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Zero a 300

Jimny 4 portas na Argentina | O novo V8 da GM | M5 vende mais em versão perua e mais!

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Suzuki Jimny 4 portas lançado na Argentina

Não é assim que a Argentina seja um paraíso; tem seus próprios problemas. Mas quando se fala sobre automóveis, de tempos em tempos uma invejinha bate na gente. Principalmente quando se fala de importados; parece que lá sempre aparecem as versões mais legais dos carros de todas as empresas. Especialmente comparado ao que recebemos aqui.

Hoje é impossível esquecer disso, pois no mesmo tempo em que o futuro do Suzuki Jimny, um de nossos carros zero km favoritos, está em jogo no Brasil, na Argentina ele não só continua bem, obrigado, como também foi lançada lá esta semana outra versão desejável dele: o quatro portas de entre-eixos estendido.

Sim, o Jimny parece sem futuro no Brasil, se você perdeu essa notícia.  O motivo é simples: legislações de emissão. Parece que sem ações de engenharia (e custo exorbitante), o carrinho não passa na nova legislação brasileira, e por isso, é impossível importar novas unidades desde o dia 1ª de janeiro deste ano. Um lote de 1.000 unidades foi importado durante o ano passado para que a rede continuasse a se manter abastecida ao longo de 2025. E parece que é só isso; se quer um compre pois vai acabar.

Mas na Argentina, é diferente. Graças ao novo regime de importação que aliviou taxas para modelos vindos de fora do país, a Suzuki não só continuará vendendo a versão tradicional do jipinho, com três portas, como está trazendo a desejada versão com quatro portas.

Esta versão é fabricada somente na India, e é de lá que vem para o mercado argentino. Chama-se Jimny Nomad. O carro tem agora entre-eixos de 2,59 metros, o que é bem maior que os 2,25 metros do duas-portas. Há ganho de espaço no porta malas, também, que agora passa a acomodar 211 litros de carga.

O motor é o mesmo quatro cilindros aspirado de 1.5 litros e 16V, a gasolina, que temos aqui. Fornece 108 cv a 6.000 rpm e 14,1 mkgf de torque. Também tem as mesmas opções de câmbio manual ou automático, tração nas quatro rodas, e dois eixos rígidos.

A versão de entrada do 4-portas na Argentina é a Jimny 5 Puertas GL Monotono Manual, com preço sugerido de US$ 41.900, o equivalente a cerca de R$ 237.154. Como comparação, o casso 2-portas básico manual custa aqui R$152.990. O topo de linha, com câmbio automático, é o Jimny 5 Puertas GLX Monotono Automático, que custa US$ 43.900, ou aproximadamente R$ 248.474. O carro conta com garantia de três anos ou 100 mil quilômetros. (MAO)

 

GM investe no futuro do motor V8

Este é o ano que, se seguirmos as leis europeias que proíbem motores a combustão interna em 2035, veríamos a completa parada de investimento em motores desse tipo, em favor dos elétricos. Mas o que vemos é que, embora sim, os elétricos sejam um sucesso, não há fim à vista para os motores tradicionais.

A GM, por exemplo, anunciou esta semana que está investindo US$ 888 milhões em sua unidade de Tonawanda, em Buffalo, Nova York, para desenvolver um motor V-8 de sexta geração. É o maior investimento individual que a empresa já fez em uma fábrica de motores. Em troca do investimento, Nova York oferecerá até US$ 16,96 milhões em créditos fiscais.

O V8 do Corvette C8: OHV

A GM planeja implementar o novo motor em picapes e SUVs de grande porte a partir de 2027, prometendo maior potência. Embora não tenha divulgado números específicos, na verdade a família de V8 OHV atual da família LS é fabricado em uma gama enorme de versões de potência, que vão de 300 cv até mais de 700 cv potencialmente.

A GM finalmente abandonará o comando único no bloco, OHV? Esta é a maior tradição da empresa, e permite motores extremamente pequenos e leves em relação ao seu deslocamento, além de terem centro de gravidade baixo. Muita gente erroneamente os chama de ultrapassados, mas nos EUA, onde não há imposto maior atrelado à cilindrada, é também extremamente eficiente. Se cv/litro só é importante quando se limita cilindrada máxima, cv/kg é importante sempre.

Um V8 Chevrolet Small Block no Iso Grifo A3/C

Mas todo mundo hoje, inclusive a Ford, usa cabeçotes DOHC de quatro válvulas por cilindro, também para ajudar a atender emissões, com seu controle mais preciso de cada comando, câmara de combustão de desenho mais eficiente, melhor fluxo, e tudo mais. As versões mais velozes do Corvette já são DOHC, embora o carro básico permaneça OHV. Será que veremos finalmente o fim do Small-Block-Chevy? Seria o fim de uma história que comemora 70 anos este ano.

Tonawanda será a segunda fábrica de motores a produzir o novo V-8. No início de 2023, a GM anunciou um investimento de US$ 579 milhões em sua Flint Engine Operations, em Michigan, para montar o motor de sexta geração e usinar seu bloco, virabrequim e cabeçote. Ao mesmo tempo, a GM destinou US$ 12 milhões à sua unidade de Rochester Operations, em Nova York, para coletores de admissão e linhas de combustível, e outros US$ 47 milhões à Defiance Operations, em Ohio, para peças fundidas de bloco.

Ao lançar um novo V-8 em 2027, a GM sinaliza sua intenção de manter o motor de oito cilindros até a década de 2030. Como fica então a anunciada meta da GM de ser totalmente elétrica até meados da próxima década?  Como tudo nessa vida, muda ué. Quando a situação é diferente, se age diferente. O futuro nãos nos é dado saber, por mais que os profetas diversos gritem sua inevitabilidade. O segredo é se adaptar a qualquer futuro que venha; não se agarrar invariavelmente a um só que gostamos mais. Quem fica parado, afinal de contas, é poste. (MAO)

 

Nos EUA, M5 Touring vende mais que sedã

Em março, um executivo da BMW divulgou que cerca de metade dos compradores do novo M5 optaram pela versão perua. Agora, outra entrevista parece explicar o motivo: a perua M5 é extremamente popular nos EUA.

O CEO da BMW M, Frank van Meel, compartilhou esse fato com o BMWBlog em uma entrevista. De acordo com van Meel, a marca atualmente tem uma demanda maior por peruas nos EUA, e esta realidade se inverte na Europa, diz ele, onde os sedãs vendem mais, resultando numa média de metade-metade para as duas carrocerias. Lembra o que falamos de mudança? É a única certeza. Pouco tempo atrás, perua era coisa de europeu, e sedã, de americano. Vai entender…

Esse fato é particularmente notável porque a BMW nunca havia oferecido uma perua M5 no mercado americano antes do atual Touring. Na verdade, a BMW só ofereceu uma perua da marca M nos Estados Unidos antes de 2025, se é que o Z3 “Clownshoe” pode realmente ser considerado uma perua.

A M5 Touring atual é versão do controverso M5 híbrido moderno. Um carro sem dúvida sensacional em todos os centidos de uso, mas também um exemplo de como a busca de eletrificação causou distorção na busca por eficiência energética. Isso porque o sedã pesa 2445 kg, e a perua, 2.560 kg. Sim, duas toneladas e meia. Uma D20 com um boi na caçamba, para quem morou na fazendo nos anos 1980 entender.

Mas tem também um V8 biturbo de 4,4 litros (S68), 585 cv e 76,1 mkgf, combinado a um motor elétrico de 196 cv e 28,6 mkgf, instalado juntamente à transmissão. Ambos produzem, juntos, nada menos que 727 cv e 101,8 mkgf. Então pode ser pesada, mas anda mais que notícia ruim: zero a 100 km/h em 3,9 segundos, velocidade máxima de 305 km/h. Não é á toa que tem seu mercado. (MAO)

 

Carabinieri dão dura na porta da Villa d’Este

Fim de semana passado, como você já deve saber, aconteceu o Concorso d’Eleganza Villa d’Este, chiquérrimo evento que acontece anualmente nas margens do chiquérrico e belíssimo lago de Como, na Itália. Você sabe que aconteceu porque é tradição a BMW, patrocinadora do evento, mostrar carros novos ali. Este ano, foram o Speedtop e o novo M2 CS.

Mas outra tradição menos comentada continuou este ano por lá, também. A dos policiais italianos dando susto em bilionários. Sim, fazem blitz, dão dura e checam documentação de carros que valem milhões. E, é claro, sendo os bilionários humanos também como eu e você, alguns tem a manha de aparecer lá com algo errado, e acabam com os carros no pátio dos Carabinieri. Normalmente sou contra esse assédio a gente de bem andando com seus carros; mas nesse caso, não dá para negar que é engraçado, pelo menos.

De acordo com uma reportagem da Forbes, autoridades italianas pararam um motorista americano em um Iso Grifo A3/C Stadale de 1964 inscrito no evento. O carro estaria sendo conduzido sem placa visível ou comprovante de seguro italiano, e o motorista o estaria conduzindo sem carteira de habilitação internacional. Resultado: carro apreendido.

O carro é uma coisa sensacionalmente sensacional, e mais rara que político honesto. Iso porque o A3/C é justamente o Grifo de competição, criado por Giotto Bizzarrini com carroceria e chassis exclusivos, em volta do V8 Chevrolet Small-Block de 5,4 litros preparado para mais de 400 cv aspirados. O Iso Grifo mais conhecido e comum (comparativamente; também é raro pacas) é outro caro, que carrega a sigla A3/L, e é o carro de rua. Mas houve o mais raro dos Grifo, o Iso Grifo A3/C Stradale, que é a versão de rua do carro de corrida. Mas não era isso o A3/L? E esse carro não é o Bizzarrini 5300 GT Strada?

Confuso? Entre na fila. Uma hora prometo contar essa história inteira, aqui no FlatOut. É sensacional. Por enquanto, o que interessa é que o tal americano estava justamente com um Iso Grifo A3/C Stradale, um carro avaliado em mais de um milhão de dólares, hoje.

A polícia apreendeu o carro e aplicou multas, num total de US$ 1.444, um pouco mais de R$ 8.000. Eu teria um enfarto com multas assim, mas quero acreditar que o dono do Iso Grifo A3/C Stradale, levado à Itália somente para aparecer no chique evento, não deve ter nem piscado uma pálpebra antes de pagar o valor à vista. (MAO)