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Zero a 300

Hurricrate: seis em linha turbo na caixa | Rimac a gasolina? e mais!

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Hurricrate: o seis em linha turbo num caixote

O fim do V8 Hemi da empresa formerly known as Chrysler também é o fim de uma fonte de renda interessante, se secundária, para a empresa: a venda de motores crate, na caixa, para uso da multidão de hot-rodders americanos ávidos por este tipo de coisa.

Para tentar compensar isso, em novembro de 2022, a Stellantis anunciou que seus motores seis em linha turbo modernos de 3 litros, os “Hurricane”, seriam oferecidos também à venda desta forma, encaixotados para serem enviados a quem assim desejasse. Agora finalmente, dois anos depois, estão disponíveis. Chamam-se, claro, “Hurricrate”.

O seis em linha DOHC/24 válvulas de alumínio desloca muito menos que os V8 que substitui aos 3 litros, mas tem potência alta de qualquer forma. Duas versões existem, de 420 hp (426 cv) e 65 mkgf, ou a versão H.O. de 550 hp (558 cv) e 73,4 mkgf. Uma versão especial com mais de 1000 cv é prometida para o futuro, mas ainda não está disponível.

Os preços do motor completo são, nos EUA, respectivamente US$ 10.495 (R$ 57.512) e US$ 13.745 (R$ 75.322). Nos EUA podem ser montados em qualquer coisa produzida antes de 1976, ou mais novo para uso fora das vias públicas. Mas o fato é que poucos estados americanos checam emissões de carros usados, então se vê de tudo por lá.

Além de poder ser montado nos tradicionais carros americanos, este moderno seis em linha é uma opção para outros seis em linha turbo de 3 litros famosos, que hoje ficam cada vez mais caros e difíceis de lidar, pela raridade e preço de componentes: Toyota 2JZ, Nissan RB26, BMW, ou mesmo o cada vez mais popular Ford Barra australiano. Produzido aos milhares para uso em caminhonetes americanas e Jeeps, o Hurricane promete preços mais em conta. Não tão em conta quanto um V8 LS Chevrolet, mas melhor que os exóticos japoneses e alemães.

Para os amantes dos sensacionais V8 americanos aspirados de alto deslocamento, e especialmente do Hemi, um substituto pobre, porém. Não em potência, claro, mas certamente em espírito. Felizmente, pelo menos por enquanto, os V8 continuam sendo oferecidos pela divisão de peças e preparação da Stellantis americana, a Direct Connection. A Chevrolet ainda oferece o V8 small-block original (lançado em 1955!) desta forma, então há esperança que os Hemi permaneçam em produção desta forma por muito tempo. Se houver demanda. (MAO)

 

Preço do Tesla Cybertruck sobe consideravelmente

Engraçado como a realidade é diferente para a Tesla. A empresa é famosa por prometer lançamentos e pegar depósitos para reservas, e nunca cumprir as datas prometidas, mas nunca foi processada por isso, até onde sabemos. Parece totalmente imune a problemas que em outras empresas, significariam ruína.

Vejam essa agora: o Cybertruck, apesar de todos os seus problemas de atraso e qualidade (além do design infantil), finalmente está à venda. Mas agora, a Tesla silenciosamente retirou de seu catálogo o carro de tração traseira que estava prometido para breve, o mais barato Cybertruck que custaria US$ 60.990.

Além disso, o Cybertruck com tração nas quatro rodas viu seu preço subir de US$ 79.990 para US$ 99.990. A autonomia prometida também não se realizou: era 540 km, agora é 510 km. As outras especificações são mantidas: a picape de 608 cv faz 0 a 96 km/h em 4,1 segundos e é limitada a 180 km/h. A versão topo de linha Cyberbeast (de 857 cv) subiu de preço também: agora começa em US$ 119.990. Engraçado lembrar que a Tesla prometia um carro a partir de US$ 39.900 quando anunciou o Cybertruck.

Até o mastodôntico GMC Hummer EV Pickup agora é mais barato que a Cybertruck, já que começa em US$ 98.845. Barrabás. (MAO)

 

Rimac Radical: um carro a combustão interna?

A Rimac, fabricante de supercarros elétricos croata que hoje é dona da Bugatti, entregou pouquíssimos carros em toda sua história; seu sucesso se dá mais com venda de tecnologia do que com vendas de carros. Mas a empresa parece querer mudar isso, e agora, promete um novo carro, a ser mostrado no Monterrey Car Week este fim de semana.

Mate Rimac e seus produtos.

O novo modelo será chamado de Radical. Uma imagem teaser foi publicada pela empresa, mas mostra muito pouco, apenas a frente do carro, de cima, e com metade desfocada. Quão radical será o Radical? Bem, a empresa diz que: “Acha que conhece o Rimac? Pense novamente.” Um mistério que, para muitos analistas, indica uma mudança… radical. Uma mudança total no que significa um carro Rimac.

Sim, uma possibilidade é que este será o primeiro Rimac com um motor à combustão interna. Talvez um conjunto híbrido. Mate Rimac já disse que descobriu que clientes de supercarros não querem elétricos; a Bugatti permaneceria à combustão por isso. O inesperado é a empresa elétrica, a Rimac, virar casaca! As voltas que o mundo dá…

De qualquer forma, vamos ter que esperar a revelação deste novo Rimac, para saber se é isso mesmo. Com 1940 cv e todo recorde de velocidade possível, o Nevera dificilmente seria superado em potência e desempenho. Para onde evoluir? Mesmo que não seja a combustão interna este novo carro, a Rimac parece que percebeu que só há um caminho para ela. E não é o de ainda mais força e velocidade. Veremos! (MAO)

 

Fábrica da Troller no Ceará revivida pelo governo

A fábrica da Troller ser fechada em 2021 foi uma pequena tragédia nacional. Uma marca e uma empresa nacional, a Troller era motivo de orgulho; tinha sido incorporada à Ford, o que inicialmente pareceu um progresso sensacional: componentes e engenharia de ponta podiam ser usados, a fábrica foi atualizada, mas continuava uma marca independente e fiel a seus princípios, com o jipe T4 sendo seu único produto, mas de sucesso relativo.

Mas a Ford abandonou o Brasil, e a fábrica fechou. Mesmo: o T4 é projeto de propriedade Ford e não pode ser feito por mais ninguém. O nome Troller parece que também morreu com a fábrica. Pelo menos, agora vem a notícia que a fábrica em si, em Horizonte (CE), vai voltar a operar.

A empresa que fará esta operação se chama Comexport. A empresa atua no comércio exterior, e lidera projeto que envolve R$ 400 milhões em investimentos e prevê a montagem de 6 veículos na planta, inicialmente. “Elétricos e híbridos”, claro; para investimento estatal que certamente faz parte do projeto, não podia ser diferente.

Diz o site Motor 1: “De acordo com o governo do Ceará, o complexo iniciará as atividades baseado em um modelo inédito de planta automotiva no Brasil: do tipo multimarcas. Nesse sentido, serão produzidos veículos por encomenda de terceiros e de diferentes empresas. Dessa forma, fabricantes que não necessitam da estrutura completa de uma fábrica grande poderão usar uma ou mais linhas de montagem em planta já existente.”

Não se sabe ainda de que marca e modelo são os tais seis modelos, que seriam de ‘três importantes marcas mundiais’. Nos parece difícil que esta planta, originalmente produtora de veículo de nicho, com carroceria em fibra de vidro e volume baixo, permita produção em massa sem um investimento muito maior que o anunciado. Ainda mais de seis modelos de três marcas diferentes. Talvez seja apenas montagem de veículos CKD?

O que se sabe é que o projeto foi anunciado pelo governador Elmano de Freitas (PT), e teve participação do vice-presidente Geraldo Alckmin, que comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Um projeto sério do governo para fomentar o desenvolvimento local, parece, ainda que os detalhes ainda não sejam claros o suficiente para que possamos entender a estratégia toda. Veremos. (MAO)

Chefão da BMW diz que banimento da combustão é um erro

Mais um dia, mais um “pé-atrás” com a obrigatoriedade da eletrificação dos carros na Europa. Desta vez foi o CEO da BMW, Oliver Zipse, que chamou a decisão da União Europeia de “abordagem errada”, e pediu para acelerarem a brecha para os combustíveis sintéticos.

De acordo com a atual legislação europeia, a partir de 2035 somente carros com neutralidade de carbono poderão continuar a venda — e os combustíveis sintéticos (e-fuels) conseguem essa “soma-zero” de emissões. A questão agora é que a União Europeia ainda não viabilizou a oferta de e-fuels para torná-los uma alternativa prática até 2035. Sem isso, Zipse diz que a legislação é simplesmente “o banimento deliberado dos motores de combustão interna”.

A declaração de Zipse é a forma polida e corporativamente aceitável de dizer que a União Europeia está simplesmente tentando banir a combustão interna de qualquer forma. É muito claro. Executivos, em suas posições político-sociais não podem simplesmente fazer acusações desse tipo, mas podem sugerir sutilmente que o modelo adotado não irá funcionar sem contrapartidas.

É uma “solução falsa”, disse o executivo, ciente do cenário atual no qual os combustíveis sintéticos têm oferta limitadíssima. “O banimento categórico dos motores de combustão em 2035 é a abordagem errada”. (Leo Contesini)