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Renault Kardian agora com câmbio manual
Começamos esta manhã de segunda-feira com uma boa notícia: o Renault Kardian, o hatch médio que é de facto o substituto do Sandero, mas que a Renault teima em chamar de SUV (o que não é hoje? Até Kwid!), agora pode ser pedido com câmbio manual de seis marchas.
A idéia é torná-lo um carro mais acessível: a versão manual é também agora o Kardian mais barato de todos aos bem interessantes R$ 106.990. Mas se você não liga de trocar as marchas você mesmo, ou até prefere trocar as marchas você mesmo (attaboy!), saiba que o carro também fica mais leve e eficiente em uso normal. A versão manual se chama “Evolution MT”.
Imediatamente entra na nossa lista de carros zero km desejáveis; afinal de contas é um hatch moderno, de plataforma idem, que com esta opção traz o pouquinho de interatividade que faltava para ficar pelo menos um pouco interessante ao volante. O motor é o mesmo: um bem fortinho 1.0 Turbo de três cilindros, que fornece 125 cv e 22,4 mkgf quando abastecido com etanol, num carro de 1.163 kg. Segundo a Renault, o 0-100 km/h se dá em 11 segundos cravados e chega a 180 km/h.
A Renault informa que a caixa manual é nova, código JX22, produzida em Portugal, e parte da nova geração dos câmbios manuais de seis marchas da marca, com foco em eficiência mecânica e consumo de combustível. Diz també m que as relações de marcha foram “especialmente projetadas para o perfil do cliente brasileiro”. Traduzindo: três primeiras marchas curtas para parecer rápido, quinta e sexta bem longas, quarta uma “ponte” entre elas.
Interessante notar que a Renault informa que a versão foi um pedido principalmente dos concessionários, que citam ainda haver demanda fora dos grandes centros, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, para modelos manuais. Tomara que seja um grande sucesso. (MAO)
Conheça o novo Alpine A110 R Ultime
O Alpine A110 foi lançado em 2017; já tem , portanto, sete anos de idade. Também semana passada a Alpine começou a mostrar seu futuro eletrificado e suavizado, com o conceito A390ß. O único Alpine a venda hoje continua o A110, porém; se o interesse nele arrefecer, a marca tem problemas. É hora então de subir o volume do A110 para o máximo.
Conheça o Alpine A110 R Ultime. Como diz o nome, pretende ser o ápice em performance do modelo. O nome Ultime apareceu também na evolução máxima do Megane RS; agora é a vez da Alpine. O motor 1.8 turbo, antes dando um máximo de 300 cv, aqui fornece 345 cv e 42,7 mkgf, e o transeixo reforçado tem agora seis marchas, ao invés das sete do A110 normal. Além disso vem com freios de competição AP com 330 mm de diâmetro, com pastilhas diferentes e dutos extras para resfriamento; amortecedores Öhlins ajustáveis em todos os quatro cantos e um escapamento de titânio Akrapovič.
As rodas são forjadas em alumínio, com 18 polegadas na frente e traseiras de 19 polegadas envoltas em pneus Michelin Pilot Sport Cup 2. O kit aerodinâmico agressivo é funcional, com um aumento de downforce de 160 kg em velocidade máxima, comparado ao campeão deles até agora, o A110R Turini.
O carro, como todo Alpine A110, é leve para os padrões modernos. Esta nova versão pesa apenas 1040 kg, o que deixa o seu maior concorrente, o nada pesado Porsche Cayman, com inveja nos seus quase 1400 kg. Além do baixo peso e maior potência, o Ultime vem com launch control, que permite que o 0-100 km/h em 3,8 segundos. Como os outros A110, é limitado a 250 km/h.
A verão especial de lançamento A110 R Ultime La Bleue, que terá 15 unidades, custa exorbitantes € 330.000 (R$ 2.019.600). O A110 R Ultime normal custa € 265.000 (R$ 1.621.800) na França. O A110 básico é aproximadamente quatro vezes mais barato, a € 65.000 (R$ 434.520). Apenas 110 dos A110 R Ultime serão feitos.
Caro e exclusivo demais? Sim, claro. Mas consegue seu objetivo de nos lembrar quão sensacional ainda é este carro, mesmo sete anos depois de lançado. Um clássico instantâneo. (MAO)
Conheça o novo Renault 4 E-Tech
Algum carro pequeno e barato do passado escapa ser reinventado para os tempos modernos? A indústria parece realmente incapaz de arriscar no novo; procura no velho uma forma de parecer relevante. E esta é mais uma tentativa. Pelo que é, até que ficou interessante. Uma reinterpretação do Renault 4, a “Quatrelle”.
O que é o R4 original? A resposta da Renault em 1961 ao maior sucesso de sua arquirrival Citroën: o 2CV. Um dos primeiros Hatchbacks, o R4 também é pioneiro em circuito de arrefecimento selado; desenvolvido para ser tão confiável quanto o arrefecimento à ar do 2CV. Mas como o 2CV, era lerdo, simples e barato. Quase um utilitário, tão feliz em carregar meia dúzia de porcos para o mercado como ir á igreja no domingo. Este, certamente nunca será visto fazendo qualquer uma dessas coisas.
Aos 4,14 metros de comprimento, o novo Renault 4 E-Tech está posicionado na Europa entre o supermini Clio e o crossover Captur. Ele é maior que o novo R5, outro carro pequeno do passado renascido, em todas as dimensões.
Como o R5, é um elétrico. Usa a mesma plataforma dele, a AmpR Small; aqui vem com duas versões de potência: 121 cv e 23 mkgf, ou 148 cv e 25 mkgf. Opte pelo motor mais potente e o novo Renault 4 E-Tech levará menos de oito segundos e meio para fazer o 0-100 km/h.
Também há dois tamanhos de bateria disponíveis: 40 kWh e 52 kWh, com autonomias de 300 e 400 km (WLTP) respectivamente, segundo a Renault. Com carregamento DC de até 100 kW, leva meia hora para ir de 15% a 80%. O carregamento bidirecional de 11 kW também é suportado para transformar o R4 em uma fonte de energia. A Renault diz que com a menor bateria, o carro pesa 1410 kg, o que não é ruim. Para um elétrico, claro.
Após sua estreia pública esta semana no Salão do Automóvel de Paris de 2024, o novo R4 estará à venda na Europa no ano que vem. (MAO)
BMW vai produzir M8 Skytop
Eu tento entender o que acontece no departamento de design e no conselho de administração da BMW. Uma hora eles lançam um produto grotesco, com alto potencial de fracasso e, no minuto seguinte, sacam um modelo com apelo suficiente para fazer o mundo se derreter por ele. É como se a marca fosse bipolar, ou se ela fosse duas marcas em uma só.
Porque, lembre-se, a BMW lançou nos últimos anos algumas atrocidades como o XM e o Série 7 (que eu gostei quando é todo preto, mas só assim…), além de uma catedral gótica em forma de sedã esportivo (o M5), mas nesse mesmo período sacou o BMW CSL e, agora, confirmou que irá produzir o M8 Skytop, que é, de longe, o carro mais bonito que a BMW apresentou nos últimos cinco anos.
Como é baseado no M8, ele tem um V8 de 4,4 litros e 625 cv que o leva do zero aos 100 km/h em 3,3 segundos. Diferentemente do M8 conversível, ele não operação elétrica para o teto. Em vez disso, há dois paineis revestidos de couro sintético que precisam ser removidos manualmente.
Infelizmente ele não será tão comum como o M5 ou mesmo o fracassado XM, pois serão feitos apenas 50 exemplares e todos eles já foram vendidos. Se você tiver memória boa, irá lembrar que o 3.0 CSL também teve apenas 50 unidades produzidas e que ele era baseado no M4. A BMW, que já disse no passado recente que irá investir em carros de maior valor agregado, parece claramente estar investindo no segmento de coachbuilding, algo que a Bugatti trouxe de volta ao mainstream com o La Voiture Noire.
A BMW não divulgou o preço, mas os rumores que circulam pela internet mencionam nada menos que 500.000 euros. Considerando que o M8 conversível não chega aos 200.000 euros, fica claro o modelo de negócio aqui, certo? Faça as contas: são 50 carros a 500.000 euros, uma receita bruta de 25.000.000 de euros, com uma margem de lucro generosa, afinal, os carros recebem, na prática, apenas parte da carroceria e rodas especiais.
Sim, se você reparar as fotos do interior, irá notar que a cabine e os materiais são exatamente os mesmos do M8 conversível normal. A BMW diz que os materiais são “selecionados a mão”, mas isso não significa que eles sejam superiores aos convencionais usados no modelo de série regular. É um problema quando você faz um carro de meio-milhão de euros…
De qualquer forma, é nossa única objeção. Se é necessário que ele seja assim para que um carro bonito como este possa existir, que assim seja. Ao menos ele não tenta ser algo que não é — certo, BMW XM? (Leo Contesini)
Brembo compra a Öhlins
Dois fabricantes de peças de alto desempenho e competição acabam de se unir na Europa. É a Brembo, famoso fabricante de freios italiano, e a Öhlins, fábrica de amortecedores sueca.
A Brembo adquiriu a Öhlins da empresa controladora Tenneco por US$ 405 milhões, de acordo com um comunicado à imprensa da Brembo. Desde que a aquisição atenda a todas as aprovações regulatórias, será a maior compra na história da Brembo. Também expandirá significativamente os horizontes da empresa.
A Öhlins Racing é conhecida por seus amortecedores basicamente. Com sede em Estocolmo, a empresa foi fundada em 1976 e atualmente possui duas unidades de fabricação na Suécia e na Tailândia. Ela também possui dois centros de pesquisa e desenvolvimento nesses locais, e há quatro unidades de distribuição e testes na Suécia, Tailândia, Alemanha e Estados Unidos. A Öhlins Racing atualmente emprega aproximadamente 500 pessoas.
“A Öhlins combina com a Brembo”, disse o presidente executivo da Brembo, Matteo Tiraboschi. “É uma marca de renome mundial, com um negócio sólido e uma reputação inigualável, tanto nas pistas de corrida quanto nas estradas. Damos as boas-vindas à Öhlins em nosso Grupo como uma grande oportunidade de expandir nossas ofertas para o mercado automotivo. Com esta adição, damos mais um passo à frente em nossa estratégia de fornecer soluções inteligentes integradas para nossos clientes, alavancando sinergias entre tecnologias-chave no setor de veículos.” Boa sorte às duas nesta nova fase! (MAO)