Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Lamborghini apresenta conceito futurista e… elétrico?
A essa altura de 2017 já estamos todos acostumados com conceitos e esportivos elétricos (ao menos deveríamos estar). A Porsche já está desenvolvendo seu Mission E para 2020 e os supercarros movidos pelo fluxo de elétrons entre ânodos e cátodos já se mostraram competentes a ponto de fazer uma das voltas mais rápidas da história de Nürburgring Nordschleife e dominar a subida de Pikes Peak.
O que estamos achando estranho mesmo é a Lamborghini, que parecia um dos últimos bastiões do motor aspirado, e que adotou um discurso conservador em meio à maré elétrica, estar apresentando um conceito elétrico. Seu nome é Terzo Milenio, e você nem precisa entender italiano para sacar que isso significa “terceiro milênio”.
Parece um nome nonsense, mas ele faz sentido quando você o conhece melhor. Ele foi desenvolvido em parceria com o Massachussets Institute of Technology, o famoso MIT, e traz justamente as tecnologias que poderão ser adotadas não apenas pela Lamborghini, mas por todos os esportivos em um futuro distante.
O powertrain é composto por quatro motores elétricos (um em cada roda) alimentados por supercapacitores e baterias ultrafinas e maleáveis, embutidas nos paineis da carroceria — que é feita de nanotubos de fibra de carbono. E se você está preocupado com a possibilidade de explosão devido à ruptura das baterias em caso de colisão, a Lamborghini já pensou nesse problema, e por isso os nanotubos de fibra de carbono têm capacidade regenerativa. Para isso, os nanotubos usam substâncias químicas que reagem com a fibra de carbono para resultar em uma espécie de “cicatrização” do material.
Felizmente nenhum tipo de tecnologia autônoma foi incluída na lista do carro. Claro, ele não tem realmente tudo isso o que falamos, mas é bom saber que a Lambo pretende manter seus clientes ao volante. Quem sabe ela se transforme, de fato, no último bastião da direção humana?
BMW M2 será substituído pelo M2 CS
Já faz quase um ano que estamos vendo o tal BMW M2 CS sendo testado para cima e para baixo na Alemanha e em todo o resto da Europa, e até agora achávamos que ele seria posicionado acima do M2 básico, exatamente como o M4 CS se posiciona entre o M4 e o M4 GTS. Mas segundo o pessoal do BMW Blog, a função do M2 CS não será exatamente esta.
De acordo com o site especializado nos carros bávaros, a BMW irá tirar o atual M2 de produção em junho de 2018, e irá substituí-lo pelo M2 CS, equipado com o motor S55 do M3/M4, porém recalibrado para produzir “somente” 400 cv. Atualmente o M2 é o único modelo M a não usar um motor com o código S, como é tradição na divisão esportiva.
Quem quiser um M2 mais hardcore, ainda terá uma opção: o M2 GTS deverá ser lançado em 2019, com os mesmos upgrades do M4 GTS, porém com 450 cv, e deverá ser limitado a 999 unidades em todo o mundo.
Volkswagen voltará a correr com um Fusca clássico
Será apenas uma prova, a lendária Baja 1000, mas em meio às dezenas de medidas para dissipar a fumaça de diesel da marca, a Volkswagen decidiu bancar um Fusca 1970 na edição deste ano do rali norte-americano para comemorar os 50 anos da vitória de Vic Wilson e Ted Mangels em 1967.
O modelo é um 1302 1970, ainda com a carroceria e chassi clássicos, porém com janelas e para-brisa maiores que do nosso Fusca brasileiro, equipado com o motor 1600 original a ar. As modificações incluem amortecedores Fox de curso longo para off-road, suspensão ajustável, pneus BF Goodrich All Terrain, skidplate na dianteira, remoção das soleiras e, claro, uma gaiola de proteção homologada.
A corrida acontecerá entre os dias 14 e 18 de novembro.
A primeira imagem do novo carro de Gordon Murray
No último dia 3 de novembro, o designer Gordon Murray apresentou a primeira imagem de seu novo esportivo, o sucessor do McLaren F1 na linhagem paterna. Ele será lançado pela nova marca de Murray, IGM (de Ian Gordon Murray, o nome completo do designer), e será fabricado pelo processo iStream.
O processo, como já explicamos neste post, usa paineis de fibra de carbono colados a uma estrutura tubular de alumínio — o que resultou no nome iStream Superlight. É um processo semelhante ao processo superleggera desenvolvido pela Carrozzeria Touring, porém feito de forma automatizada e com materiais modernos. Como resultado, o carro terá metade do peso que teria se fosse produzido com um monocoque de fibra de carbono com chapas de aço estampado, além de ser mais rápido e eficiente — e, portanto, mais barato.
Murray não divulgou detalhes, mas disse que ele terá um dos projetos aerodinâmicos mais avançados já vistos em um carro de rua. Considerando o que ele fez no McLaren F1, não temos motivo para duvidar. Aliás, a silhueta do carro é muitíssimo parecida com a do F1 — por isso o chamei de sucessor do McLaren pela linhagem paterna. A dianteira é baixa, a cabine tem forma de cockpit, há um scoop de admissão no teto e balanços curtos.
Mas as semelhanças acabam por aí. Segundo a revista britânica Autocar, o IGM terá quatro vezes menos cilindros que o F1 e usará turbocompressão, ou seja: ele terá um motor turbo de três cilindros com 150 cv – o que não é nada mau, especialmente se ele chegar realmente aos 900 kg pretendidos por Murray. Isso também significa que ele não poderá ter três lugares, mas apenas dois. Ainda de acordo com a revista, a IGM já tem um protótipo em funcionamento sendo testado, mas ainda não há data para lançamento.