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Stellantis aumenta potência de suas vans para 2025
Furgão de carga não é assunto para entusiastas? Ou contraire, ma frére! Para começo de conversa, vans são a melhor maneira de levar tralha e rebocar carro para pista; algumas delas conseguem levar motos, gente, ferramentas e peças para pistas de motocross; carregar motores, rodas ou bancos para lá e para cá; são também versáteis ao extremo, podendo carregar várias combinações de gente e carga. Todo entusiasta deveria ter uma van. Diferente de picape, que deixa a carga à disposição do tempo e dos amigos do alheio, é muito mais segura para nosso tipo de uso.
Mas tem bônus aqui. Num mundo onde tudo é automático e isolado a ponto de sono, as vans modernas são uma delícia de guiar. Hoje todas tem A/C, e os confortos básicos do carro moderno, mas normalmente tem câmbio manual e uma experiência mais crua ao volante. E são incrivelmente estáveis! No mundo de hoje, são uma das raras coisas onde se sente dirigindo de verdade. E como são ferramentas, dificilmente custam muito mais do que valem; nada de pagar premium por marca aqui!
Então é com felicidade que recebemos notícias de melhoras nas vans da Stellantis no Brasil para 2025. Primeiro, a Fiat Fiorino e a Peugeot Partner Rapid: a dupla finalmente troca o insosso 1.4 Fire por algo mais divertido e moderno: o 1,3 litro Firefly. O motor aspirado é mais forte, dando até 107 cv de potência e 13,6 mKgf de torque, frente aos 86 cv/12,2 mKgf do motor antigo. Mas se os números já são bons, a realidade é melhor ainda: o 1.4 era um motor morto, e o Firefly é alegre e sempre pronto e ansioso para entregar todos os cavalos que tem.
Mas há mais boas notícias: a marca garante que o 1.3 Firefly deixará o Fiorino e o Partner Rapid mais econômicos e eficientes, também. O consumo agora é melhor em 7,27% no ciclo urbano e em 14,56% no ciclo rodoviário: 8,7 km/l e 9,6 km/l, com Etanol, respectivamente. O carro pesa 1131 kg, e carrega 650 kg.
Depois, há melhorias no trio Citroën Jumpy, Peugeot Expert e Fiat Scudo para 2025, e de novo é o tipo de novidade boa: motor mais potente. Antes era já um carro que não parecia nada fraco, mesmo com um motor de apenas 1,5 litro turbo diesel, que dava 120 cv e, principalmente, saudáveis 30,6 mKgf de torque, junto com transeixo manual dianteiro de seis velocidades.
Mas agora melhorou ainda mais: o novo motor é um 2,2 litros Turbodiesel, com 150 cv e 37,7 mKgf de torque. Um verdadeiro salto para cima. Como no Fiorino, há melhorias importantes no consumo, 4,2% e 15,1% mais econômico em cidade/estrada, respectivamente. As retomadas de 60 a 100 km/h e 80 a 100 km/h melhoraram consideravelmente, segundo a Stellantis, em torno de dois segundos: 7,6 e 10,9 segundos, respectivamente. As peruas carregam até 1,5 toneladas.
A Stellantis fornece somente furgão, com ou sem vidros laterais, mas diz que há “possibilidade de conversão” para 7+1 lugares, minibus 10+1 lugares, ambulância, refrigerado, serviços logísticos, oficina móvel, transporte de pessoas com necessidades especiais e até motorhome. Devia fornecer 9 lugares (como Kombi) de fábrica, bem como uma Crew-cab: duas fileiras de banco, e o resto carga, que é a configuração “entusiasta”. Espaço para 6 pessoas e 3 motos!
A Stellantis não diz a aceleração de zero a 100 km/h das novas vans grandes; com motor menor era 12,7 segundos. Será esta uma van capaz de 10 segundos no 0-100? Já pensou? (MAO)
390 SMC R é nova KTM supermoto
A KTM mundialmente enfrenta problemas para se manter solvente, mas isso não parece impedir que continue lançando motocicletas. A mais nova delas é esta: a 390 SMC R, a nova moto de entrada da marca na divertidíssima categoria “supermoto”.
As Supermoto nasceram basicamente motos de motocross, mas transformadas em motos de asfalto com uso de pneus esportivos de rua. Algumas, como a KTM 450 SMR, continuam assim: é baseada na plataforma de motocross 450 SX-F. Já a nova 390 SMC R é derivada da moto de rua monocilíndrica 390 Duke.
O motor é a versão mais recente do KTM LC4c que fez sua estreia na Duke 2024. O motor de 399 cm³ mede 89 x 64 mm, é DOHC/4 válvulas e tem cabeçote mais compacto que antes. A potência declarada é de 45 cv. A taxa de compressão permanece a mesma em 12,6:1, enquanto um corpo de borboleta de 46 mm e novos injetores gerenciam o fornecimento de combustível. Uma transmissão de seis velocidades revisada pode ser equipada com um Quickshifter+ opcional.
A moto com todos os fluidos, mas sem combustível (a capacidade é 9 litros) pesa só 154 kg. Assim como a Duke, o quadro é de treliça de aço de duas peças mas tem sua própria geometria, e é diferente. A geometria toda é mais off-road, claro: por exemplo o entre eixos de 1453 mm é 101 mm maior que o da Duke. O braço oscilante traseiro de alumínio é baseado na unidade da próxima 390 Adventure.
A suspensão inclui um garfo WP Apex de 43 mm com provisões para ajuste de amortecimento de compressão e rebound. Na traseira, há um amortecedor único WP Apex que é totalmente ajustável em pré-carga, rebound e compressão. As rodas raiadas medem 2 x 17 polegadas na frente e 4 x 17 polegadas atrás e são equipadas com pneus Michelin Power 6 nos tamanhos 110/70-17 e 150/60-17, respectivamente.
A frenagem é feita por uma única pinça ByBre de quatro pistões de montagem radial e disco de 320 mm na frente e uma pinça de pistão único e disco de 240 mm na traseira. Há ABS de canal duplo Bosch.
Nos EUA a KTM 390 SMC R começará a chegar aos showrooms no início de 2025. O preço ainda não foi divulgado, mas espera-se que fique na mesma faixa da Duke, que aqui no Brasil custa R$ 36.990,00. (MAO)
Conheça o Kalmar 7-97 Classic
Mais um dia, mais um restomod, como diriam nossos leitores mais assíduos. Mas na verdade faz tempo que eles não aparecem por aqui. E de qualquer forma, este é o mundo de hoje: os restomods são parte indivisível dele. Quando carro novo não tem graça, apela-se para carro antigo modernizado. Né?
O de hoje parece bem interessante, apesar de ter definitivamente vibe de Bill Murray no Dia da Marmota: de novo, mais uma vez, again, é um 911 arrefecido à ar. Chama-se 7-97 Classic e vem da Kalmar Automotive da Dinamarca. Parte de um 993, o último 911 “a ar”, mas tem uma carroceria toda de fibra de carbono. A Kalmar, para quem não lembra, faz também uma “reinterpretação” do 959 chamado 9×9.
O carro é feito para parecer algo mais antigo, como é praxe no gênero já. Rodas pretas estilo Fuchs, faróis modernos e uma nova tampa do motor preta e espelhos retrovisores pretos foscos combinando. Há até Alcantara azul revestindo a parte de trás do retrovisor interno. Barrabás…
Os freios são de carbono-cerâmica, desenvolvidos internamente pela Kalmar. A empresa também equipou o 7-97 Classic com suspensão adaptativa que inclui um sistema de elevação do eixo dianteiro. Há também vários modos de direção diferentes, controle de tração e um underbody plano e fechado para ajudar na aerodinâmica.
O motor de seis cilindros contrapostos arrefecido a ar tem 4 litros naturalmente aspirados, e fornece 411 cv e 42 mKgf de torque, e gira até 7.500 rpm. Nada de mais no mundo de Porsche, mas note o seguinte: este carro pesa 1200 kg. Com este peso, falamos de desempenho no nível de GT3 zero km.
A cabine também é uma orgia criada sem olhar custo: bancos Recaro Sportster CS foi em couro preto com costuras contrastantes azuis, pomo de câmbio de madeira a lá 917, e tudo mais. O representante da Kalmar para os EUA é Bruce Canepa; o que é uma chancela de qualidade inquestionável. O preço começa nos €450.000 (R$ 2.784.366), na Dinamarca. (MAO)
Kit Manthey para GT3 RS custa preço de 911 inteiro
Uma maneira da Porsche conseguir tempos tão incríveis no Nurburgring é a sua associação com a Manthey Racing. A empresa é hoje parte da Porsche, e desenvolve kits de pista para vários carros da Porsche, todos com o objetivo de aumentar a aderência mecânica e aerodinâmica. Vendidos em concessionária, se tornam parte da especificação “de rua”, mesmo que quase nunca sejam usados nela, e permitem melhorar os tempos em Nurburgring do carro. Seu pacote para o novo 911 GT3 RS é o mais extremo até agora.
Veja isso: o preço desse kit nos EUA foi finalmente revelado: US$ 116.160 (R$ 701.606). Sem instalação e impostos. Um 911 Carrera básico custa no mesmo mercado US$ 122.095 (R$ 737.453, mas vendido aqui no Brasil por R$ 868.000). Sim, este pacote adiciona o custo de um 911 inteiro ao GT3 RS. Claro, né? Não é para ser comprado, é para existir.
O Kit vem com uma asa enorme, substitui o vidro traseiro por um painel de fibra de carbono com uma grande aleta que desvia o ar quente do grande radiador na frente, garantindo que o motor aspire o ar mais frio possível. Também há aletas adicionais no teto e, na frente, a Manthey instala um splitter maior entre outros detalhes. Na parte traseira, o difusor também recebe faixas maiores. Tudo isso, para um máximo de 1 tonelada de downforce a 285 km/h.
A Manthey também refaz a suspensão, com novos coilovers com taxas de mola mais rígidas e novos amortecedores adaptáveis que permitem um controle mais rápido das forças de amortecimento. É um kit enorme, e faz de um carro já radical por si só, ainda muito mais radical. Se o objetivo é pista, faz sentido. Mas parece precificado para não vender.
Um fenômeno moderno, algo estranho pelo preço e objetivo, mas uma amostra do que é possível quando a velocidade é só o que importa. E o preço que se lasque. (MAO)