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Finalmente! O Mercedes-AMG One está entre nós
Depois de uma espera de cinco anos desde que o “carro com motor de F1” da Mercedes-AMG foi anunciado, ele finalmente foi lançado em sua versão final, que será produzida em série. O modelo deveria ser lançado em 2019, mas uma série de problemas de desenvolvimento e uma pandemia no meio do caminho atrasaram todo o cronograma e ele só foi lançado nas primeiras horas desta quarta-feira, 1º de junho de 2020.
O carro é o segundo “Fórmula 1 para as ruas” da Mercedes, embora seja menos Fórmula 1 que o 300 SLR Uhlenhaut, pois obviamente usa uma plataforma diferente do carro de corrida. O motor V6 de 1,6 litro, contudo, é realmente derivado daquele usado por Lewis Hamilton/Valtteri Bottas/Nico Rosberg/George Russell (demorou tanto que o segundo piloto da Mercedes mudou três vezes nesse período…).
Para ser usado nas ruas, ele precisou ser limitado a 11.000 rpm e foi equipado com sistema duplo de injeção (direta e no coletor), um turbo eletrificado e um motor elétrico no virabrequim, assim como o V6 do monoposto. Esse conjunto sozinho produz um total de 737 cv, sendo 574 cv do V6, mais 163 cv do motor elétrico conectado ao virabrequim e mais 122 cv do motor conectado ao turbo (a soma é inferior devido às curvas de torque/potência de cada motor). E se você está se perguntando sobre estes motores elétricos, eles são derivados do MGU-K e MGU-H da F1.
Além desse conjunto central-traseiro, o Mercedes-AMG One ainda recebeu um par de motores elétricos no eixo dianteiro que, juntos, produzem 326 cv. A potência combinada, portanto, é de 1.063 cv.
A transmissão, ao que parece, é derivada da F1 também, pois usa sete marchas e tem trocas manuais, porém com sistema de embreagem robotizado e diferencial com bloqueio. Já o eixo dianteiro usa apenas o controle eletrônico dos motores elétricos como sistema de controle de tração e vetorização de torque. Eles também são motores geradores, recuperando cerca de 80% da energia das desacelerações para recarregar as baterias de 8,4 kWh usadas para os quatro motores elétricos — incluindo aquele que mantém a velocidade do turbo nesse momento.
O carro até pode ser usado no modo 100% elétrico, mas as baterias, por serem compactas e leves, só retêm carga suficiente para 18 km — o que deve ser bastante para as zonas restritas da Europa. Falando no Velho Mundo, para se adequar ao protocolo de emissões da União Europeia, o Mercedes-AMG One precisou de quatro catalisadores metálicos com pré-aquecimento, dois catalisadores cerâmicos, dois filtros de partículas e um abafador de titânio. Não precisa voltar para contar, eu faço isso: são seis catalisadores e dois filtros. Oito componentes de retenção/neutralização dos gases de escape.
O Mercedes-AMG One tem seis modos de operação: Race, EV, Race Plus, Strat 2 e Race Start. O modo Race mantém o conjunto propulsor completo e recarregando as baterias com recuperação de energia. O modo EV é auto-explicativo: roda 18 km com as baterias e motores elétricos, apenas.
O modo Race Plus é o modo Race, com alteração dos parâmetros de suspensão, direção e aerodinâmica ativa. O modo Strat 2 leva o modo Race Plus ao limite, e deve ser usado apenas em circuitos. E o Race Start é o modo de arrancada do Mercedes-AMG One, que permite que ele vá do zero aos 200 km/h em 7 segundos. A Mercedes não divulgou o tempo de zero a 100 km/h. A velocidade máxima é limitada a 352 km/h.
As semelhanças com o modelo de F1 continuam no tipo de construção do AMG One: monocoque de fibra de carbono conectado aos subchassis de alumínio na frente e na traseira, e com o motor e transmissão exercendo função estrutural. A suspensão usa coilovers inboard, também como no F1, e tem ajustes de altura e firmeza que variam 37 mm na traseira e 30 mm na dianteira entre os modos Comfort, para o Sport e Sport+. Além disso, há a função de levantamento do eixo dianteiro para a transposição de rampas e guias.
As rodas usam pneus Michelin Pilot Sport Cup 2R M01 — 285/35 R19 na dianteira e 335/30 R20 na traseira. Os freios, também como no F1, são de compósito carbono-cerâmico. Discos de 398 mm na frente e 380 mm na traseira, com pinças de seis e quatro pistões, respectivamente.
Serão feitos apenas 275 exemplares do AMG One e todos já estão vendidos — afinal, faz cinco anos que eles começaram a vender. O carro fará sua primeira aparição pública, em ação, durante o Festival of Speed de Goodwood, nos próximos dias 23, 24, 25 e 26 de junho. (Leo Contesini)
BMW revela primeira imagem de seu LMDh de Le Mans
Mais um dia, mais uma notícia da BMW… desta vez ela é boa: os alemães revelaram o primeiro teaser do carro que os levará de volta a Le Mans. É uma daquelas fotos que não mostram nada, mas é melhor do que foto alguma. Além disso, com um pouco de cliques no Photoshop a imagem acaba revelando uma coisa ou outra.
Veja só a imagem aí acima. Clareando-a, as bordas da “grade” duplo-rim aparecem e fica claro que ela será ainda maior do que em qualquer carro já feito pela BMW. Ao menos no carro de corridas ela deverá ter uma função aerodinâmica/técnica, e não apenas ser um capricho para agradar chineses. Como esperado de um protótipo de Le Mans atual, ele também tem uma tomada de ar no teto e uma asa enorme na traseira.
A BMW já anunciou que terá dois exemplares do carro no campeonato da IMSA (SportsCar Championship) e que usará um chassi fornecido e desenvolvido pela Dallara. O shakedown será no circuito de Varano, em Parma, na Itália, e depois irá para a 24 Horas de Daytona, em janeiro de 2023.
Ainda não há detalhes sobre o powertrain porque a BMW irá fazer uma apresentação oficial no próximo dia 6 de junho, mas sabemos que, por ser um Hypercar de Le Mans, ou melhor dizendo, um LMDh, ele será obrigatoriamente híbrido.
Além disso, a BMW já confirmou que irá disputar Le Mans em 2023, o que a coloca como a sétima fabricante na corrida francesa, além de Porsche, Audi, Acura, Toyota, Peugeot e Ferrari. Isso, claro, se ninguém desistir até lá. (Leo Contesini)
Ariel entrega último Nomad R
Em uma piscada de olhos, todos foram vendidos. Não é à toa: apenas cinco Ariel Nomad R foram feitos, um carro para lá de exclusivo. Os testes da imprensa internacional parecem ser unânimes: é o mais fantástico carro da empresa até agora. Como sempre acontece com a Ariel; cada carro lançado é um marco, algo que todos param e tomam nota. Nunca fez um carro chato e sem graça, e nunca fez um carro pior do que substitui. Tente achar outra marca assim.
Mostrado inicialmente no final de 2020, agora é oficialmente passado; todos os cinco foram vendidos. O Nomad normalmente é o Ariel para fora de estrada; o R usa as suspensões de longo curso e sua gaiola maior, mas é carro de asfalto, com pneus baixos de alta aderência.
Diferentemente do Nomad normal, com o motor Honda K24 de 2,4 litros, o Nomad R tem um motor K20Z3 de 2,0 litros equipado com um supercharger Eaton. Este compressor dá pressão de 11psi, para chegar a incríveis 335 cv a 7.600 rpm e 33 mkgf de torque a 5.500 rpm. Um intercooler ar-água fabricado em alumínio é instalado para otimizar as temperaturas de entrada.
A transmissão é feita através de uma caixa de velocidades sequencial Sadev de 6 velocidades close-ratio. O câmbio em alumínio ST82-17 é o carro-chefe da Sadev, combinando arquitetura otimizada em um tamanho compacto: pesa só 38 quilos. Este transeixo possui bomba de óleo integrada, engrenagens de corte reto, engate por dog-clutches e diferencial de deslizamento limitado. Uma única borboleta atrás do lado direito do volante é usada para trocas de marcha com um dedo – puxe para aumentar a marcha, empurre para diminuir a marcha. Embreagem só para arrancar da imobilidade; dali adiante ela é desnecessária.
Amortecedores ajustáveis de 2 vias Bilstein MDS e molas Eibach foram desenvolvidos especificamente para o carro. As rodas de liga leve de 18″ estão equipadas com pneus Yokohama A052. Pinças Alcon de 4 pistões e discos ventilados de 2 peças são montados na frente e atrás.
O carro pesa apenas 670 kg, faaz 0-100 km/h em 2,9 segundos, e na linha vermelha em sexta marcha chega a 200 km/h; limitado pela relação de marcha curta claramente. O berro é sensacional; o carro todo é intenso e nervoso de uma forma aparentemente deliciosa. Fico imaginando o que vão criar depois disso… (MAO)
Porsche 911 “Safari” de Ken Block a venda
Ken Block. Piloto de rali em um passado distante, YouTuber e Daredavil em tempo integral, é um ídolo moderno do volante. Todo mundo o conhece, admira, e quer ser como ele de alguma forma; nem que seja somente na habilidade de derrapar carros violentamente, mas controladamente, de uma forma quase surreal.
Agora alguém vai poder brincar de Ken Block com um de seus carros. Com o Porsche 911 SC “Safari” que ele usou em fevereiro passado no East Africa Safari Rally. Sim, está a venda, no site inglês “Collecting Cars”.
O carro foi construído pelos especialistas da Tuthill Porsche, sob medida para Block. Baseado em um 911 SC de 1987, sua carroceria lembra o lendário 911 SC/RS, juntamente com uma gaiola de proteção completa e todo o equipamento necessário para navegar no duro terreno africano. O 3.0 litros de seis cilindros foi totalmente reconstruído antes do evento e agora produz cerca de 280 cv. A transmissão é manual de cinco marchas com diferencial limited slip. Atrás das rodas, você encontrará amortecedores específicos de rally, ajustáveis O custo da preparação meticulosa só pode ser imaginado.
O carro será vendido na condição “as raced“, o que significa que nada será alterado entre quando Block terminou a corrida e quando o comprador assume a propriedade. Há pequenos danos em parte da carroceria inferior e a poeira africana está por toda parte nele. Como este é um veículo de rua legal e registrado no Reino Unido, e tem mais de 30 anos de idade, pode ser facilmente importado para uso em ruas aqui no Brasil também. Já pensou? (MAO)
Este é o novo BMW X1
A BMW acaba de mostrar a terceira geração de seu menor SUV, o X1, nos EUA. Novo visual, mais tecnologias e transmissão de dupla embreagem de sete marchas acoplada a uma tração nas quatro rodas xDrive são as características básicas.
O modelo 2023 mantém as proporções básicas de seu antecessor, mas as combina com um painel frontal mais ousado, com grades do radiador ligeiramente maiores, quase quadradas, e um par de faróis mais proeminentes. As luzes Full LED são padrão em todos os quatro cantos, com as lanternas traseiras recebendo um novo perfil em forma de L. Na parte de trás, o vidro traseiro mais estreito dá ao X1 uma aparência mais robusta. O carro é ligeiramente maior que o anterior em quase todas as dimensões.
O modelo xDrive28i vem com um motor turbo de quatro cilindros em linha de 2,0 litros e tração nas quatro rodas. Em vez de uma transmissão automática convencional de oito velocidades, ele agora usa uma unidade automática de dupla embreagem e sete velocidades. E o próprio motor usa o ciclo Miller e agora produz 241 cv e 40 mkgf entre 1500 e 4000 rpm. O 0-96 km/h se dá em 6,2 segundos.
Os amortecedores adaptativos são uma nova opção e reduzem a altura do X1. Rodas de 18, 19 e 20 polegadas estão disponíveis, e há mais uma vez um pacote M Sport com ajustes externos de aparência agressiva e diferentes acabamentos internos.
No interior, há uma nova tela curva semelhante à da nova série 3. Ele incorpora um cluster digital de 10,3 polegadas e uma tela de infotainment central de 10,7 polegadas. Há uma quantidade razoável de equipamentos, incluindo navegação, porta traseira elétrica e vários recursos de assistência ao motorista. As opções incluem um pacote de conveniência, um pacote de design XLine, um pacote premium, e bancos e volante aquecidos.
O novo BMW chegará aos EUA no final deste ano, e os preços começam em US$ 39.595 (R$ 187.284,35). (MAO)
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