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Multas poderão ser pagas com cartão de débito e crédito – e até parceladas
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicou ontem (18) uma resolução que permitirá que as multas possam ser pagas com cartões de crédito ou débito, em vez de apenas boleto bancário. A mudança deverá facilitar a regularização de débitos e até mesmo possibilitar o parcelamento da dívida (ainda que por meio do parcelamento da fatura do cartão com juros da operadora).
A resolução já está vigente, porém ainda levará algum tempo para que todos os departamentos e órgãos de trânsito adaptem seus sistemas e realizem a contratação de operadoras de cartão. O serviço, aliás, não é obrigatório, uma vez que as resoluções não tem força de lei, apenas as regulamentam.
Segundo o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Elmer Vicenzi, alguns departamentos ofereciam o parcelamento por meio de boletos, que liberavam a regularização do carro após o pagamento da primeira parcela, porém alguns proprietários deixavam de pagar as demais parcelas após regularizar o carro. Com a mudança o Denatran espera reduzir a inadimplência e o número de veículos irregulares em circulação.
Um Hennessey a mais de 480 km/h?
Ainda que seja uma modesta oficina à beira de uma rodovia em Houston, no Texas, a Hennessey Performance Engineering se tornou um ícone do alto desempenho nos últimos anos com seus kits para upgrades brutais de potência de carros já brutalmente potentes e também por seu supercarro Venom GT, que ousou desafiar o Bugatti Veyron no recorde de velocidade máxima para carros produzidos em série.
Agora os texanos voltaram a provocar a gigante Bugatti com um teaser de seu próximo supercarro, o Venom F5. Enquanto a Bugatti flerta com a possibilidade de superar a barreira dos 460 km/h, a Hennessey publicou uma imagem ilustrada de seu novo carro ao lado de uma placa de limite de velocidade de 300 mph, ou 482,8 km/h.
Isso é especialmente curioso porque a Bugatti já descartou a possibilidade de o Chiron atingir esta velocidade devido à inexistência de pneus capazes de resistir ao atrito, ao calor e todas as variáveis físicas envolvidas na rodagem a 480 km/h. Por isso, a sugestão da Hennessey é tão ousada quanto questionável.
O novo Venom F5 até poderá ter potência suficiente para isso, uma vez que a Hennessey já declarou que ele terá “cerca de 1.500 cv”, porém é provável que para atingir esta velocidade ele precise de um jogo de pneus especiais para arrancadas, capazes de resistir esse nível de velocidade, porém sem durabilidade para uso diário — diferentemente do Chiron.
O Venom F5 ainda não tem data oficial de lançamento, mas agora que John Hennessey entrou na briga, ele precisará, no mínimo, superar seu antecessor, o Venom GT.
BMW M permanecerá fiel à tração traseira, mas não ao câmbio manual
A BMW andou quebrando algumas tradições suas nos últimos anos, como os motores longitudinais e a tração traseira. Atualmente a marca tem três modelos de tração dianteira (Série 2 Active Tourer, X1 e Série 1 Sedã) e prepara ao menos outros três modelos com esse layout (Série 1, Série 2 e X2), além de ter lançado seu primeiro M-Car com tração nas quatro rodas. Diante disso, surgiu o questionamento: a BMW irá produzir mais modelos M com tração integral ou dianteira?
A resposta foi dada por Dirk Hacker, vice-presidente da BMW M, em entrevista à revista britânica Autocar. Segundo Hacker, não haverá nenhum M-Car com tração dianteira, e a dupla M3/M4 permanecerá com tração apenas nas rodas traseiras. “Você precisa conseguir sentir o carro através do volante e do acelerador. Atualmente não há solução para um modelo de tração dianteira”, disse o alemão.
Na entervista ele também explicou porque o M3 e o M4 permanecerão com tração somente na traseira: “Vamos aumentar a potência destes carros, mas não queremos aumentar o peso. Vamos usar tração integral somente onde ela for necessária”, completou.
Embora seja uma notícia boa, Hacker tinha um copo de água gelada para jogar nos fãs: o M2 será o último modelo M com câmbio manual. O motivo para a decisão é o mesmo que levou a Porsche a tentar matar o câmbio manual e o pedal de embreagem em seus modelos GT: a demanda por esse tipo de câmbio diminuiu e os números de desempenho e economia de combustível são melhores com as caixas de embreagem dupla. A Porsche, porém, percebeu que a experiência de condução é um forte agregador de valor à marca no segmento dos entusiastas. Afinal, nem todos estão preocupados em baixar décimos de segundo ou economizar gasolina. Alguns clientes querem apenas ter o prazer de sentir o controle sobre a máquina e, por isso, voltou atrás em sua decisão. Será que a BMW vai fazer o mesmo?
Por último, Hacker confirmou que o Série 2 Coupé e sua versão sem teto serão produzidos até 2020/21 e permanecerão com tração traseira apesar do Active Tourer, do X2 e do Série 2 Gran Coupé receberem o layout de tração dianteira.
Land Rover não quer mais fazer carros conceituais – e a culpa é dos chineses
Você talvez não tenha percebido que a Land Rover não apresenta nenhum carro conceito desde 2014, quando levou ao Salão de Nova York o Discovery Vision, que antecipava a quinta geração do Discovery. Nós não percebemos. O motivo é tão absurdo quanto bizarro: a fabricante está com receio de apresentar conceitos, e a culpa é dos chineses.
Sério: a Land Rover acha que corre o risco de ser plagiada pelos chineses se apresentar um carro conceitual nos Salões mundo afora. Para Gerry McGovern, designer chefe da Land Rover, os chineses podem copiar um modelo rapidamente, se quiserem, como fez a LandWind com o seu X7, que é praticamente uma réplica do Range Rover Evoque, que custa um terço de um modelo original, e tem até um pacote opcional de grades e emblemas da Land Rover.
Tanto que o último modelo da marca, o Range Rover Velar, não foi antecipado de forma alguma. Ele teve algumas imagens que não mostravam muita coisa publicadas algumas semanas antes do lançamento e logo foi apresentado em sua versão final de produção em série. E como o processo contra os chineses da LandWind não irá impedi-os de vender a cópia do Evoque, é bem provável que a fabricante já esteja decidida a nunca mais criar um carro conceitual.
O macacão de Steve McQueen em “As 24 Horas de Le Mans” está a venda
Embora não seja um bom filme em termos de roteiro e direção artística, “As 24 Horas de Le Mans” (Le Mans, 1971) se tornou um clássico por ser um dos raros filmes que colocam o automobilismo como pano de fundo para a trama. E ainda que tenha sido um fiasco comercial, ele teve um papel importante para transformar Steve McQueen em um ícone do universo automotivo e reforçar a imagem da Porsche entre o grande público. Mais recentemente, o filme se tornou um “cult movie” e artigos relacionados a ele se tornaram objetos de desejo, como o relógio Heuer Monaco e o macacão branco com as cores da Gulf Oil usados por McQueen.
É possível comprar o relógio novo nas relojoarias e lojas da Tag Heuer, e a internet está repleta de réplicas do figurino do filme, mas a RM Sotheby’s irá leiloar o traje completo usado por McQueen no filme: o macacão Hinchman e capacete Bell.
Agora… não é algo que qualquer fã pode pagar: a casa de leilões espera que o equipamento seja arrematado por entre US$ 400.000 e US$ 500.000. Quase dá para comprar uma réplica do Porsche 917K.