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Car Culture FlatOut

FlatOut Brasil, 3º aniversário: da sombra para a luz, graças a você!

Caros amigos! Hoje, 22 de dezembro, alguns de vocês sabem, é o aniversário do FlatOut – nosso terceiro ano de existência, acumulando nestes 36 meses 6.062 matérias publicadas, pouco mais de um milhão de comentários de leitores, 54 milhões de visitas e 20 milhões de visitantes únicos. Como já é tradição nesta data, fechamos o dia com uma reflexão, uma história que ilustre um pouco do caminho que percorremos e ilumine os dias que ainda estão por vir. Leia aqui nosso texto de inauguração do site (2013), neste link o texto do primeiro aniversário (2014) e aqui o do segundo (2015).

Não temos dúvida de que este foi um ano estranho. Quase um eclipse, com muito mais sombra do que luz. Começar este texto com cores e otimismo não seria honesto, quanto menos coerente, quando olhamos para o espelho retrovisor e vemos a estrada que ficou para trás. E nós sabemos que à sua volta a paisagem não está muito diferente. Para ninguém está.

Como um maremoto, a crise arrastou dezenas de milhares de empregos, de empresas, de famílias. Não haveria como o FlatOut não ser profundamente afetado, visto que a indústria automotiva – e em decorrência, todos os seus fornecedores, de pneus a parafusos – foi uma das áreas com maior atrofiamento de receita. Nosso momento é delicado. Para a equipe, foi um ano sem descanso e com muitos sacrifícios pessoais, dentre eles o Classe A do Leo e o meu Dart Games. Em nome do projeto FlatOut, foram-se o Project Cars #0 e um idealizado 722. Porque acreditamos que vale a pena.

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Foi um ano em que a morte se mostrou muito presente. Perdemos um apaixonado leitor para a Síndrome do Pânico, e eu pessoalmente perdi o meu mestre – da arte da fotografia, da vida profissional e de muita coisa da vida pessoal – Marco de Bari num trágico e inexplicável acidente de estúdio. Cada Red Bull – latinha maldita cujo vício ele me introduziu – que eu compro no posto de gasolina eu faço um brinde e um agradecimento secreto pela oportunidade de tê-lo ao meu lado por quase cinco anos. E aqui, faço outro.

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Em 2016 me vi forçado a quase abandonar o cockpit das palavras e dar mais foco aos boxes da infraestrutura. Mas graças à disposição e a criatividade incessantes do Leo e do Dalmo, sempre surpreendentes, não apenas mantivemos nosso carro acelerando forte como muitas voltas-recorde foram marcadas neste ano. É nessas dificuldades que vemos o valor da união. E colocando em perspectiva, sob a luz muito se desfruta e pouco se aprende. Agora aprendemos a caminhar e a correr no escuro. Amadurecemos muito neste ano e nunca esquecemos do lema que batizou o site: na dúvida, vamos acelerar mais. Nunca vamos retroceder.

A luz no fim do túnel já começou a desenhar um suave contorno em volta da nossa carroceria. O desfecho deste ano foi quase como um rito de passagem para nós: nasceram três grandes frutos que concentram a nossa razão de existir para vocês e que, ao mesmo tempo, nos energizam para continuar lutando. Primeiro, entregamos para vocês o nosso fórum oficial (clique aqui para acessar), um dos pedidos mais antigos de todos os leitores, que aos poucos se tornará um pequeno legado de conhecimento compartilhado.

FlatOut Sunset Meet: veja todas as culturas reunidas no 1º encontro oficial do FlatOut!15272145_1253107408080312_7149166994952074992_o3133

Segundo, aconteceu o nosso primeiro encontro oficial – o FlatOut Sunset Meet (clique aqui para ler a cobertura completa) –, que materializou diante de nossos olhos um grande sonho. Ver, lado a lado, todas as culturas automotivas reunidas, todo tipo de preparação, todo tipo de poder aquisitivo. Quem imaginou que um dia veria, lado a lado, Escort Mk1, De Lorean, Civic Type R, Camaro 1968 de 1000 cv, Datsun 240Z, Voyage Los Angeles, Porsche 911/996 Gemballa GTR, Santana Sport e Nissan Skyline R33? Isso sem falar em tantos carros de track day, street machines. Quase 700 carros e mais de 1.400 entusiastas – a ficha não caiu até hoje.

E não apenas carros. Testemunhamos diversas amizades, grupos, encontros e viagens que nasceram por conta de nós existirmos. Isso nos dá um orgulho imenso, pois passamos a fazer parte da vida de vocês de alguma forma além da cultura automotiva.

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Por fim, o FlatOut Official Gear, que alguns podem entender como a nossa marca de camisetas e adesivos, mas que enxergamos como a sustentação de uma causa. Ela será inaugurada muito em breve e ditará muito do nosso futuro. Nós idealizamos que, neste 22 de dezembro, estaríamos abrindo as portas, mas alguns pequenos imprevistos de TI adiaram a ocasião. Tudo bem. No lançamento – que será feito de forma escalonada (crowdfunders, assinantes da Newsletter, público em geral), pois não temos estoque suficiente para todos neste primeiro lote – detalharemos todos os produtos para vocês. E nós temos certeza de que vocês irão gostar do que ainda lançaremos ao longo do próximo ano!

Não pense que paramos por aí. Em 2017, zebra será pista e grama, zebra. Não temos razão para aliviar o pedal da direita. Vamos resgatar ainda mais as nossas raízes – e justamente por isso nossa última pergunta feita para vocês foi sobre o seu post favorito na história do FlatOut. Você é a motivação principal pela qual remamos neste mar bravo, de domingo a domingo, do sol escaldante de uma pista de arrancada à congelante brisa de outono de Nürburgring Nordschleife. Muito obrigado. Você é o que nos move.

Juliano Barata, Leo Contesini, Dalmo Hernandes – Equipe Editorial do FlatOut!

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