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Car Culture

Halloween: os carros “cor de abóbora” mais icônicos que existem

Hoje, 31 de outubro, muitos países comemoram o Halloween – e a tradição vem ganhando força também no Brasil, onde a data é conhecida como Dia das Bruxas, com as pessoas dando festas à fantasia e colocando decorações “assustadoras” em suas casas.

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Uma das decorações de Dia das Bruxas mais tradicionais são as abóboras entalhadas. Antigamente, fazia-se apenas rostos assustadores ou divertidos, mas hoje em dia as gravuras em abóboras costumam representar qualquer coisa, incluindo figuras típicas do Halloween, claro, mas também frases, ilustrações e todo tipo de arte.

A tradição de esculpir abóboras surgiu na Europa, acredita-se que na Irlanda, onde não se entalhava abóboras, mas sim nabos. As faces grotescas criadas pelas pessoas eram usadas para espantar demônios, espíritos e outros seres sobrenaturais. Quando os primeiros imigrantes irlandeses foram morar nos Estados Unidos, a tradição foi levada na bagagem – exceto que, por não encontrar nabos na América do Norte, eles acabaram usando abóboras. Com o tempo, começou-se a colocar velas dentro das abóboras.

Em inglês, as abóboras (e nabos) de Halloween se chamam “Jack-o’-lantern”, mesmo nome de um fenômeno natural que costuma ocorrer em pântanos e outros terrenos úmidos, onde a matéria orgânica de animais mortos em decomposição concentra um alto nível de metano e entra facilmente em combustão espontânea. No Brasil, este fenômeno se chama “fogo-fátuo”, e possivelmente deu origem à lenda do Boitatá.

E foi pensando nas abóboras de Halloween que nós decidimos celebrar a data de uma forma meio diferente – em vez de falar sobre os carros mais assustadores, vamos elencar aqui alguns dos carros laranja (ou melhor, cor de abóbora) mais emblemáticos que existem, seja na vida real ou na ficção.

 

O Fusca da Telesp

Este fez parte das lembranças de muita gente no estado de São Paulo: o Fusca laranja da Telesp (Telecomunicações de São Paulo), que também pode ser considerado o precursor do famigerado “Uno com escada”. O Fusca começou a fazer parte da frota da Telesp em 1967 e, dez anos depois, passou a utilizar motor a etanol por incentivos do governo, através do programa Proálcool.

Curiosamente, embora seja laranja aos olhos, o nome correto da cor é Amarelo Manga. Os detalhes eram pintados na tonalidade Azul Imperial, que vinha do catálogo da Ford.

 

O Supra laranja de Brian O’Conner

Sem dúvida um dos carros laranja mais lembrados pelos entusiastas é o Toyota Supra de Brian O’Conner no primeiro “Velozes e Furiosos” (The Fast and the Furious), de 2001 – o famoso “carro de dez segundos”. Como contamos neste post, o carro pertencia ao consultor de veículos que foi contratado pela Universal, Craig Lieberman – que é entusiasta de longa data e, recentemente, começou a postar vídeos dos bastidores em seu canal no YouTube.

hero car do filme era o Supra do próprio Craig, que antes das filmagens era pintado de amarelo. Para as gravações, a cor escolhida foi o laranja Candy Pearl Orange, tonalidade usada no Lamborghini Diablo. Os hoje famosos adesivos nas cores prata e verde foram desenhados especialmente para o Supra pela Troy Lee Graphics.

 

Vitamin C Orange/Go Mango (Mopar)

A primeira das cores oficiais a aparecer neste post é o clássico “Vitamin C Orange” (Plymouth), ou “Go Mango” (Dodge). Trata-se de um laranja aberto, cítrico mesmo, que foi usado em diferentes modelos nos durante as décadas de 1960 e 1970.

A tonalidade fazia parte das High-Impact Colors (Plymouth)/High-Performance Colors (Dodge), que tinham outras cores com nomes divertidos, como o roxo “In Violet”/”Plum Crazy”, o verde “Lime Light”/”Sublime” e o rosa “Moulin Rouge”/”Panther Pink”.

Curiosidade: um dos Dodge Charger laranja mais famosos da TV, o General Lee da série “Os Gatões” (The Dukes of Hazzard), que estreou em 1979, não era pintado de laranja “Go Mango”, mas sim de outra tonalidade mais fechada, chamada “Hemi Orange” (“Tor Red” no catálogo da Plymouth).

 

Grabber Orange (Ford)

Embora a Ford não tivesse uma linha específica de cores com nomes divertidos, o laranja é naturalmente uma cor descontraída. O chamado “Grabber Orange” ficou famoso por ser a cor do Ford Mustang Boss 302 com o qual Parnelli Jones conquistou o título de 1970 na Trans-Am Series.

Reza a lenda que foi o próprio Parnelli Jones quem batizou a cor – antes do Mustang laranja, ele conduzia um carro preto, mas o mesmo não se destacava dos demais e a imprensa não dava muita bola. Então, ele decidiu mudar para o laranja, uma cor muito mais vibrante, e assim chamar a atenção (grab the attention) da mídia.

Vale observar que o laranja é oferecido até hoje no Mustang, em uma tonalidade bem parecida, batizada Orange Fury.

 

 

Hugger Orange e Laranja Boreal (Chevrolet)

Se a Ford tinha o Grabber Orange, a Chevrolet tinha o Hugger Orange – um tom mais escuro e avermelhado, usado no Chevrolet Camaro, no Nova e no Corvette durante as décadas de 1960 e 1970.

E a filial brasileira também teve seu tom de laranja característico – o Laranja Boreal, que foi oferecido em 1978 para o Opala. A versão SS ficava especialmente atraente com esta cor, graças ao contraste com os elementos em preto – faixas no capô, listras nas laterais e a face traseira.

 

TA Orange (Dodge Viper TA)

Outro que merece menção é o TA Orange do Dodge Viper TA (de Time Attack), lançado em 2013. Embora usasse o mesmo motor V10 de 8,4 litros, 654 cv e 82,9 kgfm de torque do Viper “normal”, o TA trazia um novo kit aerodinâmico (composto de um splitter frontal de duas peças e um spoiler traseiro de fibra de carbono), rodas pintadas de preto fosco com pneus Pirelli P Zero Corsa, amortecedores Bilstein com dois ajustes (Street e Race), molas mais firmes, barras estabilizadoras mais grossas e uma X-brace de fibra de carbono sob o capô.

Foram feitos 159 exemplares do Dodge Viper TA, sendo 93 deles na cor exclusiva “TA Orange”, 33 em preto “Venom Black” e 33 na cor branca “Venom White”.

 

Volcanic Orange (Renault Mégane RS)

Um dos nomes mais recentes desta lista, o Mégane RS da geração atual – que é movido, em sua versão normal, por um motor 1.8 turbo de 280 cv e 39,7 kgfm de torque – tem um tom de laranja exclusivo chamado “Volcanic Orange”, um tom acetinado que, dependendo da forma como é atingido pela luz, exibe reflexos dourados.

Embora tenha dividido opiniões na época do lançamento, o Volcanic Orange foi um sucesso – tanto que, nos primeiros meses de venda, quem quisesse que seu Mégane RS fosse laranja, teria de passar alguns meses em uma fila de espera.

 

Yquem e Papaya Orange (McLaren)

Não dá para falar em carros laranja sem falar do McLaren F1. Desde quando era “apenas” uma equipe de corridas fundada no Reino Unido pelo neozelandês Bruce McLaren, a empresa tem no laranja sua cor mais icônica (ainda que esta frase possa ser contrariada pelos fãs da pintura Marlboro e da escala de cinza usada na década de 2000).

O McLaren F1 tem pelo menos dois tons de laranja emblemáticos: o “Papaya Orange”, sólido e vibrante, usado no protótipo XP1 LM – o carro que serviu como template para o F1 LM, este inspirado pela conquista do McLaren F1 nas 24 Horas de Le Mans de 1995.

O outro laranja se chama “Yquem”, e lembra bastante um cobre metalizado, porém com mais saturação. Apenas um exemplar do McLaren F1 foi pintado pela fábrica nesta cor – o chassi #075, último exemplar de rua produzido, de 1998.

 

Lava Orange e Tangerine (Porsche)

Obviamente a Porsche está nesta lista, e também com duas tonalidades diferentes de laranja. O Lava Orange ficou famoso por ser a cor de estreia do último Porsche 911 GT3 RS, em 2015. De acordo com a própria Porsche, decidiu-se por correr o risco e apresentar o carro em uma cor não-convencional pois, sendo um modelo de alto impacto – com direito a um flat-six de quatro litros capaz de entregar 500 cv e girar a mais de 8.000 rpm – ele precisava de uma cor de alto impacto.

Em um artigo publicado na revista interna Christophorus, a Porsche explica que as cores chamativas sempre tiveram preferência na hora de criar o material publicitário de seus carros. Um exemplo é o laranja “Tangerine”, que entrou para o catálogo em 1972 e ficou bastante popular no ano de 1973, como Carrera RS.

 

BMW Jägermeister

Terminando este top com um clássico, temos a clássica pintura laranja da Jägermeister. A fabricante do famoso licor de ervas de mesmo nome patrocinou o piloto alemão Mario Ketterer na temporada de 1988 do DTM, o Campeonato Alemão de Carros de Turismo.

Ketterer não venceu nenhuma corrida com ele, mas seu visual inconfundível o tornou um dos carros mais icônicos da categoria – e até hoje o M3 é homenageado em tributos feitos por entusiastas, que reproduzem fielmente a pintura original em seus carros.