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O plano da Tesla vai mesmo além dos carros

A Tesla apresentou o Master Plan Parte IV, a nova etapa das estratégias de Elon Musk para o futuro da marca. Mas, diferentemente das versões anteriores, não há nada sobre rodas desta vez. Nada de novos carros, nada de anúncios concretos de produtos. O foco está em inteligência artificial e robôs — segundo Musk, seriam eles os protagonistas de uma “revolução tecnológica” que vai redefinir trabalho, mobilidade e energia.
A ideia é que a Tesla deixe de ser apenas uma fabricante de automóveis e energia para se tornar uma empresa que leva a IA ao mundo físico. Isso inclui veículos autônomos, robôs humanoides Optimus que devolveriam “tempo às pessoas” e uma integração total entre hardware, software, transporte e geração de energia. O discurso é grandioso: “não será um pequeno passo, mas um salto enorme para a humanidade”, escreveu Musk em seu X.

Só que o documento soa mais como um manifesto do que como um plano. É genérico, cheio de promessas de prosperidade universal, mas sem objetivos tangíveis — um contraste gritante com os Master Plans de 2006 e 2016. Na época, Musk falava em esportivos elétricos, carros acessíveis, soluções para geração de energia renovável e produção em escala. Tudo mensurável, tudo com um horizonte claro. O resultado disso está aí: o Model S, o Model 3, a expansão da Tesla Energy e o Roadster (bem… este nem tanto).
Agora, em 2025, a quarta parte do Master Plan chega sem a mesma substância. A tão falada Model 2 — o elétrico barato que colocaria a Tesla de volta ao jogo onde os chineses estão nadando de braçada — não apareceu. Nem novos produtos, nem cronogramas. O que há é visão de futuro, com IA e robôs como solução para tudo, mas sem mostrar como essa transição vai acontecer.
No fim, fica a impressão de que Musk trocou as promessas palpáveis de seus primeiros planos por um texto quase filosófico. E quem acompanha o Zero a 300 já sabe que, quando o plano de negócio de uma fabricante não tem carro nenhum, é sinal de que o foco está em outro lugar. Certo, Jag? (Leo Contesini)
O novo Audi TT apareceu antes da hora – pra variar

A Audi vai apresentar ainda hoje um novo conceito de esportivo inspirado no TT. Mas, como sempre, a internet se adiantou: imagens vazadas em fóruns já mostram o carro por inteiro.
O que aparece é um cupê baixo e largo, com proporções de motor central e cabine para dois lugares. A frente traz uma grade que lembra a do A6 C6, acompanhada de faróis finos e entradas de ar generosas, provavelmente para refrigerar os freios dianteiros. Por dentro, o destaque é o volante com comandos giratórios e maçanetas metálicas que evocam o espírito Bauhaus que deu origem ao TT original.

Apesar de estar rotulado como conceito — um aviso oficial até apareceu nas redes da Audi no Canadá antes de ser apagado — o carro parece bem mais próximo da realidade do que muitos estudos recentes da marca. Tanto que o próprio CEO, Gernot Döllner, já havia prometido que a Audi não mostraria mais protótipos sem futuro de produção. Ou seja, se esse carro existe, ele vai chegar às ruas de alguma forma.


O design é assinado por Massimo Frascella, que vem empurrando a Audi para um novo minimalismo estético, resumido no slogan “strive for clarity” (algo como “ambicionar clareza” em uma tradução livre). Não é coincidência que as peças de divulgação evoquem o TT, o conceito Avus de 1991 e até os monopostos Auto Union dos anos 1930. A mensagem é clara: a marca quer se reconectar ao seu legado — o que me lembra da Jaguar, pela segunda vez nesta edição do “Zero” — que coisa, não?

Se isso vai dar origem a um sucessor espiritual do TT — ou a um novo esportivo de nicho que não veremos por aqui — ainda é cedo para dizer. O que dá para afirmar, pelo tom do material oficial e pela reação da própria Audi, é que este conceito não é só um exercício de estilo, mas uma antecipação do que veremos pela frente. (Leo Contesini)
Parece que o novo 911 Turbo S chega no final de semana

A Porsche marcou para o dia 7 de setembro a apresentação de um novo modelo. O teaser não entrega tudo, mas deixa escapar pistas suficientes: carroceria de 911, para-lamas largos, aceleração brutal e um ronco que só pode vir de um motor turbo. Como a dianteira não é extremamente baixa, tudo indica que estamos prestes a ver o novo Turbo S 992.2 — e não o Slantnose/Flachbau que vimos em testes outro dia.
Em 2024, a Porsche celebrou os 50 anos da 911 Turbo com uma edição especial, mas o facelift da geração 992 exige também a atualização da versão mais icônica da linha de rua. As mudanças de faróis, entradas de ar e interior são esperadas, mas não devem ser o destaque. O que realmente pode mudar é o conjunto mecânico — especialmente agora que todo Porsche é turbo, mesmo os não-Turbo.
Depois do 911 GTS ter estreado a tecnologia T-Hybrid, há fortes rumores de que a versão Turbo também receberá algum nível de eletrificação. Isso significaria não só mais potência, mas também um novo capítulo na história da sobrealimentação do 911 — que começou com o 930 nos anos 1970 e agora pode abraçar a hibridização como parte da receita. Isso, claro, se você pensar em eletrificação como “sobrealimentação”.
No fim, a pergunta não é se o 992.2 Turbo S vai ser mais rápido. Isso é praticamente certo. A questão é até onde a Porsche vai levar essa transição para a era híbrida sem diluir a essência do carro e, mais importante, para onde ela irá empurrar o patamar de desempenho de um eventual 992.2 GT2 RS. (Leo Contesini)
Nova Audi RS6 Avant flagrada em Nür

As peruas esportivas estão vivendo um momento raro: a BMW não consegue dar conta da demanda pela M5 Touring e a Audi RS6 Avant teve seu melhor ano de vendas da história. O detalhe curioso é que não é só a Europa que está enlouquecida por elas — como sempre foi. Agora até os americanos, que sempre preferiram SUV e outras coisas menos interessantes, estão comprando as super-peruas em números inéditos.
Sendo assim, é claro que a Audi não deixaria de dar ao povo o que o povo quer. Flagras no Nürburgring mostram a próxima geração da Audi RS6 Avant, com um detalhe que anima qualquer entusiasta: dois tubos enormes cuspindo fumaça na traseira. Isso por si só já indica que a perua não será puramente elétrica, como muita gente temia. A aposta, evidenciada pelos adesivos de alerta de alta tensão colados no protótipo, é de um V8 4.0 biturbo híbrido.

O modelo atual já entrega 621 cv e 86,7 mkgf. Com a hibridização, não é exagero esperar algo além dos 650 cv — e falando em potência real, e não em ejaculação precoce como no Mercedes C63 AMG 2.0.

O carro de testes, apesar da camuflagem, revela lanternas traseiras redesenhadas, entradas de ar nos para-lamas dianteiros e uma dianteira com intercoolers generosos. As proporções continuam as mesmas: bitolas largas, rodas enormes e visual de “muskelwagen” sob quatro portas e um porta-malas gigante. Por dentro, as mudanças parecem radicais, com volante de base reta, painel mais alto e a promessa de uma parede de telas — inclusive uma dedicada ao passageiro, como no próximo A6. (Leo Contesini)
Rampage ganha versão especial NFL no Brasil

A Ram decidiu unir duas paixões que crescem lado a lado no Brasil na Rampage R/T NFL Edition, primeira série especial feita pela marca em parceria com a liga de futebol americano. Serão apenas 300 unidades, com preço sugerido de R$ 275.690. As entregas começam na segunda quinzena de outubro.
Visualmente, a NFL Edition se diferencia pela pintura em Prata Billet metálico ou Branco Pérola, sempre com teto preto. Os escudos da liga aparecem no capô, nas laterais da caçamba e até junto ao emblema Rampage nas portas. Atrás, as saídas de escape em aço inox de 4,5 polegadas com acabamento em preto brilhante dão o tom esportivo.

Por dentro, os bancos revestidos em couro e suede recebem o logotipo da NFL nos encostos, acompanhados de pedaleiras de alumínio, soleiras iluminadas em LED e iluminação ambiente. Para completar o clima de série especial, cada comprador leva um kit com cooler, boné, copo térmico e uma placa numerada de boas-vindas.

No que realmente importa, nada muda: segue o motor 2.0 Hurricane 4 Turbo de 272 cv e 40,8 mkgf, acoplado ao câmbio automático de nove marchas e tração 4×4 com reduzida. O desempenho continua o mesmo da Rampage R/T normal: 0 a 100 km/h em 6,9 segundos e velocidade máxima de 220 km/h.
Segundo a própria NFL, o Brasil é hoje um dos principais mercados da liga fora dos Estados Unidos, e a edição limitada marca o início de uma parceria que deve render novas ações durante a temporada 2025. Para a Ram, é também uma forma de manter a Rampage em evidência depois do lançamento — afinal, séries especiais são a velha receita para dar fôlego extra à imagem do carro e ao caixa da fabricante. (Leo Contesini)