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Mustang Eleanor é domínio público, diz corte americana
Todos nós sabemos que a maioria das pessoas enxergam o automóvel apenas como uma ferramenta; nem ligam para ele. Mas mesmo esses, conhecem alguns carros bem, e soltam suspiros apaixonados por eles. Não, não falo de supercaros, ou Minis “bonitinhos”. Falo de carros que são protagonistas no cinema e televisão.
O Charger “General Lee”. A ambulância Cadillac 1959 “Ecto1”. O De Lorean transformado em máquina do tempo por Dr. Emmett “Doc” Brown, em “De volta para o futuro”. O Torino de Starsky e Hutch. A van GMC do “Esquadrão classe A”. Todos esses e muitos outros acionam memórias boas não só em nós, entusiastas: estão no imaginário de todos.
São esses carros personagens desses filmes e séries? São tão importantes quanto os personagens humanos? Em linguagem empresarial, podem ser registrados como propriedade intelectual, o Copyright? De acordo com as leis americanas, parece que “depende”.
Sabemos disso agora por causa de uma batalha legal. Referente, claro, a um carro desse tipo: o Mustang GT500 “Eleanor” dos filmes “Gone in 60 seconds”. Os herdeiros do criador da franquia, H.B. Halicki, e a Shelby American, criadora do GT500 original, reivindicam para si o Copyright do carro famoso.
De acordo com a última atualização desta disputa judicial sobre “Eleanor”, foi determinado que o carro não é um personagem e, portanto, não pode ser protegido por direitos autorais. Em uma sentença publicada pelo Tribunal de Apelações dos EUA para o Nono Circuito, três juízes negaram a possibilidade de direitos autorais do Mustang Eleanor. A decisão chamou o carro de “prop”, não de personagem. Um “prop” na indústria cinematográfica pode ser qualquer coisa usada em cena para algo, de uma arma falsa à um baú de tesouro.

Nos primeiros filmes, Eleanor é um Ford Mustang Sportsroof 1971. O carro-herói do filme de 2000 é indiscutivelmente mais famoso, um Mustang Fastback 1967 com personalização por Chip Foose. É um carro bastante reconhecível, com paralamas alargados, escapamentos laterais, luzes auxiliares etc. É o tipo de coisa que inspira réplicas, tanto profissionais quanto homenagens de fãs. O que aconteceu ao ponto de até cansar, neste caso.
A decisão vai contra um precedente. Um caso de 2015 envolvendo outro carro famoso, o Batmóvel. Nesse caso, o tribunal decidiu que as réplicas de fato violavam os direitos autorais da DC Comics sobre o Batmóvel em suas diversas versões. No entanto, a decisão observou que o Batmóvel era, na verdade, um personagem, capaz de alguma autonomia e, claro, tinha características muito distintas.
Neste caso, os juízes decidiram que Eleanor falhou nos três critérios do teste de Towle, faltando-lhe “qualidades antropomórficas, ações consistentes e qualidades especificamente distintas”. Por exemplo, Herbie, poderia passar nos três testes. O Ecto-1 seria reconhecível mesmo se fosse um tipo diferente de ambulância Cadillac.
Na verdade, determinar se um carro é um personagem varia de caso a caso, legalmente. O Eleanor, como foi dois carros diferentes, sem muitos traços em comum a não ser, bem, ser um Mustang, aparentemente, não é. Até o próximo recurso legal, pelo menos. (MAO)
O novo Bentley Bentayga Speed V8
Há um ano, a Bentley descontinuou seu W12 em favor do V8 de 4 litros, bitutbo. Nos Bentley, sendo eles o que são, não há muito motivo para tristeza: o V8 de quatro litros biturbo é realmente sensacional, e consegue desenvolver qualquer potência que se deseje para esses carros.
Veja este novo exemplo: o Bentayga Speed. Vem com nada menos que 650 cv, 15 cv a mais que o antigo W12. Tá, tem 5 mkgf a menos, para um total de 85 mkgf agora. Mas aposto que ninguém vai nem notar; Um Scania L75 “jacaré” tinha 10,3 litros e 63 mkgf, por exemplo. Tudo é “torque pacas” aqui.
O V8 é também mais leve que o antigo W12; o que dá um resultado interessante de redução de peso. O Bentayga Speed agora pesa 2.465 kg, o que é peso para caramba, mas é 43 kg mais leve que o anterior. Por isso tudo, o 0-100 km/h se dá meio segundo mais rápido: 3,4 segundos, agora.
E pasme: a Bentley diz que esse enorme celeiro ambulante atinge 310 km/h, 5 km/h mais rápido que o antigo W-12. Para parar esse monstro à toda esta velocidade, freios de carbono-cerâmica são opcionais, mas apenas se o veículo for encomendado com as enormes rodas Speed de 23 polegadas.
A marca também promete mais agilidade se é possível isso em algo tão grande. Há agora direção nas rodas traseiras, amortecedores 15% mais duros, e resposta mais rápida na direção.
Para remediar a falta do som do W-12 o novo Speed possui um sistema de escapamento esportivo de série. Para um ruído ainda mais intenso, os compradores podem optar pelo escapamento opcional Akrapovič de titânio com quatro pontas em vez de apenas duas.
Preço e disponibilidade não foram divulgados ainda, mas barato não será: existem alguns carros ano/modelo 2025 a venda no Brasil, começando na casa dos R$ 2 milhões, e podendo ultrapassar R$ 3 milhões para versões mais completas. Espere pagar ainda mais por esta versão mais veloz. (MAO)
Mercedes-Benz G-class elétrico à prova de venda
A Mercedes-Benz tinha grandes expectativas para o seu Geländewagen elétrico. A empresa acreditava que os clientes migrariam para a versão elétrica sem problemas, pois o novo carro apresentaria algumas vantagens no off-road, inerentes da eletrificação. No entanto, parece que não é o caso.
De acordo com o jornal de negócios alemão Handelsblatt, executivos da Mercedes admitiram que o Classe G elétrico, estranhamente nomeado “G580 com a Tecnologia EQ” é um fracasso comercial. Um executivo, que compreensivelmente preferiu permanecer anônimo, declarou: “O carro está parado como chumbo nas concessionárias; é um fracasso completo”. Outro gerente, citado pela conceituada publicação, disse: “É um modelo de nicho; o volume de vendas é muito baixo”.
O Handelsblatt analisou os números e constatou que apenas 1.450 unidades haviam sido vendidas até o final de abril, quase um ano após o lançamento do modelo. Em contraste, o Classe G tradicional com motores a gasolina e diesel alcançou cerca de 9.700 vendas, tornando-se quase sete vezes mais popular do que seu equivalente elétrico.
E qual é o problema que impede vendas? Primeiro, ele é substancialmente mais caro do que as versões de seis cilindros a gasolina e diesel. Depois, tem uma carga útil máxima de apenas 415 kg e não possui opção de engate de reboque, o que o torna muito menos prático do que o carro com motores à combustível líquido.
Ele também pesa 3.085 kg. A autonomia é outro ponto fraco, embora não inesperado, dado o peso substancial do veículo. O G580 com Tecnologia EQ tem autonomia estimada em 473 km no ciclo WLTP, e 385 km no ciclo americano da EPA. Parece que a transição elétrica “inevitável” se mostra cada vez mais difícil. (MAO)
McLaren lembra 30 anos da vitória em Le Mans com série especial
Le Mans não é um lugar de muita tradição para a Mclaren; mas quando se ganha lá pela primeira vez com um carro eminentemente de rua, e este carro se chama McLaren F1, a gente até desculpa isso. A vitória de 1995 é lenda pura, não-destilada.

Por isso, o Mclaren 750S Le Mans marca agora os 30 anos da famosa vitória nas 24 Horas de Le Mans. Assim como seus antecessores (versões comemorativas do 650S em 2015 e no 720S em 2020), este modelo comemorativo será limitado a 50 unidades globalmente, tornando-o muito exclusivo.
Diferente do 750S Coupé normal, este vem com um Kit de Alto Downforce da divisão MSO (McLaren Special Operations), que aumenta o downforce em 10%. O kit inclui um Splitter mais proeminente no para-choque dianteiro, uma entrada de ar no teto, um spoiler traseiro ativo maior e persianas sob as asas traseiras, todos feitos de fibra de carbono.
A edição especial está disponível exclusivamente nas cores Cinza Le Mans ou Laranja McLaren, com o emblema LM no perfil. Ela também conta com as icônicas rodas de liga leve LM de cinco raios, um desenho que é basicamente o mesmo do vencedor de 1995. Por fim, as pinças de freio são pintadas em Ouro F1 com o logotipo da McLaren em vermelho.
Por dentro, o 750S Le Mans combina tecidos e padrão exclusivos com a marca Le Mans costurada nos encostos de cabeça e tapetes. Há, claro, uma placa dizendo qual dos 50 carros é o seu.
As especificações de desempenho permanecem inalteradas, o que significa que você ainda terá o mesmo motor V8 4.0 litros biturbo montado no centro, com 740 cv e 81 mkgf.
Esta edição limitada presta homenagem ao lendário McLaren F1 GTR #59 “Ueno Clinic”, o vencedor em 1995 com os pilotos JJ Lehto, Yannick Dalmas e Masanori Sekiya. Em 2025, a McLaren colocará dois 750S GT3 EVOs na categoria GT3 na corrida de 24 horas. Para o futuro, a empresa se comprometeu a retornar ao topo de Le Mans em 2027 com um hipercarro LMDh novo. (MAO)