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Zero a 300

Gunther Werks GWR | Chevrolet Spark EV | Nissan Leaf e mais!

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O Gunther Werks GWR

São 507 cv a sonoros 9.000 rpm em seu boxer de quatro litros quad-cam aspirado desenvolvido pela Rothsport Racing. Peso: insanos 1.088 kg – quase 400 kg menos que o GT3 RS 992. Monobloco 150% mais rígido que um 993 original. Carroceria de fibra de carbono, rodas de magnésio. Trinta milímetros a mais de entre-eixos, em parte graças a uma configuração específica de cáster e um setup de suspensão completamente novo, com braços em duplo A na dianteira.

O Gunther Werks GWR é provavelmente o restomod definitivo feito sobre a geração 993, o cruzamento entre um GT3 RS 992 e o Cup 993. Um track weapon de rua, funcional, purista na proposta mecânica mas não no design: ele dispensa asas gigantescas e incorpora um estilo mais limpo a la S/T, com um ou outro aceno dos lendários 935 e o RS 2.7 “ducktail” – mas em uma reinterpretação conceitual, nada de visual clássico. As rodas turbofan são um opcional, mas para ser franco, prefiro as raiadas da Gunther.

O GWR calça os Continental Extreme Contact Sport 02, o exato pneu UHP que uso em meu Sandero RS, que foi lançado ano passado no Brasil e que conta com kevlar em sua carcaça, compostos da mesma família do Sport Contact 7 e banda de rodagem assimétrica, com muita área de contato nos ombros externos. Sempre falei sobre a seriedade da proposta de uso misto deste pneu, e o fato da Gunther Werks empregar o ECS 02 em todos os seus carros apenas endossa isso.

A Gunther Werks trabalhou duro na aerodinâmica de underbody do GWR, que conta com “S Duct” (um duto acelerador de ar, com captação na dianteira e saída na tampa frontal, solução que vemos na Ferrari 488 Pista) na dianteira, um enorme difusor traseiro, assoalho selado e escoador aerodinâmico nas lanternas traseiras (!). A cabine do carro também é um espetáculo à parte: puro business, fibra de carbono, titânio e tecido, nada de firulas em excesso.

Apenas 40 unidades do GWR serão feitas e várias unidades já foram vendidas desde setembro. A brincadeira começa em 950 mil dólares. (Juliano Barata)

 

Chevrolet Spark EV lançado no Oriente Médio, antes do Brasil

Empresarialmente parece uma boa ideia trazer um elétrico chinês barato com desenho inspirado em Land Rover, mas bem menor em tamanho, e vendê-lo na vasta rede de concessionárias Chevrolet por aqui. Afinal de contas, elétricos baratos chineses são um relativo sucesso aqui, e no mínimo roubam vendas dos Onix. E vasta rede de concessionárias Chevrolet por aqui certamente agradece qualquer coisa que ajude seu volume de vendas hoje em dia.

O segundo Chevrolet já não era mais um Chevrolet

E não é assim que a marca Chevrolet seja sagrada. Aqui é na maioria das vezes um Opel, e nos EUA, quando invadido nos anos 1970 por outra nação oriental, o Japão daquela vez, foram vendidos Isuzu e Toyota com a marca da gravatinha. Não, Chevrolet é uma marca que não tem muitos escrúpulos nisso. Na verdade, o primeiro Chevrolet de 1912 foi desenhado por Louis Chevrolet, mas o segundo já era um Badge-Engineered Little!

O que faz um Chevrolet ser um Chevrolet?

Mas não é uma marca sem significado: nos anos 1950 e 1960 por exemplo criou uma personalidade só sua, que ainda hoje divisamos da turba como sendo um “Chevrolet de verdade”. E a qualidade alemã de baixo preço da Opel significa Chevrolet para a maioria dos brasileiros. Há uma imagem que deveria ser mais curada aqui.

Mas enfim, divago; se o novo Chevrolet Spark EV vender bem, terá sido ótimo para a saúde da marca aqui, e é isso que impele a existência, não a discussão filosófica. É importante, a discussão filosófica, não entenda mal. Mas costuma ser de menor importância em tempos de crise. Tipo em guerra, onde começa-se a matar gente em massa com objetivo de sobreviver. Vale tudo para se sobreviver, ou as vezes se deve morrer com honra intacta? Tá, parei, de volta ao automóvel em questão.

Baojun Yep: motor no eixo traseiro.

O fato é que o carro foi lançado no Oriente Médio, antes do Brasil, e podemos assim dar mais uma olhadela nele. Já sabemos que é um Baojun Yep Plus transformado em Chevrolet. O Baojun Yep é um carro feito apenas para ser barato, com motor elétrico montado no eixo rígido traseiro, e bem simples. Mas parece que o Plus, e o Chevrolet, tem motor e tração dianteiros.

Mas pelo menos, parece bem-acabado por dentro e por fora nas fotos, e é bonito, para quem gosta da linguagem estilística do novo Defender. Dependendo do preço, pode ser um sucesso. Mais disso mais adiante.

Mede 3,99 metros em um entre-eixos de 2,5 metros. O elétrico estrea na versão ACTIV, teto em dois tons e rodas de 16 polegadas. O carro é para quatro ocupantes (e não cinco, note, já um problema no Brasil), e o interior, segundo a GM, tem acabamento mais refinado que o equivalente chinês da marca Baojun. Vem também equipado com sistemas de assistência ao motorista (ADAS), incluindo estacionamento automatizado, assistente de permanência em faixa e câmera de 360 graus.  O sistema multimídia tem tela sensível ao toque de 10,1 polegadas e painel de instrumentos digital de 8,8 polegadas. O modelo é compatível com Apple CarPlay e Android Auto.

O Chevrolet Spark EUV será equipado com um motor elétrico de 101 cv e 18,3 mkgf. O Baojun Yep Plus pesa 1.325 kg, então o desempenho deve ser aceitável, mas não brilhante.  A bateria é de 42 kWh, do tipo LFP (fosfato de ferro-lítio), oferecendo uma autonomia de 298 km pelo padrão WLTP.

Ainda não há data oficial para o lançamento aqui, nem preço. Mas se espera que seja um preço acessível de verdade; talvez começando na marca dos R$ 100 mil. Será? Tomara. A GM precisa de um sucesso aqui, ainda que seja assim. (MAO)

 

Os dez menos depreciados em 5 anos, nos EUA

Porsche 911: o que mais mantém valor

Ontem falamos dos carros que mais depreciaram nos EUA nos últimos 5 anos, fruto de um estudo publicado por lá recentemente. Alguns elétricos apareceram por lá: 40% dos mais depreciados. O que significa que 60% é a gasolina, como alguns apontaram, claro. Mas aí a gente lembra que os elétricos são pouco mais de 8% das vendas nos EUA, e que são, em média geral, bem mais depreciados que os a gasolina. Infelizmente o fato é que um dos problemas dos elétricos ainda é a depreciação, mesmo com baterias mais duráveis e outros avanços. Pelo menos, neste momento.

Toyota Tacoma

Mas e o outro lado? Quais os carros que menos depreciaram nos últimos 5 anos, de acordo com este estudo? Entre os 10 menos depreciados, seis são carros esporte/esportivos. Além deles, entre os dez primeiros estão três Toyotas (Tacoma, Tundra e Corolla Hatch) e um Honda, o Civic. Se contarmos que Civic e Corolla Hatch, que somam os Si, Type R e GR, como carros de entusiastas, a lista é quase só deles. Todos os 10 primeiros são carros interessantes para o entusiasta, e o décimo primeiro é o Subaru BRZ!

Os carros esporte/esportivos são os Porsche 911, Cayman e Boxster 718; o Ford Mustang e o Chevrolet Camaro (que não é mais produzido), e finalmente o Chevrolet Corvette. Parece que o carro entusiasta tem valor ainda; ainda que como um usado.

O campeão em manutenção de valor depois de 5 anos é o Porsche 911, perdendo 19,5% de seu valor, em média. Em segundo está o Porsche Cayman, com 21,8% de perda. O que, para nós brasileiros, parece perda grande; mostra apenas como nossos mercados são diferentes. (MAO)

 

Nissan mostra novo Leaf e promete renovação da linha

A Nissan, como sabemos, está passando por um momento difícil. Entre vendas em queda, dificuldades financeiras, negociações de fusão fracassadas com a Honda e a renúncia de seu CEO, as coisas não estão exatamente melhorando.

Mas o novo CEO, um mexicano chamado Ivan Espinosa que passou a vida na empresa, chegou dizendo que é um entusiasta, que seu carro de uso pessoal é um Z (participou de seu projeto), e que vai trazer mais vida à empresa por meio de “Halo cars”, muitos deles carros esporte.

O novo Nissan Leaf

Mas antes desse futuro ainda mais longe, a empresa, e Espinosa, acabam de anunciar uma nova estratégia. A marca diz que está se preparando para revelar uma série de modelos novos e renovados até 2027. Para os EUA, a Nissan lançará um lote de carros novos, incluindo novas gerações do Nissan Leaf EV, o sedã Sentra e o SUV Rogue, juntamente com uma versão repaginada do Pathfinder.

Picape e Sentra, em teaser só ainda

O único realmente revelado por enquanto é o Leaf. Não é mais um hatchback simples: virou SUV, ou “crossover”, como diz a marca. Estilo novo, rodas de 19 polegadas e teto solar panorâmico. Ele será construído na plataforma CMF-EV, e terá “melhorias significativas de autonomia” em relação ao seu antecessor. Será também o primeiro Nissan a apresentar a porta de carregamento NACS, a da Tesla, então será compatível com o Tesla Supercharger, importante nos EUA.

O novo Nissan Leaf, porém, será uma oferta global, não apenas para a América do Norte. Ele também estará disponível na Europa, Japão e Austrália. Não sabemos se virá para cá também.

Micra: baseado no Renault 5 e-tech

O Nissan Rogue/ X-trail receberá novo trem de força, em versões a gasolina, híbrida e híbrida plug-in. Será na verdade um Mitsubishi Outlander rebatizado. O Pathfinder recebe um facelift, com nova frente que deve alinhá-lo com o resto da linha da Nissan.

O sedã Sentra também será reformulado, embora não existam ainda muitos detalhes sobre o quanto. Finalmente, a Nissan também disse que fará um “SUV focado em aventura” com um trem de força elétrico que será fabricado na fábrica de Canton, Mississippi, nos EUA a partir de 2027. O modelo parece ser menor do que o Rogue e o Pathfinder.

Ivan Espinosa, o novo CEO

Na Europa, a Nissan está pronta para lançar o Micra totalmente elétrico. É basicamente, sem surpresa, uma versão Nissan do Renault R5 E-Tech. O motivo de alguém escolher o Nissan ao invés do retrô-chique R5, ainda não está claro.

O sucessor da picape Nissan Navara/Frontier terá muito em comum com a Mitsubishi Triton. Este é descrito como uma “picape de uma tonelada totalmente nova” que será lançada na Austrália no primeiro trimestre de 2027.

Como pode-se ver, muito está em andamento na empresa. Mas no frigir dos ovos, tudo pequeno e já em andamento há muito tempo. Mas não se deve subestimar o poder de uma nova liderança e direção em mudar realmente as coisas. Vamos ter que esperar para ver se a Nissan consegue sair do buraco em que se meteu mundialmente. O pragmático CEO anterior disse que a empresa só duraria um ano, no curso atual. E isso já faz alguns meses. (MAO)