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Ford mostra nova Ranger no Agrishow
A Ford escolheu o Agrishow, evento paulista, em Ribeirão Preto, que está acontecendo est semana até dia 5 de maio, para mostrar a esperada nova geração da Ranger. A picape será fabricada na Argentina, depois de um investimento de 660 milhões de dólares na fábrica de Pacheco. Mas o lugar da estreia mostra onde será concentrado o esforço de vendas do modelo.
A picape tem novo desenho externo, o mesmo que já estreou em outros países como a Tailândia e a África do Sul. Apesar de manter as portas do modelo anterior, a Ford diz que é uma caminhonete totalmente nova, onde tudo é novo, ou sensivelmente alterado. O importante lançamento foi feito pelo presidente da Ford da América Latina, o brasileiro Daniel Justo.
A unidade é uma Limited, V6 3.0 turbodiesel. Não foram revelados detalhes sobre este novo motor para o Brasil, mas lá fora, chega a dar 247 cv e 61,2 mkgf. A empresa diz porém que “se trata apenas de um veículo de demonstração e que detalhes do modelo destinado ao Brasil serão divulgados próximo ao lançamento”, ou seja; não fiquemos tão animados ainda. Os argentinos receberão também um Ranger Raptor, V6 biturbo a gasolina.
A versão Limited tem rodas de liga leve de 18 polegadas, barra no porta-malas em forma de spoiler, faróis de LED, câmbio automático de 10 marchas e tração 4×4 part-time, com reduzida. O interior terá tela multimídia no centro, e painel de instrumentos digital como é praxe hoje em dia. Detalhes de preço e data de venda ainda não foram revelados, mas espera-se que a picape chegue antes do fim deste ano.
Além de dois veículos em exposição, a Ford montou uma pista especial de test-drive na Agrishow, onde os visitantes poderão experimentar a F-150, a Ranger (mas não a nova, a agora “velha”) e o Bronco Sport. Possui vários tipos de obstáculos, para demonstrar o desempenho das capacidades todo-o-terreno dos carros. (MAO)
GWM começa a operar em Iracemápolis
Apesar de ser um dos mais tradicionais e longevos produtores de caminhões no Brasil, a Mercedes-Benz parece realmente ter um dedo podre quando se fala em produzir automóveis no Brasil. Todo mundo lebra do fiasco da imensa fábrica em Juiz de Fora, que produzia o Classe A; mas não foi o único. A empresa investiu mais de 600 milhões de dólares em uma moderna fábrica em Iracemápolis, no interior de SP, a partir de 2016 também, só para fechar suas atividades quase que imediatamente depois da sua abertura.
Mas conseguiu pelo menos desovar a instalação, e assim recuperar um pouco de dinheiro. E felizmente o novo dono vai fabricar automóveis também, na mesma planta, aproveitando os equipamentos e instalações já prontinhos lá. É a chinesa GWM, que comprou a fábrica em 2021.
Agora, em uma visita de políticos e “otoridades”, inclusive o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB) foi anunciado que o ano de 2023 será dedicado para o início da operação da GWM no Brasil, com a abertura das concessionárias vendendo os SUVs Haval H6 e o futuro Jolion, que será lançado no 2º semestre. A produção nacional em Iracemápolis (SP) deve iniciar daqui a um ano, em 1º de maio de 2024, Esses modelos nacionais serão uma picape média e um SUV de 7 lugares, ambos híbridos-flex.
No evento, a marca mostrou essa picape média, chamada Poer. Mas diz que não será esta a picape que virá; é uma totalmente nova, de nova geração, com outro visual e (incrível uma menção dessas) “muitas telas”. Aparentemente, ainda não existe nem no seu país de origem.
A única coisa que se sabe é que terão o mesmo motor 2.0 turbo flex e híbrido. Em uma apresentação anterior, Oswaldo Ramos, COO da GWM no Brasil, disse que todos os produtos da fabricante no país terão algum tipo de eletrificação.
A GWM é meio que uma GM sem W chinesa, no sentido que tem marcas diferentes de carros à venda, e nenhum “GWM”. Haval é a marca de carros urbanos, Tank, de utilitários, Poer de picapes, Wey com SUV de luxo, e a Ora, elétricos. No Brasil, parece que teremos a Haval e a Poer. Veremos.
A GWM planeja produzir no Brasil para toda a américa latina, em sua fábrica moderna comprada baratinho (imaginamos; o valor do negócio não foi revelado). O volume será muito maior que o planejado pela Mercedes: 100 mil veículos/ano, ao invés de 20 mil. A marca chinesa promete 10 bilhões de reais de investimento nos próximos 10 anos. O que gerará cerca de 2000 empregos diretos em Iracemápolis. O que, claro, é ótimo. (MAO)
Royal Enfield Scram 411 lançada no Brasil
Aqui nos suntuosos escritórios do FlatOut somos todos fãs de versões simplificadas de qualquer veículo. Embora gostemos muito de luxo e sofisticação como qualquer um, é fácil reconhecer que as versões mais baratas da linha de qualquer veículo é onde a balança de valor pende positivamente para o lado do cliente; tem-se toda a base do carro mais caro, mas sem a gordura e o peso extra que normalmente vem com luxo. Paga-se mais barato pela mesma coisa. Em uma boa quantidade de vezes, por incrível que pareça, é melhor que isso até: fica melhor que a versão de luxo, justamente por ser mais leve e simples.
Melhor como veículo, claro; se queres parecer rico, ou gosta mesmo de teto de vidro (legal pacas, mas pesado e caro), ou não vive sem uma roda aro 20 (bonita, mas cobra preço em desempenho), a opção sua tem que ser outra.
Então é com felicidade que recebemos mais um lançamento neste sentido: a Royal Enfield Scram 411. A moto da marca indo-inglesa é baseada na conhecida Himalayan, mas simplificada, barateada, e focada agora no uso mais urbano, e menos no off-road. As cores são mais vivas e alegres que a escura Himalayan, mantém a mecânica dela, mas é mais leve e, oh a felicidade: é também mais barata.
A Royal Enfield Scram 411 custará no Brasil R$ 22.490, ou 1800 reais a menos que a Himalayan. A moto é basicamente a mesma, incluindo aí o monocilíndrico arrefecido a ar injetado de 411 cm³, 24,5 cv e 3,2 mkgf, e o câmbio de cinco marchas. Mas há mudanças, claro, que vão além do estilo mais leve de Scrambler.
A roda dianteira é de 19 polegadas, por exemplo, contra 21 polegadas da Himalayan. A suspensão dianteira tem 10 mm a menos de curso. Não tem para-brisa, conta-giros e o sistema de navegação. O farol é montado diretamente no garfo, se movimentado junto ao guidão e não fixo, como na Himalayan. Este farol tem uma carenagem de metal, o que nos parece até mais bonito.
O vão livre do solo é de 200 mm, ou 20 mm a menos que da Himalayan, e a altura do assento é também 5 mm menor. Mas de resto, é igual à moto de quem se origina. A marca ainda não revelou todos os detalhes técnicos, mas olhando as especificações no país de origem, se vê que a moto pesa 185 kg. A Himalayan? 199 kg! Uma moto melhor, por menos dinheiro? Parece ser o caso aqui. (MAO)
Governo discute colocar 30% de Etanol na gasolina
O etanol parece não estar sendo vantajoso para o bolso dos clientes, quase a totalidade deles agora usando veículos flex. Mas se esta tecnologia permitiu aos usuários a liberdade de escolher entre combustíveis conforme seus preços flutuam, o governo está aqui para garantir que o consuma de qualquer forma. E não, não é reduzindo imposto, ou qualquer outro incentivo que ajude o produtor e o público: é colocando mais dele na gasolina. Por decreto, nossos carros a gasolina agora serão flex, aparentemente.
Esta é uma proposta em estudo, real: aumentar de 27,5% para 30% a quantidade de etanol na gasolina, como revelou o ministro de Minas e Energias, Alexandre Silveira, durante a 6ª edição da Abertura da Safra Mineira de Cana-de-Açúcar, em Uberaba (MG). De acordo com o ministro, esta proposta será levada para a próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), para criar um grupo de trabalho para estudar o assunto.
O político acalma a todos e diz que a mudança será gradual, segura, e que “vamos fazer essa avaliação técnica junto com a indústria automotiva e o setor produtivo de etanol para dar segurança aos consumidores”. Sei.
Em 2015, quando a mistura foi aumentada para 27,5%, os estudos feitos pela Petrobras diziam que não haveria um impacto. Mas é óbvio que há impacto, nos carros que não são flex. Mas o pior é a brincadeira de enganar a população. Logo logo, parece, se continuarmos assim, vamos ter Etanol com 10% de gasolina chamado de “Gasolina”, e discutindo propostas de 9% de gasolina pura. “Ninguém vai perceber”, dirão. Sei. (MAO)
Horacio Pagani e SKF
De tempos em tempos, as agências publicitárias parecem entender de novo que se deve vender um certo produto, e não ideias, agendas políticas, conceitos abstratos, e nomes mirabolantes. Afinal de contas, quando a Padaria Nossa Senhora de Lourdes muda o seu nome para “Paniiis” e cria uma identidade de marca baseada na experiência única da mais pura manteiga artesanal num pão de fermentação natural especial e café latte macchiatto com canela, cria um problema para quem apenas quer mandar uma média com pão e manteiga para dentro sem pensar muito.
Esta propaganda da SKF é justamente isso. Ela vende rolamentos, uma peça boba e normalmente sem glamour; mas que pode, se mostrando uma historia até bem comum, mostrar a sua importância. Tem significado, mas real, e claro. Nada inventado. É sensacional e alegrou meu dia; espero que faça o mesmo para você. (MAO)