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Lamborghini “em busca de coisas malucas”

A Lamborghini está planejando novos modelos especiais fora da caixinha, após o sucesso do Hurácan Sterrato, e do Hurácan STO mostrar que “o céu é o limite” para o quão radicalmente ela pode reinventar os modelos existentes.
“Do ponto de vista da marca, esses modelos oferecem oportunidades imensas”, disse Federico Foschini, diretor de vendas e marketing da marca italiana, à Autocar. “Acho que nem aproveitamos a oportunidade o suficiente, porque você pode fazer muitas coisas com o Sterrato; e acho que no futuro, com certeza, poderemos apresentar essa oportunidade em algum momento.”

O executivo insinuou também que existe possibilidade de se lançar edições limitadas do Urus e do Revuelto, em vez de ficar apenas com o substituto do Hurácan, o Temerario. Revuelto Sterrato? Não apostaria contra seu aparecimento.
Com o Huracán saindo do mercado e o Revuelto chegando como o novo V-12 da marca, a Lamborghini vendeu mais carros em 2024 do que em qualquer outro ano desde que a fábrica foi fundada, há cerca de seis décadas. O que era uma fábrica pequena que raramente produzia mais de 400 carros por ano, hoje faz regularmente mais que 10 mil carros/ano.

Além de novas versões de cada modelo que vende, Foschini afirmou que a marca está “sempre em busca de coisas malucas em todas as dimensões”. Nesse sentido, a Lamborghini continua a aumentar a personalização de seus carros, na tentativa de aumentar a lucratividade sem, ao mesmo tempo, aumentar as vendas. “Queremos manter a exclusividade”, explicou Foschini. Uma maneira pela qual o fabricante está administrando esse equilíbrio é por meio de uma nova oficina de pintura que aumentou o número de cores disponíveis para o Temerario e o Revuelto para cerca de 400. (MAO)
Vendas do Mustang em declínio

Um cara poderia ser perdoado em imaginar que, om o fim do Challenger e o Camaro, o Mustang, último pony-car V8 americano, estaria nadando de braçada no mercado. Mas parece que ele, também, anda cada vez mais raro nas ruas.
Os resultados de vendas do terceiro trimestre da Ford foram divulgados, e as notícias não são nada boas para o Mustang. Embora as vendas do único automóvel restante da Ford (barrabás!) tenham aumentado 2,5% nos últimos três meses, a maior parte dessas vendas ocorreu em julho e agosto. Apenas 1.803 Mustangs foram vendidos em setembro, o que é, de novo, queda.

Esse número representa uma queda de 32,4% em relação a setembro de 2024, quando a Ford vendeu 2.668 Mustangs. Apesar do aumento nas vendas no último trimestre, as vendas do Mustang permanecem 10,1% abaixo do esperado no ano. A Ford vendeu apenas 32.818 unidades este ano, em comparação com 36.485 em 2024, o que se tornaria o pior ano de vendas do modelo até o momento.
As vendas do Mustang vêm caindo há anos, e isso, claro, preocupa. Apesar disso, a empresa diz que ele continua: O CEO Jim Farley disse em uma entrevista recente que a empresa está “investindo muito no Mustang… É o cupê esportivo mais vendido do mundo”.

O mais triste é que aquele HR-V gigante elétrico chamado Mustang Mach-E continua superando o cupê em vendas, com 20.177 unidades vendidas no último trimestre, um aumento de 50,7%. A Ford vendeu 41.962 Mach-Es até agora neste ano, um aumento de 17,8%. Pode ser á custa de muito desconto, sim, mas de qualquer forma, um dado preocupante. (MAO)
Novo Audi RS6 deve ser híbrido plug-in

Como evoluir um RS6? O atual é um carro que, na sua versão GT, tem um V8 biturbo de 4,0 litros que dá 630 cv e 86,4 mkgf de torque. O carro faz o zero a 96 km/h em 3,2 segundos e é limitado, pasme, limitado, a 300 km/h.
Sim, eu sei que tem gente que anda a mais de 300 km/h, e que para eles um carro que faz 320 km/h e claramente melhor. Mas não espere simpatia de mim; velocidades assim hoje em dia são temerárias, e gostaria que vocês parassem com elas. Para eles, há diferença, mas quem quer ser esses caras? Um dia, um desses atravessa uma cidadezinha qualquer numa grande bola de fogo visível da estratosfera, aparece no JN, e pronto, piora tudo para todo o resto da população. Não, definitivamente, não espere nosso amor.
Para mim, um passeio recente com o primeiro dos RS6, um carro de 450 cv, tendo andado já em outro de 600 cv, foi revelador. Não preciso de um RS6 novo; o primeiro já tem toda a potência que poderia desejar. Sinceramente não sei para onde desenvolver o RS6. Ainda bem que não é esse meu trabalho.
Mas a Audi precisa andar para frente, ainda mais ela que se diz arauto do futuro. E no caso do RS6, esse futuro inclui eletrificação. A próxima geração do RS6 será aparentemente um híbrido plug-in. Detalhes específicos ainda são desconhecidos, mas há indícios do que está por vir.

Espera-se coisa de 100 cavalos a mais que o carro atual, o que colocaria ele na faixa dos 750 cv. Ele também contará com um novo exterior em linha com a linguagem de design atual, e o esperado interior repleto de tecnologia.O V8 biturbo de 4 litros permanece também, claro: quem faria algo diferente hoje? E neste carro, é até uma tradição.
Não haverá uma versão 100% elétrica, porém. Aparentemente a Audi cancelou o RS6 E-Tron elétrico devido à demanda insuficiente. A Audi também não divulgou uma data concreta de lançamento para sua nova perua de alto desempenho.

Mas o novo A6 estreou no início deste ano, e as versões RS mais potentes costumam ser lançadas cerca de um ano depois, então podemos esperar que a Audi revele o RS6 Avant em algum momento do ano que vem. Final de 2026 ou início de 2027 parecem bons chutes. (MAO)
O incrível painel do Cayenne elétrico

Na Europa a Porsche parece estar gastando todo seu orçamento de marketing no novo Cayenne elétrico; nem foi lançado ainda mas quase todos os jornalistas famosos já andaram no carro, e Richard Hammond o levou até ao famoso hillclimb de Shelsley Walsh. A empresa parece desesperada para gerar algum elusivo interesse neste leviatã que dá até medo de pensar quanto vai pesar. Deve ter todos os cavalos vapor do mundo, pesar todos os quilogramas do mundo. E ninguém parece realmente excitado com isso.
O lançamento com todos os detalhes só será feito no final deste ano, mas a empresa agora revelou o interior antecipadamente. E é uma impressionantemente enorme tela de OLED.

O Cayenne Electric inaugura o que a Porsche chama de “interior do futuro”, um design que eventualmente se estenderá a outros modelos. No centro das atenções está o Flow Display, uma tela OLED curva que domina o centro do painel. O formato, como no Taycan, é para lembrar o antigo painel de 5 instrumentos do 911. Felizmente, nem todos os controles são digitais, com interruptores físicos reservados para funções essenciais como temperatura, velocidade do ventilador e volume.

A tela sensível ao toque curva combina com um painel de instrumentos digital OLED de 14,25 polegadas, um head-up display de realidade aumentada opcional de 87 polegadas e uma tela do passageiro de 14,9 polegadas que permite controle por aplicativos e streaming de vídeo. A tecnologia também se estende à Porsche Digital Key, que pode ser compartilhada com até sete usuários, e a um novo assistente de voz com inteligência artificial.

A Porsche afirma que o novo Cayenne Electric oferece mais personalização do que nunca, com 13 combinações de cores internas, quatro pacotes de interior, cinco pacotes de detalhes, iluminação ambiente estendida e cinco temas digitais. Somam-se a isso os novos Modos de Humor, que coordenam iluminação, climatização, som e assentos para atender às preferências do motorista.

Não sei nem o que dizer. Acredito que o povo deve gostar disso, mas deixo aqui uma foto de um painel de Porsche de um passado onde a gente andava de carro para fugir da vida estática atrás da tela. Para apenas lembrar que há outras maneiras de se encarar um automóvel. Não muda nada, mas olha que coisa legal e cute.

Afinal de contas, o mundo é dos jovens, não de quem lembra de algo assim; que aproveitem ele bem da forma que acharem melhor. Se é com estas telas gigantes, vendo Netflix enquanto viaja, que assim seja. E boa sorte com isso. (MAO)


