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BMW Série 2 Gran Coupé chega ao Brasil por R$ 187.000
A BMW anunciou nesta última quarta-feira (19) o início das vendas do novo Série 2 Gran Coupé no Brasil. O modelo, que é sedã do cupê da Série 1, chegará na versão 218i Sport GP de R$ 186.950, equipado com o 1.5 turbo de três cilindros compartilhado com os demais modelos de tração dianteira da BMW/Mini, calibrado para produzir 140 cv.
Combinado ao câmbio automático de embreagem dupla e sete marchas, ele é capaz de acelerar do zero aos 100 km/h em 8,7 segundos e chega aos 213 km/h de velocidade máxima.
Em maio chega a versão M235i xDrive, de R$ 279.950. Nesta versão de topo, a transmissão se acopla ao eixo traseiro para tração nas quatro rodas, e o 1.5 turbo dá lugar ao 2.0 turbo também compartilhado com X1, Série 1 e modelos Mini, aqui calibrado para 306 cv e combinado ao câmbio automático de oito marchas. Com esse conjunto, o Gran Coupé da Série 2 vai do zero aos 100 km/h em 4,8 segundos e chega aos 250 km/h.
Como seus rivais da Mercedes, o Série 2 Gran Coupe tem um sistema multimídia integrado a um programa de comandos por voz e inteligência artificial capaz de memorizar hábitos do motorista para criar um padrão de automação — como ajustar a temperatura do veículo automaticamente.
Como itens de série, o 218i tem bancos dianteiros esportivos, volante revestido com couro, tapetes de veludo e apoios de braço nos bancos dianteiros, além de ar-condicionado de duas zonas. O 235i tem bancos de couro (sim, o 218i não tem…), teto solar panorâmico, Pacote M Sport com freios e suspensão recalcitrados, bancos com ajustes elétricos e memória dos bancos dianteiros. (Leo Contesini)
Mercedes está sendo investigada por sistema de direção de seu F1
A Mercedes parece ter inventado um daqueles sistemas engenhosos que, de tão inovadores, acabam banidos da Fórmula 1. Em um vídeo onboard do W11, gravado durante os testes pré-temporada em Barcelona, é possível ver Lewis Hamilton movendo a coluna de direção do carro para a frente e para trás, e alterando a divergência/convergência das rodas dianteiras.
A sacada desta variação da convergência é a redução de temperatura e desgaste dos pneus. Isso, porque os carros de F1 normalmente adotam ângulo divergente de alinhamento para otimizar a velocidade de entrada de curva, pagando o preço em maior desgaste e temperatura dos pneus devido ao maior atrito — o que, consequentemente, reduz a velocidade máxima do carro nas retas. Com a variação, o carro pode manter a divergência nos setores travados, e convergir a suspensão para as retas, ganhando velocidade e preservando os pneus.
O regulamento da Fórmula 1 diz que não podem ser feitos ajustes na suspensão enquanto o carro estiver em movimento, contudo, a variação de convergência/divergência poderia ser, teoricamente, comparada à variação de cambagem pela carga sobre a suspensão, ou pela variação de cambagem no estiramento das rodas — dois movimentos inerentes ao funcionamento da suspensão.
A FIA está investigando o sistema, batizado “Dual Axis Steering” (DAS, ou direção de eixo duplo) pela Mercedes, mas já estava ciente do desenvolvimento deste mecanismo. Segundo o diretor técnico da Mercedes na F1, James Allison, o mecanismo foi discutido com a FIA e consiste na inclusão de “uma nova dimensão ao sistema de direção”.
Ainda de acordo com Allison, o regulamento é muito claro sobre o que é permitido e, por isso, ele acredita que não terá problemas com a investigação da FIA e o dispositivo acabará liberado para a temporada.
Esperamos que ele não seja irregular mesmo, e que a Mercedes, apesar da monotonia de ter vencido todos os campeonatos dos últimos seis anos, consiga utilizar sua criação. A Fórmula 1 precisa de mais inovações além de eletricidade e minúcias invisíveis, não? (Leo Contesini)
ONU quer reduzir pela metade o número de mortes no trânsito
A Organização das Nações Unidas iniciou nesta última quarta-feira sua terceira conferência global sobre segurança no trânsito. A pauta, claro, é a redução de mortes em acidentes de trânsito. Entre as soluções, claro, está a redução de limites de velocidade. Aparentemente os limites seguros da década passada se tornaram rápidos demais para a década de 2020 e agora a ONU está propondo um limite de 30 km/h para os locais em que pedestres e carros “se misturam”.
Talvez a ONU ainda não saiba, mas tais limites já são praticados naturalmente pelos motoristas onde há grande concentração de pessoas e a maioria dos países já adota este padrão de baixa velocidade para tais locais. Mas a questão nem é esta.
Segundo a ONU, que reuniu ministros de Estado de 80 países e 1.700 representantes de 140 países — incluindo o secretário nacional dos transportes terrestres, Marcello da Costa — os acidentes de trânsito causam mais de 1.350.000 mortes em todo o mundo, além de 50 milhões de feridos e são a principal causa de morte entre crianças e jovens de 5 a 29 anos. É um número semelhante ao de suicídios, causa de morte de cerca de 1 milhão de pessoas em todo o mundo a cada ano.
Contudo, a ONU também aponta que 90% dos acidentes do planeta acontecem em países “em desenvolvimento”, um eufemismo para os países pobres e/ou subdesenvolvidos. Como vimos anteriormente, existe uma evidente relação entre a segurança no trânsito e o desenvolvimento de um país, mas não apenas isso: a maior parte da população mundial está em países em desenvolvimento.
Somente a Índia e a China têm, juntos, mais de 35% dos 7,7 bilhões de habitantes e mais de 550.000 mortes no trânsito — o que corresponde a cerca de 40% das mortes no trânsito de todo o mundo. Considerando estes fatos, há uma evidente distorção na ideia de que o mundo inteiro precisa de políticas globais de segurança no trânsito. China e Índia têm características próprias devido à sua alta densidade demográfica. Se excluirmos os dois países, teremos 530.000 mortes no trânsito global — que, por acaso, é inferior à meta da ONU.
Nesse caso, qual o interesse da ONU em impor políticas globais de segurança no trânsito a países que já têm o trânsito seguro? Com as particularidades de cada país, não seria mais sensato que cada solução fosse local? (Leo Contesini)
Peugeot Landtrek: picape média da marca francesa é revelada
A Peugeot decidiu entrar no segmento das picapes médias, entrando no disputado segmento de Toyota Hilux, Ford Ranger, Mitsubishi L200, Chevrolet S10 e VW Amarok, por exemplo. Ela ainda não tem data para chegar ao Brasil, mas seu lançamento por aqui é dado como certo – possivelmente em 2021.
Agora, por mais que tenha o emblema da Peugeot na grade (que é exclusiva), a Landtrek não tem origem francesa, e sim chinesa: ela foi desenvolvida em parceria com a Changan, que já vende a sua versão, chamada Kaicheng F70. As duas picapes são muito parecidas por dentro e por fora, com diferenças sutis de acabamento.
A Peugeot Landtrek tem 5,33 metros de comprimento com cabine dupla e 5,39 metros com cabine simples, sempre com 1,92 m de largura. A princípio as opções de motor são duas: um 2.4 turbo de 210 cv e 32,6 kgfm de torque, a gasolina; e um turbodiesel de 1,9 litro com 150 cv e 35,7 kgfm de torque; ambos com câmbio manual ou automático de seis marchas e tração 4×4 selecionável com reduzida. Entretanto, isto vale apenas para a versão vendida na Europa – a Landtrek feita para a América do Sul poderá vir com motores diferentes. (Dalmo Hernandes)
Honda Civic Type R ganha duas novas versões
O hot hatch Civic Type R acaba de ser sutilmente renovado para a linha 2021, e a Honda decidiu dar a ele duas versões com apelos distintos, quase opostos – a Sport Line e a Limited Edition. A primeira traz um estilo mais discreto e “maduro”, enquanto a segunda aposta na redução de peso e na inclusão de itens voltados a quem vai para a pista.
De cara, nota-se que o Type R perde a enorme asa traseira e adota uma peça menor. Além disso, a Honda deu a ele mais isolamento acústico no porta-malas, pneus mais macios e, por dentro, acabamento mais discreto em Alcantara preto com costuras vermelhas. A fabricante garante que a dinâmica do carro não é afetada pelo spoiler traseiro menor, já que o comportamento do carro é fruto de seu acerto de suspensão e da plataforma.
Já o Limited Edition basicamente segue o caminho inverso, trazendo menos isolamento acústico, eliminando o ar-condicionado e a central multimídia – o que, segundo a Honda, garantiu uma economia de 47 kg. Fora isto, há também novas rodas BBS de 20 polegadas, pneus Michelin Pilot Sport Cup 2, amortecedores retrabalhados e direção recalibrada.
O Civic Type R Limited Edition é oferecido na cor amarelo “Sunlight Yellow”, exclusiva da série especial, com teto pintado de preto brilhante. Serão feitos 1.000 exemplares, sendo 600 para os EUA, 200 para o Japão, 100 para a Europa e 100 para o Canadá. (Dalmo Hernandes)
Lazareth apresenta sua nova moto de quatro rodas, a LM410
Se tem algo que todo mundo sabe sobre as motos é que elas geralmente têm duas rodas. Mas há exceções – e a mais recente é a Lazareth LM410, moto de quatro rodas apresentada pela empresa francesa.
Com duas rodas bastante próximas entre si em cada extremidade e perfil de moto esportiva, ela lembra bastante a Lazareth LM847, apresentada em 2016. Entretanto, em vez de um V8 Maserati de 4,7 litros e 476 cv, ela usa um quatro-cilindros Yamaha de 998 cm³ e 200 cv – o mesmo da Yamaha R1.
De acordo com a Lazareth, a ideia é oferecer a mesma experiência única da LM847, porém em um conjunto mais amigável e fácil de controlar. Assim como a LM847, a LM410 tem eixos articulados que permitem que ela incline nas curvas, mas possui travas que permitem que ela fique em pé quando parada sem a ajuda de um pezinho.
A Lazareth fará 10 exemplares da LM410, cada uma custando € 100.000 – por volta de R$ 473.000 em conversão direta. (Dalmo Hernandes)
Ford terá três novos SUVs produzidos em Camaçari (BA)
A Ford não quer que saibamos, mas pelo visto sua estratégia para os próximos anos é investir pesado nos SUVs – só nos próximos anos serão lançados três novos modelos, e todos serão fabricados em Camaçari, na Bahia.
De acordo com os colegas do Autos Segredos, o primeiro deles será o novo EcoSport, atualmente conhecido como Projeto BX 755, que chegará ao mercado em 2021. Ele deverá manter a plataforma do EcoSport atual, porém com um design inspirado no Mustang Mach-E – e, ao que tudo indica, não será um projeto global, mas sim voltado à América Latina.
Depois, provavelmente entre 2022 e 2023, virão o BX 784 e BX 785, ambos maiores – com porte semelhante ao do Jeep Compass, atualmente o rival a ser batido no segmento. Há poucas informações a respeito de ambos, mas acredita-se que o primeiro terá uma silhueta de SUV mais tradicional, enquanto segundo apostará no perfil de SUV-cupê. Da mesma forma, os dois serão projetos localizados, voltados para o Brasil e para outros países da América do Sul.
O Autos Segredos ainda diz que, de acordo com suas apurações, os três modelos deverao utilizar a maior quantidade possível de componentes já disponíveis em modelos atuais – incluindo, por exemplo, a plataforma do Ford Kuga (acima) – em um esforço para manter baixo o custo de produção e desenvolvimento. (Dalmo Hernandes)