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Zero a 300

FCA e PSA assinam fusão, GM pode ser multada em R$10 milhões por vazamento de combustível, Nissan GT-R ganha versão RWD e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

FCA e PSA assinam fusão, criando o quarto maior grupo automotivo do mundo

Hoje é um dia histórico: foi oficializada a fusão entre FCA e PSA, criando assim o quarto maior conglomerado automotivo do mundo, ultrapassando a Ford Motor Company e a General Motors, ficando atrás apenas do grupo Volkswagen, da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi (que inevitavelmente possui uma gota de suor na têmpora após a notícia de hoje) e Toyota. Estrategicamente, este grupo trará alterações profundas na indústria automotiva em escala global. Simbolicamente, representa a união de duas dinastias, os Peugeot e os Agnelli. O nome da nova companhia ainda será definido – boa sorte a quem for o responsável por resolver uma sopa de quatro consoantes e apenas uma vogal.

O guarda-chuva é imenso, abrangendo Fiat, Abarth, Jeep, Dodge, Ram, Chrysler, Lancia, Iveco, Autobianchi, Alfa Romeo, Maserati, Opel, Peugeot, Citroën, DS Automobiles, Vauxhall e Free2Move. Ou seja, tanto marcas com força nos EUA quanto na Europa e América Latina, tanto de automóveis de passeio quanto de veículos de serviço. Vale lembrar que a Ferrari não faz parte da FCA desde 2016, ainda que os Agnelli e Piero Ferrari efetivamente possuam a maior parte da companhia – mesmos acionistas, companhias diferentes.

Esta manobra foi idealizada por Sergio Marchionne em 2017 justamente com o fim de proteger a Ferrari de flutuações de ações e de fusões que possam colocar em risco a identidade de uma das marcas mais valiosas da história. Era também de Marchionne o sonho de realizar grandes fusões em condições equalitárias para a FCA: na ocasião da fusão com o grupo Chrysler, ele declarou à imprensa “a indústria automotiva é muito fragmentada, e o capital necessário para fazê-la seguir adiante é excessivo”.

A afirmação de Marchionne procede especialmente hoje em dia, com plataformas cada vez mais sofisticadas em metalurgia, motores a combustão extremamente complexos sendo desenvolvidos em paralelo com a busca de fontes de energia alternativas, tecnologia autônoma e ciclos de produtos curtos. O custo disso é uma redução de ofertas de trabalho na área técnica e uma tendência à diluição de identidade de marca – não necessariamente a visual.

A nova empresa terá sede na Holanda e seu board será constituído de onze membros: cinco membros nomeados pela PSA e cinco pela FCA, incluindo representantes trabalhistas de ambas as empresas. O board será encabeçado nos próximos cinco anos pelo CEO da PSA, Carlos Tavares. Nenhum acionista poderá exercer mais do que 30% dos votos expressos nas Assembléias Gerais. As ações estão divididas em 50:50.

Com a fusão, uma das metas das companhias é obter uma redução de custos da ordem de 3,7 bilhões de euros (16,76 bilhões de reais em conversão direta) – deste montante, 40% virão de sinergias entre produtos e plataformas, 40% de compras em escala e outros 20% em concentração de marketing, TI, logística e administrativo. De acordo com as empresas, estas sinergias não estão baseadas no fechamento de fábricas – mas é de se esperar demissões em médio prazo com a concentração de esforços técnicos, por exemplo. As fusões combinadas a desenvolvimentos globais estão deixando o mercado cada vez mais estrangulado para os engenheiros automotivos.

Após o anúncio, as ações da PSA subiram 4,3% na bolsa de Paris. Na bolsa de Milão, as ações da FCA chegaram a subir 1,75%. (Juliano Barata).

 

Procon de São Paulo pode multar GM em até R$ 10 milhões por vazamentos de combustível

Nesta semana vimos aqui mesmo no Zero a 300 que a GM emitiu recentemente boletins técnicos para reparo em parte da linha de combustível do compacto. Isso depois do fiasco do software defeituoso que poderia até causar a quebra do bloco do motor do carro — causa do incêndio ocorrido em uma unidade no Nordeste.

Segundo os boletins, a mangueira em Y que leva o combustível do tanque para o filtro está fora de especificação e pode se soltar ou se romper. Segundo a fabricante, não se trata de um recall, mas de uma “campanha de serviço” e essa diferenciação levou o Procon de São Paulo a notificar a fabricante por não ter convocado a campanha como um recall.

Segundo a lei brasileira, um recall deve ser convocado quando o defeito gera risco aos usuários ou a terceiros. Como se trata de um vazamento de combustível, que pode dar origem a incêndios, o Procon considera que a GM deveria ter convocado o recall, notificando o Ministério da Justiça e divulgando o chamado nos meios de comunicação.

Desta forma, para o Procon a GM violou o Artigo 10 do Código de Defesa do Consumidor, e está sujeita a multa de até R$ 10 milhões caso sua justificativa seja rejeitada pelo órgão. (Leo Contesini)

 

JRM GT23: um Nissan GT-R de tração traseira e 502 kg mais leve

Enquanto a Nissan arrasta a geração atual para o décimo-quarto ano de produção e uma nova geração foi postergada para prazo indefinido, alguém fez mais do que colar adesivos, fazer uma pintura especial e chamar de edição comemorativa.

E esse alguém é ninguém menos que a JRM, a empresa de competições britânica responsável pelo GT-R de GT3. O JRM GT23, como foi batizado o super GT-R, ganhou uma carroceria widebody toda em fibra de carbono, interior extremamente aliviado e similar ao Nismo GT1, o câmbio de dupla embreagem deu lugar a uma transmissão sequencial, o sistema de tração integral foi para o espaço, cedendo lugar à boa e velha tração traseira e o veículo recebeu uma série de elementos aerodinâmicos.

Por fim, um tapinha de mais de 50 cavalos elevando o VR38DETT para 659 cv – ou, caso você queira o opcional Extreme Pack, terá 760 cv, além de um sistema de extintor, cintos e gaiola de competição, macacos hidráulicos e um difusor mais agressivo. Na balança, o GT23 pesa 1.275 kg, contra os mastodônticos 1.777 kg do modelo de produção.

Na prática, o JRM GT23 é um carro de corrida que pode utilizar placas, e a presença do câmbio sequencial combinado à oferta dos slicks de 325 mm no pacote apenas reforça essa ideia.

Embora seja um sopro de ar fresco para o Godzilla, será um sopro bem curto: apenas 23 unidades serão fabricadas (daí o nome) por nada menos que 380.000 libras esterlinas, dois milhões de reais em conversão direta – valor quatro vezes superior ao GT-R de aniversário de 50 anos (acima), que traz a cor Bayside Blue, adesivos e logotipos temáticos e forrações diferenciadas. (Juliano Barata)

 

Opel Corsa é registrado no Brasil, mas não será vendido por aqui

Na tarde desta última terça-feira (17) correu a notícia de que a atual geração do Corsa — o Opel Corsa F — teve seu desenho registrado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial. O registro em si não significa nada além de que ele está protegido pelas leis de propriedade industrial, ou seja: nenhuma fabricante além da reclamante dos direitos pode produzir um carro chamado Corsa com aquele desenho.

Houve uma certa repercussão nas redes sociais, mas é improvável que o Corsa seja relançado no Brasil. E estou falando “improvável” apenas por uma questão de resguardo. Não creio que a PSA pretenda trazê-lo ao país por duas razões: a primeira é que, apesar de a PSA ter mencionado vagamente a possibilidade de vender modelos Opel no Brasil, a fabricante ainda precisa recuperar suas duas marcas, Peugeot e Citroën.

A segunda é que, ainda que compartilhe a plataforma com o Peugeot 208 — que será produzido na Argentina —, como seria seu posicionamento no mercado? Ele disputaria com o próprio 208? Seria posicionado acima dele, em um segmento que não existe? Faria sentido abrir concessionárias Opel, ou mesmo uma “divisão” Opel nas lojas Citroën e Peugeot? Além disso, para efeitos práticos, o público lembra do Corsa como um Chevrolet. Vendê-lo como Opel seria introduzir uma marca desconhecida pelo grande público. Vendê-lo como um Peugeot… bem, isso já vai acontecer, não? (Leo Contesini)

 

Morreu Bill Simpson, pioneiro da segurança nas pistas

O piloto e fundador da marca de equipamentos de segurança que leva seu nome, Bill Simpson, morreu nesta última segunda-feira (16) aos 79 anos. Apesar de ter disputado provas de monopostos da SCCA, da USAC e até mesmo ter chegado em 13º na Indy 500 de 1974, ele ficou mais conhecido por suas inovações de segurança.

Foi ele quem inventou os para-quedas para dragsters depois de um acidente deixá-lo com os dois braços quebrados aos 18 anos, em 1958. Mais tarde ele melhorou o projeto e o instalou no carro do lendário Don Garlits, que popularizou esse tipo de freio nas arrancadas.

Na década seguinte ele conheceu o astronauta Pete Conrad, que apresentou a Simpson um novo material da NASA chamado Nomex, que era usado como retardante de fogo. Com acesso ao material, ele criou o primeiro traje anti-chamas do automobilismo e, para provar que o negócio funcionava de verdade, ele vestia a roupa e ateava fogo a si próprio, em um perfeito exemplo de “skin in the game”, como dizem os americanos.

É praticamente impossível que você acompanhe automobilismo ou mesmo a cultura automobilística e não tenha conhecido ao menos um dos produtos de Bill Simpson. Além dos trajes, ele também foi um dos primeiros a vender capacetes fechados (full face) e criou um dos modelos mais famosos da história, o Simpson Bandit.

Bill Simpson tinha 79 anos e sofreu um AVC na sexta-feira (13). Ele ficou internado até segunda-feira, mas não resistiu. (Leo Contesini)

 

Peugeot prepara terreno para o novo 208 enxugando o catálogo atual

Falando em PSA, há alguns dias, mostramos a vocês que a Peugeot brasileira havia lançado o hotsite do novo 208. A princípio apenas um formulário de prospecção, sem informações adicionais, embora já seja sabido que o modelo será lançado no ano que vem, com produção na Argentina, motor 1.2 turbo com injeção direta, 130 cv e 20,4 kgfm de torque e posicionamento acima do 208 atual, que permanecerá em produção como um modelo de entrada da marca, uma prática meio provinciana que é cada vez mais comum no Brasil e que é bastante lucrativa para as marcas. Para os consumidores? Embora pareça bacana, nem tanto: eles se beneficiariam de descontos mais agressivos do phase-out da geração atual.

Ontem, mudanças no catálogo de preços da Peugeot para o ano-modelo 2020 confirmam este reposicionamento do 208 atual: sobraram apenas duas versões com o motor 1.2 PureTech (Active e Allure, por R$ 60.090 e R$ 66.290, respectivamente) e duas com o 1.6 aspirado (Active Pack automático por R$ 69.090 e Griffe 1.6 automático por R$ 77.090). Neste exato momento, o configurador do 208 no site da Peugeot está apresentando links quebrados – reforçando que mudanças estão sendo feitas pelo pessoal de TI.

Vale lembrar que o 208 já chegou a ter sete versões no Brasil, incluindo o GT 1.6 THP, que deixou de ser fabricado. A nova geração do 208 é um veículo interessante e extremamente importante para a Peugeot, que precisa voltar a tracionar no mercado brasileiro com urgência (Juliano Barata).

 

Executivo da BMW defende novas grades grandes e diz que o consumidor aprovou

Os lançamentos recentes da BMW causaram polêmica entre os fãs da marca pelas grades enormes, o mais recente exemplo é o Concept 4 que adianta como será o novo Série 4. A característica grade “duplo rim” da BMW tem desde o Neue Klasse altura próxima a dos faróis, nos novos Série 7 e X7 ela cresceu de forma significativa e no Concept 4 vai do capô até a base do para-choque.

Apesar de toda a revolta dos fãs, o vice presidente sênior de gerenciamento de produto da BMW, Peter Henrich, afirmou para a revista Autocar que o feedback das novas grades é positivo. O executivo reforçou o argumento dizendo que os dados coletados com os consumidores foram bastante positivos e isso é crucial para o sucesso. Henrich diz que os clientes da BMW não tem medo de carros com design ousado e caráter forte.

Sobre as criticas dos fãs da marca o executivo rebateu dizendo apenas que as pessoas procuram algo para criticar ou tem medo de coisas novas. A outra polêmica é a grade unificada usada no conceito Vision iNext de 2018, que traz uma préxia do estilo da linha de elétricos da BMW. Henrich admitiu que esse design foi abandonado devido o feddback negativo. O desenho da grade sem a divisão foi feito para posicionar os sensores da condução autônoma, mas o fabricante já está trabalhando em sensores que podem ler através do cromo da grade. Henrich adianta que os futuros iNext, i4 e iX3 terão uma grade falsa com o duplo rim separado.

Essas falas de Peter Henrich confirmam então os flagras do novo M3 com grade grande e aponta que esse será o estilo que o fabricante vai seguir. Os fãs conseguiram manter o cambio manual e a tração traseira do M3 em uma versão mas não ganharam a batalha das grades. Bom para os fabricantes de portões. (Eduardo Rodrigues)

 

Porsche lança Macan GTS reestilizado

A Porsche apresentou a versão GTS do Macan reestilizado, a versão esportiva se posiciona entre a intermediária S e a topo de linha Turbo. O novo GTS troca o V6 3.0 usado antes do face-lift por uma versão amansada do novo V6 2.9 que estreou no Macan Turbo, a potência subiu de 360 cv para 380 cv. Segundo a Porsche a aceleração de zero a 100 km/h é de 4,7 segundos e a velocidade máxima é de 260 km/h.

A linha GTS da Porsche tem mais foco em desempenho nas curvas que em retas, para isso o Macan GTS vem de série com a Porsche Active Suspension Management (PASM) com acerto voltado para a dinâmica. As rodas são de 20 polegadas calçadas com pneus de performance e os freios usam discos de 360 mm, discos com revestimento de carboneto de tungstênio e discos de cerâmica são opcionais.

Por fora o GTS se destaca do resto da linha por vir de série com vários detalhes em preto brilhante, como os emblemas, as rodas RS Spyder Design, moldura das janelas e faixa lateral. Os faróis recebem máscara negra e as lanternas são fumê para completar o visual esportivo. Por dentro o Macan GTS vem com bancos forrados em couro com centro em Alacantara, as costuras, cintos de segurança e o conta-giros são vermelhos.

O Macan GTS é o último modelo da família a receber o face-lift, ele já consta no site brasileiro da Porsche mas ainda não possui preço divulgado. O Macan S vem por R$ 419.000, o GTS quando começar a ser vendido em 2020 deve chegar próximo de R$ 500.000. (ER)

 

As novidades do update de Natal de Gran Turismo

A Polyphony Digital anunciou o novo update para o simulador Gran Turismo Sport, a principal novidade é o aguardado retorno do circuito de Laguna Seca. A seleção de carros adicionados foi um pouco modesta, são sete modelos novos mas três deles são versões pace car de outros carros.

A adição mais interessante é o novo Ford GT, que chega apenas na versão de rua. Outro carro que vai agradar aos entusiastas é o Golf GTI de primeira geração, que é modelo 1983, o último da primeira geração. Outro esportivo acrescentado é o Porsche 911 Carrera RS Clubsport da geração 993, uma versão de peso aliviado e motor aspirado focada em uso em pista. E para continuar na tradição da série de ter carros japoneses que não veríamos em outros jogos foi adicionado o Toyota Crown Athlete G, a versão esportiva do tradicional sedã de luxo japonês, equipada com um V6 3.5 de 315 cv.

Os pace cars adicionados são baseados no Renault Megane RS Trophy, no Toyota Crown e no Dodge Charger Hellcat. O pace car do Charger vem com quebra mato e luzes auxiliares nas colunas A como nas viaturas policias americanas. O update vai ao ar nessa quarta-feira (18). (ER)