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Zero a 300

Fiat Cronos zera Latin NCAP // Audi quer o fim dos combustíveis fósseis // o novo HB20 e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Fiat Cronos bomba no Latin NCAP – VW Taos leva 5 estrelas

Os rigorosos testes do Latin NCAP fizeram mais uma vítima do mercado brasileiro: o Fiat Cronos, que não conseguiu nenhuma estrela nos testes. O carro foi mal tanto no teste de impacto frontal, quanto no teste de impacto lateral e na prova de efeito chicote, apesar de oferecer proteção satisfatória para crianças.

Segundo o Latin NCAP, no impacto frontal o Cronos apresentou “boa proteção à cabeça e pescoço do motorista e do passageiro”, enquanto a proteção ao tórax do motorista foi marginal e ao peito do passageiro foi boa.

Os joelhos do motorista e do passageiro receberam proteção marginal, pelo risco de impactos contra “estruturas perigosas atrás do painel”. A parte baixa das pernas do motorista teve proteção “boa e adequada”, enquanto a proteção para as canelas do passageiro foi “adequada” e a área dos pés foi considerada estável. O motivo do desempenho no teste frontal, segundo o Latin NCAP, foi a instabilidade da estrutura do habitáculo, que “não é capaz de suportar cargas maiores”.

No impacto lateral, o problema foi a intrusão da estrutura, maior do que a observada, o que resultou em proteção boa apenas para abdômen e pelve, mas fraca para o tórax e pobre para a cabeça. O impacto lateral contra poste não foi realizado porque o Cronos não tem airbags laterais de série. E o teste “whiplash”, que verifica o efeito chicote da coluna cervical e cabeça, observou uma proteção “pobre” para o pescoço e uma grande deflexão do encosto.

Além disso, o Latin NCAP, que deve viver em uma bolha abastada e com dinheiro infinito, mencionou que o Cronos não tem controle de tração de série, nem o irritante indicador sonoro de afivelamento do cinto de segurança, nem sistema de frenagem de emergência (sim, em um modelo de baixo custo para mercados “emergentes”).

Outro modelo do mercado brasileiro que foi avaliado pelo Latin NCAP — e teve um resultado completamente oposto ao do Cronos foi o Volkswagen Taos. O crossover passou por todos os testes com aprovação e obteve a nota máxima do NCAP latino.

No teste de impacto frontal foi observada uma estrutura estável e boa proteção, assim como nas outras duas provas de impacto direto. No teste de whiplash, o VW teve boa proteção para o pescoço, sem deflexão da estrutura do banco. O Taos ainda teve boa pontuação pela atuação do controle de estabilidade e pelo sistema de frenagem emergencial automática. Com isso, o crossover obteve cinco estrelas no teste.

Aqui é importante notar como a origem do projeto e o preço do carro afetam o desempenho nos testes cada vez mais severos. O Argo/Cronos usa uma evolução da plataforma do Palio/Siena, enquanto o Taos usa a moderna plataforma modular MQB. Além disso, os carros estão em patamares muito diferentes de preço, sendo o Taos um carro de maior valor agregado, o que permite a oferta maior de itens de segurança como equipamentos de série.

Como já dissemos anteriormente, todas as exigências do NCAP representam acréscimo no custo de produção de um automóvel — o que fatalmente (sem trocadilho aqui) irá afetar o valor final do carro — e daí a importância de se criar um cenário favorável ao desenvolvimento e fabricação de carros na região. Com custos elevados, baixa produtividade e carga tributária elevada, a segurança continuará custando caro.

 

CEO da Audi quer mundo “livre de combustíveis fósseis”

Enquanto algumas fabricantes questionam a velocidade acelerada da transição para veículos elétricos — levantando questões como custos e infra-estrutura de distribuição de eletricidade — o CEO da Audi, Markus Duesmann acha que é hora de nos livrarmos dos combustíveis fósseis.

Em uma conferência sobre o clima organizada na Alemanha, Duesmann disse que “as mudanças climáticas são causadas pelos combustíveis fósseis que estamos extraindo do solo”, e que “isso tem que parar” porque “precisamos de uma sociedade livre de combustíveis fósseis”.

A frase tem impacto e grande efeito de mobilização, mas a sabedoria popular diz que não devemos avaliar as coisas pela emoção. E dando uma boa olhada no panorama completo, encontramos os planos da Audi em lançar 20 modelos elétricos até 2025 e encerrar a produção de motores a gasolina até 2033. Para isso, a Audi irá lançar apenas veículos elétricos a partir de 2026 — ou seja: em apenas quatro anos, a Audi começará a abandonar os veículos a gasolina. Parece um prazo curto, considerando que a crise dos semi-condutores será atenuada somente entre o fim de 2022 e o início de 2023.

Diante disso, a declaração de Duesmann vai além da preocupação ambiental, e se torna uma necessidade para a viabilidade do planejamento da marca. Além disso, a Audi vem trabalhando desde 2015 no desenvolvimento de combustíveis sintéticos — eles já usaram até mesmo os gases da atmosfera e coliformes fecais (E. coli) para sintetizar hidrocarbonetos para combustíveis. É importante lembrar que a Porsche, parte do Grupo VW como a Audi, está bem avançada no desenvolvimento dos “e-fuels”.

Duesmann ainda completou dizendo que “algo que ajudaria a transição é uma infra-estrutura robusta de recarga”, que é algo em que a Audi também está investindo. “Se teremos carros, teremos de ter infraestrutura de recarga”, completou.

 

Nissan substitui GT-R pelo novo Z nas pistas

O Nissan GT-R ainda está vivo, mas já faz tanto tempo que não vemos novidades sobre ele que é como se ele já não estivesse mais entre nós. E se há um sinal de que ele já está fazendo hora extra no mercado, é o novo carro da Nissan na Super GT. Sim: o GT-R irá deixar as pistas ao final deste ano e será substituído pelo novo Z na categoria GT500 a partir de 2022.

O GT-R tem sido o carro usado pela Nismo desde o final dos anos 1980, mas no intervalo entre o fim da geração R34 e o lançamento da geração R35 foi o 350Z quem assumiu a tarefa de competir na categoria japonesa. O Zeto foi usado até 2007 na geração Z33 e teve bom desempenho na categoria, conquistando o título de construtores de 2005.

A diferença é que agora o “Fairlady Z” irá disputar a categoria GT500, e não mais a GT300 como fez nos anos 2000. A Nissan não divulgou as especificações do carro, mas uma boa olhada no regulamento entrega o jogo: os carros da categoria GT500 devem usar um quatro-cilindros de dois litros com um só turbo, com potência limitada a 650 cv.

Agora, apesar de parecer mesmo um Nissan Z, essa história do motor 2.0 também entrega o jogo sobre a origem do carro: trata-se de uma bolha sobre chassi tubular, como todos os carros da categoria (ou você achava que só a Stock e a Nascar faziam isso?).

 

Hyundai HB20 terá facelift em 2022

Vejam só… às vezes nossas piadas de primeiro de abril se tornam se concretizando de alguma forma. Uma das mais recentes fez graça com o formato das lanternas traseiras da atual geração do HB20, que parecem invertidas se levarmos em conta a noção clássica de harmonia. Na ocasião, a troça foi dizer que a Hyundai havia percebido que as lanternas estavam invertidas e que o facelift resolveria isso.

Pois agora a Hyundai está preparando mesmo um facelift para o HB20, que deverá ser revelado em algum momento de 2022 para o ano-modelo 2023 — e ele inclui a reformulação das lanternas traseiras, como podemos ver nesses flagras publicados pelos camaradas do Autos Segredos.

As fotos mostram que, além do novo formato, o conjunto óptico traseiro será dividido, com as luzes de direção posicionadas no para-choques — o que não nos parece muito inteligente, afinal, a função do para-choques é “parar choques”, e tenho a impressão de que os piscas quebrados serão uma constante na trajetória do HB20 a partir de 2022.

A dianteira também muda, com uma reformulação dos faróis, provavelmente o ponto mais polêmico do carro. Ao que tudo indica, ele seguirá a mesma escola do i10 vendido na Europa, que também inspirou o futuro i20.