FlatOut!
Image default
Zero a 300

Mais 30 GR Corolla no Brasil | O Cadillac mais vendido é… | Protótipo da Lotus à venda e mais!

Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos a mais uma edição do Zero a 300, nossa seleção diária com tudo o que está rolando de mais importante no universo automobilístico para você não ficar rodando por aí atrás do que interessa de verdade. Gire a chave e acelere com a gente!

 

Mais 30 unidades do GR Corolla chegam ao Brasil

Uma boa notícia: A Toyota informa que as “últimas 30 unidades do GR Corolla Launch Edition, nas versões Core e Circuit, desembarcaram no Brasil e já estão disponíveis nas concessionárias GR Garage.”

Mas veja bem. Estas 30 unidades fazem parte do lote anteriormente anunciado de 99 unidades. O que significa que, sete meses depois do seu lançamento oficial, a Toyota ainda não conseguiu vender os 99 GR Corolla que virão, no total, ao Brasil. Um balde de água fria em nossas esperanças de mais ações deste tipo.

Mas enfim. Vamos festejar o que temos aqui, e não o que não podemos ter. O fato é que ainda existem 30 unidades do carro à venda. A Toyota informa que as unidades são comercializadas com uma placa exclusiva de identificação numérica GAZOO Racing, que indica qual dos 99 carros é o seu.

Vale lembrar: o GR Corolla é equipado com um motor 1.6 turbo de três cilindros, capaz de entregar 304 cv e 37,7 mkgf. Chamado G16E-GTS, é usado também no GR Yaris; como ele tem um câmbio manual de seis velocidades e tração nas quatro rodas permanente. Tem uma alavanca de freio de estacionamento de verdade, usável para posicionar traseira em movimento, uma estrutura mais rígida com mais pontos de solda e adesivo, paralamas alargados para abrigar pneus e rodas mais largos. Um Corolla hatchback com a alma de um carro de rali: quem pode não gostar disso?

A versão Core (20% do mix) conta com bancos esportivos de couro e suede na cor preta, com detalhes e costuras em vermelho e encostos de cabeça com emblema GR. Na versão Circuit Edition (80% do mix), o principal diferencial é o teto de fibra de carbono, que baixa o peso e abaixa também o centro de gravidade do veículo. Além disso, são acrescentados head-up display (HUD), alerta de ponto cego (BSM) e carregador por indução. Custam R$ 416.990 e R$ 461.990, respectivamente, no Brasil.

As últimas 30 unidades do GR Corolla Launch Edition estão disponíveis nas seis concessionárias “GR Garage” no Brasil:  São Paulo, Sorocaba (interior de São Paulo), Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e Goiânia. Se você tem condições, altamente recomendado. (MAO)

 

Stellantis promete maior investimento que o Brasil já viu

A Stellantis anda em grande fase aqui no Brasil; isso não é novidade para ninguém. Por isso, faz sentido o novo anúncio da empresa, agora que teve fim da disputa pela renovação dos incentivos fiscais no Nordeste, e o novo programa Mover foi anunciado.

Emanuelle Cappellano, novo COO da empresa na América do Sul, revelou que a fabricante fará o anúncio de um novo ciclo de investimentos no final de fevereiro. E disse mais: promete o maior aporte da história da indústria automotiva no país.

Cappellano revelou os planos na última sexta-feira, em uma conversa rápida com jornalistas durante o anúncio da aquisição da DPaschoal. A dona da Citroën, Fiat, Jeep, Peugeot e Ram havia programado um pacote de R$ 16,2 bilhões até 2025 e este novo aporte deve ir além deste.

Estes investimentos em conjunto devem cobrir uma série de projetos que sabemos estarem planejados. A empresa promete um híbrido-flex, provavelmente usando um sistema híbrido-leve de 48V. Há a Fiat Titano, picape com chassi que fará a empresa cobrir todos os nichos de mercado de picapes no Brasil.

Além disso, uma renovação na linha.  Argo e Cronos, Renegade e Compass já estão em tempo de receberem renovações. Este novo investimento pode ser utilizado para renovar as fábricas em Betim (MG) e Goiana (PE) para produzir novas plataformas a serem usadas nos próximos veículos – no caso, a arquitetura CMP montada em Porto Real (RJ) para os Citroën C3 e C3 Aircross.

A Stellantis hoje é líder do mercado brasileiro, suas marcas juntas somando 31,4% das vendas do país. (MAO)

 

O Cadillac mais vendido é um sedã

Responda rápido: qual é o Cadillac que vende mais? Você está perdoado se disse “Escalade”: a perua baseada nas picapes grandes da Chevrolet/GMC, por muito tempo, é o carro chefe da empresa. Mas não só de SUV vive o mundo: ano passado o Cadillac que mais vendeu foi o CT5. Sim, um sedã!

Numa recente conferência de imprensa, a empresa disse que as fortes vendas globais levaram o CT5 a estas alturas. É importante notar que o sucesso do veículo não é resultado apenas da queda nas vendas de outros modelos. As vendas globais da marca aumentaram quase mais de 9% apenas nos Estados Unidos.

Mas parece que temos que agradecer à China por isso. A empresa diz que não publica a porcentagem de venda em mercados globais, mas disse que “A China é o nosso maior mercado de CT5, e cerca de 20% das vendas de CT5 vêm da América do Norte.”

Nos EUA, as entregas do carro aumentaram cerca de 17% em 2023, perdendo apenas em crescimento para o elétrico Lyriq. O único outro sedã com motor de combustão interna que a Cadillac ainda vende, o CT4, não teve um ano tão bom: as vendas diminuíram cerca de 1,4% na América do Norte.

Lembra do CT4? Um sedã “pequeno”, criado para ser concorrente do BMW série 3, quando isso ainda era relevante.

Com quase cinco metros de comprimento e três metros de entre-eixos, o CT5 é um carro grande. Vem com 3 motores: 2.0 turbo de 240 cv, V6 3,6 litros biturbo de 340 cv, e finalmente o V8 supercharged OHV de 6,2 litros do Blackwing, que pode opcionalmente receber câmbio manual. Preços vão de ao redor de US$ 39.000 (R$ 195.000) até os US$ 94.000 (R$ 470.000) para um Blackwing completo. (MAO)

 

Lotus Esprit experimental, com suspensão ativa, à venda

Depois que Colin Chapman morreu em 1982, a Lotus focou em primeiro arrumar a bagunca que estava imperando, e segundo, em oferecer serviços de engenharia par o resto da indústria, para fazer algum caixa. Um dos projetos iniciados por Chapman parecia promissor para isso: a suspensão ativa.

A Lotus foi uma das primeiras equipes a usar suspensão ativa em competição, desenvolvendo-a para a Fórmula 1, onde a necessidade de controlar a altura do solo era extremamente importante para a aerodinâmica dos efeitos do solo. O Type 92 que a Lotus correu na temporada de Fórmula 1 de 1983 usou um sistema de suspensão hidráulica ativa para controlar a altura à medida que os níveis de downforce aumentavam. O Type 92 foi superado pelos rivais turboalimentados e nunca chegou perto de vencer uma corrida, mas a suspensão ativa seria desenvolvida pela Lotus e outras equipes de F1 até ser banida em 1994.

Mas o desenvolvimento existia também para as ruas: é assim que a Lotus esperava ganhar mais dinheiro com suas patentes. Para isso, montou sistemas em Lotus Esprit, para testes e demonstração. É famoso: quase toda publicação da época testou-o, e todos ficaram de queixos caídos. E agora, um desses carros experimentais apareceu a venda!

Este Esprit Turbo 1980 foi usado como mula de teste para o primeiro sistema da Fórmula 1, utilizando pistões hidráulicos acionados por uma bomba acionada por motor para substituir as molas e amortecedores convencionais. Depois foi também mula para a versão de rua.

Sensores em cada canto detectavam cargas e ordenavam que os pistões reagissem a solavancos e quedas suaves. Os acelerômetros permitiram que o sistema controlado por computador também medisse a aceleração lateral e longitudinal e, portanto, contrabalançasse, enviando diferentes quantidades de pressão para cada extremidade ou lado do carro. Como descreveu uma revista britânica, depois de experimentar o carro na pista de testes da Lotus em Hethel, “imagine o conforto sem inclinação em curva de um Citroen CX com um padrão de aderência em curva que não faria feio num Lamborghini Countach”.

Este protótipo foi medido dando até 1,5 G em curvas laterais, usando pneus normais Goodyear NCT de época. O carro permaneceu em Hethel por muitos anos, supostamente sendo salvo do ferro-velho em diversas ocasiões. Em 2015 foi vendido a um colecionador particular. Desde então, grande parte do carro foi restaurada, a um custo inimaginável (£ 60.000 segundo o site de leilão, ou o equivalente a R$ 380.400) e agora está completamente funcional, suspensão ativa e tudo mais.

Este pedaço vivo de história, e ao mesmo tempo um carro esporte sensacional, será leiloado pela Anglia Car Auctions, em seu evento que acontecerá nos dias 27 e 28 de janeiro. Não deve sair por menos de £ 100.000, o equivalente hoje a R$ 634.000. (MAO)