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Golpistas estão enviado boletos falsos de IPVA em São Paulo
Em vários estados do Brasil o mês de janeiro traz a cobrança do IPVA para o novo ano, e nos últimos dias as redes sociais foram inundadas por mensagens de alerta e denúncias de boletos falsos para pagamento do imposto. O golpe, que é recorrente há vários anos, chama a atenção por sua sofisticação, pois os falsários conseguem os dados pessoais e do veículo, além do valor correto do imposto.
Boa parte das mensagens avisa que “o sistema do Detran-SP foi invadido”, e embora isso não tenha acontecido realmente, a cobrança do IPVA não é feita pelo Detran, e sim pela Secretaria da Fazenda, que já divulgou alertas sobre o golpe e ressaltou que não envia boletos para pagamento por correio. A única correspondência enviada pela Secretaria a respeito do IPVA é uma notificação de vencimento, que não tem código de barras, apenas uma tabela de valores para pagamentos parcelados e/ou com descontos.
Para identificar a correspondência falsa, basta observar se ela tem o código de barras para pagamento e, se há os carimbos da devolução automática e da Seguradora Líder, ambas com a marca dos Correios (foto acima)
Nissan Kicks será fabricado no Brasil
No Salão de São Paulo de 2014, a Nissan apresentou o Kicks, um conceito para testar a receptividade do público brasileiro à ideia de um crossover compacto da marca. Agora, a fabricante japonesa anunciou que o modelo ganhará uma versão de produção que será fabricada no Brasil, mais especificamente na fábrica da Nissan em Resende/RJ onde são feitos o Versa e o March, que vão compartilhar a plataforma V com o Kicks.
A produção do Kicks no Brasil já era esperada, de certa forma, uma vez que a Nissan já estava testando a plataforma disfarçada de Nissan Note ao menos desde setembro do ano passado. Apesar de sua apresentação e fabricação no Brasil, o Kicks será um modelo global, tal como seus rivais diretos — Ford EcoSport, Renault/Dacia Duster, Peugeot 2008, Honda CR-V e Chevrolet Tracker.
Estepe temporário pode ser proibido no Brasil
Talvez você não saiba, mas o estepe não é obrigatório em vários países — ele geralmente é vendido como opcional, assim como kits de reparo emergencial. No Brasil, contudo, eles são obrigatórios caso o carro não seja homologado com pneus run flat. Por isso, muitos fabricantes têm adotado uma solução prática e barata para atender esta exigência sem comprometer muito o espaço do porta-malas: os estepes “temporários”. Esses estepes são montados com rodas de aço e pneus mais estreitos, sem as mesmas capacidades dos pneus originais do carro — afinal, como todo estepe, eles são apenas temporários, usados apensa para ir do local do incidente à borracharia mais próxima.
Mas agora, está tramitando na Câmara dos Deputados um projeto de lei (leia o texto original aqui) que visa proibir esse tipo de estepe. Ou melhor: quer obrigar que o estepe tenha as mesmas medidas dos pneus originais. A justificativa é a segurança questionável deste tipo de estepe e também a economia de recursos na hora de compor o jogo de pneus. Curiosamente, o autor do projeto de lei, o deputado Pompeo de Mattos, cita que avarias em pneus no Brasil são “bem frequentes, a considerar o estado de conservação de nossas vias urbanas e estradas de rodagem”.
O projeto tramita em caráter conclusivo, ou seja, não precisa ser sancionado/vetado pela presidência da República, bastando apenas ser aprovado nas comissões do Congresso. Não há detalhes sobre a obrigatoriedade de estepe para carros com kits de reparo, seladores, e pneus e rodas com medidas diferentes em cada eixo.
Imprensa alemã divulga as primeiras imagens do novo Classe E
Não erramos as fotos, não: este é o novo Mercedes-Benz Classe E 2016 (W213). Como já se esperava após os primeiros flagras e teasers, a nova geração do modelo incorpora elementos de design das outras classes da fabricante — formato dos faróis, silhueta do perfil, lanternas traseiras — e é feito sobre a mesma plataforma modular (batizada MRA) usada pela Classe C e pela Classe S.
Nós já havíamos conhecido o interior do carro em uma galeria oficial lançada pela Mercedes-Benz em dezembro, e agora finalmente estamos vendo pela primeira vez o exterior do carro. A galeria, aparentemente oficial, foi divulgada pelos alemães da Auto-Presse, e mostra o modelo por todos os ângulos e diversas versões — das mais sóbrias (com a estrela no capô) às mais esportivas (com a estrela na grade).
A Auto-Presse também divulgou alguns dados sobre a motorização: ele terá um 2.0 turbo de quatro cilindros, um seis-cilindros (seria o novo seis-em-linha?) turbo com diversas variações de potência, um híbrido E35oe que combina um 2.0 turbo com um motor elétrico para produzir 279 cv e, claro, o V8 4.0 biturbo da AMG, que será usado no novo E63 AMG, que deverá ter algo próximo de 600 cv.
Mais detalhes sobre o novo Classe E serão anunciados nas próximas semanas, durante o Salão de Detroit.
O primeiro protótipo funcional do Ford GT está à venda
Ele parece um Ford GT comum — se é que um Ford GT pode ser chamado de “comum” — mas na verdade é um dos exemplares mais especiais da reencarnação do esportivo. Trata-se simplesmente do primeiro protótipo funcional do Ford GT de segunda geração, construído sobre o chassi número 004. Antes dele foram feitos apenas três Ford GT, mas todos eram apenas carros de exposição. Este não. Este é o CP-1, ou “Confirmation Prototype 1”, o primeiro com instrumentos e equipamentos funcionais e um motor de verdade.
À primeira vista ele é muito parecido com o GT de produção, mas há alguns detalhes que o diferenciam. O primeiro deles é a tampa do motor feita de fibra de carbono, que custou US$ 45.000 e foi eliminada por ser muito cara para colocar em série.
Os airbags vêm do Mustang, como se vê pelo logotipo no volante, e a coluna de direção veio de um lugar que você jamais imaginaria: uma minivan Windstar. Outro detalhe: apesar de ter o V8 5.0 sobrealimentado atrás da cabine, antes de vendê-lo pela primeira vez, em 2008, a Ford instalou uma programação de ECU que limita o CP-1 a… 8 km/h. Sim: oito quilômetros por hora, escrito por extenso para não deixar dúvidas. Logicamente este não é um carro para ser usado regularmente, nem sair por aí acelerando em eventos históricos e correr o risco de destruir um “documento” importante da história do Ford GT.
O CP-1 também tem três assinaturas importantes em seu para-choque traseiro: Carroll Shelby, que desenvolveu o primeiro Ford GT40; Bill Ford, presidente da Ford; e Camillo Pardo, o designer que trouxe o GT para o século 21. O modelo está à venda na Exotic Classics, de Long Island, nos EUA. O preço? Como dizem os americanos: se você precisa perguntar, é porque não pode pagar.