Mr. Han definitivamente mudou-se para Brasília. Depois da novela do extintor ABC e da lei dos faróis durante o dia, a nova indecisão das autoridades de trânsito acertou em cheio as novas placas do Mercosul. Sim, aquelas previstas para 1º de janeiro de 2017. Se você já estava montando combinações como FL470U7, MAF1O50 ou X0R4B0Y para solicitar no primeiro dia do ano que vem, pode guardar tudo na gaveta. A adoção foi adiada mais uma vez.
O ministro das Cidades, Bruno Araújo, pediu em resolução publicada no Diário Oficial da União desta última quinta-feira (8) que o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran, órgão vinculado ao Ministério) reavaliasse com cautela a decisão de iniciar a mudança das placas em 1º de janeiro de 2017. O motivo, segundo a apuração de Gerson Camarotti, do G1, é que o ministro quer consultar os demais países do Mercosul para saber se haverá sincronia com os novos emplacamentos. Araújo defende uma mudança menos radical, que substitua as placas gradualmente à medida em que os carros novos forem adquiridos.
A resolução determinou também que antes de aprovar a adoção das novas placas o Denatran precisa “sinalizar um ato que ateste a implementação do sistema de consultas e intercâmbio de informações sobre aspectos relativos à circulação de veículos nos Estados Partes do Mercosul”. Traduzindo para a língua portuguesa, o Ministério está pedindo que o Denatran informe oficialmente se já existe um sistema unificado com os demais países do Mercosul — essencial para a finalidade básica das novas placas.
O prazo para a adoção das novas placas será de um ano após o “ato” do Denatran, o que significa que as placas não devem entrar em cena antes de 11 de setembro de 2017. Quando o sistema for adotado, o cronograma de substituição será o mesmo planejado anteriormente: primeiro os veículos novos, as transferências de município e/ou mudanças de categoria. Isso se o sr. Han já tiver ido embora.