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Zero a 300

Felipe Nasr vence Daytona | O novo Golf R | O Fleximan e mais!

Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos a mais uma edição do Zero a 300, nossa seleção diária com tudo o que está rolando de mais importante no universo automobilístico para você não ficar rodando por aí atrás do que interessa de verdade. Gire a chave e acelere com a gente!

 

Felipe Nasr vence 24 de Daytona com Porsche

Felipe Nasr é vencedor das 24 horas de Daytona 2024, junto com Dane Cameron, Matt Campbell e Josef Newgarden. A Equipe é gerenciada pela Penske, e usa o Porsche 963; a vitória já abriu as especulações sobre uma possível vitória da marca em Le Mans este ano.

A grande notícia desta, primeira prova da temporada, é a velocidade dos Cadillac. Desde a qualificação no domingo passado até as primeiras horas de sábado e as 24 Horas de Daytona de domingo, os Cadillac dominaram. Foram dois Cadillac V-Series.R de duas equipes de fábrica separadas. Mas a corrida terminou com uma batalha de 40 minutos entre duas das maiores estrelas da IMSA: Cadillac vs Porsche. Muito pela atuação de Nasr, a Porsche emergiu vitoriosa.

Nasr defendeu sua posição contra Tom Blomqvist no que parecia ser um Cadillac mais rápido. Não apenas não permitiu a passagem de Blomqvist, mas também construiu folguinha e garantiu que Blmoqvist não tivesse uma chance de ultrapassar. O ex-piloto de Fórmula 1, bicampeão da IMSA e piloto de fábrica da Porsche garantiu à marca sua maior vitória da era LMDh até o momento.

Na categoria GTD Pro, a vitória foi do Ferrari 296 da Risi Competizione muito por sobrevivência, vencendo por uma boa margem o Porsche 911 GT3 R “Rexy”.O BMW M4 GT3 nº 1 da Paul Miller Racing ficou a dez segundos da Ferrari durante a maior parte do dia, mas um problema no rotor do freio o fez terminar em terceiro. A Ferrari venceu também a pro-am GTD, com um Ferrari 296 do piloto Daniel Morad.

A temporada continua com as 12 Horas de Sebring no dia 16 de março. A temporada europeia começa algumas semanas antes, com os 1.812 km do Qatar em 2 de março. A 101º 24 Horas de Le Mans está marcada para 16 de junho. (MAO)

 

Porsche acredita que fim da combustão interna será adiado

Durante o lançamento do Macan EV em Cingapura, em declarações à Automotive News Europe, o CFO da Porsche, Lutz Meschke, disse: “Há muitas discussões neste momento em torno do fim do motor de combustão. Eu acho que pode ser adiado.”

Como sabemos, ele se refere à proibição de vendas de carros novos com motores de combustão na União Europeia, marcado para a partir de 2035. O comentário parece dizer respeito à todo motor à combustão. Vem depois de uma exceção já solicitada e em estudo: em março de 2023, a Reuters informou sobre o projeto da Comissão Europeia para permitir a venda de novos carros ICE após 2035, desde que os veículos funcionem com combustíveis “neutros para o clima”.

A Porsche projeta que mais de 80% dos carros vendidos globalmente, anualmente, serão elétricos até 2030. E a empresa mostrou sua dedicação a isso recentemente, com o novo Macan totalmente elétrico; teoricamente não existirá à combustão interna. Embora agora saibamos que isso vale só para a Europa: no resto do mundo o carro atual de geração passada, com motor a combustão, permanecerá a venda.

Enquanto isso, nos EUA, Uma coligação de concessionários está lutando contra os mandatos de carros elétricos do Governo: mandou uma segunda carta ao presidente Joe Biden, em apenas dois meses. Desta vez, aproximadamente 4.700 concessionárias abrangendo todos os 50 estados estão instando o Presidente a “pisar no freio” no proposto Electric Vehicle Mandate, afirmando que “a infraestrutura não está preparada” para um futuro totalmente elétrico

A primeira carta é de novembro de 2023, e foi assinada por 3.882 concessionárias. Ficou sem resposta. O grupo então aumentou o número de signatários e escreveu de novo à Joe Biden, descrevendo o mandato como “completamente irrealista”.

O mandato não proíbe o motor à gasolina: diz respeito a padrões de emissões de veículos propostos pela EPA para o ano modelo 2027-2032, previstos para serem confirmados oficialmente em março de 2024. Esta proposta visa uma participação de mercado de 60% para vendas de novos veículos elétricos a bateria nos EUA até o ano modelo 2030, com um aumento adicional para 67% até 2032. (MAO)

 

VW mostra imagens do novo Golf R

Nem mal terminou o lançamento da nova geração “Mk8,5” do Golf, a VW, que tinha deixado de fora dele o topo de linha Golf R, mostrou imagens teaser agora do mais radical dos Golf. O lançamento completo está previsto para meados de 2024.

As imagens não dizem muito: parece mais um dos Golf Mk8,5. Afinal de contas, a maior parte das mudanças do R são mecânicas, como a tração permanente nas quatro rodas. Muito pouca novidade é visível pelas fotos; dá para ver o sensor de radar montado na frente, mas qual a novidade aqui? Outros carros da linha também o tem.

Nenhum outro detalhe foi revelado da versão. Como o novo GTI recebeu um aumento de 20 cv na potência máxima, deve se esperar um aumento similar para o R. A geração anterior do GTI tinha 241 cv e o R, 315 cv; mas versões especiais como o R333 chegaram à (dã!) 333 cv. Nosso Chute? Algo próximo do R333, nesta nova geração, como equipamento de série. Na Europa, a geração anterior do R podia vir como perua também, mas não se sabe se continuará.

Na geração anterior, o R podia vir opcionalmente com câmbio manual de seis marchas, ainda que só no mercado americano; como até o GTI Mk8.5 agora é exclusivamente DSG, espera-se que isto continue na versão R, infelizmente.

Na Europa, porém, o câmbio manual continua presente do outro lado do espectro: nas versões mais baratas do Golf. Parece que o público europeu, apesar de tudo, ainda enxerga os claros benefícios de preço, desempenho e economia da caixa manual. O carro básico vem com o 1.5 TSI de 113 ou 148 cv, a gasolina, e tração dianteira via transeixo manual de seis velocidades. Há também um diesel 2.0 TDI de 113 cv com a mesma caixa manual de seis velocidades. (MAO)

 

Fleximan: o destruidor de radares italiano

Vandalismo é algo condenável, fora da lei, que não devia acontecer com a propriedade de ninguém, pessoa física ou jurídica, estatal ou particular.

Mas parece que o caso aqui, embora vandalismo claro, tem de fundo bem mais complexo, que devia ser discutido como tal. Afinal de contas, vamos falar sério: a epidemia de câmeras de velocidade que se espalha pelo mundo é mais arrecadatório, e controlador (no estilo explicitado por George Orwell), que proveniente de alguma preocupação com a segurança da população. É anti-liberdade, anti-carro, e anti-privacidade. Quando isso acontece, a revolta e ação fora-da-lei parece inevitável.

Na Itália, algumas pessoas se cansaram e resolveram tomar ação contra as tais câmeras. Um personagem chamado “Fleximan”, já tornado herói popular como Robin Hood, está derrubando e destruindo câmeras na calada da noite.

Fleximan deve o seu nome à ferramenta preferida para derrubar radares de velocidade: a serra portátil rotativa, que naquele país é chamada de “flessible”.  Mas essa não é a única ferramenta usada para incapacitá-los. Alguns também foram explodidos, alvejados por tiros ou pedras, ou mesmo derrubados com equipamentos agrícolas.

A verdade parece ser que não existe um único “Fleximan”. Em vez disso, pessoas anônimas em todo o norte da Itália parecem estar usando (ou recebendo) o nome ao desligarem as câmeras em sua região. Um movimento.

E eles estão se tornando populares. Cartazes surgiram por toda a Itália celebrando Fleximan, e as pessoas nas redes sociais têm criado arte no estilo de quadrinhos na forma de super-heróis. A polícia, porém, não riu: está levando o assunto à sério, e perseguindo os criminosos.

Os crimes são considerados suficientemente significativos para que um braço paramilitar da polícia Carabinieri, que normalmente se concentra na perseguição de membros da máfia e de terroristas, tenha assumido o comando do caso Fleximan. E eles já alcançaram algum sucesso: na região de Verbano, um trabalhador da construção civil de 50 anos, sem esposa ou filhos, foi preso por desmontar um radar de velocidade, informa o Corriere Della Sera. A polícia o considera o primeiro Fleximan a cair. E eles dizem que querem mais.

Apesar de ser um crime, o que obviamente é condenável, não parece ser uma ação de gente inerentemente criminosa, essa. Parece uma ação de desobediência civil, que sempre acontece quando governos não estão abertos a discutir assuntos de forma ampla com a população, e mudar a sua forma de agir. Parece tão óbvio que uma redução de números de radares faria o movimento perder força imediatamente, não? Quem sabe assim os Carabinieri poderiam voltar a fazer seu trabalho de verdade: prender assassinos e ladrões, e não trabalhadores cansados de pagar multas ridículas, a ponto de tomar ação. (MAO)