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Este Mustang elétrico é um monstro com 122 kgfm de torque – e custa R$ 1,5 milhão

“Se não pode vencê-los, junte-se a eles” é uma máxima que pode muito bem ser aplicada aos carros elétricos. Acha que a gente gosta de admitir que o futuro pertence a eles? Não é o caso, mas talvez o mais prudente seja aceitá-los e encontrar formas de tornar os elétricos mais palatáveis ao público entusiasta.

Uma boa forma de fazer isto é aproveitar os motores elétricos para dar uma segunda chance aos clássicos – conversões do Fusca de do Fiat 500 clássico para serem movidos a eletricidade, por exemplo, já estão ficando mais populares. Sem falar em projetos pessoais, como o Mazda MX-5 Miata elétrico que mostramos há alguns dias.

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Naturalmente, já existem empresas dispostas a capitalizar sobre esta tendência. A que mais recentemente tomou para si os holofotes é uma companhia do Reino Unido chamada Charge Cars. Sendo eles britânicos, era de se esperar que eles escolhessem um dos inúmeros clássicos de seu próprio país para converter em elétrico – mas não: eles decidiram-se por algo mais facilmente reconhecido por um número maior de entusiastas. Porque um MG Midget ou mesmo um Jaguar E-Type não têm tanto apelo para o grande público quanto um Ford Mustang. Ainda mais se for um Mustang inspirado no icônico Eleanor de “60 Segundos” – não o original, mas o remake de 2000, estrelado por Nicolas Cage.

O modelo ainda não tem nome, pelo visto – a Charge Cars refere-se a ele simplesmente como “Mustang elétrico”. E é exatamente disto que se trata. De acordo com o site da companhia, as “carrocerias oficiais licenciadas preservam o design e o estilo clássicos do lendário Ford Mustang”. Com isto, podemos deduzir que eles utilizem as carrocerias fabricadas pela californiana Dynacorn, que são autorizadas pela própria Ford e, sabidamente, oferecem padrões modernos de qualidade e proteção contra corrosão.

Com as carrocerias prontas, o trabalho da Charge Cars certamente ficou bem mais fácil e eles puderam se concentrar na personalização estética e nos aspectos técnicos do powertrain. Partindo de uma carroceria de Mustang 1967, eles customizam a dianteira e a traseira com evidente inspiração no Eleanor – repare no desenho da grade dianteira, do para-choque e das lanternas de GT500. Contudo, as semelhanças com o emblemático muscle car param por aí.

Debaixo do capô, há um número ainda não divulgado de motores elétricos – podem ser um, dois, três, enfim – com potência de 350 kW, ou seja, equivalente a 476 cv; e impressionantes 122,4 kgfm de torque a partir de zero rpm. O peso do carro também não foi revelado, mas certamente ele é mais pesado do que qualquer Mustang com motor de combustão interna.

O que não o impede de ser extremamente rápido: o zero a 100 km/h é cumprido em quatro segundos cravados – apenas 0,1 segundo a mais que o atual Shelby GT350 R, que precisa de 3,9 segundos para fazer a mesma coisa.

A Charge Cars diz que o Mustang elétrico tem tração nas quatro rodas. Eles também afirmam que, com suas baterias de 64 kWh, o carro tem autonomia de até 200 milhas (aproximadamente 320 km). Eles também dizem que o carro será oferecido em duas versões, com tração traseira ou integral – RiWD e AiWD, respectivamente.

O interior do carro também traz uma mistura de clássico com moderno. O layout básico do painel, por exemplo, acompanha o desenho básico do Mustang 1967. Contudo, em vez de instrumentos analógicos tradicionais, há um quadro de instrumentos digital elíptico (não muito diferente, aliás, do que se vê no atual Mustang) e uma central multimídia vertical gigantesca no centro – elemento que, sem dúvida, foi inspirado pelos Tesla (porém nos parece muito mais funcional).

A esta altura, já ficou bem claro que os carros clássicos com motor V8 serão um nicho cada vez menor e mais especializado no futuro – na verdade, todos os clássicos com motor a combustão interna nos destinados ao mesmo fim que os discos de vinil na era do streaming (considerando que, hoje, um disco de vinil pode custar dezenas de vezes mais que uma assinatura mensal do Spotify, por exemplo).

Mas, ao menos por enquanto, isto não quer dizer que os clássicos eletrificados vão ficar acessíveis tão cedo: o Mustang elétrico da Charge Cars, por exemplo, custa a partir de £ 300.000, ou R$ 1,46 milhão em conversão direta. Serão feitas 499 unidades, que começarão a ser entregues a partir de setembro deste ano.