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Governo diz que não irá subsidiar incentivo à troca de carros
Na semana passada a Fenabrave anunciou que o governo deverá lançar um programa para incentivar a renovação da frota ainda em janeiro. De acordo com o futuro programa, quem tiver um carro com mais de 15 anos poderá entregá-lo à um revendedor em troca de um crédito proporcional ao valor do veículo e que valerá apenas na compra de um carro zero. O programa soa muito parecido com o Cash for Clunkers, realizado nos EUA em 2009 e que custou cerca de US$ 3 bilhões de dólares aos pagadores de impostos e aos fabricantes. Por aqui, ainda não ficou claro quem irá bancar esse crédito cedido aos proprietários dos “velhinhos”.
Na ocasião do anúncio a Fenabrave afirmou que o governo não irá custear o programa, mas nos últimos dias o presidente da Anfavea (a associação dos fabricantes de veículos), Luiz Moan, se encontrou com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e disse que o governo poderia “ajudar a custear o programa” — o que o tornaria virtualmente idêntico ao questionável programa americano. Diante da declaração de Moan, o Ministério da Fazenda divulgou uma nota na qual afirma que “no momento não há espaço fiscal para nenhum tipo de projeto que implique em dispêndio com subsídios ou equalizações”. Traduzindo: “não temos grana para isso”.
Além da confirmação de que não haverá recursos públicos, o Ministério também divulgou que ainda não há nenhuma decisão do governo sobre o programa de renovação da frota. A proposta foi elaborada pela Anfavea e outras 18 entidades, e entregue ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
BMW lança reestilização do Série 3 nacional
A BMW lançou nesta semana a reestilização do Série 3 nacional. Lançada na Europa no ano passado, a reestilização chegou ao modelo nacional neste começo de ano e já pode ser encontrado nas lojas com preço inicial de R$ 164.000, um aumento de R$22.000 em relação ao anterior, que partia de R$ 142.000.
A menos que você seja proprietário ou fã do modelo, as novidades são difíceis de se notar à primeira vista. Tratando-se de uma atualização de meia-vida, como se costuma dizer, ele recebeu apenas mudanças discretas nos faróis e lanternas, que têm um novo arranjo interno de LEDs, e elementos redesenhados nos para-choques — itens que estão apenas alinhando o modelo com os concorrentes mais novos.
O motor é o mesmo 2.0 turbo de 184 cv e 27,5 mkgf na versão 320i e 245 cv e 35,7 mkgf na 328i. O 320i vai de zero a 100 km/h em 7,3 segundos e aos 235 km/h de velocidade máxima, enquanto o 328i chega aos 100 km/h em 6,1 segundos e aos 250 km/h de máxima. Ambos são equipados com o câmbio automático de oito marchas com trocas manuais por borboletas no volante.
Quanto aos equipamentos, todos vêm equipados com seis airbags, controle de tração e estabilidade, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, ar-condicionado automático, bancos com ajuste elétrico, rodas de 17 polegadas e sistema multimídia. A versão intermediária, 320i Sport GP ganha teto-solar elétrico e sistema de navegação com informações de trânsito em tempo real, e sai por R$ 175.000.
Acima dela está a 328i Sport GP de R$ 208.950, que acrescenta à lista rodas de 18 polegadas e sistema multimídia com tela maior, de 8,8 polegadas, GPS e disco de 20gb. No topo da linha está a 328i M Sport de R$ 248.950, que vem com pacote M Sport, rodas de 19 polegadas e faróis adaptativos de LED.
Mercedes irá acabar com a linha AMG Sport
Há algumas semanas quando a Mercedes apresentou o novo SLC, que substitui o SLK, ficamos surpresos (para não dizer decepcionados) em saber que sua versão AMG abandonaria o V8 de 5,4 litros em favor de um V6 biturbo — o mesmo adotado nas versões AMG Sport C450 AMG e GLE AMG — passando a se chamar SLC 43 AMG. Como você sabe, a linha AMG Sport foi lançada para diferenciar as versões esportivas de modelos comuns dos esportivos fabricados pela AMG.
A mudança, contudo, tem uma boa explicação: a Mercedes irá acabar com essa distinção entre AMG e AMG Sport — algo praticado pelas rivais com os modelos Motorsport e M na BMW, e na Audi com os S e RS — e irá transformar todos em modelos puramente AMG. E a mudança não se trata de “esportivação” de modelos comuns, apenas. Atualmente, os modelos AMG Sport já trazem modificações na suspensão, escape e programação de câmbio/modos de condução além do conjunto visual. Com isso, os modelos C450 e GLE 450 passarão a se chamar C43 e GLE43 respectivamente, e serão diferenciados do GLE63 e C63 pelo câmbio compartilhado com os modelos comportados além, é claro, do motor V6 3.0 biturbo que não será fabricado sob a filosofia “one man, one engine” dos modelos especiais da AMG.
Audi revela novo A4 Allroad Quattro em Detroit
A Audi revelou em Detroit a versão “offroader” do A4 Avant, o A4 Allroad Quattro. O modelo dá continuidade à linha Allroad Quattro, lançada em 1999 com base no A6 Avant, e que desde 2009 também passou a ser oferecida como variação do A4 Avant. Com a chegada da nova geração, o A4 Allroad Quattro ganhou uma nova plataforma, mais espaço, maior altura de rodagem e o visual aventureiro de sempre.
O modelo obviamente é equipado com tração integral, e a suspensão ficou 25 mm mais alta — ou 33 mm quando combinada às novas rodas de 19 polegadas — e usa sistema five-link nos quatro cantos. O visual agressivo é marcado pelos para-lamas mais largos, com arcos de plástico preto, novos para-choques, escudos para o chassi e rack de teto. Os motores e transmissões são os mesmos do A4 Avant — variando de 150 a 272 cv, e podendo ser combinados a três tipos de câmbio: manual de seis marchas, automatizado de sete marchas com embreagem dupla, ou automático de oito marchas.
Nos EUA, o modelo será vendido exclusivamente com o motor 2.0 turbo de 252 cv e 37,6 mkgf. A principal diferença em termos mecânicos para o A4 Avant comum, é sua nova versão do “Audi Drive Select” que além dos modos comfort, auto, dynamic, efficiency e individual, agora também conta com um modo “off-road”.
As picapes da Ford e da Nissan em Detroit
Em um Salão realizado nos EUA não poderiam faltar picapes musculosas, é claro. A primeira — e mais real delas — é a Ford F-150 Raptor SuperCrew. Trata-se da nova geração da F-150 SVR Raptor, porém com cabine dupla, em vez da tradicional cabine estendida. O modelo de quatro-portas teve seu chassi alongado em 30 cm para acomodar mais três passageiros e ainda assim, graças à nova construção em alumínio, ela é 220 kg mais leve que sua antecessora.
Além do novo chassi e do visual agressivo, a nova F-150 Raptor SuperCrew trocou o V8 6.2 de 416 cv e 58,9 mkgf por um novo V6 biturbo de 3,5 litros. A Ford não divulgou dados do motor EcoBoost, mas ele terá mais potência e torque que o V8, e será combinado a um novo câmbio automático de dez marchas.
Já a Nissan levou algo muito semelhante à F-150 Raptor SuperCrew, porém ainda em forma conceitual. Trata-se da Titan Warrior, uma versão radical da Nissan Titan e que parece impossível de ser parada. Equipada com um V8 turbodiesel de cinco litros da Cummins capaz de produzir 76,5 mkgf e um câmbio Aisin automático de seis marchas, ela tem suspensão off-roader com 43 cm de curso, rodas de 18 x 9,5 polegadas e pneus off-road de 37 polegadas (quase 1 metro de diâmetro!).
Em relação ao modelo de produção, oferecido há algum tempo nos EUA, ela tem a carroceria mais larga, nova grade dianteira, luzes de LED e uma pintura especial fosca, com detalhes em laranja. A Nissan ainda não tem intenção de produzi-la em série.