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Zero a 300

Ford GT MkIV | BMW XM Label sem Red | Imposto de elétrico volta e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Conheça o Ford GT Mk IV

Este é o Ford GT MkIV; uma versão de desempenho extremo, somente para pistas, desenvolvida pela empresa canadense Multimatic, para a Ford. O carro foi mostrado pela primeira vez aproximadamente um ano atrás, em dezembro de 2022; agora o carro está pronto e foi mostrado para a imprensa na pista de Sonoma Raceway, na Califórnia.

O preço, claro, é de fazer chorar: US$ 1,7 milhão. Apesar disso, a Ford tem mais encomendas do que as 67 unidades que pretende produzir, então, como aconteceu com o GT original, os clientes serão escolhidos pela Ford. Não, não loteria ou ordem de chegada; Ford decidirá se você é digno de receber o direito de pagar essa fortuna por ele. Talvez o pior aspecto da Ferrari, agora eternizado em Fords. Embaralha a cabeça, sinceramente.

Construído um a um no Canadá pela Multimatic, o supercarro de pista tem uma carroceria longtail de fibra de carbono com uma distância entre eixos alongada. O novo Mk IV usa uma transmissão de corrida Xtrac de seis velocidades sob medida para mudanças de marcha ainda mais rápidas, e potência do Ecoboost V6 biturbo de 3,5 litros aumentada para 811 cv.

O carro vem, claro, com o equipamento que fez a Multimatic famosa: amortecedores Multimatic Adaptive Spool Valve (ASV). Além disso, pneus de corrida Michelin, e 1.088 kg de downforce a 241 km/h.

Se você se perguntou o motivo das 67 unidades, explica-se: o nome (Mk IV), o desenho do carro, e o entre-eixos aumentado são, segundo a Ford, homenagens ao GT40 MkIV original, o carro que ganhou Le Mans em, isso mesmo, 1967. (MAO)

 

BMW XM Label perde o “Red” do nome

O BMW XM. Um carro criado para ser o equivalente do supercarro M1 de 1978, para o novo milênio: SUV, eletrificado, mas ainda um carro exclusivo da divisão M e de altíssimo desempenho. Mas continua controverso, desde que foi apresentado em novembro de 2021. A produção em série já está em curso há um ano, e agora recebe algumas mudanças, digamos assim, silenciosas.

São mudanças meio difíceis de entender. Primeiro, o veículo anteriormente denominado Label Red agora é apenas “Label”. Além disso, há uma redução de preço de US$ 9.900 (R$ 48.609) nos EUA.

A razão para a mudança do nome, oficialmente, é simplificação dele. Não existe comunicado oficial para a mudança, apenas esta explicação. A Bentley tem vários Label de cores diferentes, inclusive o vermelho, em seu catálogo. Como os executivos alemães são todo coleguinhas e regularmente se encontram para discutir assuntos comuns (um cara pode ser perdoado em imaginar que esses encontros rolam em um covil escondido nos alpes suíços, com segurança à prova de James Bond, e gatos treinados para sentarem no colo dos executivos), pode ser um acordo entre cavalheiros. Vai saber…

A BMW já atualizou o nome do veículo em todo lugar que ele aparece, incluindo a página inicial do website da empresa. Faixas e frisos vermelhos por dentro e por fora eram parte integrante do modelo no lançamento; não se sabe se continuarão ou não.

A BMW recentemente mostrou o XM Label subindo o percurso Pike’s Peak Hill Climb em 10 minutos e 48,60 segundos. Não é um recorde: o Lamborghini Urus Performante fez o circuito em 10 minutos e 32,06 segundos. A BMW apelou e disse que é recorde para “SUV de produção híbrido”. Tá bom.

Hoje, o XM Label agora sem “Red” é o veículo de produção mais potente da divisão M da BMW. Usa um V8 de 4,4 litros com assistência híbrida, e 748 cv. Quanto aos motivos da redução de preço, é difícil saber com certeza, mas certamente deve ter algo a ver com redução de estoque em loja. No terceiro trimestre de 2023, a BMW vendeu 1.614 exemplares do XM, o que definitivamente não é pouco. Provavelmente apenas um ajuste de preço ao mercado, para manter os volumes de produção; o “Label” custa agora nos EUA US$ 185,995 (R$ 913.235). (MAO)

 

Conheça a MV Agusta LXP Orioli

A moto aventureira grande da famosa marca MV Agusta finalmente apareceu na sua forma final. É a MV Agusta LXP Orioli. Todo o projeto foi amplamente revisado desde que a KTM assumiu o controle da marca histórica de Varese, localizada pertinho do magnífico lago com o mesmo nome. O nome Lucky Explorer, que lembra o Cagiva Elefant que desafiou o Paris-Dakar, desapareceu, sendo substituído por um nome que reconhece o campeão italiano de rali Edi Orioli.

A nova LXP Orioli é equipada com o mais recente motor tricilíndrico em linha da marca, uma unidade DOHC/12v de 931 cm³ com arrefecimento líquido. Atende os padrões de emissões Euro 5+ e oferece 124 cv a 10.000 rpm e 10,4 mkgf a 7.000 rpm. Números  respeitáveis numa classe de motos cada vez mais velozes.

 

Como toda moto moderna desta classe, as funções de infoentretenimento e Bluetooth são controladas por um painel TFT, aqui com 7 polegadas. O Ride App da MV Agusta oferece um sistema de navegação e um sistema anti-roubo de geolocalização Mobisat. O cruise-control é equipamento básico..

Os componentes do chassi são de alta qualidade da Sachs. Um garfo de 48 mm e um amortecedor traseiro acionado a gás são totalmente ajustáveis e oferecem 210 mm de curso da roda em ambas as extremidades. A distância entre eixos é longa de 1610 mm e a altura do assento é ajustável entre 850 e 871 mm. Uma moto alta, com bastante distância do solo.

A frenagem é feita por pinças Brembo Stylema de quatro pistões combinadas com rotores duplos de 320 mm. Na traseira, um disco de 245 mm tem uma pinça de pistão duplo. Ainda não há confirmação de preço e disponibilidade. (MAO)

 

Imposto para elétricos importados volta no Brasil

Está confirmado agora: a cobrança do imposto de importação para carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in no Brasil será retomada a partir de 2024 em novos critérios estabelecidos e anunciados de forma oficial na sexta-feira, 10 de novembro.

Divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a deliberação foi tomada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior. A justificativa fala em “acelerar o processo de descarbonização da frota brasileira”, em sustentabilidade e tudo mais, além de emprego e renda. Mas a verdade é que a medida, criada para incentivar os veículos deste tipo, acabou por provocar concorrência direta com a indústria local. Dái, se voltou atrás.

De acordo com a resolução, o imposto volta gradualmente, de acordo com uma tabela que divide os carros em três tipos: 100% elétrico, híbrido, e híbrido plug-in. Usando o carro elétrico como exemplo, a partir de janeiro de 2024 o imposto passa a ser 10%;  em julho de 2024, 18%; um ano depois em julho 2025, 25%; finalmente chega a 35% em julho de 2026.

A resolução menciona ainda uma quarta categoria, a de “automóveis elétricos para transporte de carga”, ou caminhões elétricos, que começarão com taxação de 20% em janeiro e chegarão aos 35% já em julho de 2024.

A mudança causou muita controvérsia, claro, com os dois lados mostrando argumentos válidos. Com isso, os elétricos baratos importados da China sofrerão mais, claro, e quem os queria, também. Mais uma faceta da falta de planejamento a longo prazo, e do simples e preguiçoso protecionismo nacional. Continuamos sem um plano bem definido para onde queremos que a nossa indústria esteja no futuro. Repetindo o que todo mundo sabe: seja qual for o plano a longo prazo, qualquer plano é melhor que nenhum plano. (MAO)