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Zero a 300

GT3 manual bate recorde no ‘Ring | Novo Volvo S90 | Ferrari Elettrica e mais!

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A nova Moto Guzzi V7 Sport

Há poucas histórias mais belas que a da Moto Guzzi. Para começo de conversa, a empresa fica numa cidade paradisíaca nas margens de um lago paradisíaco: Mandello del Lario, no Lago de Como. Uma visita ao lugar vai te fazer achar que morreu e foi para o céu. Como algo tão prosaico como uma fábrica de motocicletas operar ali é incompreensível. Na verdade, pensando bem faz todo sentido: chegar ali de Moto Guzzi e tirar uma foto nos famosos portões vermelhos, parte intrínseca da mítica da marca.

As raízes da empresa trazem longa tradição de competição. Os primeiros pilotos de Grand Prix da Moto Guzzi venceram oito campeonatos mundiais até 1957, por exemplo. Mas a empresa é famosa há décadas já por suas motos V-Twin grandes; um tipo de moto que nasceu como uma resposta italiana às Harley-Davidson, populares inicialmente com forças policiais e gente pacata. Nada de esportivas, ou de corridas.

 

A Guzzi estava em crise no fim dos anos 1960; foi então que Ingegnere Lino Tonti resolveu que a empresa precisava de uma moto esportiva para combater as japonesas e a Ducati, que acabara de lançar uma 750 esportiva de sucesso. Sem outra base melhor, usou as grandes V-twin com cardã, mesmo. Preparou o motor V-Twin a 90° OHV de 750 cm³ para que chegasse a 72 cv a 7000 rpm, e levasse a moto a 200 km/h. Aliviou o peso para chegar a menos de 200 kg e adotou uma caixa de câmbio de cinco marchas. Geometria de suspensão de pista, guidão baixo clip-on. Assim nasceu a V7 Sport em 1970.

Moto Guzzi V7 Sport “Telaio Rosso” 1970

Uma moto de guidão baixo, linda, esportiva, que podia entrar em competição com pouca modificação. As motos iniciais foram feitas justamente no departamento de competição, e tinham quadro pintado em vermelho: as V7 Sport “Telaio Rosso” hoje são cobiçadíssimas. A moto que fez a fama e a imagem da Guzzi moderna.

Moto Guzzi V7 Sport 2025

Pois bem: a V7 Sport está de volta. Ainda uma V-Twin a 90° atravessado na moto, ainda transmissão final por cardã. Mas uma moto moderna claro. O V-Twin é moderno, apesar da descrição similar com o da moto de 1970: OHV, arrefecido à ar, duas válvulas opostas por cilindro. Agora tem 853 cm³ (84 x 77 mm), foi revisado para atender às normas de emissões Euro 5+, com aumento de potência e torque, e tem agora injeção eletrônica e ride-by-wire. O motor fornece 67,3 cv a 6.900 rpm e 8 mkgf de torque a 4.400 rpm.

O quadro é de aço, e vem com garfo invertido de 41 mm com ajuste de pré-carga, amortecedores traseiros duplos com ajuste de pré-carga, pinças Brembo duplas de quatro pistões e rodas de alumínio. O curso da suspensão é de 13,7 cm na dianteira e 12,9 cm na traseira. A V7 Sport recebe um sistema de freios aprimorado em relação à V7 Stone e à V7 Special, com discos flutuantes duplos de 320 mm e pinças Brembo monobloco duplas de quatro pistões com montagem radial, enquanto outras variantes utilizam um único disco e pinça Brembo.

Todas as Guzzi vem com ABS, mas o V7 Sport é o único a se beneficiar de uma unidade de controle de tração (IMU) de seis eixos, que proporciona ABS sensível à inclinação. Rodando sobre uma roda dianteira de 18 polegadas e uma roda traseira de 17 polegadas, o conjunto de rodas do V7 Sport é 2 kg mais leve que o do Stone. Rodas mais leves contribuem para o peso total de 220 kg do Sport, que é apenas 2 kg mais pesado que o do Stone, apesar de ter um garfo de maior diâmetro e dois discos de freio dianteiros.

“O V-twin do V7 Sport tem torque, o chassi é afiado, o estilo é icônico, o ajuste e o acabamento são premium e o conjunto eletrônico o mantém moderno.” – disse a Cycle World americana. A nova V7 Sport 2025 já está disponível nos EUA por US$10,690 (R$ 62.078). (MAO)

 

Porsche 911 GT3 é o câmbio manual mais rápido no Nurburgring

A Porsche estabeleceu um novo recorde de volta em Nürburgring para carros com transmissão manual com o novo 911 GT3. O piloto de fábrica Jorg Bergmeister conseguiu estabelecer um tempo de volta de 6:56.294 em um 911 GT3 2025 de seis marchas. Isso não só quebra o antigo recorde de volta em Nürburgring com transmissão manual, como também supera o tempo de volta do GT3 anterior, que foi estabelecido com um carro equipado com PDK.

É um recorde importante, claro. Bate o Dodge Viper ACR, que manteve o antigo recorde de Nürburgring com transmissão manual por oito anos, com uma volta de 7:01.3. E observe que esse tempo de volta foi estabelecido antes do ‘Ring’ padronizar seus procedimentos de cronometragem, que estipulam uma volta completa de 20,79 km. Anteriormente, os tempos de volta em Nürburgring excluíam a curta reta dos boxes para uma volta de 20,6 km. Na volta mais curta, de 20,6 km, o novo GT3 conseguiu um impressionante tempo de 6:51.764.

Mas o Viper não é produzido desde 2017. Hoje em dia quem é o concorrente mais próximo? Honda Civic Type R? Bom, na categoria dos milhões de dólares de preço no plural há sempre Gordon Murray e seus T.50. Será que ele estaria disposto a tentar? Será que bateria o GT3? O Porsche é criado para fazer isso; é possível que Murray nem lembre mais o endereço do Nurburgring. Se ele não quer tentar, há sempre tentativas independentes. Veremos!

O carro de teste da Porsche contava com o Pacote Weissach opcional, que inclui uma série de medidas de redução de peso e acabamentos em fibra de carbono. O carro também contava com pneus opcionais Michelin Pilot Sport Cup 2 R. (MAO)

 

Ferrari Elettrica: é exatamente o que o nome diz

O mundo pode estar enfrentando mudanças climáticas, mas no Inferno as coisas estão piores ainda: dizem que agora, com esta notícia, ele congelou de vez. Qual notícia? Bem, meninos e meninas, agora é verdade: a Ferrari está colocando os toques finais em seu primeiro carro elétrico.

O Inferno, ontem

Sim, este ano a Ferrari revelará seu primeiro veículo elétrico, repito. A base para o carro, aparentemente, “já foi construída há muitos anos”, e ele será apresentado ao mundo no dia 9 de outubro. O carro elétrico da Ferrari foi flagrado algumas vezes em teste, mas a empresa mantinha-se em segredo sobre o assunto. Agora, em discursos durante a recente assembleia geral anual de acionistas da empresa, tanto o presidente da Ferrari, John Elkann, quanto o CEO, Benedetto Vigna, se referiram ao modelo como Ferrari Elettrica e disseram que o carro levou anos para ser desenvolvido.

“A eletrificação tem sido um caminho que seguimos há décadas, começando na Fórmula 1 e depois dos nossos carros de corrida para os esportivos”, disse o presidente durante a assembleia geral anual de acionistas da empresa, segundo a Reuters.

Elkann também enfatizou o compromisso da empresa em manter sua inovação interna, mesmo com veículos elétricos. “Agora, também podemos afirmar que todos os nossos principais componentes elétricos são desenvolvidos e fabricados artesanalmente em Maranello”, disse ele. Não está claro se o nome Elettrica permanecerá na produção, mas alguns acreditam que há uma boa chance de que sim. Afinal, esta é a empresa que nomeou seu cupê de 12 cilindros “12Cilindri”, e uma Ferrari de “LaFerrari”.

O veículo elétrico da Ferrari não será um carro esporte. Em vez disso, ele deve assumir a forma de um crossover com quatro portas, semelhante a um hatchback. Terá um “dispositivo de reprodução de som” que a empresa patenteou em 2023, permitindo que ele imite a trilha sonora de um motor a gasolina. Boa sorte com isso. (MAO)

 

Volvo S90 recebe facelift; mas só para China

Aparentemente não é só a perua que está morrendo; o sedã grande também parece tomar o caminho do Dodô, todo mundo sucumbindo frente à singularidade SUV. A Volvo, ao anunciar o seu novo S90, disse que só o venderá “na China e em alguns outros mercados asiáticos importantes”.

Quase uma década após seu lançamento, o Volvo S90 passa por um facelift. Apesar da queda de 18,4% nas vendas em 2024, os números de venda ainda são fortes o suficiente para justificar o investimento em uma segunda atualização. Isso sugere que a Volvo pretende manter o S90 vivo por pelo menos mais alguns anos.

A atualização reflete essencialmente as atualizações que vimos em setembro passado no XC90. A grade revisada do SUV e os faróis de LED Matrix agora chegam ao S90. Mudanças sutis incluem capô, para-choque dianteiro e para-lamas dianteiros redesenhados. Na traseira, as lanternas traseiras também foram remodeladas e reestilizadas. Por dentro, o S90 recebe a tela de infoentretenimento maior de 11,2 polegadas do XC90.

A Volvo ainda não divulgou as especificações técnicas. E embora ainda não exista confirmação oficial, parece que a perua V90 já não está mais sendo fabricada. Vende um quarto do que vende o sedã, que já não anda bem fora da China, então…

O sedã já é fabricado na China, uma mudança feita em 2017, o que ainda piora a situação do carro: seria taxado fortemente se exportado para os EUA, por exemplo. Erik Severinson, Diretor de Produto e Estratégia da Volvo, afirma que o novo sedã de luxo permanecerá no mercado por um longo período, mas apenas em algumas regiões: “O S90 é uma parte fundamental do nosso portfólio de produtos para os próximos anos em alguns dos nossos mercados asiáticos.” (MAO)

 

O GP da Arábia Saudita

Será que Norris tem as fundações para ser o campeão de 2025 ou irá espanar? A classificação do GP da Arábia Saudita já foi um péssimo prólogo: ainda no começo do Q3, uma batida na saída da T4 o fez largar da décima posição. Na prova, ao disputar com Hamilton a 6ª posição, se precipitou antes da zona de DRS da reta dos boxes, o expondo a um rebote previsível. No seu pit-stop na volta 35, trava as rodas e passa reto a metros antes do radar – e na saída, quase cruza a linha branca. Na coletiva de imprensa, se colocou na defensiva afirmando que a Red Bull é tão rápida quanto a McLaren na corrida, uma meia-verdade que nem seu companheiro concordou – ainda que valha a pena frisar: parece que o consumo de pneus do RB21 melhorou nesta última versão.

Velocidade, arrojo e competência Norris tem de sobra. Mas sob pressão, já o vimos cometer equívocos de estratégia e na pista. Não ajuda nada ter Piastri como companheiro. Oscar tem a seu favor o fator underdog, uma cobrança muito menor da equipe e da imprensa por não ser a estrela da equipe. Agora que ele lidera o campeonato – com direito a uma ultrapassagem épica sobre Hamilton pelo lado sujo da pista –, veremos se o bloco de gelo se preserva. Em caso afirmativo, Norris terá um desafio: terá de amadurecer instantaneamente, pois se seguir deslizando aqui e ali desperdiçando pontos, a McLaren terá de se estruturar em volta de Oscar pelo campeonato de pilotos.

O momento mais polêmico da prova foi a disputa da primeira curva. Piastri largou melhor, tinha o lado de dentro a seu favor, e Verstappen fez uma versão defensiva do seu famoso “dive bomb”: freou tardiamente de forma que seria impossível contornar a T1, apenas para garantir o posicionamento lado a lado por fora de Piastri no ponto de tangência – justificando assim a sua não-devolução de posição, mesmo tendo colocado o carro inteiro fora da pista. Não colou e ele acabou sendo punido com cinco segundos. Malandragens à parte, o pace de Max no final do primeiro stint foi de arregalar os olhos da McLaren, chegando a abrir 3,7s na volta 24 sobre Piastri. Houvesse um safety car ou mesmo se Max tivesse devolvido a posição na T1, talvez terminasse como vitorioso. O campeonato promete… (Juliano Barata)