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A Jaguar Land Rover está oficialmente morta. Conheça a “JLR”
A Jaguar Land Rover está oficialmente morta. Diga “oi!” para a nova… rufem os tambores… JLR! Parece uma mudança extremamente boba dita assim, mas garanto que para seus criadores não é. É parte da estratégia “Reimagine”, que se propõe a mudar tudo na empresa, com um investimento gigante de US$ 18,6 bilhões. O fato é que os dias da Jaguar Land Rover estão oficialmente acabados, pelo menos no nome. A partir de 1º de junho, é oficialmente conhecida como JLR.
Para onde vão esses US$ 18,6 bilhões? Bem, além da iminente singularidade elétrica ditada por legislação, certamente para onde vão a maioria desses bilhões, e uma reorganização dos locais de manufatura da empresa, temos essa mudança “radical” de nome. JLR é agora a empresa, como é “GM” para as Chevrolet e Cadillac da vida. Não existe mais marca “Land Rover”; as marcas são a tradicional Jaguar, e as novas marcas criadas a partir dos modelos da antiga Land Rover: Range Rover, Discovery e Defender. Não, os carros continuam iguais; é só um jogo das cadeiras, com nomes de carro.
Apesar disso, e muito estranhamente, o nome e os logotipos Land Rover parece que não serão abandonados. Ein? Pois é, não me pergunte. Apesar da criação dessas novas marcas, os carros ainda terão emblemas Land Rover. Mas não, não é a marca, é só o logo. Sim, joguei todos os papéis da mesa para cima, e me levantei para tomar um café olhando pela janela imóvel até acalmar o cérebro. Mas não se aflija: estou de volta. E com o mesmo nome, o que hoje em dia é mais estranho ainda.
“Um ponto crucial para nossa estratégia Reimagine é a formação da House of Brands, que é uma evolução natural, com o objetivo de elevar e ampliar a singularidade de nossas marcas britânicas”, disse o diretor de criação Gerry McGovern, da JLR (que agora, também numa ação de rebranding pessoal, assina Professor Gerry McGovern OBE). “Nossa ambição final é criar experiências verdadeiramente envolventes e emocionais para nossos clientes que, ao longo do tempo, construirão um alto patrimônio de longo prazo para nossas marcas e sustentabilidade de longo prazo para a JLR”. Ou seja: Hã? (MAO)
Detalhes do Jimny Twisted revelados
A Twisted, tradicional preparadora inglesa chique dos Defenders, agora, sem Defenders zero km para arrumar, decidiu diversificar. Não, o carro que hoje atende pelo nome de Defender não é a mesma coisa. A empresa acha que há um carro no mercado mais parecido com o velho Defender, ainda que em tamanho menor: o Suzuki Jimny.
No final de abril demos a notícia que a Twisted ia fazer suas melhorias nos Jimny, mas então a notícia era só essa mesmo: a Twisted está fazendo outro carro além do antigo Defender. Agora temos mais detalhes divulgados. E eles parecem bem interessantes.
Uma das muitas novidades é motor mais potente: os Jimny Twisted terão um turbocompressor no motor de 1,5 litros original, que passará a potência dos 105 cv para bem mais interessantes 167 cv.
Como é praxe da empresa, o interior espartano vira interior de luxo: couro de dois tons, incluindo os bancos, painel, revestimento de porta, volante, tapetes e alavancas de câmbio, cobrindo a maior parte dos plásticos baratos do modelo original. O forro do teto pode ser especificado em Alcantara premium. O infotainment original da Suzuki foi trocado por uma unidade Alpine de qualidade superior. Há também um sistema de som premium desenvolvido por um engenheiro de áudio dedicado.
Mais importante ainda, materiais de isolamento acústico foram adicionados à parte inferior da cabine; o quão silencioso você deseja o carro pode ser especificado sob medida, na verdade.
A suspensão também muda: inclui novos amortecedores a gás e uma barra estabilizadora traseira. Opcionalmente, está disponível um kit de elevação de 1 polegada para a suspensão. Enormes pneus BF Goodrich em rodas de liga leve de 16 polegadas pintadas de preto são equipamento básico da conversão.
O preço do Twisted Suzuki Jimny começa em £ 49.500 (R$ 310.860). A empresa começará a fabricar veículos para clientes em outubro e já está aceitando pedidos. (MAO)
Aston Martin de 1979 vai chegar a 320 km/h
OK, restaurar um carro-conceito antigo, único, já é algo interessante e raro. Se ele é funcional, pode andar com sua própria força, mais ainda. Homologá-lo e emplacá-lo para as ruas? Ainda mais raro. Mas essa aqui provavelmente nunca aconteceu antes: terminar a engenharia para que o carro dos anos 1970 chegue à velocidade final projetada de 320 km/h? Parece incrível demais para ser verdade.
Mas é o que a empresa inglesa Classic Motor Cars está fazendo com o conceito Aston Martin Bulldog, de 1979, que ganhou o prêmio Coppa d’Ora no Concorso d’Eleganza Villa d’Este ano passado. O próximo plano para a máquina única é tentar atingir 200 milhas por hora em 6 de junho em uma antiga base da OTAN na Escócia.
A Aston Martin queria que o Bulldog fosse o carro mais rápido do mundo na época e esperava que ele fosse capaz de atingir mais de 200 mph (321 km/h). A Classic Motor Cars levou 7.000 horas para restaurar o veículo único. Além disso, mais horas de testes e ajustes. O Bulldog restaurado já conseguiu atingir 260 km/h, o que é incrível por si só; mas o desenvolvimento continuou desde então, visando os míticos 200 mph/321 km/h.
O Bulldog usava uma versão biturbo do então corrente V8 Aston Martin; uma unidade de 5,3 litros em alumínio, DOHC, que chegava ao redor de 400 cv no Vantage de época, aspirado. A versão biturbo era reputada na época como tendo 600 cv e 69 mkgf, na época algo fora do comum; mas o motor nunca foi terminado e homologado para venda. A Aston Martin pretendia construir de 10 a 15 Bulldogs de produção, mas isso nunca aconteceu. Detalhe: o Vantage era, aos 285 km/h, o carro de produção mais veloz do mundo em 1979.
Durante a restauração, a Classic Motor Cars instalou um moderno sistema de injeção de combustível. Também reforçou a caixa de câmbio e adicionou um sistema de elevação do nariz. O objetivo da empresa é aumentar a potência do motor para cerca de 650 cv. O Aston Martin Bulldog a 320 km/h, finalmente, 44 anos depois de mostrado pela primeira vez. Não é incrível? (MAO)
Conheça o Coradir Tita Cuadrilla
Não preciso nem dizer que esta é a coisa mais estranha que você vai ver hoje. Talvez este mês. Quiçá ever. Uma picape cabine dupla, mas não uma que vai impressionar seus vizinhos e dizer que você agora é alguém; mesmo que a grade tente imitar uma Silverado que encolheu no dry-cleaner.
Trata-se de algo que não consigo definir, mas que foi lançado esta semana na vizinha Argentina. Aparentemente é fabricado lá. Em uma fábrica em San Luis com peças importadas da China. Chama-se Coradir Tita Cuadrilla. A marca Coradir já tem uma picape no mercado argentino, mas é uma coisa pequena e obviamente profissional: o Coradir Tita.
Esta não: é uma cabine dupla com pretensões transporte de passageiros também. É elétrica, e tem, preste atenção: 5,3 cv de potência. E mesmo assim, teoricamente pode carregar 4 adultos e mais 350 kg de carga. Imagine à que velocidade.
Segundo a empresa, “o Coradir visa o deslocamento de equipes de trabalhadores em áreas onde não é permitida a circulação de outros tipos de veículos, como indústrias, aeroportos e bairros privados.”
O carro já está a venda no país vizinho, com cinco anos de garantia sem limite de quilometragem, a um preço de 6.411.750 pesos (R$ 134.646). (MAO)