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Zero a 300

Ninja 300 volta ao Brasil | Megane RS Trophy-R bate recorde | Pagani e Mercedes estreitam laços e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Kawasaki Ninja 300 volta ao Brasil

Aqui no Brasil a gente teve a nítida impressão de que a Ninja 300 foi descontinuada em favor da nova 400 em 2018. Na verdade, a moto menor apenas deixou de ser oferecida por aqui, a Kawasaki acreditando que as duas estariam próximas demais no mercado para continuarem juntas.

Agora, a marca voltou atrás em sua antiga decisão: anunciou o retorno da Kawasaki Ninja 300 ao Brasil, numa versão ano/modelo 2023. A moto deve voltar às concessionárias a partir da segunda quinzena de março.

Disponível inicialmente apenas na tradicional cor Lime Green, a moto volta exatamente como era antes: um bicilíndrico paralelo de 296 cm³, arrefecimento a líquido, 39 cv a 11.000 rpm, e 2,8 mkgf a 10.000 rpm. O câmbio é manual com 6 velocidades, a suspensão dianteira com garfo telescópico convencional sem regulagens, e suspensão traseira monoamortecida. Os frios são discos simples na frente e atrás. A versão sem ABS não existe mais.

A moto é sem dúvida nenhuma uma boa opção à 400, para quem deseja ainda economizar algum. O preço sugerido da “nova” Ninja 300 é de R$ 29.990, e a irmã maior Ninja 400 continua sendo vendida R$ 35.810. As duas motos tem praticamente o mesmo tamanho (entre eixos ao redor de 1400 mm) e peso (ao redor de 170 kg), mas a 400, claro, é mais potente: 48 cv a 10.000 rpm. (MAO)

 

Relação entre a Pagani e a Mercedes-Benz pode avançar

A Pagani Automobili, parece ter laços cada vez mais estreitos com o Grupo Mercedes-Benz, seu tradicional fornecedor de motores, de acordo dom o site Motor 1 argentino.

Markus Schäfer, membro do conselho de administração do Grupo Mercedes-Benz, visitou a fábrica da Pagani em San Cesario Sul Panaro (Itália) há alguns dias, onde junto com Jochen Hermann, chefe da divisão de carros esportivos e de competição da Mercedes-AMG. Schäfer escreveu em sua mídia social:

“Uma mudança em nossa estrutura administrativa me colocou no comando do grupo Top End Vehicle (TEV). Portanto, esta foi uma oportunidade de me familiarizar com os produtos Pagani e discutir nossos planos futuros. Os carros Pagani são obras de arte feitas à mão, que se encaixam perfeitamente no verdadeiro auge do nosso portfólio de produtos, carros de produção de baixo volume e itens únicos.

Não posso dizer mais por enquanto. Mas nem é preciso dizer que haverá mais informações assim que chegar a hora certa. Enquanto isso, este ano haverá muitas atividades para comemorar os 30 anos de nossa colaboração com a Pagani Automobili”.

A mensagem deixa em aberto possibilidade de mudança na relação entre as duas companhias, o que abriu a temporada de especulações: muita gente está achando que seria uma junção entre as duas empresas. Hoje a Pagani Automobili, é de propriedade majoritária da família Pagani, com uma participação minoritária do fundo soberano da Arábia Saudita.

Sabe-se que o Grupo TEV da Mercedes não fará mais supercarros depois do Mercedes-AMG One, então faria sentido uma Pagani “de casa” preenchendo este nicho. A ligação entre as duas empresas vem desde o início da Pagani, ligação esta azeitada por outro argentino famoso ligado à estrela de três pontas: Juan Manuel Fangio.

Será que depois da Mercedes-AMG e da Mercedes-Maybach, teremos também uma Mercedes-Pagani? Isso ainda veremos, mas o fato é que, olhando a história da Mercedes, os resultados de coisas assim não são entusiasmantes. Chrysler e McLaren que o digam. (MAO)

 

Renault Megane RS Trophy-R bate recorde em Hockenheim

O Renault Megane RS Trophy-R bateu um novo recorde para a RenaultSport, ainda que a divisão esteja de saída; em breve os Renault esportivos passarão a se chamar Alpine. O recorde foi batido na pista de GP de Hockenheim: o Trophy-R é o carro de tração dianteira mais rápido a fazer uma volta na pista, em todos os tempos.

O recorde foi batido pela revista Sport Auto, com um tempo de 1m59s2. O carro, porém, não era totalmente original: os bancos traseiros foram defenestrados, novas rodas de fibra de carbono são usadas (-9 kg, impressionante), e bancos concha de fibra de carbono somam uma redução de peso total de 130 kg.

Sob o capô está o motor turbo de 1,8 litro de fábrica do modelo, basicamente o mesmo do Alpine A110, com 300 cv e 41 mkgf de torque.  Os pneus usados foram Bridgestone Potenza S007 RS na medida 245/45 R19, e o piloto foi Christian Gebhardt.

O Megane RS também detém o recorde de tração dianteira no lendário circuito de Nurburgring, e em Suzuka. Em breve, porém, como sabemos, será descontinuado, uma versão Ultimae de despedida já até mostrada. Não se sabe o se existirá futura versão Alpine do Megane, se será este mesmo carro com nome trocado, ou algo novo. Mas este aqui, enquanto existir, é algo realmente impressionante. (MAO)

 

Este é o Porsche 911 GT3 RS Tribute to Carrera RS Package

Meio metro mais comprido, meia tonelada mais pesado, mas 300 cv mais potente. Esta é a enorme diferença entre o Porsche 911 Carrera RS original de 1973, e o atual 911 GT3 RS. Esta diferença brutal de tamanho, peso e potência se reflete no tamanho dos pneus, por exemplo, resultado direto disso: 335/30 R21 no carro moderno, e o equivalente a 215/80 R15 no carro de 1973. Definitivamente, apesar da missão, marca e modelo semelhantes, são duas coisas bem diferentes entre si.

O Porsche 911 Carrera RS de 1973

O carro de 1973 hoje vale mais que o GT3 RS zero km; é um carro universalmente creditado como sendo o ápice do 911 original, aquele arrefecido por um ventilador, e não uma bomba d’água. Um clássico inimitável.

911 Carrera RS: o Porsche perfeito

Agora a Porsche tenta aproximá-los, com uma edição especial. É o Porsche 911 GT3 RS Tribute to Carrera RS Package. O carro é o GT3 RS que conhecemos, mas decorado como se fosse um Carrera RS de 1973.

Isto significa os mesmos 502 cv de um seis contraposto aspirado de quatro litros pendurado atrás do eixo traseiro. Uma transmissão DCT de sete marchas está disponível, opcionalmente manual de seis marchas. O pacote tributo Carrera vem automaticamente com o Pacote Weissach, que adiciona rodas de magnésio, fibra de carbono exposta e barras estabilizadoras de carbono.

Está disponível exclusivamente em branco com detalhes em Python Green. A cor adorna as capas dos retrovisores, as rodas de magnésio, a parte inferior da carroceria e o logotipo Carrera das portas, exatamente como o carro de 1973.  No interior, a Porsche adicionou o Python Green no fio de costura dos bancos. As soleiras também vem com o nome do pacote, caro o exterior branco e verde tenha passado de alguma forma desapercebido.

Outra grande diferença entre o original e o tributo está na asa traseira: o carro de 1973 trazia o primeiro apêndice aerodinâmico da história do 911, o hoje famoso e discreto “rabo de pato”. O carro atual leva aerodinâmica muito a sério, e tem uma enorme asa separada da carroceria atrás.

O pacote, que inclui modelos em escala 1:43 do GT3 RS 2023 e do Carrera RS 1973, uma capa de carro personalizada, e um exclusivo relógio de pulso Porsche Design Chronograph, entre outros mimos, custa US$ 314.000 (R$ 1.623.380) nos EUA. Não, isso é só o pacote; para tê-lo você precisa também comprar o carro onde será aplicado, pela pechincha de US$ 223.800 (R$ 1.157.046).

Eu diria que mandar alguém pintar o seu GT3 RS nesse tema fora da Porsche sairia convenientemente mais barato, mas dizer isso é uma bobagem. O objetivo não é a cor diferente; é ser “especial” e “limitado”, claro. (MAO)

 

Conheça a BMW R18 Iron Annie

A BMW e a VTR Motorrad & Customs apresentaram a R 18 Iron Annie, uma R18 customizada com tema aeronáutico, que pode ser usada nas ruas. A motocicleta é de alguma forma, e por algum motivo inexplicável, inspirado num avião de passageiros dos anos 1930, o Junkers Ju 52, “ Iron Annie”.

Aeronaves alemãs desta época são perigosamente próximas de lembranças nada agradáveis; pelo menos o Junkers é o relativamente inofensivo trimotor de passageiros, e não seu irmão de fábrica, o Ju87 “Stuka”, por exemplo, uma arma letal de destruição nazista.

Mas divago; a moto única em questão é baseada na R 18 First Edition, e foi completamente refeita. A R18, lembre-se, é uma moto retrô com cardã e um bicilíndrico contraposto de 1802 cm³, que dá 92 cv e 16 mkgf de torque, e a R18 original chega até a 180 km/h.

Usa carenagens são de alumínio, personalizadas, e se inspiram no avião em questão. Rebites retrô e alumínio corrugado, itens icônicos do avião trimotor, estão presentes. O motor foi pintado de preto, assim como todos os componentes cromados. Os escapamentos personalizados são verdadeiras obras de arte em metal, formados à mão com raios paralelos e harmoniosos.

O garfo dianteiro é rebaixado em 7 cm, com um amortecedor Wilbers ajustável em altura, e cilindros Magura HC3. Outros destaques incluem um banco individual com revestimento “sela de cavalo”, um velocímetro personalizado e rodas de 18 e 21 polegadas, feitas pela Kineo. A ligação aeronáutica parece estranha, sim, mas a moto ficou muito bonita, e, segundo a BMW, totalmente funcional. (MAO)