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Governo federal revoga resolução que exigia curso e prova para renovar CNH
Não deu nem tempo de a população começar a reclamar nas redes sociais: o Ministério das Cidades revogou a resolução 726 de 2018 do Denatran, que previa a introdução de um curso e uma prova teórica para os condutores que precisassem renovar sua CNH. A aprovação pegou tão mal que o anúncio da revogação foi feito logo na noite de sábado.
Por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, o ministro das Cidades Alexandre Baldy disse que, após conversar como presidente Michel Temer, determinou ao Denatran que revogasse a resolução. O motivo, segundo Baldy, é que “o governo federal deseja simplificar a vida dos brasileiros” e que também deseja “reduzir custos em todos os serviços ao cidadão” e que, por esse motivo, a medida foi revogada.
O Denatran chegou a divulgar uma nota à imprensa no sábado, dizendo que o curso e o exame teórico para renovação seriam obrigatórios somente aos condutores com CNH vencida há cinco anos ou mais, algo que não estava previsto na resolução — ela deixava claro que a renovação (sem especificar de qual tipo) deveria submeter os candidatos ao curso e ao exame. O Denatran também disse que o curso seria gratuito, mas horas depois a resolução foi revogada.
Toleman usada por Senna no GP de Mônaco está a venda
Os leitores com boa memória certamente lembrarão que este Toleman TG184 de Ayrton Senna foi anunciado pela primeira vez há exatos cinco anos, em março de 2013. Na ocasião, o carro fora anunciado no site Memento Exclusives sem preço listado. Em 2014, um ano e meio depois, o carro voltou a aparecer desta vez com preço de £ 1 milhão. Ficou esperando um novo proprietário até meados de 2015, quando apareceu mais uma vez no James List, também por £ 1 milhão, e desapareceu.
Agora, o Toleman mais importante da história voltou a ser anunciado, desta vez em um leilão que será organizado pela Bonhams em Mônaco, no final de semana do Grande Prêmio de Fórmula 1, exatamente 34 anos após o vitorioso segundo lugar de Ayrton. Ainda não há preço estimado pela casa de leilões. O preço de £ 1 milhão é um pouco salgado, considerando que este não é um carro vencedor de Grande Prêmio, tampouco reconhecido por suas qualidades técnicas. Como comparação, é possível comprar um dos Benneton B191 usados por Schumacher e Piquet no início dos anos 1990 por menos de £ 700.000 — e estamos falando de carros que venceram Grandes Prêmios nas mãos de multicampeões.
Além disso, quem deverá pautar seu preço final, será outro carro de Ayrton Senna que também será oferecido no evento da Bonhams em 11 de maio: o McLaren MP4/8A usado por Ayrton em sua sexta e última vitória em Mônaco, em 1993.
Cadillac irá lançar sedã compacto de tração traseira “mais rápido que seus rivais em Nürburgring”
Em 2016 surgiram rumores de que a Cadillac estava ampliando sua frente de resposta às marcas premium alemãs com um sedã compacto de tração traseira que concorreria com o Mercedes CLA e o Audi A3. Foi um rumor rápido e passageiro, que logo se dissipou e só voltou a aparecer na metade de 2017, quando a Cadillac revelou que substituiria o ATS e o CTS com dois novos sedãs de segmentos diferentes.
Agora, em entrevista ao Jalopnik, o chefe da Cadillac, Johan De Nysschen, revelou mais alguns detalhes sobre o carro. Ele será a única opção do segmento com tração traseira — ao menos até o surgimento do BMW Série 2 Gran Coupé — e também terá uma versão de alto desempenho que será mais rápida que seus rivais. Quanto? Bem, De Nysschen disse o seguinte: “Ele certamente irá completar uma volta em Nürburgring em menos tempo que qualquer um dos nossos concorrentes desta categoria”.
Quando este carro chega é algo que não sabemos — bem como que powertrain ele irá usar. Se tivéssemos que fazer uma aposta, seria uma variação mais potente do 2.0 turbo do Camaro (que tem 280 cv atualmente) ou até mesmo o 3.6 V6 biturbo usado pelo XTS e CTS, mas ainda é cedo para falar. Ainda não há data para o lançamento deste mini ATS-V.
As primeiras imagens do Volkswagen elétrico para Pikes Peak
A Volkswagen revelou o nome e as primeiras renderizações de seu protótipo elétrico que irá participar da edição deste ano da Subida de Montanha Internacional de Pikes Peak, em 24 de junho. Batizado I.D. R, ele é o primeiro projeto feito em parceria entre a Volkswagen R e a Volkswagen Motorsport.
Como já deu para notar nos últimos anos, a Volkswagen está investindo pesado no desenvolvimento e, acima de tudo, no marketing de seus conceitos e protótipos elétricos, como parte da recuperação do escândalo Dieselgate. Para a marca alemã, colocar um protótipo elétrico na “subida de montanha mais icônica do mundo”, em Pikes Peak, é uma “oportunidade fantástica para a Volkswagen mudar a discussão sobre mobilidade elétrica do ponto de vista esportivo”. Em outras palavras, a Volkswagen quer convencer que dá para fazer um esportivo elétrico competente, atraente e, acima de tudo, vencedor.
Ainda não há detalhes técnicos sobre o carro, mas a Volkswagen já adiantou que ele terá tração nas quatro rodas e “irá exibir o potencial esportivo da futura família de elétricos I.D.
Citroën DS4 e DS5 deixarão de ser produzidos devido à baixa demanda
Depois de ser “emancipada” da Citroën, a DS vem fazendo uma lenta transição para assumir de vez o papel de marca premium da PSA. Por aqui, ela tem um site oficial separado da Citroën e também uma fanpage oficial no Facebook com mais de 1,2 milhão de seguidores, mas não há muito mais do que isso, por ora. Não é para menos: a marca oferece somente o DS3 e o DS5 atualmente, ambos sob encomenda e foi afetada pela alta do dólar dos últimos anos, de forma que seu auge de vendas no Brasil aconteceu antes desta transição de sub-marca para marca independente.
Fora isso, a marca terá outro problema: o DS4 e o DS5 deixarão de ser produzidos devido à baixa demanda pelos modelos em termos globais. Tanto o DS4 quanto o DS5 simplesmente acabaram esquecidos pelo público e viram suas vendas cada vez mais baixas.
Apesar de serem representantes da ousadia (às vezes nonsense) do design francês, o DS4 tinha como seu principal problema a similaridade com o C4 — além de sua bizarra janela fixa nas portas traseiras (sim, elas não se abrem de jeito algum). Já o DS5 era um carro que ninguém pediu, mas a Citroën fez assim mesmo — uma mistura estranha de hatchback, minivan e SUV urbano que não agradava o público que gostava de hatches, nem minivans, nem SUV.
A DS deverá renovar o DS4 futuramente como um modelo mais convencional para enfrentar o trio de compactos premium alemães — o Audi A3, o Mercedes Classe A e o BMW Série 1. Já o DS5 se juntará ao DS original nas páginas da história da Citroën.