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Conheça a nova Chevrolet S10 100 anos
Neste ano em que comemora 100 anos de Brasil, a General Motors ainda estava devendo algo inevitável quando coisas assim acontecem: uma edição especial comemorativa de algum carro. Agora não mais: deite seus olhinhos cansados na nova Chevrolet S10 100 anos. O carro foi mostrado como conceito durante o evento de centenário da marca, em janeiro, e agora chega às lojas.
Vem com visual diferente da S10 normal, claro. Mas é mais que isso: há mudanças na suspensão também. O para-choque dianteiro é novo, com LEDs integrados, e atrás na caçamba há um santantônio exclusivo. Detalhes em preto contrastam com a pintura branca da carroceria, única opção disponível. Há ainda uma adesivagem exclusiva.
No interior, hé um desenho novo no acabamento, com bancos em couro que tem o centro num material peludinho como a camurça/alcantara, mas que a GM define com o nome americano “suede”. Pena que é preto e não azul, pois aí poderíamos dizer cantando que você pode fazer o que quiser, mas não suje os meus blue suede seats. Tá, foi horrível essa, mas vamos adiante. O painel de instrumentos de 8” é o mesmo, assim como é a tela central multimídia de 11”.
A lista de equipamentos é a da versão ZR1 onde se baseia esta edição especial: faróis full-LED, 6 airbags, partida por botão, travas por aproximação, rodas de 18” escurecidas, ar-condicionado digital, carregador por indução, sistema ADAS com alertas de pontos cegos, sistema de manutenção em faixa e alerta de pressão dos pneus.
O resultado é uma picape bonita e parruda, que imediatamente nos faz imaginar o motivo de termos esquecido completamente que a S10 ainda existe. Ajuda a nova suspensão, altura, e os pneus mais agressivos.
Esta nova suspensão, desenvolvida aqui pela engenharia local da GM, vem com molas e amortecedores sob medida para essa versão, que deixam o veículo 30mm mais alto, ideal para aventuras off-road mais intensas. Os pneus são All Terrain 265/60 18, com banda de rodagem de maior aderência em terra ou cascalho.
O motor não muda: o mesmo 2.8 turbodiesel de 207 cv e 52 mkgf e câmbio de oito velocidades automático. Como toda S10 agora, para atender o Proconve L8, vem com o sistema de injeção de solução de ureia de alta pureza em água desmineralizada no escapamento, o ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo, 32% de ureia). O sistema requer reabastecimento do fluido regularmente, e existe para reduzir as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) em veículos a diesel.
Apenas 100 picapes serão feitas nesta série especial, cada uma custando R$ 325.690. Estarão disponíveis em breve para encomenda na concessionária Chevrolet mais próxima de você. (MAO)
O novo Fiat Cronos 2026
A Fiat lançou no Brasil o Cronos 2026; fabricado na Argentina, vem com uma reestilização discreta, mas mais visíveis que as do Argo lançado recentemente. Mecanicamente, permanece largamente inalterado.
O Cronos recebe um novo para-choque frontal e uma nova grade com “blocos tridimensionais” (há outro tipo de bloco?) distribuídos horizontalmente. Além desta nova frente, novos desenhos nas rodas: novas calotas, rodas de 15 polegadas em dois acabamentos, e uma nova roda de alumínio de 16 polegadas diamantada para a versão topo de linha. Na traseira, um discreto novo para-choque completa o facelift.
Por dentro, acabamento de teto escuro, e o útil espelhamento sem fio para Apple Carplay e Android Auto na central multimídia. Opte pela versão topo de linha Precision, e o carro volta a ter quatro airbags.
Mecanicamente não há novidades: o motor continua o 1,3 litro aspirado Firefly, com até 107 cv e 13,2 mkgf com etanol, e o motor 1.0 Firefly, que rende até 75 cv e 10,9 mkgf de torque. Câmbio de cinco marchas manual no 1.0, e automático CVT no 1.3. O carro pesa a partir de 1139 kg, então ambos os motores atendem bem, ainda que não de forma brilhante. Pena não existir um 1.3 manual; seria nossa escolha.
Três versões são oferecidas: Drive 1.0 MT, a básica, por R$ 103.409; a Drive 1.3 AT por R$ 112.900, que vem com o motor maior, faróis full-LED, rodas escurecidas e um spoiler preto na traseira; e finalmente a topo de linha Precision 1.3 AT, que custa R$ 119.990. Já estão disponíveis na concessionária Fiat mais próxima de você. (MAO)
Mercedes-Benz vai ter manche de avião
Vamos ser claros: a ideia de colocar um manche de avião em um automóvel não é nova. Existe, na verdade, desde que existe o manche de avião. Não importa que a ideia é de pouca utilidade prática: avião é tecnologia superior na cabeça da maioria, e um carro com “volante” de avião, puxa! Deve ser algo incrível, não?
Bem, não. Mas não importa. O que vemos hoje é este tipo de coisa finalmente ser viável de verdade, por meio dos sistemas steer-by-wire. Com eles, pode-se fazer o manche girar pouco, menos de uma volta completa, e por meio de sensores de velocidade, força G, inclinação, etc, fazer que a direção responda como esperado. Num volante normal, a gente dá tantas voltas quando necessário e pronto; o manche não deve girar mais que meia volta para cada lado, para ser efetivo. Não reclame: complicar o que deveria ser simples é parte do mundo do automóvel hoje.
Agora parece que a Mercedes-Benz, empresa que há muito pesquisa novas formas de se interagir com o automóvel, entrou de cabeça no manche. Figurativamente, por enquanto.
A notícia é que a Mercedes está trabalhando em um novo sistema de direção eletrônica (steer-by-wire) que chegará aos veículos de produção em 2026, acompanhado de um volante em formato de manche. Sim, como todo sistema assim, presente por exemplo na GM e na Tesla, a tradicional conexão mecânica entre o volante e as rodas não existe. Tudo eletroeletrônico.
Segundo a Mercedes, o novo sistema oferece “características de condução superiores”, o que, segundo a empresa, se traduz em uma resposta mais rápida em estradas abertas e maior agilidade em ambientes urbanos. O sistema também foi projetado para facilitar o estacionamento. É adaptável a diversos tipos e arquiteturas de veículos, proporcionando uma gama mais ampla de configurações para conforto ou esportividade.
Markus Schafer, CTO da Mercedes-Benz, vê o sistema de direção eletrônica como um grande passo em direção ao futuro da mobilidade. Ele afirma: “A tecnologia proporciona uma experiência única para o cliente, que vai muito além da mera direção. Em combinação com a direção condicionalmente automatizada SAE Nível 3, ela proporcionará uma experiência de entretenimento ainda mais imersiva a médio prazo. O volante plano proporcionará uma visão melhor da tela ao transmitir seu programa favorito, por exemplo.”
Bom, já hoje passo mais tempo pesquisando o que ver no streaming que vendo mesmo; não há nada de bom. Imagine adicionando o tempo no carro ao streaming surfing… A maioria vai usar o tempo extra para trabalhar mesmo, e logo, vira normal e esperado trabalhar no caminho. Deus sabe que já se recebe mensagens no banheiro e na janta, e tem gente que até ouve mensagens no carro. Quem é que esta evolução está ajudando mesmo? (MAO)
O mais caro Renault da história
A primeira coisa a se saber do novo R5 Turbo, o carro elétrico moderno que evoca o sensacional e psicodélico R5 Turbo de motor central-traseiro do passado, é que, diferente do anterior, ele não tem absolutamente nada a ver com o R5 elétrico normal. Não: é um carro esporte de chassi exclusivo, feito para parecer externamente um R5 turbo do futuro. Bom, parece mesmo, pelo menos.
Tem também um desempenho que promete ser incrível. O peso do 5 Turbo 3E de 536 cv é apenas 1.450 kg, praticamente o mesmo do 5 elétrico normal. Claro: essa estrutura diferente usa fibra de carbono adoidado, e outros materiais exóticos.
A Renault diz que o torque é de 489 mkgf, o que não dá para acreditar; medido nas rodas, será? São dois motores nas rodas traseiras, e ele acelera de 0 a 100 km/h em cerca de três segundos, com velocidade máxima de 270 km/h. A bateria é de 70 kWh, o que dá autonomia para até 400 km no ciclo WLTP.
Você entendeu né: é um supercarro elétrico de fibra de carbono, e só a aparência é de R5 Turbo. Por isso, o preço é condizente. A Renault divulgou o preço de venda na Inglaterra, e este é, agora, o mais caro carro da Renault em toda a história. Custa a bagatela de £ 135.000 ou pouco mais de um milhão de reais, naquele país. Ouch! (MAO)