carbono, produzidos pela Zender e pela Adler Plastic. Os caras chegaram ao ponto de usar parafusos de roda e tampas de combustível e de reservatório de óleo de titânio.

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Com tudo isso no cardápio, seu peso baixou de 1.141 kg (500 Abarth de produção – que vale lembrar, está confirmado para o Brasil ainda neste ano) para 997 kg, resultando numa relação peso-potência de 5,24 kg por cv. O preço do escorpião-bebê, por outro lado, deve ser nada menos que astronômico – os ingleses especulam algo em torno de 50 mil euros, similar ao de um Porsche Boxster S PDK. Seus proprietários farão parte do programa Abarth Driving Academy, com atividades em vários circuitos da Europa. Ainda não há data oficial de lançamento.

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Para encerrar, vale lembrar: há uma razão especial para o Abarth 695 ter sido apresentado neste Salão. Há cinquenta anos, o Fiat Abarth 695 era apresentado no Salão de Genebra de 1964. Seu pequenino motor traseiro de 699,5 cm³ gerava 30 cv, suficientes pra uma máxima modesta de 130 km/h – seu grande trunfo, como o Mini original, estava no baixo peso (570 kg – quase metade do 500 Abarth atual) e na excelência de sua dinâmica, o que fazia dele um sério contenedor em ralis e provas de subida de montanha.

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