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Ferrari Monza é revelada em evento privado
Há pouco mais de um mês a Ferrari divulgou o teaser de um speedster com a data 17 de setembro de 2018. Nos pareceu claro que a marca tinha um novo modelo pronto para ser revelado dali a 40 dias. Na ocasião, especulava-se que o modelo seria batizado Ferrari Monza, em homenagem aos speedsters dos anos 1950 e 1960 da marca, que receberam o mesmo nome.
Pois bem, o dia 17 chegou, o carro foi revelado — mas não ao público, e sim em um evento fechado, reservado a convidados da Ferrari. Mas nestes tempos de selfies e instagram e redes sociais, é claro que as fotos “vazaram”, revelando mais deste modelo especial. Ou melhor dizendo, destes modelos especiais.
Sim, no plural, porque são dois modelos, e não apenas um: a Ferrari Monza SP1 e a Ferrari Monza SP2. A diferença entre ambos ainda não está clara, uma vez que apenas as fotos foram reveladas. O que podemos ver é que a SP1 tem apenas um lugar, com o lado direito do cockpit fechado por uma cobertura aparentemente removível, como os speedsters de corrida dos anos 1950, enquanto a SP2 tem dois lugares. Ambas são equipadas com bancos tipo concha e cintos de quatro (ou cinco) pontos, e têm pinturas clássicas — prata com a faixa amarela no bico, como a 250 GTO que venceu o Tour de France em 1962; e preto com a dianteira vermelha como a 250 Testa Rossa que disputou as 24 Horas de Le Mans em 1957.
As duas também são baseadas na 812 Superfast, como era esperado, e tecnicamente são as sucessoras da F12 TdF. Não há detalhes sobre a motorização, mas espera-se que elas tenham algum leve upgrade no V12 de 6,5 litros e 800 cv do modelo base. Espera-se também que, com isso, elas sejam sutilmente mais rápidas que a 812 na aceleração de zero a 100 km/h (2,9 segundos) e na velocidade máxima (340 km/h).
Ainda não há data para a estreia pública do carro, mas é provável que ela seja revelada no Salão de Paris, no início de outubro.
Prefeitura de São Paulo lança site com dados de acidentes de trânsito
A Prefeitura de São Paulo lançou nesta última segunda-feira (17), uma plataforma online para divulgação dos dados de acidentes de trânsito na capital. Com a novidade, o acesso aos dados e estatísticas de acidentes se torna mais ágil, otimizando também a análise de fatores de risco e elementos comuns aos acidentes — algo essencial para reduzir as mortes.
Até agora, as informações sobre os acidentes na capital eram disponibilizados somente nos relatórios anuais da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), ou pelo sistema Infosiga, do governo estadual, com base em dados das Polícias Civil e Militar.
A plataforma, batizada “Vida Segura”, pode ser acessada por este link e traz informações sobre a localização dos acidentes, tipo de acidente, data e horário em que ocorreram e pontos críticos por região, além da identificação do sexo e idade das vítimas e veículos envolvidos. O sistema ainda integra dados de acidentes dos últimos três anos completos, e usa dados dos boletins de ocorrência e consideram a condição das vítimas por até 30 dias após o acidente. Os dados de 2018 ainda serão inseridos e, a partir de abril de 2019, a atualização do sistema será trimestral, e não mais anual como acontece atualmente.
Audi lança seu primeiro SUV elétrico, o e-Tron
Na semana passada foi a Mercedes, agora é a vez da Audi apresentar seu primeiro modelo 100% elétrico produzido em grande escala. Batizado apenas E-Tron, ele chegará às lojas europeias no final deste ano por 80.000 euros — cerca de R$ 380.000.
Com visual lembrando mais uma perua aumentada do que um SUV, o e-tron usa dois motores não-sincronizados, alimentados por um pacote de baterias de 5kWh. A Audi não divulgou a potência do carro, mas disse que ele será capaz de chegar aos 100 km/h em 5,5 segundos e à máxima de 200 km/h limitada eletronicamente.
Os motores, além de fornecerem tração nas quatro rodas, também podem atuar como geradores de energia sempre que o acelerador é aliviado ou o freio é pressionado. De acordo com a Audi, a autonomia pode ser estendida em até 30% com a energia recuperada pelo sistema. No total o e-tron pode rodar até 402 km com uma recarga.
O modelo tem sete modos de condução e suspensão adaptativa capaz de variar a altura de rodagem em até 7,6 cm, além de ser equipado com um sistema de vetorização de torque capaz de distribuí-lo com mais eficiência que um conjunto 100% mecânico — algo até característico dos motores elétricos controlados eletronicamente.
Quanto ao tempo de recarga, uma das maiores preocupações dos elétricos atualmente, a Audi diz que é possível atingir uma carga de 80% em 30 minutos com os sistemas de recarga rápida.
Um elemento inédito no e-tron são os novos retrovisores externos “Virtual Mirrors”, um sistema que posiciona câmeras no lugar das lentes dos retrovisores, e projeta as imagens em telas posicionadas nos paineis das portas dianteiras.
SUV da Ferrari será chamado Purosangue, terá powertrain híbrido e chega em 2022
Ontem mesmo nos perguntávamos se o tal powertrain híbrido que estava sendo testado por uma mula de testes em Maranello não seria o powertrain do futuro SUV da Ferrari. Pois bem, ele será. Mas não chegará tão cedo quanto imaginávamos. Segundo a própria Ferrari, o modelo será lançado em 2022, se chamará Purosangue e não será um SUV.
Durante a apresentação dos planos futuros da marca, o atual CEO da Ferrari, Louis Camilleri, disse que “não quer ouvir esta palavra (SUV) na mesma frase que ‘Ferrari'”. O modelo, de fato, não será um brutamontes como o Lamborghini Urus. Em vez disso, tudo indica que ele será mais uma versão elevada de cinco portas da GTC4Lusso, com traseira fastback, um V8 biturbo na dianteira e um motor elétrico na traseira.
Como na GTC4Lusso, sua plataforma irá suportar tração nas quatro rodas, e o motor elétrico, além de propulsão, também fornecerá potência e torque extra no eixo traseiro.
Apesar da sonoridade herege, o “crossover” da Ferrari foi um desejo de Sergio Marchionne, que viu no modelo uma forma de ampliar a participação da Ferrari na China e aumentar a lucratividade da marca. Pense no Purosangue como o Cayenne italiano, o “mal necessário” para financiar novos esportivos cada vez mais radicais.
Jetta de “Velozes e Furiosos” está a venda – de novo
Você talvez lembre que, no final de 2015, o Jetta original usado no primeiro filme da franquia “Velozes e Furiosos” foi leiloado pela Barrett-Jackson por US$ 46.200 (cerca de R$ 190.000 atualmente). Agora, passados três anos, seu atual proprietário aparentemente decidiu “recuperar o investimento” e anunciou o carro no famoso site americano de classificados Autotrader. O preço? US$ 99.900 — uma suposta valorização de 116% em apenas três anos.
O modelo, como já vimos anteriormente, é um Jetta GL 1995 originalmente idêntico ao Golf GLX mexicano que tivemos por aqui, equipado com um motor 2.0 8v muito parecido com os AP, porém com cabeçote de fluxo cruzado. Era a resposta da Volkswagen ao Civic, ao Corolla e ao Sentra, os compactos japoneses mais populares nos EUA. O desempenho não empolgava — eram 116 cv, 10,5 segundos de zero a 100 km/h e máxima de 200 km/h.
Para o filme o motor ganhou um comando de 260 graus com polia ajustável, coletor de admissão Eurospeed, sistema de nitro com injeção no coletor, filtro esportivo K&N, cabos de vela Nology de 10 mm, escape de inox Sebring Tuning com saída dupla de fibra de carbono da DTM e ECU AMS. A suspensão original foi trocada por coilovers da H&R e barras estabilizadoras da Eibach, os freios usam discos de 343 mm na dianteira com pinças de quatro pistões da Brembo.
No quesito visual ele recebeu rodas Konig Tantrum (19×8) pintadas de branco, bodykit RS Racing Series da Wings West, alargadores de para-lamas do modelo europeu (Vento), retrovisores Hagus Sport, faróis Hella duplos e a asa traseira estilo “Commando”. Por dentro os bancos originais deram vez a um par de conchas Supersport da Sparco. Os cintos de três pontos foram trocados por um modelo de quatro pontos da RCI, e os instrumentos são da Gauge Works e Auto Meter. Há até uma gaiola AutoPower com suporte para câmera.
E como todo carro tunado da época, o Jetta também tem um sistema de áudio composto por um rádio Alpine CVA-1000, dois magazines de CD com capacidade para 18 discos no total, um vídeo-cassete Clarion, dois subwoofers SWR de 12 polegadas e, claro, um PlayStation 2.
Depois do filme, o carro foi comprado pelo ator-piloto Frankie Muniz (mais conhecido por seu papel de “Agente Teen”), que ficou com ele até o leilão de 2015. O carro também foi autografado por Paul Walker, pelo diretor do filme Rob Cohen, e pelo próprio “Jesse”, o ator Chad Lindberg.