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Honda registra Café Racer retrô baseada na CB300F Twister
No Japão a Honda registrou propriedade intelectual de uma nova moto; um procedimento normal, mas como o registro é público, acaba revelando o desenho antes do tempo. Para isso, são usadas imagens de CAD em preto e branco, normalmente, nos documentos de registro.
Mas não nesse caso: a moto em questão é uma Café Racer, monocilíndrica de 300 cm³. No registro, aparece ao lado de uma série de motos mais familiares, ilustradas no formato CAD usual, que já foram lançadas para o ano modelo de 2025. Essa não: parece que são fotos do protótipo, no registro. Estranho!
E sim, o desenho do motor é familiar para a gente aqui no Brasil. Parece que o design, embora publicado no Japão, se origina no departamento brasileiro de P&D da Honda. E sim, é o motor da CB300F Twister (e da XR300L Tornado / Sahara 300). Na Twister dá hoje 24,7 cv a 7.500 rpm com gasolina e 24,5 cv a 7.500 rpm com etanol. O torque é de 2,61 mkgf a 5.750 rpm com gasolina e 2,67 mkgf a 5.750 rpm com etanol. É um monocilíndrico de 293,5 cm³ arrefecido a ar, com injeção eletrônica e câmbio manual de seis velocidades.
O quadro da nova moto parece ser o da CB300F Twister, tembém. Os enormes discos dianteiros duplos parecem ter sido feitos sob medida para a Cafe Racer, pois não são compartilhados com nenhum dos modelos de produção atuais que usam esse motor. Outra coisa que não é compartilhada com uma moto de produção é o escapamento, que nas imagens de design da Honda parece dispensar qualquer silenciador ou catalisador.
O tanque de combustível, o banco e a rabeta também são exclusivos, enquanto o farol parece ter sido emprestado da última iteração da Rebel 300, com quatro LEDs individuais dentro de uma caixa circular.
Estará a Honda brasileira preparando um rival para as novas Royal Enfield 350 e Triumph 400? Uma que seja bonita no estilo neo-retrô delas, mas mais barata e projetada aqui no Brasil? Este registro mostra que pelo menos investigando a possibilidade estão. Se vai adiante ou não, vamos ter que esperar para saber. (MAO)
Os resultados do Rally Dakar 2025
Yazeed Al Rajhi venceu o Dakar deste ano, em casa. Se tornou o primeiro saudita a vencer o rali do deserto. O único outro competidor a vencer em casa foi Pierre Lartigue, em sua primeira de três vitórias consecutivas e o única a terminar em Paris.
A Toyota dominou este ano com a GR Hilux EVO. O vencedor era de uma equipe independente usando este carro, mas a Gazoo Racing, equipe oficial da Toyota, ficou com o segundo, sexto, décimo e décimo-quarto lugares.
No meio da corrida, o piloto de fábrica da Toyota, Henk Lategan, estava na frente antes de Al Rajhi chegar forte no final. Um tropeço na 10ª etapa fez Al Rajhi perder nove minutos para Lategan no final da jornada de 14 dias e 12 etapas. Al Rajhi venceu por 3 minutos e 57 segundos. Esta é a 11ª tentativa de Al Rajhi no Dakar e, após sua vitória, ele disse aos repórteres que foi o Dakar mais difícil em que participou.
O Dacia Sandrider criado pela Prodrive chegou em terceiro com Nasser Al-Attiyah, e em quarto e quinto, foram os M-Sport Ford Raptor. Na categoria de motocicletas, venceu o australiano Daniel Sanders com uma KTM TM 450 RALLY da equipe oficial da marca. Trata-se da 20ª vitória da KTM no evento icônico. Reivindicando sua primeira vitória no Dakar, Daniel garantiu cinco vitórias de etapa e liderou o evento do início ao fim para vencer por quase nove minutos. (MAO)
O Chevette atinge alto preço em leilão americano
O Chevette americano, já contamos aqui, é muito pior em comportamento dinâmico que o nosso. Chegou depois, só em 1975, e modificado para o mercado americano: Entre-eixos maior (20 mm no 2 portas e 70 mm no 4 portas), carroceria diferente, mais pesado ao redor de 10% (para atender normas de crash), e com uma regulagem de suspensão decididamente para conforto.
Era o pior de todos os mundos: o Chevette só é realmente bom por suas suspensões firmes e comportamento esportivo, tração traseira, e baixo peso. Não era especialmente refinado, silencioso ou confortável. A Chevrolet americana então tirou tudo de bom do Chevette, e ficou só com o ruim; a remediação via revestimentos termoacústico e molas e amortecedores feitos de gelatina só tornaram ele pesado e incontrolável, sem remediar conforto ou barulho. Parabéns aos envolvidos.
O carro que aparece nas fotos é pós-facelift de 1979. É um modelo de 1987, o último ano do modelo nos EUA. Este tem apenas 47 milhas no odômetro. Pouco rodado, sim, mas não quer dizer que é perfeito: O forro do teto está cedendo, por exemplo. No compartimento do motor, há corrosão considerável nos componentes de alumínio, e há uma bomba elétrica de combustível moderna visível, numa instalação meio feinha. Os emblemas externos parecem ter algumas marcas, vistas mais proeminentemente no emblema da Chevrolet na parte traseira.
Você encontrará um rádio AM e um isqueiro no painel, ambos opcionais a custo extra. Mas nada de ar-condicionado, ou câmbio automático, comuns lá; é manual de quatro marchas com o motor 1600 parecido com o nosso, mas amordaçado por emissão para dar 65 cv.
A documentação no carro mostra que ele tinha um preço inicial de US$ 4.995 em 1987. Ajustado para inflação, algo em trono de US$ 13.500 (R$ 82.075) hoje; pelo menos era um carro barato. Era; hoje não é mais.
Pois bem: este Chevette acabou de ser vendido no leilão da casa Mecum em Kissimmee, Flórida, por US$ 33.000. Sim: convertido para real são nada menos que R$ 200.628. Alguém realmente queria um Chevette 1987 pouco rodado; nos EUA esse dinheiro compra um Civic Si zero km.
Um Vauxhall Chevette HSR original chega a valer £60.000; os melhores Opel Kadett GT/E também valem bom dinheiro na Alemanha. Mas não é disso que falamos aqui. Isso é um Chevette normal, e na pior versão mundo afora. Pior que isso, só o Leata Cabalero!
Nós aqui adoramos Chevette. Eu tenho um; qualquer movimento para cima nos preços é lucro para mim. Mas o Brasil não é os EUA, o Chevette nosso não é o deles (graças a Deus), e, sinceramente, Chevette só é legal mesmo por ser algo barato. Por duzentos mil reais, há outras opções, inclusive zero km. Vamos mantê-lo barato, ok? (MAO)
Hyundai tem alterações para Proconve L8
Mais uma vítima do Proconve L8, vigente aqui no Brasil desde o primeiro dia de 2025. Agora é a vez da Hyundai.
O motor 1.0 TGDI, tricilíndrico 1.0 turbo da marca, que vai nos HB20 e Creta, agora dá um máximo de 115 cv, ante os 120 do carro de 2024, quando abastecido a gasolina. Com Etanol, atinge 120 cv, igual ao carro de 2024. O torque permanece o mesmo, 2024 ou 2025, gasolina ou Etanol: 17,5 mkgf. Há bom ganho de economia de combustível, porém, para todos os combustíveis e usos.
Em compensação, o mesmo motor em versão aspirada, disponível apenas nos HB20, teve ligeira melhora no torque quando abastecido com gasolina: agora são 9,6 mkgf versus 9,4 mkgf do carro 2024. No etanol, nada mudou: 10,2 mkgf. A potência permaneceu igual também: 80 cv no Etanol, 75 cv a gasolina. O motor 1.6 TGDI usado no Creta Ultimate, com até 193 cv e câmbio de dupla embreagem, não recebeu modificações.
Não foi informada nenhuma mudança de preço também; O HB20 começa em R$ 90.690 na versão Sense Plus 1.0 MT, e chega aos R$ 124.390 para a versão Platinum Safety 1.0 TGDI AT. O Creta começa em R$ 141.890,00 e vai até os R$ 189.990,00. (MAO)
Kamm faz um 912 Restomod
Tive um amigo alemão que teve um 912 em 1966; sim, a versão do 911 que vinha com o motor do anterior 356: um quatro cilindros contraposto traseiro OHV de 1600 cm³ e 95 cv. Era mais barato e mais leve que os 911; esse meu amigo mantém que foi o melhor Porsche que já teve, um balanço perfeito de potência, baixo peso atrás e agilidade, em um pacote extremamente gostoso. Será que a Porsche pegou o caminho errado com o 911?
Bom a julgar por este restomod da empresa húngara Kamm, tem mais gente que pensa como o meu amigo. A empresa diz que pretende “recapturar a essência do baixo peso que falta nos carros modernos”, e baseou sua nova criação num 912.
Chama-se Kamm 912c Targa: um carro que pesa “menos de 800 kg”. Para isso, todos os painéis da carroceria são feitos de fibra de carbono, assim como o arco de proteção contra capotamento. As janelas são de policarbonato Lexan. A empresa lembra que um Smart ForTwo pesa 880 kg, como comparação.
O motor original de quatro cilindros e 1,6 litro teve sua capacidade aumentada para 2,0 litros e agora, preparado com técnicas modernas, produz 185 cv e 21 mkgf de torque. Acoplado a este motor está uma transmissão de cinco velocidades, com a primeira debaixo da ré, dogleg.
Pintado em um tom vibrante de “Tangerina”, o carro vem com rodas de alumínio sob medida, estilizadas para parecerem rodas de aço originais. No rack de teto de fibra de carbono, uma prancha de surfe sob medida. O que mostra o objetivo californiano da coisa toda. Como se destacar em um mar de GT3 RS? Problema de primeiro mundo é assim.
Cada Kamm 912c Targa é feito sob encomenda e está disponível com opções ilimitadas de pintura e interior. Os preços começam em, pasme, € 395.000 (R$ 2.467.742). Barrabás… 912 não era para ser barato? (MAO)