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É oficial: Hyundai N Vision 74 vai ser produzido
Depois de muitas especulações e muito vai-não vai, parece que realmente agora vai. A Hyundai finalmente confirmou os planos de colocar o conceito N Vision 74 em produção. O anúncio faz parte dos planos da Hyundai de lançar 21 novos modelos até o ano de 2030.
O anúncio veio meio de forma tangencial, sem fanfarra: aparece num dos slides da apresentação anual do CEO ao “Investor Day” da empresa, mencionando o N Vision 74 como um de seus futuros “elétricos de alto desempenho”.
O conceito é baseado no início da Hyundai; na verdade em outro carro-conceito, o Hyundai Pony Coupe Concept de 1974. O cupê foi uma demonstração do que seria a Hyundai; dele é o tema do Pony de produção de 1975. Ambos foram desenhados por Giorgietto Giugiaro na Ital Design.
O N Vision 74 é meio que uma modernização do desenho de 1974, que nunca chegou a produção. O conceito moderno, quando foi apresentado, tinha célula de combustível de hidrogênio e motores elétricos de 671 cv; o carro de produção deve ter baterias mesmo, e não se sabe ainda a potência, ou qualquer outro detalhe.
Em dezembro passado, boatos diziam que a Hyundai colocaria o N Vision 74 em produção em números extremamente limitados, com apenas 100 unidades planejadas (70 para uso em estrada e outras 30 para corrida). Teria 800 cv com seu trem de força de hidrogênio e motor elétrico duplo. Uma ideia que se for verdade, é meio que irrelevante: muito mais interessante para uma marca como a Hyundai seria um cupê esportivo barato. Agora, aparentemente, é só uma questão de tempo para sabermos a verdade. (MAO)
Conheça o Ariel E-Nomad
Por essa a gente não esperava. Logo depois de lançar o Nomad 2, a Ariel mostrou agora uma versão elétrica de sua gaiola-bugue-carro esporte-on/off road. Veículos elétricos tendem a ser pesados, mas o Ariel E-Nomad promete não seguir a norma.
O motor elétrico do carro está entre as duas rodas traseiras, fornecendo 281 cv e 50 mkgf. A Ariel diz também que o Nomad elétrico pesa 895 kg, o que é excelente. Assim, o novo Ariel E-Nomad faz a prova de 0-96 km/h em 3,4 segundos: o mesmo tempo do carro a gasolina, que usa o Ford 2.3 turbo do Focus ST.
Mas é claro que para chegar nisso, a Ariel não exagerou no pacote de baterias. Tem capacidade de 41,0 quilowatts-hora, o que a empresa diz ser suficiente para 240 km de autonomia. O pacote pesa apenas 300 kg, quase um terço do peso do veículo. Para melhor distribuição de peso, ele é montado atrás, junto do motor elétrico, no espaço antes do motor a gasolina. Leva menos de 25 minutos para recarregar a bateria de 20% a 80% usando um carregador rápido em casa. O conjunto motriz (motor, relação final, inversor), por sua vez, pesa 92 kg. Um diferencial de autoblocante também faz parte da configuração. Parece muito bem bolado e leve; por mais elétricos assim.
Menos convincente é a nova carroceria “feita de fibras naturais biocompostas” que supostamente é 9% mais leve que fibra de carbono. Parece um capacete esquisito, com um bico-nariz ainda mais esquisito; melhor ter deixado o exoesqueleto tubular exposto, como na versão a gasolina, não?
Por enquanto, não estará a venda, porém. A Ariel diz que irá “monitorar a reação do consumidor para informar seus planos futuros”. Enquanto isso, ela testará protótipos e continuará a melhorar o produto. Claro: como provavelmente será mais caro que a versão a gasolina, dificilmente conquistará os compradores dela. Aparentemente, é na verdade uma forma da empresa se proteger de legislações futuras, caso venham mesmo a ser impostas. (MAO)
Herdeiro de Walter P. Chrysler quer comprar a empresa de volta
A empresa formerly known as Chrysler Corporation está numa fase ruim, todos sabem. O CEO da Stellantis, o portuga Carlos Tavares, recentemente montou acampamento nos EUA para tentar reverter o incrível declínio que de repente se abateu. Não é para menos: o fim dos V8 Hemi, dos Dodge Challenger e Charger, e do Chrysler 300, deixou a empresa sem muita coisa para vender nos EUA fora dos Jeeps e picapes Ram. E a perda do V8 tirou argumentos de vendas desses dois carros também. O novo Charger elétrico parece não interessar ninguém, para piorar a situação.
Veja a Chrysler: está reduzida a apenas um produto, a minivan Pacifica. A Dodge não fica atrás: no site da marca ainda constam os Charger e Challenger antigos, mas esses não são fabricados desde o fim do ano passado, e parece que o novo Charger elétrico ainda não chegou nas lojas. Sobra o SUV pequeno Hornet, e o SUV grande Durango, esse último já em versões de despedida. Não é á toa que está mal: não tem nada para vender!
Com isso, começam já os boatos de que o futuro é negro para a empresa. E agora, O bisneto de Walter P. Chrysler, Frank B. Rhodes Jr., num vídeo do Youtube, propôs comprar a antiga Chrysler da Stellantis. Rhodes quer comprar as marcas, operações, instalações e funcionários da Chrysler, Dodge, Plymouth e Mopar para criar uma nova Chrysler Corporation, dando à Stellantis a oportunidade de ter uma “saída elegante e lucrativa” dos deveres de propriedade. E manter a Jeep e Ram, aparentemente, efetivamente o que mantem a empresa viva hoje. E ele espera que potenciais investidores também possam ver o valor em reviver as marcas.
A coisa toda parece amadora demais para ser séria. Mas mostra que os americanos já estão se movendo, e que a situação dessas marcas é realmente preocupante. Mas independente de qualquer coisa, parece claro que os antigos automóveis V8 da marca continuariam a vender bem. Que outro sedã V8 de tração traseira americanos existe? Certamente ainda há mercado para eles, e abandonar esse mercado, parece um erro fatal da Stellantis nos EUA. (MAO)
Esta é a Royal Enfield Guerrilla 450
A Royal Enfield gastou uma quantidade considerável de dinheiro para fazer o novo motor arrefecido a líquido parra a renovação do seu grande sucesso de uso misto, a Himalayan. Parece claro que usar este motor em outros modelos ajudaria a empresa a amortizar este investimento. Este, resumidamente, é o motivo da existência desta nova moto: a 450 Guerrilla.
A empresa diz que foi desenvolvida junto com a nova Himalayan, o que é fácil de acreditar; deve fazer parte do business case do novo propulsor. Este novo motor, chamado “Sherpa”, continua monocilíndrico e na mesma faixa de deslocamento, mas agora é bem mais moderno, e arrefecido a líquido. A Guerrilla é também uma resposta direta para a Speed 400 da Triumph.
Assim como no Himalayan, o motor da Guerrilla é um monocilíndrico DOHC de quatro válvulas arrefecido a líquido, que desloca 452 cm³ (84 x 81.5 mm). Com injeção eletrônica e taxa de 11,5:1, fornece 40 cv a 8000 rpm, e 4 mkgf a 5500 rpm. O câmbio tem seis velocidades.
O quadro compartilha algumas partes com a irmã off-road, mas obviamente é diferente. O ângulo de direção foi revisado e o subchassi mais curto, com o garfo agora uma unidade para asfalto, e duas rodas de 17 polegadas, com pneus de rua. A Guerrilla ganha um tanque de combustível novo (e muito menor), banco mais baixo e, claro, desenho exclusivo com um selim diferente e traseira revisada. Não surpreendentemente, as revisões dimensionais resultam em menos curso de suspensão, e uma distância entre eixos mais curta na Guerrilla do que na Himalayan, em uma moto mais leve também: com todos os fluidos completados (inclusive 11 litros de gasolina), pesa 185 kg.
A Enfield diz que a Guerrilla 450 começará a ser vendida na Índia, Reino Unido e países europeus este mês, mas os EUA (e o resto da América do Norte) terão que esperar até o ano que vem. Não há previsão, ainda, de sua chegada (e da nova Himalayan) aqui no Brasil. Vai custar a partir de € 5.290 (R$ 32.745 ) na Europa. (MAO)