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Os carros mais legais lançados em 1987 – que vão poder ser importados para o Brasil

Como já virou tradição quando um ano se acaba e outro começa, nós aqui do FlatOut andamos pensando nos carros mais bacanas que foram lançados em 1987 e, de acordo com a lei, podem agora ser importados legalmente para o Brasil.

Normalmente faríamos esta pergunta aos nossos leitores mas, ao dar uma pesquisada rápida, nos demos conta de que não são tantas opções assim. O ano de 1987, ao que tudo indica, foi meio econômicos nos lançamentos marcantes. Por outro lado, logo notamos que este é um caso em que se trata de quantidade, não qualidade.

Por isso, selecionamos cinco carros fodásticos que completam 30 anos em 2017. Se você ganhasse loteria e os trouxesse para cá, provavelmente teria uma das garagens mais incríveis do Brasil.

 

Buick GNX

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O Buick GNX é a evolução final de um dos carros mais legais já feitos nos EUA. Na década de 1980, os americanos não compravam mais os carros pelo tamanho da carroceria ou pelo deslocamento do motor. Era mais uma questão de vontade do que de necessidade: a crise do petróleo de 1973, que matou os muscle cars clássicos e abriu espaço para motores menores e mais eficientes (que nem eram tão eficientes assim), ainda tinha seus efeitos sentidos pelos entusiastas.

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Lançado em 1978, o Buick Regal de segunda geração era um típico produto daquela época: um três-volumes com linhas retas na carroceria e motor V6 debaixo do capô (os V8 estrangulados eram opcionais). Seus irmãos, Chevrolet Monte Carlo, Oldsmobile Cutlass e Pontiac Grand Prix, seguiam mais ou menos a mesma linha. Mas foi o Buick que se tornou um oásis de esportividade em um deserto de mediocridade automotiva nos Estados Unidos.

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No último ano de produção do carro, a Buick decidiu criar uma edição limitada chamada Grand National Experimental, ou simplesmente “GNX”. Com um turbo Garrett T-3 com revestimento de cerâmica, um intercooler, e novo sistema de escape menos restrito, o GNX tinha quase 300 cv e 55,3 mkgf de torque. Assim, chegava aos 100 km/h em 4,5 segundos, com o quarto-de-milha sendo cumprido em 13,6 segundos a 167 km/h — mais rápido que o Corvette 1987, que levava 5,7 segundos.. A transmissão ainda era automática de três marchas — a famosa Turbo Hydramatic —, mas teve as relações revistas e recebeu um novo conversor de torque.

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Por fora, o GNX tinha entradas de ar funcionais nos para-lamas, emblemas do capô e da grade removidos (dando lugar ao “GNX” no canto inferior esquerdo) e rodas mais largas, raiadas e de 16”, com miolo preto e bordas cromadas. Do lado de dentro, as novidades do GNX eram uma plaqueta numerada no painel e quadro de instrumentos com novos mostradores Stewart-Warner — incluindo um manômetro analógico de pressão do turbo.

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O visual discreto, com predominância da cor preta, e a grade imponente levaram a revista americana Car and Driver a usar a frase “Darth Vader, seu carro está pronto” no teste do carro, ainda em 1987. Não precisamos nem dizer que o apelido pegou, não é? Apenas 547 unidades do Buick GNX foram feitas, e é bastante difícil encontrar um exemplar à venda.

 

Ferrari F40

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É sempre um desafio falar da Ferrari F40, esta é a verdade: como dissemos já dissemos inúmeras vezes, ela é um verdadeiro ícone, um supercarro feito sem concessões para acelerar na pista. Já dissemos que ela tem um interior espartano, que não conta nem com maçanetas internas e traz ar-condicionado como opcional.

Já dissemos que, como toda boa Ferrari clássica, a F40 tem um câmbio manual de cinco marchas com grelha. E também que ela, com seu V8 biturbo de 2,9 litros, 485 cv a 7.000 rpm e 58,8 mkgf a 4.000 rpm, cárter seco e injeção eletrônica multiponto, é capaz de chegar aos 100 km/h em quatro segundos e passar dos 320 km/h.

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Dissemos também que sua pintura vermelha Rosso Corsa consiste em uma camada tão fina de tinta que dá para ver a trama de fibra de carbono da carroceria através do verniz. E que ela não tem qualquer tipo de assistência eletrônica ao piloto – é preciso segurá-la no braço, cara.

Ah, também dissemos que seu ronco é absurdo, com provas:

Isto mostra que não é de hoje que a Ferrari investe na indução forçada e que eles sempre o fizeram muito bem. E mais: naquela época, você era obrigado a trocar suas próprias marchas…

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Se quiser importar uma destas, prepare-se para procurar bem e pagar pelo menos US$ 1 milhão por um exemplar decente. E que você vai ter que procurar bem, pois dificilmente o dono de uma das 1.311 unidades da F40 que foram fabricadas entre 1987 e 1992 vai querer se separar dela.

 

Lancia Thema 8.32

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E que tal um sedã com motor Ferrari fabricado em 1987? É o Lancia Thema 8.32, um sedã de luxo com um V8 de supercarro na dianteira. Claro, não era o melhor supercarro, mas e daí?

O Lancia Thema era membro de um quarteto de sedãs, todos baseados sobre uma mesma plataforma, desenvolvida pela Fiat e pela Saab em parceria. Além dele, havia o Alfa Romeo 164, o Fiat Croma e o Saab 900. Cada um deles tinha visual bem diferente, e podemos concordar que o Lancia era o mais sisudo dos três. Por isso mesmo dá para dizer que ele é um baita sleeper.

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Mesmo que não estejamos falando do V8 biturbo da F40 (até porque, com tração dianteira seria difícil aproveitar os 485 cv como se deve), mas sim do motor de 2,9 litros da Ferrari 308, modelo de entrada da marca no fim da década de 1980.

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Apesar de ter sido projetado pela Ferrari, o V8 de 215 cv era montado pela Ducati. Com 215 cv, era suficiente para que o Lancia chegasse aos 100 km/h em 6,8 segundos – meio segundo atrás do BMW M5 E34, de 1988. Além disso, era um motor muito suave, apropriado para um carro muito mais luxuoso que esportivo apesar do pedigree. Com virabrequim cruzado no lugar do plano, que equipava a Ferrari, o motor adquiriu um funcionamento mais suave e progressivo.

Foram feitos pouco mais de 2.700 exemplares do Lancia Thema 8.32. Em tempo: 8.32 significa que o motor tem oito cilindros e 32 válvulas.

 

Lancia Delta HF Integrale (8v)

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Outro Lancia? Sim, outro Lancia: naquele mesmo 1987, a fabricante italiana apresentava ao mundo o Lancia Delta HF Integrale. Ele tinha uma missão nobre: ele era o especial de homologação para o Delta que defenderia a Lancia no WRC, o Campeonato Mundial de Rali.

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RETROWAVE

Para o Integrale, a Lancia apostou em um visual mais agressivo, com para-lamas alargados e rodas maiores. Mas a maior mudança estava no motor, que recebeu um intercooler, árvores de balanceamento no cabeçote de 8 válvulas e um novo sistema de injeção eletrônica. Com isso, a potência subiu para 185 cv a 5.300 rpm e o torque, para 31 mkgf a 3.500 rpm. Foi o suficiente para um desempenho sem precedentes — 0-100 km/h em 6,6 segundos e velocidade máxima de 215 km/h.

Dois anos depois, em 1989, a adoção de um cabeçote de 16 válvulas elevou a potência para exatos 200 cv a 5.500 rpm, enquanto o torque subiu para 30,4 mkgf a 3.000 rpm — suficiente para ir de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos. As frenagens também melhoraram graças ao sistema ABS. Mas, se quiser um desses, você vai ter que esperar até 2019…

 

Ford Sierra Cosworth RS500

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O Ford Sierra RS Cosworth é um ícone indiscutível. Com visual exótico, tração traseira e um motor turbo de 204 cv, ele jamais passava despercebido e proporcionava uma bela experiência ao volante. Só que ele foi lançado em 1986, e teoricamente não deveria estar nesta lista.

Acontece que foi em 1987 que a Ford lançou a edição especial RS500 Cosworth, limitada a 500 unidades, todas feitas para o mercado britânico. Ou seja: todos têm volante do lado direito.

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Mas não é só isto: o Sierra RS500 Cosworth também tinha o bloco do motor reforçado, um turbocompressor maior, intercooler idem e sistema de lubrificação mais eficiente. Com isto, o motor YB passou a entregar 225 cv, sendo suficiente para que o hatch chegasse aos 100 km/h em 6,1 segundos.

Pense bem: ele é um carro mais raro que o queridinho Escort RS Cosworth (e cedeu a ele motor e plataforma), e não é tão conhecido. É o que a gente importaria.

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Além disso, o Escort RS Cosworth só foi lançado em 1992. Ainda vai levar alguns anos até que ele possa ser importado legalmente para o Brasil mais uma vez.