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Audi inova nos comandos do novo Q3
A Audi anunciou uma nova geração do Q3, a terceira. Vem com faróis e lanternas traseiras bipartidos, e só as luzes diurnas superiores são imediatamente visíveis, já que os faróis principais de matriz LED “se escondem” atrás de um vidro fortemente escurecido, cercado por um acabamento preto brilhante.
A Audi diz que um único farol contém 25.600 micro-LEDs, cada um com aproximadamente metade da espessura de um fio de cabelo humano. De perfil a semelhança com o Q5 é impressionante, embora a Audi afirme que os arcos das rodas têm características de design derivadas do Quattro original. As versões mais altas vêm com rodas de 20 polegadas, enquanto o modelo básico conta com rodas de 17 polegadas. A largura dos pneus aumentou de 215 para 235 milímetros, enquanto o coeficiente de arrasto aerodinâmico foi reduzido de 0,32 para 0,30.
O Q3 básico vem com um motor turbo de 1,5 litro com desativação de cilindros, sistema híbrido leve, e 150 cv e 25 mkgf. A transmissão é automática de dupla embreagem e sete marchas, e a tração, dianteira. Há opção de 2.0 turbo de 265 cv e 40 mkgf, combinado com tração integral Quattro. Há até um diesel ainda, um 2.0 TDI com 150 cv e tração dianteira. O câmbio é sempre o DCT de 7 marchas.
O topo de linha em preço é um híbrido plug-in, com tração dianteira. Ele combina um motor a gasolina de 1,5 litro com um motor elétrico, resultando em uma potência total de 270 cv e 40 mkgf. A bateria tem capacidade líquida de 19,7 kWh, permitindo uma autonomia elétrica de 120 kms no ciclo WLTP. Quando descarregada, a carga CC de até 50 kW recarrega a bateria de 10% a 80% em menos de 30 minutos. Ao contrário dos modelos a gasolina e diesel, o híbrido utiliza uma transmissão automática de seis velocidades.
Mais interessante aqui, porém, é a tentativa da Audi de inovar nos comandos. Há um novo conjunto de botões-borboleta-alavancas atrás do volante para comandar piscas, luzes, limpador de para-brisa, e câmbio. Pelo video que explica o sistema, parece que aclimatação é necessária, e nos faz perguntar o motivo da inovação. Mas aguardemos experimentar para julgar; é o tipo de coisa que só experimentando é possível entender.
Um exemplo: os controles do limpador de para-brisa não estão mais onde você esperaria. Eles agora estão localizados no lado esquerdo do volante, onde a Audi instalou um pequeno botão para ajustar a intensidade dos limpadores. A borda externa da barra possui um botão que ativa uma única varredura do para-brisa; pressione-o por mais tempo e o limpador é acionado.
A ideia aqui parece ser liberar espaço no lado direito do volante para o seletor de marchas. Isso permitiu que o console central fosse simplificado, abrindo espaço para um par de porta-copos. Uma tampa deslizante agora esconde duas portas USB-C e um carregador indutivo refrigerado de 15 watts. Em 1968, o Galaxie 500 (somente como exemplo, claro) tinha uma alavanca grande na direita, e não precisava relocar nada para a esquerda. Sinceramente não entendi. Mas enfim, veremos quando chegar aqui.
A Audi lançará o novo Q3 na Europa em setembro, com preços a partir de € 44.600 (R$ 282.700) na Alemanha. (MAO)
Gordon Murray Specialty Vehicles estreia em agosto com dois carros
A empresa que Gordon Murray criou é realmente sensacional. Aproveita a sanha de novidades dos bilionários modernos por qualquer coisa cara de quatro rodas, para poder fazer um modelo de negócio que ao mesmo tempo é lucrativo, e feliz para a alma de seus criadores. Murray projeta algo que tenha vontade de projetar, faz 100 unidades dele, e parte para outra. Já vimos o T.50 e o T.33 acontecer, e agora parece que teremos outra fase na empresa.
Como sempre em empresas onde a criatividade é o motor, não espere mais do mesmo. Murray diz que é uma nova fase; que vem com uma nova divisão, chamada Gordon Murray Specialty Vehicles, ou GMSV.
Os novos carros estrearão durante a Monterey Car Week em meados de agosto — especificamente, em 15 de agosto, durante o evento anual conhecido como The Quail. A GMSV é bastante discreta sobre o que exatamente está trazendo, mas podemos especular.
Provavelmente diz respeito a personalização. Um dos veículos a serem mostrados será uma “encomenda personalizada do cliente”. Divisão de personalização é um gêiser de dinheiro para marcas de luxo hoje em dia, felizes de pintar seu carro de cor de abóbora cabotchan do cerrado, se assim milorde (ou Sua Majestade o Sheik) desejar, por um preço, claro. Aston Martin tem “Q”, Porsche tem a Sonderwunsh, e por aí vai; a tal GMSV pode ser isso. TODAS as marcas de luxo tem esse tipo de coisa hoje.
Já o segundo veículo a ser mostrado é um que foi “projetado pela equipe da GMSV”, segundo a empresa. E aí que as coisas podem ficar interessantes. Afinal de contas, Murray não é um de fazer igual a todos os outros.
Disse ele para o CarBuzz: “Há vários carros na minha cabeça que eu sempre quis fazer. Tenho todos esses carros na cabeça, mas eles não se encaixam perfeitamente no perfil da GMA, e não quero complicar as coisas com produtos da GMA.” Não sei vocês, mas eu, não tenho medo de confessar, deixo meu normal cinismo de lado e fico curioso. O que será que Mister Murray prepara para a gente agora? Mal podemos esperar. (MAO)
Porsche bate mais um recorde com o Taycan. Mas não em Nurburgring.
A tentativa da Porsche em fixar as credenciais esportivas de seu principal carro elétrico, o Taycan, é simples: tempos de volta. A empresa acredita que se funciona para o 911, funciona também para o Taycan. Do lado de cá a gente pensa: não tem nada a ver o (pééé) com as calças: são coisas totalmente diferentes. Mas se não é possível ganhar dos números de velocidade em linha reta de um Tesla S Plaid, então ganhamos dele em pista, é a lógica.
Mas é um tiro no pé danado, exemplificado pelo que aconteceu recentemente: uma empresa chinesa sem nenhuma história automobilística foi até o quintal da Porsche, uma pista antiga nas montanhas Eifel ao oeste da Alemanha chamada Nurburgring, e bateu o recorde da Porsche ali, com outro carro elétrico. O que fazer agora? Tentar retomar? Não vai ser fácil, e mesmo se conseguir, o estrago não estaria feito já?
Mas enfim: a notícia de hoje é que, bem, o Taycan bateu mais um recorde. No mês passado, estabeleceu uma nova volta rápida em Road Atlanta, superando o recorde anterior em 6,73 segundos, estabelecido por um Taycan Turbo S. O Taycan Turbo GT completou a pista de 4,08 km em 1:27.15, estabelecendo um recorde para veículos elétricos de produção. Até um Xiaomi aparecer por lá, a gente não pode deixar de pensar…
O carro que estabeleceu o novo tempo era equipado com o Pacote Weissach, que substitui os bancos traseiros por uma prateleira de fibra de carbono e adiciona uma asa traseira fixa. O Taycan com o pacote pode ter até 220 kg de downforce. O Taycan Turbo GT é o carro mais potente da marca até hoje: tem nada menos que 1107 cv.
Vale lembrar que bateu recorde também de carro elétrico em Interlagos, março passado, com tempo de 1:42.1. Talvez indo em pistas onde o recorde elétrico não existe ou é irrelevante, uma por uma ad infinitum, se mantenha a frente da Xiaomi nas notícias. Mas o legal mesmo seria repensar a estratégia; de onde enxergo, essa atual já foi para o beleléu com a queda do recorde em Nurburgring. Não acham? (MAO)
Toyota Hilux Champ registrada no Brasil
Todo mundo lembra do Toyota Hilux Champ; um projeto diferente, onde de Hilux, só o nome permanece. É um interessantíssimo projeto de carro dedicado ao trabalho; a necessidade de uso misto tem levado o Hilux normal para muito longe da lida como veículo de carga, criando a necessidade do Champ, ao mesmo tempo que libera o outro carro para ser veículo de passageiros mais dedicado.
É uma caminhonete com carroceria sobre chassi, tração traseira ou 4×4. Usa o mesmo motor 2.4 turbodiesel de algumas versões da Hilux, mas com 150 cv e 40,8 mkgf. O câmbio pode ser manual de cinco marchas ou automático de seis.
O Champ é um exercício de simplicidade, baixo peso e preço, o que sempre faz um veículo focado e sensacional em sua função. Na Tailândia, onde é comercializada desde o novembro de 2023, os preços começam no equivalente a R$ 64 mil.
Não há intenção oficial de produzi-lo ou importa-lo para o Brasil. No ano passado, porém, especulações neste sentido começaram quando a Toyota registrou algumas peças do Champ aqui no Brasil. O registro é só isso, um registro; serve para se proteger de cópias indevidas.
Agora, acontece outro registro de propriedade intelectual, o que causa nova rodada de especulações. Desta vez, a Toyota registrou o veículo inteiro. Muita gente enxerga uma volta do famoso Bandeirante, e especula sua introdução aqui, ou na América Latina. Mas a real possibilidade é baixa; o mercado para este tipo de coisa não justifica o investimento, provavelmente. Eu esperaria sentado, mas enfim, sempre há uma possibilidade. (MAO)