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Venda de usados fecha o primeiro semestre em queda
Há algumas semanas vimos que o número de transações de carros usados havia diminuído e que, por isso, os preços estavam começando a cair. Pois agora, com os dados de vendas do primeiro semestre apurados, se confirmou a diminuição da demanda pelos usados.
Entre janeiro e junho de 2022, o volume de transações de veículos usados diminuiu 19,8% em relação ao primeiro semestre de 2021. Entre os modelos usados mais vendidos, somente, Jeep Renegade, Jeep Compass, Fiat Toro, Fiat Ducato e Renault Duster Oroch tiveram aumento na demanda neste primeiro semestre.
Os modelos da Jeep, em especial o Compass, tiveram números muito expressivos: o Renegade teve um aumento de 3,22% enquanto o Compass teve uma demanda quase 20% maior (19,4%). A picape da Fiat vendeu 6,32% mais no mercado de usados, enquanto o Ducato teve um aumento de 5,91% e a picape Renault, 1,57%. Os demais modelos, tanto comerciais quanto de passeio, tiveram menos vendas no mercado de usados.
O desempenho do Jeep Renegade e Compass e da Fiat Toro no mercado de usados também evidencia como a estratégia da então FCA (hoje Stellantis) foi acertada com estes três modelos que compartilham sua plataforma.
Naturalmente os carros com maior volume de vendas quando novos tendem a ter maior volume de vendas no mercado de usados por sua simples superioridade numérica. Contudo, o trio não apenas figura entre os mais vendidos no mercado de usados, como também se manteve em alta quando todo o mercado está em queda. (Leo Contesini)
“Mini Renegade” aparece em versão de produção
Em março deste ano vimos pela primeira vez as imagens oficiais do “mini Renegade” que a Jeep prepara como seu novo modelo de entrada. Agora, passados quatro meses, ele aparece durante o que parece ser a produção de seu material de divulgação, com placas da Itália.
Apesar de estar sendo chamado de “mini Renegade” (ou baby Renegade) por ainda não ter nome oficial, ele tem estilo mais inspirado no Compass. Na Europa ele será um modelo elétrico, mas em países que não têm esta preocupação/demanda, ele poderá ser equipado com motores de combustão interna.
Isso, porque ele aparentemente é baseado na plataforma STLA Small, uma derivação da CMP, usada atualmente no Peugeot 208 e no próximo Citroën C3 — o que, aliás, possibilitaria a produção do modelo no Brasil, caso isso não atrapalhe o desempenho do Fiat Pulse por aqui, afinal, este novo “baby Jeep” terá porte semelhante ao do crossover da Fiat.
Lá fora o lançamento deste novo Jeep deve acontecer entre o fim deste ano e o início de 2023. Se ele virá ao Brasil ou outros países, bem… ainda é cedo para dizer qualquer coisa, mas considerando o desempenho do Compass e do Renegade, o modelo tem potencial para ganhar espaço no mercado local. (Leo Contesini)
Este é o novo Ford F150 Raptor R, com o V8 do GT500
Não há falta de potência num F150 Raptor moderno; o V6 Ecoboost de 3,5 litros e 450 cv acoplado a um câmbio automático de dez marchas faz a enorme caminhonete Full-size andar feito um carro esporte dos bons.
Não, não passamos os dias e noites sonhando comum Raptor ainda mais potente. Mas não há como negar que um carro (caminhão?) como este ficaria muito mais legal com um V8, especialmente um grande, potente, e sem turbos amordaçando o delicioso barulho do escape deste tipo de motor.
Conheçam então o Ford F150 Raptor R. Esta letrinha no fim do nome traz de volta o motor que a Ford fez famoso, o V8. E não qualquer V8: o mesmo motor do Mustang GT500. Sim, o V8 tem 5,2 litros, duplo comando de válvulas no cabeçote e 4 válvulas por cilindro, é todo em alumínio, e tem um enorme blower montado em cima, um compressor volumétrico tipo Rootes na admissão.
No Mustang, o motor produz 760 cv e 86,4 mkgf de torque, mas na supercaminhonete, são 700 cv e 88,5 mkgf de torque. Lembrando: o V6 Ecoboost, que continua a ser oferecido no Raptor sem R, dá 450 cv e 70,5 mkgf de torque.
Esta diferença tem motivos óbvios: o motor foi calibrado agora para uso em um veículo de carga, e não um cupê superesportivo. Motor de caminhão em carro esporte sempre foi receita interessante e relativamente comum; caminhão com motor de carro esporte já é bem mais raro. Fisicamente, uma das poucas mudanças é uma polia menor no compressor. Além disso, é claro, os coletores de escape são exclusivos, e existe um resfriador de óleo e filtro diferentes, além de um cárter de óleo com maior capacidade. A admissão e o filtro de ar também são exclusivos.
A Ford diz que o F-150 Raptor R pesa 2700 kg, o que o faz mais leve que seu maior rival, o Dodge Ram TRX, que tem 2880 kg. E tem os maiores pneus também. São enormes BFGoodrich All-Terrain T/A KO2 de 37 polegadas, os maiores pneus a sair de fábrica em qualquer automóvel atual. Disponíveis de série no Raptor R, são opcionais nos V6. Os amortecedores foram especialmente ajustados e molas dianteiras agora são 5% mais rígidas para lidar melhor com o V-8; ainda que o peso da caminhonete V8 seja apenas 45 kg maior que a V6.
O Ford F-150 Raptor R custará nos EUA US $ 109.145, ou 590.474,45 de nossos sofridos reaizinhos. É também US $ 27 mil (R$ 146.000) mais caro que o Raptor normal, um carro já para lá de sensacional. As encomendas para o Raptor R já estão abertas, e deve iniciar a produção neste outono do hemisfério norte. (MAO)
VW lança novo motor a combustão de 1,5 litros
O escândalo do dieselgate manchou e mudou a VW permanentemente; talvez o maior escândalo da história da companhia se esquecermos que foi fundada por você-sabe-quem. A VW era contra carro elétrico como solução para o futuro antes do escândalo, depois virou um dos expoentes do investimento em eletrificação. Gato escaldado tem medo de água fria, aparentemente.
Mas é claro que ainda não abandonou o motor a combustão, por motivos óbvios. A prova disso é que acabou de lançar mais um novo motor. Trata-se do novo 1.5 TSI evo2, e como o nome denuncia, é uma evolução do motor a gasolina de 1,5 litros da empresa, como se sabe, um 4 em linha turbo de injeção direta.
Tornou-se ainda mais eficiente agora ao mover o conversor catalítico de três vias e o filtro de partículas de gasolina em um único módulo de controle de emissões instalado próximo ao motor. Isso permitiu que a VW dependesse menos de metais raros, e permitindo que a empresa estivesse pronta para regulamentações de emissões mais rígidas que inevitavelmente chegarão no final desta década na Europa.
O “Active Cylinder Management”, a tecnologia de desativação de cilindros agora evoluiu para o sistema ACTplus. Oferece uma transição mais suave de quatro para dois cilindros e vice-versa. Além disso, a faixa de operação foi estendida, pois o segundo e o terceiro cilindros não são acionados quando o motor está operando em cargas e velocidades baixas e médias. A VW promete que “a transição é quase imperceptível” para garantir uma operação sem buracos ou degraus.
O 1.5 TSI evo2 é oferecido inicialmente na Europa, no T-Roc e T-Roc Convertible, com 150cv. Ele será adicionado a outros modelos, incluindo modelos híbridos plug-in, onde pode chegar a uma potência combinada de 272 cv. As chances são de que a próxima geração do VW Passat e o equivalente Skoda Superb recebam este trem de força PHEV assim que estrearem em 2023.
Todos os fabricantes parecem ainda não desacelerar o desenvolvimento deste tipo de motor, ao mesmo tempo que investem múltiplas fortunas incalculáveis na viabilização de um futuro eletrificado. O que prova que o futuro continua um grande ponto de interrogação. (MAO)
Porsche 911 Carrera RS 2.7 1973 de Paul Walker vai a leilão
Já vai fazer dez anos que a estrela dos primeiros filmes “Velozes e Furiosos” faleceu num acidente automobilístico, se tornando mais uma daquelas lendas da telona, que ao morrer jovem em seu auge, fica mumificado assim, numa imagem perfeita de beleza, felicidade e sucesso. Sim, Paul Walker morreu em 2013; o tempo passa rápido.
Walker era também um entusiasta do automóvel fora das telas, e por isso seu sucesso o permitiu juntar uma incrível coleção de carros; quando morreu, foi num Porsche Carrera GT que tinha comprado recentemente, como sabemos. Mesmo quase dez anos depois de sua morte, seu nome continua a significar dinheiro: agora o seu 911 Carrera RS 2.7 de 1973 será leiloado pela Mecum no Monterey Car Week, no próximo mês de agosto. Promete bater recorde de preço para o modelo, claro.
Walker comprou o Carrera amarelo por puro impulso, via um anúncio na internet, sem ver o carro, em 2011. Nem tinha certeza de que o carro funcionava quando concordou em comprá-lo, mas o pessoal da Mecum Auctions diz que o carro foi restaurado e refinado a um nível profissional.
Não é para menos: mesmo sem o dono famoso, o 911 Carrera RS 2.7 é considerado por muitos o Porsche perfeito, um que reúne o passado e o futuro da empresa em um pacote irresistível. Valem uma fortuna mesmo sem dono famoso, mas mesmo assim é raro de ver um à venda. Jerry Seinfeld já disse que é um “carro de defunto”, só aparece a venda quando o dono morre. Definitivamente o caso aqui, ainda que nove anos atrasado.
Neste exemplar, o exterior é amarelo com detalhes em preto, e continua perfeito como quando Walker o comprou. O interior foi refeito pela Autobahn Interiors, e a restauração mecânica foi realizada pela Jerry Woods Enterprises. O hodômetro mostra atualmente 93.774 km rodados originais.
Os interessados precisam se registrar no site da Mecum antes do início da Monterey Car Week, em 18 de agosto. O leilão acontecerá no sábado, 20 de agosto. (MAO)
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