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Vídeos Zero a 300

Famosos anônimos: os mais clássicos vídeos virais de carros

As gerações futuras saberão sobre nós muito mais do que sabemos sobre nossos pais ou avós por causa de uma única coisa: a internet. Graças a ela, as façanhas que a geração atual conseguiu realizar nas últimas duas décadas, ao menos, estão registradas para sempre. Basta saber onde procurar: os vídeos se espalham por aí, ganham reuploads e remixes, são compartilhados em redes sociais o tempo todo. Viram memes.

De vez em quando, um destes vídeos pode acabar transcendendo a barreira memística e se tornando um clássico. Um vídeo que você assistiu há uns cinco ou seis anos e, quando assiste de novo, continua engraçado, divertido ou interessante de assistir. E,claro, isto acontece também com vídeos de carro.

Um bom exemplo disto foi o vídeo do Nissan Maxima de Marcos Eduardo Chavez Santini – o sedã com motor V6 biturbo e câmbio manual que engoliu um Porsche 911 Turbo 996 de 500 cv na arrancada. Chavez se tornou um “famoso anônimo” não apenas graças ao carro, mas também à sua atitude. E assim, mesmo quatro anos depois de o vídeo original ser postado no Youtube, o anúncio do Maxima em um grupo de classificados no Facebook teve repercussão por toda a Internet.

Foi depois disto que um leitor nos deu a ideia de compilar outros vídeos virais com carros que tenham personagens memoráveis – por qualquer motivo. Eis o que separamos. Ah, e se lembrar de algum outro, não esqueça de colocar nos comentários!

 

Honda Civic VTi vs. VW Up TSi

Sem dúvida o vídeo que encabeça esta lista é um dos grandes clássicos da internet brasileira, mostrando um Honda Civic VTi EK amarelo caracterizado como Civic Type R tomando uma “benga” de um Up TSi. O vídeo foi gravado na marginal Pinheiros, em São Paulo, e mostra o hot hatch amarelo com motor B16, naturalmente aspirado de 160 cv (quando original de fábrica); e o então recém-lançado VW Up TSi, equipado com um três-cilindros turbo de um litro e 105 cv.

Os dois carros saíram parados, e até mesmo o proprietário do Civic VTi disse que a culpa pode ser dividida entre o piloto e o motor, cujo torque máximo de 15,3 mkgf (original de fábrica) só aparece por volta das 7.000 rpm. No Up TSi o torque de 16,8 mkgf aparece já às 1.500 rpm. São mundos diferentes – em uma pista de arrancada, o motor naturalmente aspirado e girador precisa sair muito bem na largada, ou o turbinado com bom rendimento em baixa sem dúvida sairá na frente. Numa puxada posterior feita naquela mesma noite e com o VTi largando na rotação correta, o Up não teve chances.

 

A Belina do Capeta

“A Belina vai me dar um pau, véi… DESGRAÇADA!”

Antes de qualquer coisa: não faça vídeos com seu celular enquanto dirige. Primeiro, porque não se pode usar o celular ao volante porque é perigoso e proibido. Segundo, porque você corre o risco de registrar o momento em que, mesmo com sua Chevrolet S10 com motor 2.8 turbodiesel de de 140 cv a 180 km/h, é deixado para trás por uma Belina que, aparentemente, não traz nada de especial. Fica a dica.

Inúmeros especialistas e metidos a especialistas teorizaram qual poderia ser o segredo da “Belina do Capeta”, e há quem diga que tem algo a ver com a Autolatina – seria puramente a força do motor AP 1.8 a álcool? Um sleeper com cara de carro de pedreiro? Fé em Deus e pé na tábua? Ou tudo isto junto? Nunca saberemos.

Por outro lado, certas perguntas não precisam de resposta.

 

Fiorino Diablo

Este Fiat Fiorino (ou, bem, o que restou dele) é o “Fiorino Diablo” desde março de 2008, quando seu vídeo foi postado. O dono do carro, identificado apenas por “Alex Pimentinha”, não se acanha em mostrar “toda” a “tecnoligia” de seu “bólido”. Com seu sistema de “turbo com nitrox injetado”, “cabo de aço importado dos EUA para fechar o capô” e “350 cv”, a picape, que mais parece uma pilha de metal enferrujado, se garante: depois de provocar um Honda Civic em uma rodovia de Anápolis/GO e ultrapassá-lo, Alex chega MUITO perto de encostar nos 180 km/h do painel em um carro que provavelmente mal tem freios.

A ironia fina do rapaz em descrever a “ficha técnica” da picape e a velocidade altíssima marcada no painel, naturalmente, transformaram este vídeo em outro clássico.

 

Sons de motor com a boca

Todo moleque já nasce com predisposição para fazer barulhos de carro com a boca – habilidade essencial para atividades futuras que envolvem carrinhos de brinquedo. Como brincar sem efeitos sonoros? Acontece que tem gente que leva a sério esta arte e consegue aprimorar a técnica à perfeição.

Este rapaz de boné virado para trás se chama Steven e usa apenas sua boca para imitar roncos de motores dois-tempos e quatro-tempos de moto, o boxer arrefecido a ar do Fusca, motores V6 e seis-em-linha de drift e até o flat-four da Subaru. Tudo de forma extremamente convincente, especialmente nas reduções de marcha – até os cortes de giro são extremamente realistas. O modo como ele “troca as marchas” com a garrafa d’água adiciona realismo à interpretação. Se você não tentou fazer como ele depois de assistir, você provavelmente não é humano. Qual é a sua espécie?

 

Ronco de V10 com uma latinha

Agora, se você acha que é possível ficar ainda mais convincente, saiba que um argentino (pois é…) levou este negócio todo de imitar carros com a boca a um novo nível. Quer dizer, no caso dele o motor é um V10 Lamborghini. Com a ajuda de uma lata, o nível de realismo da imitação é assustador.

Isto acontece porque, como o rapaz explica em um inglês de sotaque britânico extremamente forçado, o ronco de um V10 pode ser dividido em frequências alta, média e baixa, cada uma delas reproduzida por um elemento envolvido na imitação: as frequências médias são feitas pelos lábios; as frequências altas, pela vibração da lata dobrada ao meio e as frequências médias, pela sua voz. É preciso treinar um pouco para harmonizar as três frequências, mas com um pouco de treino tudo fica bastante intuitivo.

 

Renault Twingo se acidenta ao vivo

Há alguns anos, um Renault Twingo preto se acidentou em uma cidadezinha no interior da Croácia. Naquilo que provavelmente foi uma curva mal calculada, o pequeno hatchback francês perdeu o controle e decolou em direção a uma ribanceira e capotou, ficando completamente destruído. E o mundo todo sabe disto porque foi registrado ao vivo por uma câmera de TV. Um minuto de silêncio, por favor.

O personagem real deste vídeo, porém, é o senhor que está sendo entrevistado, fumando seu cigarro e acompanhando vagarosamente a trajetória do compacto francês, como quem diz “olha só, mais um!”

 

“YOU ARE MY NEMESIS!” ou “A força do pensamento”

Você é o dono de um Porsche 911 participando de um track day, na cola de um Ford Mustang de quarta geração que já está há algum tempo na sua frente, tentando ultrapassá-lo mas ele não deixa. Por mais que track days não sejam corridas, é comum que os participantes façam pequenas disputas entre si.

O que talvez não seja tão normal é gritar feito um supervilão de dentro do carro coisas como “VOCÊ É MEU MAIOR INIMIGO E EU VOU ACABAR COM VOCÊ” enquanto busca uma oportunidade de tomar seu lugar. Até que talvez porque você estivesse querendo muito que isto acontecesse, o Mustang perde o controle e sai da pista.

O que você faz? É óbvio: passa devagarzinho por ele, admira sua desgraça e, então, acelera novamente, rindo feito um lunático. Atenção: o automobilismo pode deixar as pessoas meio malucas, mesmo.

 

Taca-lhe pau, Marcos!

“Lá vem o Marcos… descendo o morro da vó Salvelina. Taca-lhe pau, Marcos! Taca-lhe pau nesse carrinho, Marcos!” Pode não ser um carro de verdade, mas todo entusiasta já foi criança – e sabe o tamanho da adrenalina que é dirigir qualquer coisa que se pareça com um carro quando a gente ainda não pode dirigir um carro de verdade. “Mazá Marco véio!”

 

WHY DID YOU TURN?

Ao tentar enfiar seu Honda Civic EG hatchback modificado em uma caçamba de caminhão com a ajuda dos amigos e da namorada, este cara chamado Brian teve de ver, com dor no coração, o carro errar a entrada e bater no outro veículo. “WHY DID YOU F*CKING TURN?” (algo como “POR QUE VOCÊ VIROU, P*RRA?”), Brian grita para a garota (desesperado), ao que ela só responde “I didn’t turn!” (“Eu não virei!”). Todos nós ficamos com pena no começo mas, pensando bem, foi uma ideia péssima, para dizer o mínimo.