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Zero a 300

Lotus sai da Inglaterra? | BMW M2 CS bate recorde | Defender Octa Black e mais!

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A Lotus pode ser vendida ou fechar no Reino Unido

Na Sexta-feira dia 28 de junho passado, uma fonte disse à revista Autocar que uma ordem para parar as atividades na fábrica de Hethel veio da diretoria da Geely, na China. Aparentemente o plano era transferir a produção dos Emira, único carro fabricado em Hethel, para os EUA. Os boatos diziam que o Emira seria produzido na fábrica da Volvo (também da Geely) na Carolina do Sul.

Questionada pela revista, a Lotus não se pronunciou, mas confirmou que a produção do Emira está suspensa desde meados de maio, enquanto a empresa administra as consequências do aumento de tarifas em seu principal mercado, os EUA. A Lotus posteriormente publicou uma declaração nas redes sociais, intitulada “O Reino Unido é o coração da marca Lotus”. Ela diz: “A Lotus Cars continua operando normalmente. Não há planos para fechar nenhuma fábrica.”

Mudança de opinião? Dificilmente. Segundo o The Financial Times, a declaração foi feita após o governo do Reino Unido indicar à Lotus que estava preparado para oferecer apoio para proteger os empregos britânicos.

Lotus Emeya

Em abril, a empresa demitiu 270 funcionários em Hethel, e a Autocar apurou que sua sede em Clerkenwell (Londres) será fechada, tendo sido inaugurada há apenas alguns meses, com um custo enorme.

As vendas da Lotus caíram 42% no primeiro trimestre do ano. Os EUA seriam um grande mercado para os novos Lotus elétricos, o SUV Eletre e o sedã Emeya, mas a imposição de tarifas de 100% sobre veículos elétricos fabricados na China forçou a Lotus a interromper as vendas do Eletre no país. A demanda também caiu na Europa e na China, com as entregas do Eletre e do Emeya caindo 31%, para 719 unidades, nos primeiros três meses.

Lotus Eletre

Não é nenhuma surpresa, a atual situação da empresa. Apesar do Emira ainda ser um sensacional carro esporte, não é único o suficiente, como eram os levíssimos Elise e derivados. A Geely claramente achou que faria da Lotus uma Porsche, usando o nome e engenharia para fazer gigantescos e pesadíssimos sedãs e SUVs fabricados na China. Esqueceu-se, para ser franco, do que o nome Lotus significa.

Outras empresas conseguiram dar o salto para a singularidade SUV sem problemas; não é o caso da comparativamente minúscula, mas importantíssima, casa que Chapman construiu. É triste ver a Lotus nesta situação, sim; mas por outro lado, é bom saber que certos resultados ainda seguem a lógica, e que há significado em algumas marcas que não pode ser negado.

Resta-nos desejar boa sorte aos empregados da empresa em Hethel; são eles que vão sofrer aqui. E aguardar o desfecho da história. (MAO)

 

BMW M2 CS bate recorde em Nurburgring

Hábitos antigos morrem com dificuldade; mesmo com os recordes da fábrica de celulares que fez um carro, a Xiaomi, começando a mostrar a futilidade, e o risco, de se usar voltas em Nurburgring como baliza para excelência de veículos, a prática é tão impregnada no modus operandi das empresas hoje em dia, que dificilmente morrerá.

Então a BMW anunciou hoje mais um recorde na pista das montanhas Eifel; um lugar antes pacato, de diversão e competição basicamente amadora, escondido nas montanhas, que hoje parece avassalado pelo business, de variadas formas. Continua sensacional e peregrinação obrigatória para os de nosso credo, não entenda mal; mas agora o espesso verniz corporativo paira como uma sombra no lugar.

Mas enfim; a notícia hoje é que, depois de em junho de 2024 um Audi RS3 bater o gasoso recorde “para carros compactos”, a BMW tomou este título para si novamente, com o novo M2 CS.

Sim: o M2 CS agora detém o recorde de volta para carros compactos no circuito de Nordschleife, em Nürburgring, completando o percurso de 20,79 km em 7:25.5 em 11 de abril de 2025. Ele bateu o recorde anterior da Audi em oito segundos. O engenheiro de desenvolvimento da BMW M, Jörg Weidinger, foi o piloto, superando a volta anterior do M2 em 13 segundos, estabelecida em abril de 2023.

O CS pode ser um “carro compacto”, pero no mucho: mede 4,6 metros em um entre-eixos de 2,75 metros, e pesa nada menos que 1710 kg. Compacto por dentro? Isso ele definitivamente é.

Mas esquecendo o veneno por um momento, o M2 CS (como o M2 básico) é um carro sensacional, e provavelmente o último onde ainda se pode experimentar o que eram os BMW’s dos anos 1990. Vem com o motor 3.0 litros biturbo de seis cilindros em linha da marca, aqui com 530 cv e 61,2 mkgf de torque. Faz o 0-96 km/h em apenas 3,7 segundos e chega a incríveis 302 km/h.

O CS não pode vir câmbio manual, ao contrário da versão básica do M2, que o tem como opcional em alguns mercados. Mas sua ausência não parece desanimar os compradores, e certamente ajudou a bater o recorde. A BMW diz que há uma “enorme demanda” pelo carro, e ela é maior do que o esperado em alguns mercados. O M2 CS começa em US$ 99.775, nos EUA; o preço e disponibilidade aqui no Brasil ainda não foram confirmados. (MAO)

 

Conheça o Land Rover Defender Octa Black

Nessa a gente errou: quando a Land Rover abandonou seu tradicional jipe com carroceria de alumínio rebitado e chassi separado em favor de um moderno SUV de Shopping monobloco muito parecido com o Range Rover, achávamos que ela estava louca. Mas embora tenha, sim, perdido um mercado de jipes raiz, o Defender moderno vende bem pacas, e é um tremendo sucesso mundo afora.

Carros que mudaram o mundo #16: o Land Rover

Sim, um cara se pergunta o motivo de se comprar um Range Rover agora, mas deixa para lá. O que interessa aqui é o lançamento de mais uma versão do novo Defender: o Octa Black.

E o que é esta nova versão? Bem, ela é… BLACK. Todo o carro agora é no mais escuro e tenebroso preto que a empresa pode conjurar. Rodas, grades, maçanetas, emblemas… tudo preto. BLACK!

No mais, é um Octa normal, se é que se pode chamar de normal um SUV focado em off-road, mas que vem com um V8 biturbo de 4,4 litros que desenvolve 635 cv e 75 mkgf. Este enorme SUV de mais de duas toneladas e meia de peso acelera de 0 a 96 km/h em 3,8 segundos, antes de atingir uma velocidade máxima, limitada, de até 250 km/h.

O OCTA Black também se beneficia das recentes melhorias aplicadas ao Defender 2026. Isso inclui faróis novos, e um sistema de infoentretenimento maior de 13,1 polegadas. O carro é o topo de linha dos Defender; então não é barato, mas é algo realmente impressionante em seu envelope de possibilidades. Se você tem os meios, altamente recomendado. (MAO)

 

Governo pode isentar “populares” de IPI.

Em 1990 o mercado e a indústria nacional receberam um impulso incrível: simultaneamente se liberavam as importações de carros e autopeças, antes proibidos, e se criava uma categoria com menos impostos para os carros mais baratos, com cilindrada inferior a 1 litro, os “populares”. Se foram medidas boas ou ruins a longo prazo, não vamos discutir; o fato é que criou um imenso impulso renovado numa indústria e mercado totalmente estagnados então.

E de lá até aqui… nada mudou. O mercado e a indústria também andam de novo estagnados, e a única forma que se enxerga de se mudar isso parece ser a mesma medida que foi implementada a 35 anos atrás!

Isso mesmo: é possível que seja anunciado em breve um programa especial do governo federal prometendo reduzir impostos para os carros 0km de entrada. Haverá um “IPI Verde”, que premiará veículos com baixa emissão de poluentes, e um “Programa Carro Sustentável”, voltado à redução de impostos para modelos 1.0 flex de baixo custo.

A nova proposta, que ainda está em discussão, segundo os políticos envolvidos, visa incentivar o foco ambiental. Mas é só discurso isso, claro: colocar “Verde” e “Sustentável” nos nomes das coisas não muda nada. É apenas isenção de imposto para tentar baixar preço de carro, e aumentar vendas.

Todos os atuais carros com propulsor 1.0 aspirado disponíveis hoje no mercado entrariam no programa. Parece que além de proibir sobrealimentação, a potência será limitada a 90 cv também. Além disso, estão de fora importados, e “aqueles que não atendem aos critérios mínimos de reciclabilidade de materiais ou eficiência energética”. Ein? Pois é, esta última frase, um poço sem fundo de perguntas.

A isenção de IPI não baixará violentamente os preços, significando uma redução ao redor de 7%. Continuaremos sem plano de longo prazo, para crescer realmente a indústria nacional. Ou não: acabar com a indústria se não puder ser competitiva é um plano também, como foi na Austrália. Uma hora, o governo tem que decidir se sustenta ineficiência para manter empregos, ou desiste. Não?

Lembro aqui também que a China, em 1990, era infinitamente menor que o Brasil como produtora de veículos; exportávamos até projeto de carros antigos requentados como o Santana para eles. Mas eles tinham um plano; a gente, tinha apenas canetadas esporádicas frente à crises cíclicas. E continuamos assim. Parabéns a todos os envolvidos. (MAO)