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Hyunda HB20 chega à liderança do mercado pela primeira vez
Desde seu lançamento, o Hyundai HB20 vinha figurando entre os carros mais vendidos do Brasil, chegando a ocupar a vice-liderança em alternância com o finado Ford Ka e, mais recentemente, competindo com o Polo e o Onix entre os SUV e compactos de entrada. Mas agora, em junho passado, ele finalmente chegou à liderança do mercado depois de 12 anos de estrada.
A liderança foi disputada: ele superou o Polo por apenas 77 unidades — foram 9.760 unidades do HB20 contra 9.683 do Volkswagen. O Onix, que costumava ser o líder isolado do segmento (e do mercado, na geração anterior), ficou em terceiro, com 8.852 unidades.
Um fato interessante é que o Hyundai HB20 não chegou à liderança por vender mais unidades que antes, mas porque seus rivais tiveram as vendas afetadas. A média de vendas mensais do compacto coreano-brasileiro sempre oscilou entre 8.000 e 10.000 exemplares.
O fim da geração anterior do Onix, vendido recentemente como “Joy” também afetou significativamente as vendas do compacto engravatado, que deixou a liderança do mercado — atualmente ocupada pela picape Fiat Strada, nos rankings anuais, desde 2021.
A lista dos 10 mais vendidos em junho é completada pela Fiat Strada e Fiat Argo na quarta e quinta posição, respectivamente, depois pelo Onix Plus, que se consolida como o sedã mais vendido no Brasil, como foi seu antecessor Prisma, seguido pelo Fiat Mobi, à frente do trio de SUV recordistas, o T-Cross, o Chevrolet Tracker e o Hyundai Creta — os três “embolados” com menos de 100 unidades de diferença entre o VW e o Hyundai. (Leo Contesini)
BMW deve descontinuar o X4
Os SUV com linha de teto fastback é uma mutação genética estranha de verdade. O SUV, você deve se lembrar, costumava ser uma perua baseada em picape ou jipe, uma forma de tornar o veículo off-road mais prático e capaz de ser o único veículo de uma família. Torná-lo um cupê parece totalmente sem lógica, por sacrificar justamente a praticidade que criou o gênero para começar a história. Mas, afinal de contas, quando foi que lógica vendeu carro, de verdade? É um tipo de veículo estranho, mas vende bem; sua existência por isso é garantida.
Então é meio com surpresa que recebemos a notícia de que o BMW X4 deve ser descontinuado. Mas o motivo é bem pragmático, de acordo com o site Motor1, e tem pouco a ver com o sucesso, ou a falta dele, neste modelo em particular: o novo X2 deve crescer bastante de tamanho, segundo a BMW; sendo assim, não há mais espaço na linha para o X4. Aqueles que querem um SUV-cupê maior devem optar agora pelo X6.
O X3 continuará a venda, porém, este a versão não-fastback-cupê do X4. Ao contrário do X2 com sua plataforma baseada em tração dianteira e motores de quatro cilindros, o X3 é um produto de grande sucesso, e tem a tradicional base BMW de tração traseira e opção seis cilindros em linha.
Não podemos dizer que sentiremos falta do X4, mas o movimento mostra mais um dos inevitáveis efeitos do aumento de tamanho dos veículos modernos. A BMW não informa quando pretende encerrar a produção do X4, mas parece improvável que o modelo sobreviva após 2025.
Tecnicamente o X2 não é realmente um substituto, mas vamos falar sério: os clientes deste tipo de veículo não devem nem perceber a diferença de arquitetura básica FWD ou RWD. E é também um movimento mercadológico que a maior parte dos entusiastas nem perceberia se a gente não avisasse. E você? Realmente se importa com isso, ou é só a gente? Quem vai derramar uma lágrima pelo pobre do X4? (MAO)
Subaru BRZ em queda de venda. Mas o Toyota GR86 cresce!
Todo mundo adora a dupla “Toyobaru”, o BRZ e o GR86. Com seu boxer dianteiro de 2,4 litros aspirado com 240 cv, câmbio manual e tração traseira num cupê 2+2 baixo e com suspensões independentes bem acertadas, é uma pequena fera que faz o 0-100 km/h abaixo dos 6 segundos e chega a 225 km/h. Mas mais importante; é o maior barato para se dirigir, um carro feito não para impressionar vizinho, mas o seu piloto. E que é ainda por cima um confiável e confortável veículo de uso diário, e não é um absurdo de caro.
Mas se você acompanha as notícias automotivas por este espaço, sabe que as vendas dos Subaru para o entusiasta nos EUA andam terríveis: enquanto carros como o Forester são imenso sucesso para a marca, tanto o BRZ quanto o WRX estão em franca queda de vendas. O BRZ reduziu sua participação no mercado nada menos que 43.7% até junho de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado.
Até agora, este ano o BRZ vendeu apenas 1414 unidades, uma lástima. Mas por outro lado, veja só: o idêntico Toyota GR86 está indo muito bem, obrigado. Na verdade, no mesmo período, 7467 dos GR86 foram vendidos, um crescimento de quase 42%. Vende cinco vezes mais que seu irmão gêmeo! O que está acontecendo aqui?
Um porta-voz da Subaru disse que “As vendas estão diretamente ligadas à produção. Recebemos uma certa quantidade de unidades de produção para o mercado dos EUA e estamos priorizando a produção do Forester.” A Toyota também possui uma rede de concessionárias muito mais forte do que a Subaru nos EUA, o que sempre faz boa diferença.
Na Subaru, o BRZ é agora o carro menos vendido da linha. Isso é especialmente preocupante se considerarmos que os carros são iguais: se não existe à venda na concessionária Subaru, um cara pode ir na Toyota e comprar o mesmo carro. É perda de dinheiro imediata.
De qualquer forma, ambas as empresas estão em crescimento no total, e os seus sensacionais carros esporte baratos não passam de uma nota de rodapé nesta história. Na Subaru, o Forester é o carro mais vendido, e um grande sucesso; na Toyota é o RAV4. Mostra bem como as coisas são. (MAO)
Maserati lança um barquinho chamado Tridente
Não é novidade, ou surpresa para ninguém, que o mercado de artigos de luxo não para de crescer, fazendo empresas dedicadas a eles expandir para territórios aonde nunca antes foram, em busca daquele dinheirinho extra sempre bem-vindo. Deite seus olhos no mais novo artigo deste tipo que acaba de aparecer: uma lancha elétrica Maserati.
Se você ainda procura significado nessas coisas, vamos lá: o tridente que é logotipo da Maserati vem do tridente de Netuno, deus romano que na Grécia se chamava Poseidon, na DC, Aquaman e na Marvel, Namor. Se você visitar a Piazza Maggiore de Bolonha, cidade natal dos seis irmãos Maserati, vai perceber que no alto da fonte principal, nas mãos da estátua de um Netuno completamente peladão, inclinado com a pélvis adiante expondo seu falo sem pudor, está um alto tridente. O artista plástico Mario Maserati adorava aquela estátua, e por isso, quando seus cinco irmãos pediram que fizesse um logotipo para a empresa que levava o nome da família, Mario usou o tridente daquele Netuno, para ligar a empresa à sua cidade natal e sua praça principal. Ainda bem que escolheu o tridente!
Netuno é o Deus romano “da água doce e do mar”, como você deve saber, então, está aí a ligação, for what is worth. O fato é que agora existe uma lancha elétrica Maserati, criada em colaboração com a empresa de tecnologia marítima Vita Power, para você se movimentar silenciosamente, de preferência no chiquérrimo Lago de Como. O barco se chama “Tridente”.
O barquinho (dia de luz, festa de sol…) é construído pela empresa norte-americana Hodgdon Yachts, e tem estrutura de fibra de carbono e um enorme emblema da Maserati impresso na proa. Mede 34,4 pés de comprimento e pode acomodar até 10 pessoas, incluindo o piloto da embarcação.
Deck solar, chuveirinho para enxaguar água salgada, uma cabine na proa com banheiro e cama fazem parte do pacote. O motor elétrico fornece 600 cv, o que é suficiente para uma velocidade de cruzeiro de 25 nós (47 km/h) e uma velocidade máxima de 40 nós (75 km/h). A bateria é de 252 kWh, mas a Maserati não anunciou a autonomia; pode recarregar em menos de uma hora, graças à infraestrutura marítima de carregamento rápido dedicada da Vita Power.
Agora você pode dirigir seu Maserati até o atracadouro mais próximo usando sua jaqueta Maserati, seu relógio de ouro Maserati e embarcar no seu barquinho Maserati. Que custa, olha só, somente €2,5 milhões, na Europa. Tudo é verão, o amor se faz, no barquinho pelo mar, que desliza sem parar. (MAO)
O novo Mini Cooper S no Brasil
O novo Mini Cooper S foi lançado na Inglaterra em maio passado; e sem perder tempo, agora aporta aqui no Brasil. Chega agora ao nosso páis em duas versões.
O carro vem com a tradicional plataforma BMW de tração dianteira, e o motor 2.0 turbo de 204 cv e 30,6 mkgf, garantindo aceleração de 0 a 100 km/h em 6,6 segundos e máxima de 240 km/h. O câmbio é DCT de sete velocidades. A Mini promete que o novo carro é mais ágil, e tem direção mais precisa.
O novo carro tem faróis sutilmente redesenhados e luzes diurnas de LED com design interno que varia de acordo com a escolha do motorista, entre 3 opções disponíveis. A grade preta é dividida ao meio pelo suporte da placa, e a traseira vem com lanternas novas. Dentro, novo volante, tela OLED redonda de 9,4 polegadas no centro do painel e novo sistema operacional. Há ainda painel com diferentes texturas e teto panorâmico de vidro. Há 7 modos interiores diferentes podem ser configurados através do display para alterar a sensação e o ambiente da cabine.
Como é tradição do modelo, várias opções de cor para carroceria e de teto, além das tradicionais faixas decorativas. O Cooper S na versão Exclusive custa R$ 239.990, enquanto o Cooper S Top, R$ 269.990. (MAO)