Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Lada apresenta “Niva do futuro”
Além da nova marca de modelos de luxo incentivada por Vladimir Putin, outro destaque nativo do Salão de Moscou é o Lada 4×4 Vision, um off-roader conceitual inspirado pelo Niva e que poderia muito bem ser uma prévia da próxima geração do carro.
“Poderia” porque a Lada não entrou em detalhes a respeito de suas intenções com o conceito, mas considerando seus atributos estéticos e mecânicos, nos parece claro que a marca está preparando algo nessa direção. Primeiro por que ele é assumidamente inspirado no Niva. Depois, pegue seu porte: apenas 4,2 metros de comprimento, o que faz dele 4 cm menor que o atual Niva de quatro portas. Apesar de não ter seu powertrain revelado, a Lada salientou que ele tem tração 4×4 com marcha reduzida. O sistema é controlado eletronicamente, como denuncia o botão seletor no console central.
O visual típico de carros conceito, realça as características do carro de forma exagerada, meio como uma caricatura sem o fator cômico: os para-lamas são musculosos e ele tem skidplate e protetores de para-lamas, mas as rodas têm 21 polegadas e os pneus não parecem muito aptos a lidar com superfícies instáveis como areia, lama, terra ou cascalho. Brita talvez.
Mas olhe bem para ele nessa posição da foto acima e você começará a notar as semelhanças com o Niva. A coluna C, por exemplo, tem os mesmos ângulos na janela traseira e na extremidade da carroceria. Na dianteira os piscas ficam sobre os faróis como sobrancelhas — exatamente como no Niva — e proporção do capô em relação à cabine também parece exatamente a mesma, assim como os balanços curtos na dianteira e traseira.
A Lada infelizmente não entrou em detalhes sobre a possibilidade de criar uma versão de produção do 4×4 Vision. Tudo o que podemos dizer é que seria um desperdício se não fizessem.
Lego monta Bugatti Chiron em tamanho real… e que pode ser dirigido!
Ok, Lego. A gente sabe que você faz reproduções impressionantes de supercarros e modelos clássicos, capazes de fazer qualquer marmanjo quarentão voltar às lojas de brinquedos com algum tipo de desculpa que não cola. “É para meus filhos/sobrinhos”. Mas um Bugatti Chiron em tamanho real e que funciona de verdade? Sério, onde você quer chegar?
Sim, caros leitores. A Lego fez um Bugatti Chiron em tamanho real, com seus blocos de encaixar formando uma carroceria, bancos, freios, asa móvel, volante de saque rápido, e até um powertrain que faz o modelo chegar a 20 km/h. Vinte quilômetros por hora. Em um carro feito de Lego. Nunca pensei que ficaria impressionado com uma velocidade máxima tão pedestre.
Especialmente porque o powertrain não veio de uma fornecedora de motores elétricos, nem usa um motor estacionário a combustão. Ele é todo feito de pequenos motores da linha Technic — 2.304 motores, para ser mais exato. A transmissão também é “Lego Technic”, formada por 4.032 engrenagens plásticas.
E o negócio fica ainda mais impressionante: a equipe da fábrica da Lego em Kladno, na Tchéquia, usou mais de 1 milhão de pecinhas para formar o carro inteiro. Foram 20 pessoas trabalhando ao longo de 13.000 horas — ou 19 meses. Obviamente você não consegue uma reprodução tão perfeita de um hipercarro com peças de prateleira, então a Lego precisou fabricar 58 tipos exclusivos de peças plásticas.
A Lego não menciona, mas aparentemente os componentes não formados por pecinhas plásticas de encaixar foram as rodas e pneus, a corrente de transmissão e algumas polias, e o cubo da direção (que provavelmente entrega que uma coluna mais confiável) foi empregada no modelo. Mesmo assim é um feito impressionante, que fica mais divertido quando o vídeo revela que o carro foi levado à pista de Ehra-Lessien para verificar a velocidade máxima.
Com uma V-Box no painel e o piloto de testes da Bugatti — ninguém menos que Andy Wallace — ao volante, o Chiron de plástico chegou a 20 km/h. Podemos dizer que ele é o carro feito de Lego mais rápido do planeta, não?
Porsche 992 volta a aparecer em testes, agora junto do GT3
Há algumas semanas vimos as primeiras imagens do Porsche 992 sem camuflagem, revelando sua cara “nova” antes do lançamento oficial. Pois agora o modelo voltou a aparecer em testes com menos adesivos cobrindo suas novidades e também na versão GT3.
Como já era esperado, ele se mantém fiel à sua silhueta de 50 anos, porém adota uma série de novos elementos que o distanciam bem da geração atual. Começando pelo capô mais alongado, que se estende além da linha dos faróis, dando uma impressão de que o bico do carro é mais baixo. Os faróis também ficaram maiores e pela primeira vez as tomadas de ar predominam a dianteira de um 911.
A traseira ainda está coberta por adesivos, mas já vimos em outros flagras que ela voltará a ter as lanternas unidas por uma faixa central e uma tomada de ar sob o para-brisa traseiro que, de certa forma, remete aos Fuscas dos anos 1950.
A novidade é que agora vimos o GT3 também em testes, infelizmente com um pouco mais de camuflagem que seus irmãos. Não se deixe enganar pela ausência de uma asa traseira: as rodas de cubo rápido, as saídas de escape centralizadas e os para-lamas alargados deixam claro que este é um GT3.
Apesar do provável fim dos flat-6 aspirados na linha 911, este primeiro 992 deverá respirar sem ajuda de aparelhos, dependendo apenas da pressão atmosférica, de seus coletores e trem de válvulas para admitir e expelir o ar. Os rumores na imprensa europeia falam em 550 cv para o GT3 — o que significa que o GT3 RS precisaria de, no mínimo, 575 cv. Nos parece pouco provável que a Porsche atinja esta potência com um 4.0 aspirado; não por competência, mas por uma questão legal: sendo um carro planejado para a década de 2020, e que terá um facelift somente por volta de 2023/2024, é provável que ele acabe tolhido pela legislação ambiental da Europa.
Por isso, nosso palpite é, caso venha aspirado, o 992 GT3 deverá ter 520 ou 530 cv, enquanto o GT3 RS chegará aos 550/560 cv antes de adotar um motor turbo para a segunda metade do ciclo de vida da geração (992.2).
Tudo isso, claro, é apenas especulação nossa e da imprensa europeia. Os detalhes serão revelados somente em 2019, quando o GT3 for apresentado ao público.
McLaren Speedtail terá mais de 1.000 cv
Como todo grande lançamento de hoje em dia, a McLaren vai revelando os detalhes de seu próximo supercarro aos poucos. Depois de anunciar que ele terá três lugares com posto central para o motorista, terá apenas 106 unidades produzidas, velocidade máxima superior a 391 km/h e se chamará Speedtail, a fabricante agora revelou que ele terá mais de 1.000 cv.
A informação vem do pessoal do Top Gear, que conversou com o chefe da McLaren Automotive, Mike Flewitt, durante a Monterey Car Week. Falando sobre a versatilidade do V8 biturbo de 4 litros da McLaren, Flewitt disse o seguinte: “Essa arquitetura foi dos 426 cv no 570 GT4 para não-posso-dizer-quanto no Speedtail. Mas é mais de 1.000 cv”.
Outra informação menos impressionante revelada por Flewitt, é que, apesar de superar os 391 km/h, a McLaren não está interessada em chegar aos 480 km/h como a Hennessey e a Koenigsegg. O objetivo do carro não é esse, como a McLaren também já antecipou. O Speedtail será posicionado como um grã-turismo com aerodinâmica avançada, peso baixo e comportamento dinâmico excepcional. Será mais estradeiro que o Senna, será mais como o McLaren F1.
O Speedtail ainda não tem data de estreia confirmada, mas a McLaren deu a entender em seu último teaser que ele poderá chegar em outubro.
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E então? O halo protegeu ou não?