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Zero a 300

Nova Ranger no Brasil | Mazda retoma o Wankel | Factory Five faz picape e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Nova Ranger lançada no Brasil

Finalmente, depois de alguma espera e suspense, a nova Ford Ranger está oficialmente lançada. É uma picape totalmente nova, ainda com chassi separado, mas com muito pouco da antiga em si.

A picape básica terá um 2.0 turbodiesel de 170 cv; mas a grande novidade aqui é o novo V6 turbodiesel de 3 litros, com nada menos de 250 cv e 61,2 mkgf. Em automóveis vivemos uma época meio chata, sem muita novidade ou coisa interessante no mercado de novos aqui no Brasil. Mas em picapes, parece que esta é a melhor época da história por aqui.

Veja bem: as RAM full-size americanas são um sucesso tão grande que trouxeram para cá a Ford F-150 e em breve a Chevrolet Silverado. As médias com chassi tem várias novidades como esta Ranger V6. E temos picapes médias monobloco: Toro, a nova Rampage (com 272 cv!!!) e a importada Ford Maverick. Sem falar nas pequenas Strada e Saveiro. Realmente, este está se tornando o país da picape.

A Ford neste lançamento abriu vendas apenas para as versões XLT e Limited, com o V6, guardando as versões de quatro cilindros para mais tarde. Essas picapes V6 começam em R$ 289.990 para a XLT 4×4, e vão até R$ 339.990 para uma Limited completa.

O desenho externo e interno são totalmente novos, e o acabamento interno, segundo a Ford, é de nível superior. Diz também que os materiais utilizados, bem como os novos bancos, oferecem um nível de conforto superior para a nova picape. Uma enorme tela de 10 ou 12 polegadas opcional no centro do painel traz Multimídia SYNC 4 com espelhamento sem fios.

O câmbio é sempre automático de dez marchas para as V6, mas a quatro cilindros receberá manual ou automático de seis marchas. A quatro cilindros terá também uma versão 4×2. Todas as demais são 4×4 com reduzida.

A direção é assistida eletricamente, e as rodas básicas são de aço de 16″ com pneus 255/70, chegando até as rodas de alumínio de 20″ com pneus 265/55, na Limited V6 completa. Mais detalhes da nova Ranger devem ser divulgados em breve. (MAO)

 

Factory Five XT-1 é picape de corrida para as ruas

A americana Factory Five Racing é basicamente uma fábrica de coisas interessantes para entusiastas. Basicamente são kit-cars, para ser terminados em casa, mas o catálogo da empresa é de dar água na boca. Faz de réplicas de Cobra (inclusive Daytona Coupe) e Hot Rod Ford, até alguns carros próprios, como o 818 (com motor Subaru WRX central) e o GTM, um GT40 semi-modernizado.

Agora, criou um kit interessantíssimo para quem quer, ao mesmo tempo, ter um desempenho melhor que as Ford Raptor originais, e gastando menos. É um Kit chamado de XT-1, basicamente um swap de… chassis! Oferecido para as F-150, torna a picape um carro de corrida de deserto disfarçado.

Para fazer um, você precisa primeiro de uma F-150, que doará a cabine basicamente. Por baixo, toda a estrutura da Ford é substituída por um chassi tubular parrudíssimo, coisa de 50 kg mais pesado, mas duas vezes mais forte. As bitolas são ainda mais largas que a já larga Raptor R, com nada menos que 2286 mm de largura. Essa largura adicional requer uma carroceria nova, incluindo capô, frente e para-lamas dianteiro e traseiro. Os painéis da carroceria são de fibra de vidro, com opção de fibra de carbono (por US$ 6.999 adicionais).

A suspensão dianteira independente (com juntas homocinéticas e tração nas quatro rodas) inclui amortecedores FOX de reservatório remoto, com 16 polegadas de curso (406 mm). Na traseira, é tudo alterado: sai feixe de mola, entra uma suspensão “four-link” com molas helicoidais que consegue nada menos que 20 polegadas (508 mm) de curso. O XT-1 foi projetado para rodar com pneus de 37 polegadas.

A picape doadora deve ser uma F-150 cabine dupla de 2015 a 2020, 4×4, com tanque de combustível de 26 galões (98 litros). Os motores V-6 de 3,5 litros EcoBoost twin-turbo ou V-8 de 5,0 litros são aproveitados no novo chassi, assim como câmbio, caixa de transferência e eixos. E preparações extras nos motores, claro, podem facilmente ser realizadas. O kit custa US$24,990 (R$ 119.952) nos EUA. Sem instalação, que, espera-se, você faça em casa. (MAO)

 

Conheça o Suzuki Jimny Rhino

Legislações diversas impedem o Jimny de ser vendido em países como os EUA; na Inglaterra, por exemplo, é vendido como veículo de carga, sem bancos traseiros, para fugir de legislações. Sim, é mais um carro que podemos ter, e os americanos, não. A Suzuki tem se esforçado então para vender bem em todos os outros mercados fora desses mais fortes e conhecidos.

Como por exemplo, a Malásia. Lá a Suzuki mostrou mais uma versão do amado jipinho, na verdade uma edição limitada especial: É o Jimny Rhino Edition. É uma atualização puramente estética para o Jimny, mas certamente dá ao carro uma aparência mais atraente.

O Jimny Rhino Edition vem com adesivos exclusivos, e uma grade dianteira que a Suzuki chama de “vintage”, que remete a versões antigas do tradicional minijipe japonês. O mesmo tema pode ser encontrado no estepe na parte de trás, com mud-flaps vermelhos combinando.

Há um novo painel de proteção para o diferencial junto com revestimento adicional de alumínio lateral e dianteiro. Deve proteger o Jimny de pequenos impactos durante o fora de estrada. Dentro, o interior preto durável vem acompanhado de uma tela sensível ao toque no console central, que fornece acesso ao Apple CarPlay.

Mecanicamente, Jimny Rhino é o mesmo que conhecemos, incluso aí o quatro em linha aspirado de 1,5 litro. Este modelo é exclusivamente manual, com cinco marchas. Apenas 30 deles serão feitos, e os preços começam no equivalente em moeda malaia à R$ 181.416. (MAO)

 

Mazda reinicia a produção do motor Wankel

OK, não é do jeito que gostaríamos. Não é debaixo do capô de um cupê de tração traseira baseado no Miata com quatro rotores, aspirado, e uns 300 cv a, sei lá, 18.000 rpm. Mas é um começo. E uma notícia boa; uma que sabiamos que ia aparecer, mais cedo ou mais tarde. Então vou falar de novo:

A MAZDA REINICIOU A PRODUÇÃO DO MOTOR ROTATIVO WANKEL NO JAPÃO!

Sim, depois de anos de falsas esperanças, boatos e entusiastas acordando esbaforidos de sonhos rotativos malucos, a Mazda está finalmente produzindo novamente o Wankel. O motor que a fez famosa. Isso é algo que não acontecia há mais de uma década; o RX-8 foi descontinuado em junho de 2012.

Infelizmente, é como um range-extender num mini-SUV antes elétrico. É o Mazda MX-30 e-SKYACTIV R-EV. Um “crossover híbrido plug-in”, com uma bateria de 17,8 kWh que alimenta um motor elétrico de 170 cv. Como elétrico puro eram apenas 200 km de autonomia; o rotativo à gasolina vem resolver isso.

Se você precisar andar mais, o motor rotativo de 1 rotor e 830 cm³ é ativado e atua como um gerador. Graças a esta configuração, pode percorrer mais de 600 km antes de precisar ser recarregado ou reabastecido. O motor, diz a Mazda, foi “adaptado para atender às necessidades de nossos tempos”.  Pequeno, leve e potente, e extremamente suave em operação, é um gerador interessante.

A Mazda construiu quase dois milhões de veículos com motor rotativo ao longo dos anos e o MX-30 aumentará esse número quando chegar à Europa ainda este ano. Agora, o motor de um rotor dá 75 cv. Sem turbo. Quatro rotores desses juntos são exatamente 300 cv. Tenho certeza de que cabe, com folga, debaixo do capô de um Miata. Só estou pensando alto, Mazda. Pode chamar ele de RX-9 e fazer dele um cupê, que não vamos reclamar, viu? (MAO)