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Zero a 300

Jaguar demite agência de publicidade | Os 10 anos do Renegade | Toyota homenageia perdedor e mais!

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Jaguar rompe com agência de publicidade da campanha desastrosa

Quem diria que a campanha da Benetton da Jaguar seria um tiro no pé, não é mesmo? Apesar de a marca bancar a aposta, na época do lançamento, agora os rumores vindos da Grã-Bretanha contam que a Jag está dispensando a agência responsável pelo desastre.

A Jaguar não comentou oficialmente os rumores, claro, mas já é certo que a parceria com agência, chamada Accenture Song, termina assim que o contrato for encerrado, em meados de 2026. O problema é que o estrago está feito. Os investimentos nos novos modelos e conceitos já foram feitos, e a produção parou enquanto a marca tenta migrar para uma linha 100% elétrica.

Há quem diga que a Jaguar tentará uma abordagem mais tradicional com sua futura-nova agência de publicidade, mas eu não apostaria todos os meus bitcoins nisso. O responsável pelo reposicionamento não é a agência de publicidade — ela é apenas uma prestadora de serviços contratada para materializar um ethos que partiu da direção da fabricante. Não é a agência que definiu a guinada da Jaguar. Foi a Jaguar que “brifou” a agência, que tentou entregar o melhor projeto possível para sua contratante. A campanha também foi aprovada pela direção da Jaguar. A agência aqui, é quem tem menos culpa.

O problema é a estratégia mesmo. Parar de fabricar carros por um breve período para se reorganizar e anunciar que você rejeita o passado é basicamente dizer que tudo o que você fez até hoje não serve para nada e que os carros antigos serão rejeitados pela fabricante. Os números deixam claro que foi essa a interpretação do público. E aqui não me refiro ao volume de vendas de carros novos, que já estava em queda desde 2018, mas não serve de referência porque a Jaguar parou de vender carros. O número que mostra essa rejeição do público é a depreciação de até 50% dos Jag usados. Está claro que o público não quer saber da marca porque não sabe o que vai acontecer com os carros atuais em um futuro próximo? Ela vai continuar oferecendo suporte?

Por isso, a suposta decisão de romper com a agência atual, não foi motivada pelo fiasco da campanha. Mas por que a Jaguar precisa de uma agência para controle de danos. A agência nova não vai apenas dar um passo atrás na comunicação. Ela precisa resolver o problema que a própria Jaguar criou com essa ideia maluca de fingir que é possível refundar uma marca baseada nos valores superficiais das tendências comportamentais.

A questão é que o responsável pela guinada da Jaguar, o diretor da marca no Reino Unido, Santino Pietrosanti, ainda ocupa sua posição chave na fabricante. Os valores prezados pela campanha “Copy Nothing” ainda fazem parte da cultura corporativa neste momento. Por isso, não espere uma mudança significativa. Veremos uma campanha de controle de danos, mas a essência deste rebranding continuará influenciando a comunicação da Jaguar. (Leo Contesini)

 

Volkswagen terá um novo GTI, mas ele será diferente do que se espera

A Volkswagen quer mostrar que o nome GTI não vai morrer na transição para os elétricos — afinal, GTI vem de “gran turismo injection”, lembra? Mas se depender da receita que estão cozinhando, talvez seja melhor deixar o nome descansar em paz e trazer o GTE mesmo. Depois do ID. GTI Concept apresentado no Salão de Munique em 2023, os alemães agora miram num ID.3 GTI — sim, um hot hatch elétrico com tração traseira. Só que o “hot” aqui pode ser apenas no preço.

Segundo a Auto Motor und Sport, o novo GTI deve chegar já em 2025, acima do recém-lançado ID.3 GTX Performance. Esse GTX já vem com 322 cv e 55,5 mkgf de torque, além de uma autonomia de até 602 km. Faz de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos, o que não é nada mau para um carro que pesa tanto quanto um Passat Variant com o porta-malas cheio.

Mas o tal GTI não vai muito além disso. Os alemães falam em 335 cv — ou seja, 13 cv a mais e olhe lá. Nada de revolução. A grande promessa está em “extensas modificações no chassi”, que supostamente vão deixar o carro mais ágil e divertido. Veremos. Até por que o que mais falta nos elétricos hoje não é potência, é alma.

E claro, ele terá os típicos mimos visuais dos GTI: detalhes vermelhos, rodas específicas, interior esportivo. É evidente que isso tudo será salgado. O ID.3 GTX Performance já custa €48.725 na Alemanha — quase R$ 290.000 na conversão direta. Para comparar, um Golf GTI parte de €45.655 e o GTI Clubsport já começa em €49.225. Ou seja: o novo GTI elétrico vai custar mais, entregar menos, e ainda vai nos convencer que é melhor porque é o futuro.

Ou seja: a Volkswagen está fazendo um novo GTI. Só que, por enquanto, não é o que a gente quer. E definitivamente não é o que o GTI deveria ser. (Leo Contesini)

 

Jeep Renegade completa 10 anos e ganha versão de aniversário

Sim, o Renegade já tem dez anos. E a Jeep resolveu comemorar o aniversário com uma edição especial do jipinho. Com produção limitada, visual exclusivo e uma pitada de nostalgia bem dosada, ele tem o criativo nome “Renegade 10 Anos”, terá só 1.010 unidades numeradas, e será baseado na versão Willys, a única com tração integral da linha atual.

Por fora, o Renegade 10 Anos vem com detalhes visuais próprios, como novas rodas aro 17″, adesivos com o “X” que remete tanto ao numeral romano quanto às “jerry cans” (aqueles galões de guerra usados pelos jipeiros), além de retoques no capô e na coluna C.

Por dentro, os bancos ganham bordados exclusivos, soleiras personalizadas e um badge com numeração individual para marcar a unidade na série especial. Tudo bem amarrado ao visual robusto e com um bônus que pouca gente vai perceber à primeira vista: o teto solar panorâmico.

Debaixo do capô, nada de novo: segue o 1.3 turbo flex T270 de 185 cv, com câmbio automático de nove marchas e tração integral com modos off-road — inclusive um que segura as marchas mais curtas para encarar subidas íngremes. Os pneus são Pirelli Scorpion ATR+, porque, afinal, um Jeep com o sobrenome Willys precisa superar um pouco de lama.

A lista de equipamentos também é completa, sem opcionais: sistema multimídia de 8,4” (algo que remete a 2015, não?) com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, painel digital de 7”, ar-condicionado de duas zonas, seis airbags e um pacote de assistências que inclui frenagem automática, alerta de ponto cego, cruise control adaptativo, leitor de placas de trânsito, assistente permanência em faixa e comutador automático do farol alto.

Para marcar a data, a Jeep ainda preparou um mimo extra: um kit em parceria com a grife de lifestyle Galápagos, com mochila, patches, camiseta personalizada e direito a escolher a estampa — com nome do dono e tudo. Um agrado à altura de quem vai pagar R$ 185.990 pelo modelo — exatamente o mesmo preço da Willys normal, o que significa que é preciso ser rápido para garantir um desses. (Leo Contesini)

 

Toyota irá homenagear carro que quase ganhou as 24 Horas de Le Mans

Cinco vitórias em Le Mans desde 2018. Parece sólido, quase dominante. Mas a Toyota passou quatro décadas errando o alvo antes disso — e só chegou perto de verdade uma vez. Aconteceu em 1999 e, mesmo sendo um grande “quase”, foi um feito simbólico para a fabricante, que irá homenagear o carro daquela edição nas 24 Horas de Le Mans deste ano.

É claro que estou falando do TS020, que você deve conhecer como GT-One. Foi o carro que brigou com unhas, dentes e V8s contra o BMW V12 LMR, e chegou a liderar a prova até a última hora, quando um pneu furado colocou tudo a perder. Resultado: segundo lugar geral e a eterna sensação de “podia ter sido”.

O carro da homenagem será o GR010 Hybrid número 7, pilotado por Kamui Kobayashi, Nyck de Vries e Mike Conway. Mas, pensando bem, o que ele carrega não é só um desenho retrô. É uma cicatriz — e assumir cicatrizes, às vezes, é a melhor forma de lidar com os eventos que a causaram, não?

Curiosamente, a pintura escolhida não é a de 1999, mas sim a do carro de 1998 — aquela versão mais crua, meio GT, meio protótipo, com visual de JGTC esticado e um efeito de rasgo vermelho e branco cortando a carroceria. Atrás das portas, uma bandeira do Japão em tamanho família grita o orgulho nacional típico dos anos 1990.

Só um dos carros da equipe usará essa pintura especial. O outro segue com o preto fosco padrão das corridas do WEC desde 2022. Talvez porque nem toda memória mereça ser celebrada — algumas apenas reconhecidas. De qualquer forma, é uma homenagem justa e inusitada. Porque, antes de vencer, a Toyota aprendeu a perder. (Leo Contesini)