Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Governo federal estuda aumento de álcool na gasolina
O jornal Folha de S. Paulo publicou nesta segunda-feira (12) que o governo federal está preparando um decreto que poderá aumentar a mistura de álcool anidro na gasolina para até 40% nos próximos 12 anos. Segundo o jornal, a medida pode ser resultado da regulamentação do programa de biocombustíveis RenovaBio, sancionado no final de 2017, que prevê a redução de poluentes em derivados de petróleo e o aumento do uso de combustíveis “limpos” como o etanol. Caso seja aprovado, o decreto irá aumentar a mistura de álcool na gasolina para 30% em 2022 e 40% em 2030.
Os valores das misturas, contudo, ainda não foram definidos. A Petrobras já realizou testes com 30% de álcool adicionado à gasolina, mas a decisão final depende do Ministério da Fazenda (sim, depende de contabilistas e não de técnicos em combustíveis/engenheiros), que prevê uma queda de R$ 4 bilhões na arrecadação de tributos, uma vez que o álcool tem menor incidência de impostos que a gasolina. Já a Casa Civil e os produtores de álcool, defendem que as proporções sejam mantidas em 30% para 2022 e 40% para 2030.
Não é para menos: aumentando a proporção dos atuais 27% para 30%, a produção anual de cana passará de 668 milhões de toneladas para 820 milhões de toneladas em 2026, e a produção anual de álcool subirá de 18 bilhões para 31 bilhões de litros. Logicamente o aumento da demanda por álcool combustível deverá afetar a produção de açúcar — e também o contrário poderá acontecer caso o açúcar se torne mais vantajoso, como aconteceu há alguns anos quando a produção açucareira da Índia foi afetada pela falta de chuvas.
O decreto, coincidentemente, veio à tona depois que o Senado Federal voltou a divulgar o projeto de lei que prevê a proibição de veículos a gasolina e diesel a partir de 2040. Parece que nossa piada de primeiro de abril está se tornando realidade.
Fusca e CC deixam de ser vendidos no Brasil
Depois de retirar a possibilidade de configuração do Fusca e do CC no site brasileiro, de encerrar a produção do CC para dar espaço ao Arteon, e de anunciar que a atual geração do Fusca não terá um sucessor na Europa, a Volkswagen finalmente anunciou o fim das vendas dos modelos no Brasil durante a apresentação da linha 2018 do Passat.
Com o fim dos dois modelos, a linha premium da Volkswagen passa a ser composta apenas pelo Jetta, Passat, Tiguan e Touareg — quatro modelos dos quais três serão renovados nos próximos meses, começando pelo Jetta, que já pode ser encontrado em promoções para esgotar os estoques. Os demais modelos atualizados serão o Tiguan, que ganhará uma nova geração com sete lugares, e o Touareg. Lá fora o CC foi substituído pelo Arteon, mas ainda não há nenhuma palavra da Volkswagen sobre o modelo no Brasil, o que nos leva a crer que é pouco provável que ele seja trazido.
The Grand Tour pode acabar após a terceira temporada
Quando Jeremy Clarkson, Richard Hammond e James May assinaram com a Amazon para produzir The Grand Tour, o contrato previa a realização de três temporadas e 36 episódios. Com duas temporadas e 24 episódios lançados, resta apenas um terço do contrato para ser cumprido — a terceira temporada com 12 episódios, que deverá ser lançada no final deste ano e encerrada em fevereiro de 2019. Normalmente esperaríamos a renovação do contrato para mais algumas temporadas, mas aparentemente esta terceira temporada também será a última.
Segundo o jornal britânico The Daily Mail, Jeremy Clarkson já assinou um contrato para ser apresentador da nova versão de “Quem Quer Ser um Milionário”, quando seu atual contrato acabar. “Não há nada que sugira que haverá uma nova temporada. Ninguém assinou nada e os funcionários estão se perguntando para onde irão quando as filmagens forem encerradas”, disse uma fonte do jornal. Clarkson inicialmente se recusou a comentar os rumores e disse que eles são “imprecisos” e que é “hilário que alguém acredite no Mail Online” (o site do jornal). Seu amigo e produtor Andy Wilman disse que a equipe está “concentrada na terceira temporada no momento”.
Os boatos vêm ao encontro de uma declaração de James May, feita em dezembro de 2016. Na ocasião, May disse que The Grand Tour “não duraria muito mais que cinco anos” porque ele já estava perdendo a vontade de fazer palhaçadas por aí, e também porque ele e Clarkson estariam muito velhos para o trabalho. Desde então menos de dois anos se passaram, mas May já parece interessado em outros rumos, bem como Clarkson e Hammond, considerando suas atividades extra-automobilísticas nos últimos anos. Quando o contrato com a Amazon for encerrado, Clarkson terá 58 anos, May terá 56 anos e Hammond 49.
Macacão usado por Senna no GP de Mônaco de 1987 está a venda
Ayrton Senna foi o primeiro piloto — e até hoje único — a vencer o GP de Mônaco por seis vezes. A primeira delas foi em 1987, seu primeiro ano com um motor turbo Honda, ainda na Lotus. Pois agora o macacão usado por Senna naquele GP, que também foi a primeira vitória de um carro com suspensão ativa, está a venda pela RM Sotheby’s.
O macacão será leiloado no dia 12 de maio, e traz todos os patches usados por Senna naquela prova de 31 de maio de 1987, com um bônus para os colecionadores: o patch do Banco Nacional está autografado pelo próprio Ayrton. A RM Sotheby’s não divulgou valor estimado, tampouco estipulou um preço de reserva, o que significa que a casa de leilões espera uma boa disputa de lances pela preciosidade. Se serve como referência, em 2014 um macacão usado por Senna em 1991, sem identificação de uso em prova ou treinos ou ações promocionais, e também sem autógrafo, foi vendido por 55.000 euros. Não espere que este de Mônaco autografado saia por menos que isso.
McLaren BP23 será mais rápido que o F1
Aparentemente o sucessor do F1 não será apenas um sucessor no sentido de ser um grand tourer de três lugares, mas também promete ser mais rápido do que o lendário esportivo dos anos 1990. A McLaren revelou novos detalhes do carro nesta última semana e, segundo a fabricante, ele será o McLaren de rua mais rápido da história, superando os 391 km/h atingidos pelo protótipo XP5 do F1 em março de 1998, nas mãos do piloto Andy Wallace.
A McLaren também reforçou que ele terá três lugares com o motorista no posto central, avançado, e que ele chegará no final deste ano. Os 106 exemplares previstos já foram todos vendidos, e nos próximos meses os compradores poderão vê-lo pela primeira vez. Resta ainda divulgar o powertrain do carro, que certamente será baseado no atual 4.0 V8 biturbo da marca, capaz de ir além dos 800 cv, combinado a um motor elétrico para se aproximar dos 1.000 cv e superar o desempenho do F1.
O nome também permanece misterioso, dado que BP23 é apenas um código interno, e a McLaren já revelou anteriormente que seus próximos carros da Ultimate Series teriam nomes de verdade em vez de códigos alfanuméricos.